Você está na página 1de 33

Alimentação do

pré-escolar

Maria Cristina Pinto


Pré-escolar

• 1 a 6 anos;
• Formação dos hábitos alimentares:
– Bagagem genética que influencia nas preferências
alimentares;
– Influências do meio ambiente:
Tipo do aleitamento recebido: primeiros 6 meses de
vida;
Maneira como foram introduzidos os AC;
Experiências + e – quanto à
alimentação ao longo
da infância;
Hábitos familiares;

Pré-escolar

Condição socio econômica. Condição cultural.


 Recomendações nutricionais e os hábitos
alimentares: bem-estar emocional, social
e físico da criança.

Recomendações: nutrientes
necessários ao crescimento e
desenvolvimento das crianças de
acordo com a faixa etária.

Necessidades
nutricionais podem diferir
em uma mesma faixa
etária INDIVIDUALIZAR!
Características nutricionais
do pré-escolar

Diminuição na velocidade de
crescimento;

Diminuição do apetite;

Atenção voltada para outras atividades: andar,


mexer em objetos espalhados pela casa;

Falta de interesse pela


alimentação = NORMAL!!!
Características nutricionais Evitar
do pré-escolar

Chantagens + artifícios para obrigar a


criança a comer.

Disfarçar alimentos;

Distrair a criança; Tv

Desestruturação do comportamento
alimentar normal!
Características nutricionais do pré-
escolar

• Alimentação igual à da família;


• Temperos e condimentos fortes
de sabor acentuado;
• Caso use mamadeira como
veículo de leite/outros líquidos:
SUBSTITUIR pelo copo - 2 anos
de idade.
Características nutricionais do pré-
escolar

•Sistema metabólico e digestivo 


comparável ao do adulto;
• Volume gástrico ainda é pequeno
 200-300ml;
• Apetite é inconstante;
• Momentos de inapetência não é
um problema!
Características nutricionais
do pré-escolar

• Inapetência para chamar a atenção


pode ser resultante da dinâmica
familiar;
• Cuidados e atenções adicionais;
• Estimular o interesse em manipular
talheres e alimentos;
• Crianças preferem alimentos de
maior densidade energética;
• Vários estudos
RECORDATÓRIO
24H sobre estratégias
ANOTAR as
quantidades
familiares de
que realmente incentivo à criança
foram a comer certos
consumidas E
NÃO as alimentos
oferecidas; aumentam a
rejeição por eles.
Ex.: verduras,
legumes e frutas.
• Pessoas agrupam os alimentos em
BONS OU MAUS
• IDEIA ERRÔNEA:
• Alimentos que são “maus” em
quantidades maiores podem não ser
em quantidades menores.
• Ex.: gorduras!
Cuidado!

Restrição de determinados
alimentos e principalmente
os preferidos pelas crianças
ESTIMULA maior consumo!!!
Quantidade de alimentos
oferecidos em uma refeição:

3,6 – 5 anos: não influencia na


quantidade consumida;
 + 5 anos: consomem mais
alimentos quando a porção é
maior.

RISCO DE OBESIDADE!
Inapetência do pré-escolar

• Diagnóstico do E.N. considerando


P/E;
E/I;
P/I;
Fatores dietéticos;
Exames laboratoriais
(hemograma) : anemia.
Inapetência: queixa mais
comum entre as mães
• NÃO CONSIDERAR DIAGNÓSTICA.
• NECESSÁRIO avaliar se a queixa é
consistente, considerando:
– Crescimento;
– Desenvolvimento;
– Hábitos alimentares e
– Parâmetros bioquímicos.
FALTA DE APETITE
COMPROVADA:

Ingestão alimentar
insuficiente;
Baixo peso em relação à
estatura;
Diminuição do ritmo de
crescimento;
Independe da presença da
mãe ou local em que se faz
as refeições.
Inapetência do pré-escolar

CLASSIFICAÇÃO:

Inapetência comportamental;
Inapetência orgânica.

