Direito ADM 1 - Unidade 2

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Direito ADM 1 – UNIDADE 2

I – Conteúdo

1) Consórcios públicos
 e Art. 1º, § 1º, da Lei n.º 11.107/2005 c/c Art. 41 do Código Civil,
2) Entidades paraestatais
3) Organizações não governamentais – terceiro setor
4) Ato administrativo
5) Responsabilidade do estado
6) Bens públicos

II - Consórcios públicos

1) O que é:
 Consiste na união entre dois ou mais entes da federação (municípios, estados e
União), sem fins lucrativos, com a finalidade de prestar serviços e desenvolver
ações conjuntas que visem o interesse coletivo e benefícios públicos.
Constitui-se numa associação pública com personalidade jurídica de direito
público e de natureza autárquica ou como pessoa jurídica de direito privado
sem fins econômicos. (Art. 2º, I, do Dec. 6.017/07).

 https://jus.com.br/artigos/14204/a-implantacao-dos-
consorcios-publicos-instituidos-pela-lei-n-11-107-
2005 Artigo extenso

2) Legislação importante:
 Art. 241 CF, Lei n.º 11.107/2005 , Art. 41. IV CC.
 Art. 241 CF :

 Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por


meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a
transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998).

 Lei n.º 11.107/2005


 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11107.htm
 https://feant.jusbrasil.com.br/artigos/151574829/
consorcios-publicos

3) Personalidade juridica:

 Quanto à personalidade jurídica, os consórcios públicos


podem ser pessoas jurídicas de direito público ou de direito
privado.
Quando são de direito público, constituem associações públicas,
e deve ser ratificado um protocolo de intenções para que
o consórcio adquira personalidade jurídica. Vale lembrar que o
consórcio público com personalidade jurídica de direito público
integra a administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados.
Segundo Carvalho Filho, a Lei nº 11.107, de 6.4.2005, que
dispõe sobre normas gerais de instituição de consórcios
públicos, previu que estes mecanismos deverão constituir
associação pública ou pessoa jurídica de direito privado (art. 1
º, § 1º). Ao referir-se à personalidade, o legislador estabeleceu
que a associação pública terá personalidade jurídica de direito
público (art. 6º, I), ao contrário da outra alternativa, em que a
pessoa terá personalidade jurídica de direito privado.
Formado o consorcio público com a fisionomia jurídica de
associação pública, terá ela natureza jurídica de autarquia.
Consequentemente, a tais associações serão atribuídas todas
as prerrogativas que a ordem jurídica dispensa às autarquias
em geral.
Já os consórcios públicos de direito privado são regidos
predominantemente pelo direito privado, mas devem observar
as normas de direito público quanto à realização de licitação,
celebração de contratos, prestação de contas e admissão de
pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT. [1]

 No direito privado, pode ser em forma de


associação ou fundação.

III – Entidades Paraestatais do terceiro setor.

1) O terceiro setor é composto por instituições que


não são nem do primeiro setor (o estado) nem
do segundo setor (o mercado) .

2) São pessoas jurídicas de direito privado, não


pertencem ao estado.

3) Esse setor é formado por:

 Serviço Social Autônomo


 Organização Social - entidades privadas da sociedade civil;
 Oscip - Organização da sociedade civil de Interesse Público;
 Fundações de Apoio ou entidades de apoio;
4) SOBRE AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OSs):
 Caracteristicas:

 São criadas pela Lei n.º 9.637/98 (Lei das Organizações Sociais) -
Dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais.
 Essa qualificação especial é outorgada pelo governo federal

 a outorga da qualificação é um ATO discricionário

 O que é então? É uma espécie de parceria entre a Administração e a


iniciativa privada;
 Como é feita a parceria? Essa parceria entre as OSs e a Adm. pública é
feita pelo contrato de gestão;
 Não precisam de licitação para serem
contratadas.
5) SOBRE AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIPs)
 Características:
 são pessoas jurídicas de direito privado;
 sem fins lucrativos;
 instituídas por iniciativa dos particulares;
 d. desempenham serviços não exclusivos do Estado;
 e. sofrem a fiscalização pelo Poder Público;
 f. a outorga da qualificação é um ATO vinculado;
 LEMBRANDO que as Oscips possuem um campo de atuação
maior do que as Oss
 Lei n.º 9.790/99
6) Ainda existe as fundações de apoio

