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C O L U N A P E D I ÁT R I C A
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P R O F. D A V I D N O R D O N
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JUNHO DE 2021
ORTOPEDIA Prof. David Nordon | Coluna Pediátrica 2

APRESENTAÇÃO:

PROF. DAVID
NORDON

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Fala, Estrategista! Coluna pediátrica é um tema pouco

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cobrado, mas pode ser seu diferencial para aquele pontinho extra
que garantirá uma vaga na sua instituição dos sonhos. Dentro dele,
o mais cobrado é escoliose e há temas que só foram cobrados uma
vez. Trataremos aqui dos pontos mais importantes – e, se quiser
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ver em mais detalhes, busque nosso Livro Digital do assunto!

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@ortopediaem1minuto

Estratégia MED /estrategiamed

@estrategiamed t.me/estrategiamed

Estratégia
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SUMÁRIO

1.0 ESCOLIOSE 4
2.0 DOENÇA DE SCHEUERMANN 6
3.0 TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO 7
4.0 SÍNDROME DE GRISEL OU SUBLUXAÇÃO
ROTATÓRIA ATLANTOAXIAL ATRAUMÁTICA 8
5.0 LISTA DE QUESTÕES 9

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6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10
7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11

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CAPÍTULO

1.0 ESCOLIOSE
O mais cobrado de escoliose é tratamento. Foque nisso!

Definição: a escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna, em que há inclinação no plano


coronal e rotação no plano axial. Pode acometer qualquer um dos segmentos da coluna.
Etiologia - Neuromuscular: a causa mais comum é paralisia cerebral; contudo, também ocorre em
mielomeningocele, artrogripose, distrofia muscular de Duchenne, mucopolissacaridoses e diversas outras
síndromes genéticas. Idiopática: não há causa definida.
Subtipos: a escoliose idiopática é dividida em infantil e do adolescente.

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Veja a comparação na tabela a seguir:

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Tipo Infantil (Congênita) Do adolescente (Juvenil + adolescente)

Idade Zero a três anos A partir dos quatro anos

Incidência por sexo (M:F) 2:1 1:6


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Lado da curva Esquerdo Direito

Geniturinário: 25%
Alterações de vísceras Raras
Cardiovascular: 10%

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Progressão Alta Média


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Curva na maturidade
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>70° Raramente >90°


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Reduz progressão, Eficaz, quando bem indicado,


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Tratamento conservador
mas não resolve para interromper progressão
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Utilizado na maioria dos casos


Quando acima de 45° de curva
Tratamento cirúrgico
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Correção de deformidades
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Geralmente, haste e parafusos


Growing rods

Diagnóstico: o diagnóstico da escoliose é eminentemente clínico. O principal teste é o teste de Adams, em que o paciente se inclina
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para frente e deve-se buscar a gibosidade, sua localização e para que lado está.
Outros testes são o ângulo do talhe (assimetria entre o ângulo formado entre o gradil costal e os membros superiores) e a linha de
prumo (linha pendente de C7 ao sacro, normalmente fica a até 2cm da linha média do sacro).
O diagnóstico radiográfico é feito por meio do ângulo de Cobb (> 10°) e definirá o tratamento.

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ESCOLIOSE

Definição Avaliação radiográfica Grau de Risser


Deformidade tridimensional Ângulo de Cobb Porcentagem de ossificação
da coluna da epífise do ilíaco

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Avaliação clínica Tratamento

Teste de Adams Linha de prumo Ângulo de talhe


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Ângulo
11° a 25° 25° a 45° Acima de 45°
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de Cobb
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Colete de
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Observação
Tratamento Milwaukee Cirurgia
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semestral
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ou TLSO
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CRITÉRIOS PARA COLETE:


25° a 45° de curva, Risser 0-2, sem menarca.


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Tratamento: pode ser:


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• Apenas observacional, associado ou não à RPG (reeducação postural global), se o Cobb for inferior a 25°.
• Com coletes, indicado para pacientes que ainda não atingiram o grau 3 de Risser (que indica o fim do estirão de crescimento e,
portanto, menor progressão da curva e menor possibilidade de contenção), não menstruaram e com curva entre 25 e 45°. Os coletes
devem ser usados por no mínimo 18 horas, e idealmente 23 horas, por dia, até a maturidade esquelética. Eles não corrigem a curva, mas
impedem sua progressão.
• Com cirurgia, indicada para pacientes com curvatura acima de 45°.

Nas escolioses neuromusculares, não se usam coletes, indicando-se cirurgia a partir de 45° de curva.

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CAPÍTULO

2.0 DOENÇA DE SCHEUERMANN


Esse tema figura mais como epônimo em alternativas, do que como foco de questão direta.

Definição: dorso curvo do adolescente; aumento da cifose torácica.


Características: sete vezes mais comum em meninos. Inicia-se na puberdade e acomete principalmente a coluna dorsal.
Diagnóstico: clinicamente, é diferenciada do dorso curvo postural por não haver correção com a retificação da coluna. Radiograficamente,
define-se a doença de Scheuermann clássica a partir de: três vértebras consecutivas com encunhamento acima de cinco graus; cifose acima
de 45°; e espaço discal preservado.
Tratamento

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Conservador: uso de órtese estilo Milwaukee, que envolve todos os segmentos da coluna. É indicado classicamente entre 45° e 60°
graus.

