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INSTITUTO SUPERIOR DE FORMAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E CIÊNCIA.

(ISFIC)

LICENCIATURA EM PSICOLOGIA SOCIAL E DO TRABALHO

3ᵒANO/2024
VII GRUPO

CADEIRA DE TÉCNICAS DE PSICDIAGNÓSTICO


Tema:
Processo diagnóstico

Discente: Docente:
Baltazar Raimundo Chivale Msc. Rafael André Matlhombe
Gustavo Sabonete João
Joana Antônio Mazive
Palmira Félix Gungule
Salmina Isac Mutombene

Maputo, Abril de 2024.


Índice

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO.......................................................................................1
1.1. Objectivos...........................................................................................................2
1.1.1. Objectivo Geral...........................................................................................2
1.1.2. Objectivos específicos.................................................................................2
CAPÍTULO II – MARCO TEÓRICO...............................................................................3
2.1. Definição de conceitos........................................................................................3
2.2.1. Objectivo do diagnóstico clínico.....................................................................3
2.2.2. Tipos de diagnóstico.......................................................................................4
2.2.3. Realização do diagnóstico clínico...................................................................4
2.2.3.1. Anamnese.................................................................................................5
2.2.3.2. Exame físico............................................................................................6
2.2.3.3. Raciocínio clínico....................................................................................6
2.2.4. Principais exames para chegar ao diagnóstico clínico....................................6
2.2.5. Exames laboratoriais...................................................................................6
2.2.6. Métodos de diagnóstico por imagem...........................................................7
2.2.7. Procedimentos cardiológicos.......................................................................7
CAPÍTULO III – CONCLUSÕS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................9
3.1. Conclusão............................................................................................................9
Referências bibliográficas............................................................................................10
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.

O diagnóstico é um procedimento que visa recolher tratar, analisar e dar a conhecer


informação pertinente, de forma a possibilitar a caracterização o mais rigorosa possível
de uma área geográfica ou organização, permitindo que se tracem objectivos e metas a
alcançar em função da informação recolhida. Designado por vezes também como
“análise de necessidades, é sempre definido como a identificação dos níveis de não
correspondência entre o que está (a situação presente) e o que “deveria estar” (a situação
desejada).” (MTS/SEEF, 1999, p. 6.3).

Ao nível clínico o processo de diagnóstico pode ser visto como uma forma de classificar
a saúde de um paciente em diferentes etiologias e condições que permitem aos
profissionais médicos tomarem decisões sobre prognóstico e tratamento.1

O presente trabalho tem como tema “processo diagnóstico”. Para a sua elaboração o
estudo será conduzido com base na abordagem qualitativa, uma vez que essa abordagem
é coerente com a pesquisa exploratória e o estudo de caso que serão adoptados pelo
estudo, pois ela percebe o actor como fulcral na construção de conceitos tomando como
partida a interpretação que este faz da realidade. A abordagem qualitativa trás
contributos capitais olhando para o seu carácter descritivo, investigativo e dá primazia
às percepções dos actores envolvidos.

O trabalho apresentar-se em três capítulos dispostos da seguinte forma: I Capítulo


(Introdução, Objectivos, Justificativa e Metodologia), o II Capítulo apresenta a Marco
Teórico e por fim o III Capítulo apresenta as conclusões e as referências bibliográficas.

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https://star.med.br/diagnostico-o-que-e/#qual_a_importancia_de_um_diagnostico_preciso

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

O presente trabalho debruça sobre o tema “processo de diagnóstico” para melhor


estudá-lo iremos tomar como objectivo geral o seguinte:

 Descrever o processo de diagnóstico.

1.1.2. Objectivos específicos

Como forma de aprofundar e explicar o objectivo que se pretende alcançar com o


presente trabalho será abordado especificamente da seguinte forma:

 Definir os conceitos básicos;


 Descrever o objectivo do diagnóstico;
 Distinguir os tipos de diagnóstico;
 Referenciar os processos da realização do diagnóstico clínico.

