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Administração Pública Após A Reforma Do Estado2
Administração Pública Após A Reforma Do Estado2
Administração Pública Após A Reforma Do Estado2
Contents
Introdução..................................................................................................................................2
Objectivo Geral..........................................................................................................................2
Reforma do Estado.....................................................................................................................3
Reforma Administrativa.............................................................................................................3
Administração Pública Patrimonialista......................................................................................4
Administração Pública Burocrática............................................................................................4
Administração Pública Gerencial...............................................................................................5
A reforma do Estado e a promoção da administração................................................................6
As novas tendências da gestão pública e governança interativa em Moçambique....................8
Conclusão.................................................................................................................................10
Referências Bibliográficas.......................................................................................................11
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Introdução
As reformas que a administração pública tem conhecido desde os anos 1980 e as mudanças
nos modelos de gestão pública adotados em vários países do mundo inteiro repercutem em
análises teóricas e práticas administrativas consideradas inovadoras para as formas de
organização e funcionamento da administração pública. A necessidade de se constituir uma
administração pública cada vez mais capacitada para responder às solicitações da sociedade e
a prestação de serviços públicos com maior qualidade, assim como a elevação do
desempenho das instituições do Estado se tornaram de forma rápida e intensa numa
“bandeira” fundamental da teoria e da prática da gestão pública na contemporaneidade.
Objectivo Geral
Este estudo tem como objectivo geral compreender o conjunto de factores estruturais da
Administração Pública Após a reforma do Estado
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Conceito:
Dito de outra maneira, de forma mais detalhada, a reforma administrativa, no seu sentido
mais comum, é o processo de transformação de atitudes, funções, sistemas, procedimentos e
estruturas administrativas das dependências e entidades do Governo para torná-las
compatíveis com a estratégia de desenvolvimento e fortalecer a capacidade executiva do
Estado em um contexto de planejamento.
Apesar das diferenças existentes entre reforma do Estado e reforma administrativa, não
podemos esquecer que o processo de reforma do Estado é um processo político, pois
redefine as relações do Estado com a sociedade, reconfigurando as relações de poder.
Conseqüentemente, a reforma administrativa também é um processo político, por ter
implicações nas relações de poder.
Em países em que há condições para uma mudança real nas relações de poder, a reforma
administrativa pode representar uma transformação mais profunda e não apenas mais um
projeto de modernização burocrática. Embora haja múltiplos determinantes na reforma
administrativa, a confluência de interesses divergentes e contraditórios à reforma
administrativa gera uma ampla variedade de possibilidades de redesenho das relações entre
Estado e sociedade, mudanças na institucionalidade do setor público e alteração de
práticas gerenciais e administrativas.
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Neste sentido, por mais semelhanças que possa haver entre reformas administrativas em
diferentes Estados, cada país ou Estado desenha seu próprio projeto de acordo com as forças
políticas e os recursos econômicos, institucionais e técnicos existentes (TEIXEIRA, 2001).
A reforma do aparelho do Estado não pode ser concebida fora da perspectiva de redefinição
do papel do Estado e, portanto, pressupõe o reconhecimento prévio das modificações
observadas em suas atribuições ao longo do tempo. Dessa forma, partindo-se de uma
perspectiva histórica, verificamos que a administração pública – cujos princípios e
características não devem ser confundidos com os da administração das empresas privadas -
evoluiu através de três modelos básicos: a administração pública patrimonialista, a
burocrática e a gerencial. Essas três formas se sucedem no tempo, sem que, no entanto,
qualquer uma delas seja inteiramente abandonada.
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A reforma do Estado e a promoção da administração
No final dos anos 1980 e início de 1990 passou-se a associar centralização a práticas não
democráticas
de decisão, à ausência de transparência das decisões, à impossibilidade de controle sobre as
ações de governo e à ineficácia das políticas públicas. As expectativas postas sobre a
descentralização e a visão negativa das formas centralizadas de gestão implicariam, por essa
via, a necessária redução do escopo de atuação das instâncias centrais de governo.
