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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

As principais correntes do pensamento Geográfico

Nome do Estudante: Código: Ana Jaime Bacar, 91220298.

Pemba, Agosto, 2022

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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

As principais correntes do pensamento Geográfico

Trabalho de carácter avaliativo do


Curso de Licenciatura Em
Geografia da UnISCED, Cadeira
de Pensamento Geográfico,
recomendado pela Coordenação:
O Tutor:

Nome do Estudante: Código: Ana Jaime Bacar, 91220298.

Pemba, Agosto, 2022


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Índice

Introdução...................................................................................................................................2

1. Objectivo.............................................................................................................................3

1.1. Objectivo Geral............................................................................................................3

1.2. Objectivo Especifico....................................................................................................3

Metodologia................................................................................................................................3

2. As principais correntes do pensamento Geográfico............................................................4

2.1. Contextualização..........................................................................................................4

2.2. As correntes do pensamento Geográfico......................................................................5

2.2.1. Corrente do Pensamento Geográfico Tradicional.................................................5

2.2.2. Corrente do Pensamento Geográfico Moderno.....................................................5

Considerações Finais..................................................................................................................7

Referencias Bibliográficas..........................................................................................................8

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Introdução

O presente trabalho abarca sobre as principais correntes do pensamento geográfico, As


principais correntes do pensamento Geográfico, preferi que Segundo Hettner (1939) caberia à
Geografia “a análise das influências e interações entre o homem e o meio”, Albert Demageon
(1942) conceitua a Geografia como “ o estudo dos grupos humanos nas suas relações com o
meio geográfico” e para Martonne (1951) a “Geografia moderna encara a distribuição à
superfície do globo dos fenômenos físicos, biológicos e humanos, as causas dessa distribuição
e as relações locais desses fenômenos”.

No entanto, dizer que a Geografia Regional procurava estudar as unidades componentes da


diversidade areal da superfície terrestre. Em cada lugar, área ou região a combinação e a
interação das diversas categorias de fenômenos refletiam-se na elaboração de uma paisagem
distinta, que surgia de modo objetivo e concreto. O estudo das regiões e das áreas favoreceu a
expansão da perspectiva regional ou corológica, que teve como êmulo e padrão as clássicas
monografias da escola francesa. Preocupados em compreender as características regionais, o
geógrafo desenvolveu habilidade descritiva, exercendo a caracterização já estabelecida por La
Blache, em 1923 (Christopoletti, 1985, p.14).

1. Objectivo
1.1. Objectivo Geral
 Analisar as principais Correntes do Pensamento Geográfico.
1.2. Objectivo Especifico
 Fazer uma breve contextualização do pensamento Geográfico;
 Identificas as principais correntes do pensamento Geográfico;
 Debruçar cada corrente do pensamento Geográfico.

Metodologia

A metodologia usada para elaboração do trabalho assentam-se na revisão da literatura ou


pesquisa bibliográfica é aquela que é desenvolvida a partir de material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos (Gil, 2008). Para tal, recorreu-se à
documentação da associação e da literatura para a elaboração do relatório.

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2. As principais correntes do pensamento Geográfico
2.1. Contextualização
Em primeiro referir que a Geografia Tradicional também conhecida como Geografia Clássica
surgiu no século XIX, inicialmente na Alemanha e na França, difundindo-se aos demais
países, tendo como precursores Alexandre Von Humboldt e Carl Ritter. Nesta corrente
surgem as primeiras definições do que seria a Geografia e qual seria seu objeto de análise, já
que no momento de sua sistematização não havia clareza quanto ao objeto de estudo, a
Geografia era tida como a ciência “do tudo” ou a ciência “da superfície terrestre”.

Segundo Hettner (1939) caberia à Geografia “a análise das influências e interações entre o
homem e o meio”, Albert Demageon (1942) conceitua a Geografia como “ o estudo dos
grupos humanos nas suas relações com o meio geográfico” e para Martonne (1951) a
“Geografia moderna encara a distribuição à superfície do globo dos fenômenos físicos,
biológicos e humanos, as causas dessa distribuição e as relações locais desses fenômenos”.

A Geografia Tradicional foi fortemente marcada pela existência de dicotomias, como a


Geografia Física e Geografia Humana, Geografia Geral e Geografia Regional. Caberia a
Geografia Física ocupar-se com o estudo do quadro natural e à Geografia Humana
preocupava-se com a distribuição dos aspectos originados pelas atividades humanas, nesta
relação dicotômica a Geografia Física obteve a imagem de ser mais consolidada que a
Geografia Humana, devido ao próprio desenvolvimento das ciências naturais.

Outra dicotomia existente nesta corrente refere-se à Geografia Geral e a Geografia Regional.
A primeira objetivando estudar a distribuição dos fenômenos da superfície terrestre, analisava
cada categoria do fenômeno de maneira autônoma, resultando na subdivisão da Geografia
(geomorfologia, hidrografia, climatologia, etc.), já a Geografia Regional procurava estudar as
unidades componentes da diversidade areal da superfície terrestre. A Geografia Regional
muito valorizada nesta corrente era tida como a mais complexa expressão do método
geográfico, assim caberia ao geógrafo descrever as características de dada região,

Quanto aos procedimentos metodológicos destaca-se a importância do trabalho empírico e da


habilidade descritiva, além dó papel de síntese atribuído à Geografia, onde esta reuniria as
informações obtidas pelas demais ciências, resultando na visão totalizadora da região, como
aponta Christopoletti, (1985).