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CAPÍTULO II – MARCO TEÓRICO
2.

2.1. Definição de conceitos

i. Diagnóstico

Intenciona explicar o que ocorre para além da descrição consciente do paciente,


sinalizando causas para os sintomas, (Leite, 2016).

ii. Diagnóstico clínico

Segundo Fernández, (1992), diagnóstico clínico é um processo analítico de detecção de


doenças por meio da coleta de informações e avaliação do paciente. Geralmente, essa
abordagem ocupa lugar de destaque na consulta médica e de outros profissionais de
saúde, que tem início com a anamnese.

2.2. O processo diagnóstico

Geralmente, essa abordagem ocupa lugar de destaque na consulta médica e de outros


profissionais de saúde, que tem início com a anamnese.
Afinal, a entrevista com o paciente oferece dados indispensáveis para a identificação de
patologias e lesões, como sua manifestação clínica e quando a queixa teve início.
Mas a anamnese é apenas uma parte da observação clínica, que deve ser complementada
pelo exame físico e, às vezes, por procedimentos complementares para fundamentar o
diagnóstico, (Leite, 2016).

2.2.1. Objectivo do diagnóstico clínico

O objectivo do diagnóstico clínico é a resolução da queixa, o que, na maioria das vezes,


representa a cura ou controle da doença ou condição de saúde relatada. Para tanto, são
utilizados procedimentos que permitem traçar um plano para solucionar o problema, que
se traduz como abordagem terapêutica, (Leite, 2016).
Quando construído a partir de dados e raciocínio bem embasados, o diagnóstico clínico
oferece os elementos necessários para um tratamento de qualidade, melhorando o
prognóstico do paciente.

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Tanto que certas patologias têm diagnóstico fundamentalmente clínico, a exemplo de
inflamações no ouvido (otites), gripe e outras doenças infecciosas.
O que não significa que todo diagnóstico clínico dispense exames complementares, que
podem ser necessários para confirmar, por exemplo, qual o microrganismo por trás de
um quadro infeccioso, (Leite, 2016).

2.2.2. Tipos de diagnóstico

Como mencionei antes, o diagnóstico clínico traz a descrição de sinais e sintomas para
formular uma hipótese a partir do raciocínio clínico.
Entretanto, pode haver outros fundamentos para a avaliação do paciente, considerando
diferentes pontos de partida ou características das doenças, a exemplo de:
 Diagnóstico etiológico: foca na causa da lesão ou queixa, classificando-a como
cardiovascular, muscular, inflamatória etc;
 Diagnóstico topográfico: evidencia a área do corpo onde se encontra a origem da
queixa;
 Diagnóstico patológico: parte do resultado do estudo da doença, realizado através
de exame anatomopatológico. Ou seja, a partir da análise laboratorial de pequenas
partes de órgãos ou tecidos;
Existem ainda classificações distintas, como aquelas referentes ao diagnóstico de
enfermagem, que é o julgamento clínico a respeito das respostas atuais e potenciais do
indivíduo aos seus problemas de saúde. Dentro desse conceito, o julgamento clínico
pode ser dividido em:

_Diagnóstico com foco no problema: tem início em uma resposta indesejada do


paciente diante de condições de saúde ou processos vitais;
_Diagnóstico de risco: considera factores capazes de comprometer a saúde;
_Diagnóstico de promoção de saúde: prioriza medidas capazes de aumentar o bem-
estar;
_Síndrome: corresponde ao agrupamento de diagnósticos que ocorrem juntos e são
manejados em conjunto, usando intervenções similares, (Weiss, 2008).