IV – Atos administrativos:

1) Conceito
 “Declaração do Estado, ou de quem lhe faça as vezes, no exercício de
prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas
complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a
controle de legitimidade por órgãos jurisdicionais”. Celso Antônio
Bandeira de Mello
2) Atos administrativos vs fatos administrativos
 Os atos dependem da vontade
humana, enquanto os atos não.
3) Atributos dos atos administrativos:
 presunção de legitimidade
 Imperatividade
 Exigibilidade
 Autoexecutoriedade
 tipicidade;
4) Mais atributos dos atos administrativos:
 a) Existência:
 Para que o ato exista ele precisa preencher os seguintes requisitos:
 - Forma;
 Motivo;
 - Finalidade
 - Objeto;
 Competência;
5) Atos administrativo perfeito vs imperfeito
6) VALIDADE - EFICÁCIA – EXEQUIBILIDADE
7) Classificação do atos administrativos:
 Quanto ao alcance ou efeitos sob terceiros
 Quanto à composição interna OU FORMAÇÃO
 . Quanto à sua formação
 Quanto à sua estrutura
 Quanto aos destinatários
 Quanto à esfera jurídica de seus destinatários
 Quanto às prerrogativas da Administração para praticá-los
 Quanto ao grau de liberdade conferido ao administrador:
8) Espécies de Atos
 Atos normativos
 Atos ordinatório/ordinários
 Atos negociais
 Atos enunciativos
 Atos punitivos
9) Formas do ato:
 A) Decreto
 Portaria
 Alvará
 Ofício
 Parecer
 Ordem de Serviço
 Despacho
10) Autorização - Permissão – Concessão
 Autorização é o ato administrativo unilateral discricionário pelo qual o Poder
Público faculta a alguém, em caráter precário, o exercício de uma dada
atividade material (não jurídica).
 Permissão é o ato unilateral discricionário pelo qual o Poder Público
(Permitente), em caráter precário, faculta a alguém (Permissionário) o uso de
um bem público ou a responsabilidade pela prestação de um serviço público.
 Concessão é o contrato administrativo pelo qual a Administração (Poder
Concedente), em caráter não precário, faculta a alguém (Concessionário) o uso
de um bem público, a responsabilidade pela prestação de um serviço público
ou a realização de uma obra pública, mediante o deferimento da sua
exploração econômica. Este contrato está submetido ao regime de direito
público.
11) Formas de extinção dos atos administrativos

 Quando o ato cumpriu seu efeitos;


 Quando há o desaparecimento do sujeito ou do objeto do ato
 Retirada
12) Convalidação de Atos Administrativos
 É o ato jurídico que com efeitos retroativos sana vício de ato antecedente de
tal modo que ele passa a ser considerado como válido desde o seu
nascimento.
 Ratificação
 Confirmação
 Confirmação
13) SÚMULAS 346 E 473 DO STF

SÚMULA Nº 346: A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODE DECLARAR A NULIDADE DOS SEUS


PRÓPRIOS ATOS. SÚMULA
Nº 473: A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS
DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU
REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS
DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO
JUDICIAL.

V – Bens Públicos

1) Definição:
 Art. 99 do cc:
 Art. 99. São bens públicos:
 I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
 II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;
 III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades.
 Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais
os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado.

2) Afetação :

 AFETAR um bem significa conferir destinação de um determinado bem a uma


finalidade pública, transformando-o em bem de uso comum ou bem de uso
especial, mediante Lei ou ato administrativo.
 b. DESAFETAR é o processo inverso, é retirada da destinação
conferida a o b e m p ú b l i c o , t r a n s f o r m a n d o - o e m b e
m dominical m e d i a n t e L e i o u a t o administrativo. É possível
que se transforme em virtude do tempo
3)Tipos de bens:
 Bens de uso comum:
 . Bens de uso especial:
 c. Bens dominicais:

4)REGIME JURÍDICO DOS BENS PÚBLICOS


 Inalienabilidade
 Por esta característica, os bens públicos em regra não podem ser
alienados.

 inalienabilidade não é absoluta!!

