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Impressões Atribuição Causal e Atitudes
Impressões Atribuição Causal e Atitudes
ATRIBUIÇÃO CAUSAL
Nando é egoísta e raramente faz algo pelos outros? É filho único e foi mimado pelos pais.
Diana tem más notas na escola? É preguiçosa ou os pais não conseguem impor a sua
autoridade por serem desleixados.
Expectativas – Um conjunto de ideias mais ou menos gerais e esquemáticas que formamos dos
outros e em que nos baseamos para prever o seu comportamento.
Em 1935, Allport (1890-1976), na sua obra Atitudes, considerava que o conceito de atitude era
central em psicologia social. As atitudes constituem elementos básicos das relações sociais.
Podemos definir atitude como uma tendência, uma predisposição, para responder a um
objecto, pessoa ou situação, de uma forma positiva ou negativa. A atitude implica um estado
que orienta o indivíduo a reagir de determinado modo a um objeto, que pode ser, uma pessoa,
um grupo social, uma instituição, uma coisa, um valor, um conceito... As atitudes não são
comportamentos, mas sim predisposições para agir com base em certas crenças e
determinados sentimentos. Não se pode confundir atitude com comportamento - a atitude é
um potencial para reagir de determinado modo a um objeto. Por exemplo, se uma pessoa tem
uma atitude negativa relativamente aos pedintes, provavelmente não lhes dará esmola
quando for solicitado, apoiará medidas que visem irradiar os mendigos das ruas, produzirá um
discurso contra a mendicidade, etc. Não constitui uma reação isolada, mas um conjunto de
predisposições, reações que se desencadeiam em determinadas situações.
Componente cognitiva – uma atitude inclui um conjunto de crenças sobre um objeto. A crença
é a informação que aceitamos sobre uma situação, um acontecimento, um conceito. É o que
acreditamos como verdadeiro acerca do objeto.
Por exemplo, uma atitude negativa relativamente ao tabaco pode basear-se numa crença de
que há uma relação entre o tabaco e o cancro pulmonar (componente cognitiva). A pessoa que
partilha desta crença não gosta do fumo e experimenta sentimentos desagradáveis em
ambientes onde as pessoas fumam ( componente afetiva ).A esta atitude estão,
frequentemente, associados alguns destes comportamentos: a pessoa não fuma, tenta
convencer os outros a não fumar, participa em campanhas contra o tabaco... (componente
comportamental ).Se a pessoa partilhar da crença de que o tabaco atenua o stress,
provavelmente as componentes afetiva e comportamental serão diferentes. Contudo, a
psicologia social tem destacado o carácter complexo das atitudes. A propósito do exemplo
dado, conheces talvez casos em que, apesar de haver pessoas que associam o tabaco ao
prejuízo da saúde, continuam a fumar, tentando frequentemente compatibilizar esta crença
com o reconhecimento de que o tabaco estimula o trabalho, favorece o convívio, etc. Este é
um caso de dissonância cognitiva. Definir a dissonância cognitiva consiste em dizer que ela é a
vivência de uma incompatibilidade ou dissonância entre as nossas atitudes e o nosso
comportamento. A expressão foi inventada por Leon Festinger em 1957.