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2.2.3. Realização do diagnóstico clínico

Embora o diagnóstico clínico seja mais conhecido como prática médica, ele pode ser
empregado em consultório por outros profissionais de saúde.
Fisioterapeutas, enfermeiros e nutricionistas, por exemplo, podem se valer dessa
ferramenta para avaliar os pacientes e determinar qual o tratamento ou conduta
adequada. Seu objectivo será alinhado à actividade profissional, porém, também é
voltado a solucionar um problema, (Fernández, 1992).
Um fisioterapeuta pode começar com anamnese e exame físico para verificar a condição
clínica do paciente e definir exercícios de reabilitação. Assim como um enfermeiro usa
essa abordagem para estabelecer os cuidados dispensados a um paciente acamado, bem
como sua periodicidade. E um nutricionista analisa possíveis necessidades nutricionais
do cliente para decidir quais alimentos serão recomendados em sua dieta. Ouvindo e
examinando o paciente, o profissional de saúde consegue compreender sua situação
atual e ter mais precisão nas terapias prescritas.
O principal pilar do diagnóstico clínico é o exame clínico, uma rotina que
combina anamnese e avaliação física do paciente.
Por fim, as informações devem ser analisadas por meio do raciocínio clínico,
viabilizando o diagnóstico. Exames complementares nem sempre fazem parte do
processo, mas podem confirmar ou afastar uma hipótese diagnóstica, (Fernández, 1992).

2.2.3.1. Anamnese

A entrevista com o paciente consiste na aplicação de um roteiro de perguntas que


permite coletar dados relevantes para o diagnóstico.
Existem diversas estruturas para a anamnese, sendo:
 Identificação do paciente: desde dados simples como nome e idade, até
detalhes sobre o trabalho e outras atividades diárias;
 Queixa principal: é a razão por que o paciente buscou assistência em saúde.
Nessa fase, é importante anotar a queixa usando as mesmas palavras do cliente;
 História da doença atual (HDA): aqui, a ideia é obter o máximo de detalhes
sobre a patologia em potencial, como quais são os sintomas, quando começaram,
qual a sua intensidade e de que forma impactam no dia a dia do paciente;
 História familiar: vale investigar quais doenças estão presentes em familiares
próximos, verificando se o problema actual pode ter influência genética;
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 História pessoal: é um retrato do estilo de vida e condição actual do cliente,
incluindo alergias, se faz uso de remédios ou está em tratamento, se é fumante,
se pratica atividade física regularmente, quais os hábitos alimentares, etc;
 Revisão por sistemas: encerra a anamnese com um resumo sobre alterações
percebidas no funcionamento dos sistemas corpóreos, (Leite, 2016).

Realizada a anamnese, passa-se ao exame físico.

2.2.3.2. Exame físico

A avaliação física é composta pelos seguintes passos:


 Inspeção: busca por alterações por meio da observação visual do paciente;
 Palpação: reconhecimento de alterações na forma, textura e outros aspectos físicos
que sinalizam a presença de patologias;
 Percussão: avaliação dos sons emitidos por certas partes do corpo como resposta a
pequenos toques e leves “golpes”;
 Ausculta: uso de equipamentos para ouvir e analisar os sons originados no coração,
pulmões, entre outros órgãos, (Fernández, 1992).

Feito o exame físico, então se realiza a etapa que compreende o raciocínio clínico.

2.2.3.3. Raciocínio clínico

Por fim, o médico reúne todas as informações e investiga as condições que podem estar
por trás do quadro. Essa é a etapa de aplicação do raciocínio clínico, essencial para
chegar a um diagnóstico correcto.

2.2.4. Principais exames para chegar ao diagnóstico clínico

Apesar de não serem obrigatórios, alguns exames contribuem para a construção do


diagnóstico clínico.
Os procedimentos podem variar conforme a suspeita clínica, contudo, alguns métodos
são solicitados com maior frequência pelos médicos.
Exames laboratoriais e de imagem são alguns exemplos, além de procedimentos que
avaliam a saúde cardiovascular. Sendo alguns deles:

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2.2.5. Exames laboratoriais

São feitos a partir de análises de material biológico, possibilitando a detecção de


anormalidades como agentes infecciosos ou redução na quantidade de determinadas
células sanguíneas.