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Cirúrgico: indica-se cirurgia corretiva, pelo elevado índice de dor, para curvas acima de 75° (alguns livros-texto apresentam como 70°).
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CAPÍTULO

3.0 TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO


Torcicolo muscular congênito é um tema frio e figura em provas geralmente como diagnóstico diferencial de patologias
do pescoço (cisto tireoglosso e braquial, na maioria das vezes). Questões diretas sobre ele são raras.

Definição: contratura do músculo esternocleidomastoideo, que leva à posição em inclinação e rotação.


Etiologia: provavelmente, um sangramento no ventre muscular, ainda intraútero, que leva à síndrome compartimental e encurtamento.
Fatores de risco: muito semelhantes aos de displasia do desenvolvimento do quadril: apresentação pélvica, oligodrâmnio, macrossomia
fetal e gemelaridade. Após o nascimento, associa-se a: permanência excessiva em decúbito dorsal e uso excessivo de cadeirinhas ou qualquer
coisa que leve o bebê a ficar na mesma posição.

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Diagnóstico: clínico; estritamente, a posição viciosa é também considerada como torcicolo muscular
congênito. O paciente apresenta a posição do pardal (inclinação para um lado e rotação contralateral), com o

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músculo encurtado do lado da inclinação. Ao contrário da síndrome de Grisel, o paciente consegue mover o
pescoço (ativa ou passivamente) além da linha média, mas há perda da amplitude total de movimentos
Nódulos podem ser palpados no ventre do esternocleidomastoideo, mas não são onipresentes; da
mesma forma, a ultrassonografia pode ou não demonstrar alterações (observa-se fibrose muscular em metade
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dos casos).
Tratamento: feito por fisioterapia. Quanto mais precoce, melhor.
Prevenção: por meio do tummy time (colocar a criança deitada de bruços em pequenos períodos ao longo do dia) e evitando que
permaneça com a cabeça fixa sempre na mesma posição.

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Complicações: a principal é a plagiocefalia. Se não for tratada, pode comprometer o desenvolvimento do “horizonte visual”, atrapalhando
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o equilíbrio ao ser corrigido.


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Torcicolo muscular congênito


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Nodulação no

esternocleidomastoideo Pode levar à plagiocefalia


e posição do pardal
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Associado à displasia Tratamento: fisioterapia


do quadril Prevenção: tummy time

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CAPÍTULO

4.0 SÍNDROME DE GRISEL OU SUBLUXAÇÃO


ROTATÓRIA ATLANTOAXIAL ATRAUMÁTICA
Raridade nas provas. A única vez em que foi perguntado versou sobre o tratamento.
É importante lembrar, também, seu epônimo para diagnósticos diferenciais.

Definição: inflamação autoimune em resposta à infecção dos ligamentos que estabilizam C1 (atlas) e C2 (áxis).

Etiologia e apresentação clínica: ocorre como uma sinovite transitória, geralmente secundária a uma infecção de vias aéreas superiores.
O paciente apresenta-se com a posição do pardal, mas a contratura do esternocleidomastoideo é contralateral, como se estivesse tentando

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corrigir a deformidade, e há restrição de movimentos (não é possível cruzar a linha média, nem ativa, nem passivamente).

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Diagnóstico: é confirmado por radiografia e tomografia, buscando a assimetria do intervalo atlantodente e a rotação de C1 sobre C2.

Tratamento: depende do tempo de evolução. Até uma semana, pode-se tratar com colar cervical e sintomáticos; acima desse prazo,
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usa-se tração esquelética para redução e colar rígido posteriormente para estabilização. Casos com mais de três meses de evolução são
tratados com cirurgia.

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Preparei uma lista exclusiva de questões com os temas dessa aula!


Acesse nosso banco de questões e resolva uma lista elaborada por mim, pensada para a sua aprovação.
Lembrando que você pode estudar online ou imprimir as listas sempre que quiser.

Resolva questões pelo computador

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Copie o link abaixo e cole no seu navegador
para acessar o site

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s. https://bit.ly/2NqXvsN


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Resolva questões pelo app


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Aponte a câmera do seu celular para


o QR Code abaixo e acesse o app
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6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1. Amaral DM, Cadilha RPBS, Rocha JAGM, Silva AIG, Parada F. Congenital muscular torticollis: where are we today? A retrospective analysis
at a tertiary hospital. Porto Biomed. J. 2019;4:3(e36).
2. Han MH, Kang JY, Do HJ, Park HS, Noh HJ, Cho YH, et al. Comparison of clinical findings of congenital muscular torticollis between patients
with and without sternocleidomastoid lesions as determined by ultrasonography. J Pediatr Orthop. 2019;39;226-31.
3. Herring, JA. Tachdjian’s Pediatric Orthopaedics: from the Texas Scottish Rithe Hospital for Children. Elsevier, Philadelphia, PA. 5ª edição,
2014. 2481 pp.
4. Kaplan SL, Coulter C, Sargent B. Physical therapy management of congenital muscular torticollis: a 2018 evidence-based clinical practice
guideline from the APTA academy of pediatric physical therapy. Pediatr Phys Ther. 2018;30:240-90.

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7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS


É isso aí, Estrategista! Concluímos mais um resumo de Ortopedia Pediátrica, falando aqui da coluna. São temas raramente cobrados,
mas que podem, como sempre digo, fazer a diferença na sua aprovação por serem aquele pontinho diferencial.
Agora, pegue a nossa lista exclusiva de questões e mande ver para sedimentar o conhecimento!
Forte abraço e bons estudos!

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