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2.2. As correntes do pensamento Geográfico

Na inteligência de Moraes (1994), as correntes do pensamento geográfico, com suas


congruências e divergências, podem ser classificadas em dois grandes grupos: Corrente do
Pensamento Geográfico Tradicional, Corrente do Pensamento Geográfico Moderno.

2.2.1. Corrente do Pensamento Geográfico Tradicional

A Tradicional, sustentando em conceitos naturais e percebendo a Geografia como Ciência


descritiva de observação de elementos naturais. Os conjuntos das correntes não dialéticas que
estudam a relação do homem com a natureza, sem se preocupar com as interfaces dos homens
e as questões sociais, compõem a Geografia Tradicional.

De modo simplório, elas podem ser assim compreendidas: Determinismo, com F. Ratzel
como principal teórico, defendendo o argumento de que as condições naturais determinam o
comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir; Possibilismo,
fundamentado, principalmente, por P. V. de La Blache, que adotava a ideia de que a natureza
fornecia possibilidades para que o homem a modificasse sem necessariamente determinar
comportamentos; e Regionalismo, com bases também em P. V. de La Blache e Richard
Hartshorne, que focaliza o estudo das áreas e sua diferenciação mediante a descrição dos
lugares e divisões territoriais (Alves & Sahr, 2009). Essas foram questionadas com o
movimento da renovação, a expansão capitalista e o fim da Segunda Guerra Mundial por volta
de 1950.

2.2.2. Corrente do Pensamento Geográfico Moderna

Que critica o positivismo e acolhe a Geografia como Ciência social. As tendências que
defendiam fazer da Geografia uma Ciência social e criticavam o tradicionalismo foram
denominadas de Modernas (Moraes, 1994).

2.2.2.1. Divisão do Pensamento Moderna Geográfico

A Geografia Moderna pode ser subdividida em duas vertentes:

 A Pragmática - diz respeito à Geografia aplicada (teorética ou quantitativa, sistêmica


e comportamental ou de percepção).

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Ela acreditava em uma tecnologia geográfica que, mediante dados estatísticos e diagnósticos
estruturados, subsidia tomada de decisões de empresas e do governo, e é criticada por
legitimar a expansão das relações capitalistas (Sahr, 2006).

 A Crítica – possui inúmeros teóricos e propostas díspares, mas converge na oposição


a uma realidade social contraditória, desigual e injusta, e entende a Geografia como
ciência politizada que visa à transformação da ordem social em busca de uma
sociedade mais justa (Godoy, 2010).

Nesta, a Geografia é uma prática social em relação à superfície terrestre (Lacoste, 1988) que
responde a problemas por meio da prática social para que não se torne uma prisão (Santos,
1994). Importa salientar que o pendor Humanista, ao contrário do Físico, é assentado na
subjetividade, nos sentimentos, na experiência, privilegiando o singular e a compreensão
como base da inteligibilidade do mundo real (Corrêa, 1998).

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Considerações Finais

Em suma deixar ficar que, as correntes do pensamento Geográfico, sendo elas Tradicionais e
Modernos, descrevem que, o pensamento geográfico Tradicional, esta sustentando em
conceitos naturais e percebendo a Geografia como Ciência descritiva de observação de
elementos naturais. Os conjuntos das correntes não dialéticas que estudam a relação do
homem com a natureza, sem se preocupar com as interfaces dos homens e as questões sociais,
compõem a Geografia Tradicional.

De modo simplório, elas podem ser assim compreendidas: Determinismo, com F. Ratzel
como principal teórico, defendendo o argumento de que as condições naturais determinam o
comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir; Possibilismo,
fundamentado, principalmente, por P. V. de La Blache, que adotava a ideia de que a natureza
fornecia possibilidades para que o homem a modificasse sem necessariamente determinar
comportamentos

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Referencias Bibliográficas

Alves, A. P. A. F; Sahr, Cicilian, L. L. (2009). Geografia ensinada – geografia vivida?


Conceitos e abordagens para o ensino fundamental no Paraná. Revista Discente Expressão
Geográficas, Florianópolis, ano 5, n. 5, p. 49-60, maio.. Disponível em: <www.
geograficas.cfh.ufsc.br>. Acesso em: 30 jun. 2013.

Christopoletti, A. (1985) Perspectivas da Geografia. São Paulo: DEFEL, 2ª ed.

Corrêa, R. L. (1998) Região e organização espacial. 6. ed. São Paulo: Ática.

Godoy, P. R. T (2010) Algumas considerações param uma revisão crítica da História do


Pensamento Geográfico. In: GODOY, Paulo R. Teixeira de. (Org.). História do pensamento
geográfico e epistemologia em Geografia. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura
Acadêmica,. p 145-156. Disponível em: <http:// www.geoplan. net.br/material_didatico/livro
%20HISTORIA%20DO%20PENSAMENTO%20GEOGR%C3%81FICO%20E%20
EPISTEMOLOGIA%20EM%20GEOGRAFIA%5B1%5D.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2013.

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