 SOBRE ALIENAÇÃO DE BENS MÓVEIS

 17 da Lei n.º 8.666/93 fala sobre bens imóveis e móveis

 Para alienar tem de desafetar, depois licitar?


 Imprescritibilidade
 Por esta característica os bens públicos não podem ser adquiridos
por usucapião, de acordo com a previsão estabelecida nos artigos
183, §3º, e 191, parágrafo único, da Constituição Federal/88.
 Impenhorabilidade
 Por esta característica bens públicos não podem ser objeto de
penhora em razão das regras previstas no artigo 100 da CF/88 que
versa sobre a execução em face da Fazenda Pública.

5)OS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA A TRANSFERÊNCIA DO USO DE


BEM PÚBLICOS SÃO:

 Autorização de uso;
 Permissão, e;
 Concessão de uso
6) Bens Públicos da União: Artigo 20 da CF
7)Bens Públicos dos Estados: artigo 26 da
CF.
8)Entretanto, Quando as Empresas Publicas e Sociedades de Economias Mistas 1
prestam serviços públicos, os bens são considerados públicos, como é o caso dos
Correios. Ou seja, são afetados à prestação de um serviço público.

9) Art. 2º, § 2º, do Decreto-lei nº 3.365/41, diz que entes federativos maiores
podem desapropriar bens de entes federativos menores.

VI – Responsabilidade civil do Estado

1) Conceito.

 É o dever estatal de ressarcir particulares por prejuízos civis e


extracontratuais de ações ou omissões de agentes públicos no exercício da
função administrativa.

2)A conduta do agente público deve ser


imputada ao estado.

3) Os danos podem ser morais e materiais.

4)Teoria da responsabilidade SUBJETIVA:

 1. ato - 2. dano - 3. nexo causal - 4. culpa ou dolo.


 A vítima tem que demonstrar que o agente público atuou com intenção de
lesar (dolo), com culpa, erro, falta do agente, falha, atraso, negligência,
imprudência, imperícia.
 Obs. a TEORIA SUBJETIVA AINDA É APLICÁVEL NO DIREITO PÚBLICO
BRASILEIRO, quanto aos danos por omissão e na ação regressiva.

5)Teoria da responsabilidade objetiva:


 Afasta a necessidade de comprovação de culpa ou dolo do agente público e
fundamenta o dever de indenizar na noção de RISCO.
 1. Ato; 2. Dano; 3. Nexo causal;
6)Dentro dessa teoria, existe a tese do DO RISCO
ADMINISTRATIVO
 Há excludentes ao dever de indenizar.
 a) culpa exclusiva da vítima
 b) força maior:
 c) culpa de terceiro
 CF/88 art. 37, § 6º
 as pessoas de direito privado respondem objetivamente enquanto prestam
serviços públicos. a (independente de dolo ou culpa)

7)DANOS POR OMISSÃO


 Nos danos por omissão a indenização é devida se a vítima comprovar que a
omissão produziu o prejuízo.

8)RELAÇÕES DE CUSTÓDIA
 Danos a pessoas e bens submetidos a relações de sujeição especial. Aqui a
responsabilidade estatal é objetiva inclusive quanto a atos de terceiros.

9). AÇÃO INDENIZATÓRIA


 Pode-se pleitear administrativa ou judicialmente a devida reparação.
10) AÇÃO REGRESSIVA
 A ação regressiva é proposta pelo Estado contra o agente público, nos casos de
culpa ou dolo (art. 37, § 6º, da CF/ 88).
 A ação regressiva, quando cabível, é um dever imposto à Administração, e não
uma possibilidade.

11) Os consecionarios pagam os danos


causados na ocasião da prestação do
serviço público.
 art. 25 da Lei 8.987/95
12) O dano so é causado se o agente
estiver em exercício de suas funções.
13) apenas os danos anormais e específicos, isto é, aqueles que excedam o limite
do razoável, ensejam reparação correspondente.
 artigo 37, §6º CF
 (RE 591.874). STF

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