Exemplos:

 Hemograma
 Anatomopatológico
 Colesterol e glicemia
 PCR
 HIV
 Ácido úrico
 Dosagem de hormônios.
Nota: importar ressalvar que cabe ao médico solicitar esses e outros exames, (Weiss,
2008).

2.2.6. Métodos de diagnóstico por imagem

Viabilizam o estudo não invasivo de uma série de regiões do corpo,


fornecendo registros internos de órgãos e tecidos.
Os exames de imagem mais comuns são:
 Raio X: emprega radiação ionizante para mostrar uma fotografia interna de uma parte
do organismo;
 Mamografia: é uma adaptação do raio X que possibilita visualizar anomalias no tecido
mamário, incluindo pequenas massas capazes de se tornar tumores malignos;
 Tomografia computadorizada: graças a um tubo giratório, permite a captação de
diversas radiografias simultâneas, vistas a partir de diferentes ângulos;
 Ressonância magnética: combina campo magnético e ondas de rádio para oferecer
imagens internas de alta resolução.
Outros métodos de diagnóstico por imagem podem ser solicitados pelo médico,
(Fernández, 1992).

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2.2.7. Procedimentos cardiológicos

Doenças cardiovasculares têm alta prevalência na população mundial, o que pede


atenção redobrada dos médicos para o diagnóstico precoce dessas condições.
Daí a popularidade de exames cardiológicos como:
 Eletrocardiograma: avalia a actividade elétrica cardíaca, formando gráficos com dados
sobre os batimentos;
 Teste ergométrico: é um ECG dinâmico, usado para analisar o comportamento do
coração sob estresse;
 Ecocardiograma: é como uma ultrassonografia, oferecendo imagens em tempo real do
músculo cardíaco, (Leite, 2016).

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CAPÍTULO III – CONCLUSÕS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3.

3.1. Conclusão
Feito o trabalho podeomos forma resumida constatar que:

Esse julgamento é feito através de uma combinação de várias abordagens, como a


anamnese, resultados de exames físicos e laboratoriais, além da interpretação do
profissional. Este diagnóstico é crítico para o plano de tratamento subsequente, pois
orienta as opções de tratamento e ajuda a informar o prognóstico. Uma vez que a doença
ou condição é identificada de forma correcta, o médico pode prescrever o tratamento
mais apropriado. Isso pode envolver a indicação de medicação, terapia, cirurgia,
alterações no estilo de vida etc. Além disso, o diagnóstico clínico permite que o médico
dê ao paciente uma previsão sobre o curso esperado da doença, incluindo a velocidade
de progressão, a gravidade e a duração provável. Quando um diagnóstico é preciso e
realizado em tempo hábil, o paciente tem a melhor oportunidade para um resultado
positivo na sua saúde porque a decisão clínica será adaptada para uma compreensão
correta dos problemas de saúde do paciente. Além disso, as decisões de políticas
públicas são influenciadas pela epidemiologia dos diagnósticos e tratamentos realizados,
como decisões de alocação de recursos, programas de rastreamento de doenças e
prioridades de pesquisa.

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Referências bibliográficas
a) Manuais e Livros
1. Fernández, A. (1991). A inteligência aprisionada: Abordagem psicopedagógica
da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas.
2. Leite, M. M. S. (2016). Rostos e lugares: o acesso geográfico de pessoas com
tuberculose drogarresistente às unidades de referência terciária no Estado do Rio
de Janeiro. 52 f. Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) – Fundação
Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro.
3. MTS / SEEF (1999a). Metodologia de Avaliação de Intervenções Sociais,
Lisboa, IEFP/IGFSS.
4. Weiss, M. L. L. (2008). Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos
problemas de aprendizagem escolar. 13. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro:
Lamparina.

b) Portais de internet
https://star.med.br/diagnostico-o-que-e/#qual_a_importancia_de_um_diagnostico_preciso

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