Nesse contexto, como salienta Plank (1993:410), nasceram as ideias a favor da
autonomização e da partilha de poder entre as esferas governamentais como uma forma de
transformação do Estado monolítico norteado pelo modelo típico burocrático centralista
constituído em 1975 e da institucionalização de um sistema político e administrativo
alicerçado em princípios democráticos baseados na liberalização e no pluralismo político
dentro da sociedade moçambicana.
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ajusteestrutural e foram desenvolvidos sob o argumento da redução do papel do Estado e da
retomada dos mercados não regulados como fundamentos determinantes para a superação das
crises e o alcance do desenvolvimento. Nessa ótica, Macamo e Neubert (2003:53-54)
destacam que o processo de mudanças organizacionais e administrativas em Moçambique
tem um caráter externamente induzido, cujo objetivo fundamental é o desenvolvimento de
um projeto social, político e econômico expressivo que assenta na institucionalização de uma
estrutura administrativa modernizada e claramente neoliberal condensada no que se designou
Washington Consensus.
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através dos conselhos consultivos locais —, seja como forma de exercer funções de
fiscalização e controle sobre a gestão dos serviços públicos.
Aliás, a análise dos pressupostos e princípios dessa reforma (Ciresp, 2001) mostra que estão
embasados nas doutrinas da Nova Gestão Pública (NGP), que alegam, por um lado, a
necessidade de modernização dos processos de gestão por meio da implementação de novas
concepções acerca do funcionamento da administração pública de modo a promover maior
eficiência e eficácia das ações governativas e elevação do desempenho das instituições do
Estado. Por outro, fundamentam-se nas concepções da Governança Interativa , pois assinalam
a importância da adoção de novas práticas de gestão tais como accountability, transparência,
participação e responsabilização na atuação dos organismos estatais.
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A perspectiva é a de que essas estratégias de gestão pública devem vincular suas tarefas com
os princípios de monitoria e avaliação do cumprimento, por exemplo, dos contratos e
programas estabelecidos, o que mostra que não será suficiente no novo contexto da
administração pública uma atuação baseada na padronização e regras do modelo burocrático
para conseguir o cumprimento dos objetivos organizacionais pretendidos na gestão. Para o
efeito, o setor público deve abrir-se para as influências positivas do seu exterior, interagindo
com os cidadãos de forma singular ou coletiva no intuito da construção de processos de
tomada de decisão mais participativos.
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Conclusão
A introdução dos considerados renovados modelos de gestão a partir da década de 1980,
designadamente da Nova Gestão Pública (NGP), do Novo Serviço Público (NSP) e a
aplicação de práticas de Governança Interactiva (GI), abalou de forma profunda as estruturas
da ad-ministração pública tradicional e tem confrontado os vários governos a procederem
reformas administrativas que fazem emergir novas configurações institucionais, cujo
propósito é res-ponder de forma mais adequada às demandas do processo de prestação de
serviços públicos e das solicitações das comunidades.
Contudo, a apreciação dos pressupostos e práticas que têm estado a ser adotadas indica que a
implementação dessa reforma tem sido marcada por algumas limitações de natureza
estrutural e funcional que são, na prática, impostas pelo próprio modelo adotado. Os grandes
dilemas se colocam em relação às metas de eficiência e ao alcance de resultados e processos
participativos.
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Referências Bibliográficas
BARRETT, Pat. Achieving better practice corporate governance in the public sector.
Australian
National Audit Office, Canberra, jun. 2002. Disponível em: <www.anao.gov.au>.
Acesso em: 4 set. 2011.
BARZELAY, Michael. The new public management: a bibliographical essay for Latin
American (and other) scholars. International Public Management Journal, v. 3, n. 2, p.
229-265, 2000.
BRITO, Luís. Uma dimensão crítica da representação política em Moçambique. In:
BRITO, Luís et al. (Org.). Desafios para Moçambique 2010. Maputo: Iese, 2009. p.
17-29.
CAIDEN, Gerald. Administrative reform. In: BAKER, Randall. Comparative public
management: putting U. S. public policy and implementation in context. Westport:
Praeger Publishers, 1994. p. 107-118.
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