AS DUAS PODEM ESTAR PRESENTES


CONCOMITANTEMENTE!
Inapetência comportamental
• TEM ORIGEM NA DINÂMICA FAMILIAR;

• Base é psicogênica (doença ou transtorno


orgânico provocado por causas
psicológicas);
• Criança deixa de comer para chamar a
atenção e observa que essa tática funciona;
• Ciclo vicioso: mãe teme que filho não se
alimente mais e permite o consumo de
alimentos de fácil aceitação, sem restrição
de horário.
Inapetência comportamental
• Nutricionista:

• Avaliar o grau de comprometimento


emocional presente na criança e família;

• Impacto no E.N. da criança;

• Encaminhar ao psicólogo.
Inapetência comportamental
• Mãe relata que criança não “come nada”, é
necessário verificar se a criança consegue:

• Estar em pé;
• Brincar;
• Correr;
• Sem sinais de inanição grave.

• Mãe pode ser incapaz de colocar limites e


disciplina!
Aspectos envolvidos na Inapetência
comportamental
• Introdução de AC: utilização
preferencial de batata e legumes,
sopas liquidificadas dificulta o paladar;
• Maior interesse pelo ambiente que
pela alimentação;
• Ansiedade dos pais expectativa
quanto à quantidade de alimentos que
o seu filho pode ingerir.
Aspectos envolvidos na Inapetência
comportamental
• Iniciar estratégias para a criança
comer:
• aviãozinho, TV distrai a criança e ela
come sem perceber;
• Substituição de alimentos sólidos por
bebidas adocicadas pois aceitação é
mais fácil;
• Chantagens às primeiras recusas;
Aspectos envolvidos na Inapetência
comportamental

• Horários de alimentação rígidos. Os


intervalos devem ser respeitados, mas
a criança não precisa almoçar às 11h
se não tiver apetite!
Inapetência orgânica
• Associada à deficiência de
micronutrientes, especialmente o
ferro;

• A criança possui alimentação


homogêneas pobre em qualidade;

• Apatia e desinteresse pela


alimentação de modo geral.
Inapetência orgânica
• Independe da presença da mãe;
• Presença de anemia: suplementação
mais ingestão adequada de ferro de
boa disponibilidade:
50g de fígado bem cozido 1x/semana.
Carne é necessária em todas as
refeições + 50 a 80ml de suco rico em
vitamina C.
Recomendações para prática
dietética do pré-escolar
• Intervalos de 2h a 3h entre as
refeições;
• Volume pequeno de alimento nas
refeições;
• 6 refeições por dia;
• Com a recusa da refeição principal
NÃO SUBSTITUIR POR LEITE OU
OUTROS PRODUTOS LÁCTEOS
• Oferecer + tarde!
Recomendações para prática
dietética do pré-escolar
• Manter presença de legumes e
verduras nas refeições mesmo que a
criança não as aceite, sem
obrigatoriedade de consumo e sem
comentários caso sobrem no prato;
• Não servir as refeições com líquidos;
• Retirar o que sobrou do prato sem
comentários;
• Não usar guloseimas como
recompensa ou castigo.
RECUSA DE CARNES: Estratégias de
intervenção x problemas

Oferecer porções pequenas de carne


bovina e de aves;
Incluir bolo de carne, espaguete a
bolonhesa, ensopados, panquecas;
Oferecer legumes, ovos e queijos;
Oferecer carne moída.
BEBE POUCO LEITE: Estratégias de
intervenção x problemas
Oferecer queijo, iogurte, incluir queijo nas
preparações (macarrão, molhos, pizza, etc.);
Usar leite para cozinhar cereais (ex.: arroz
doce);
Oferecer sopas, pudins, cremes a base de
leite;
Permitir o uso de canudinhos;
Incluir leite em pó nas preparações (biscoito,
bolo, panqueca, etc.).
BEBE MUITO LEITE: Estratégias de
intervenção x problemas

Oferecer água entre as refeições;

Se a criança usa mamadeira, passar a usar


copo: colorido, com estampas infantis, etc.

Limitar a ingestão de uma porção de leite em


lanche da tarde, por exemplo.
RECUSA VEGETAIS E FRUTAS:
Estratégias de intervenção x problemas

Se a criança recusar vegetais oferecer mais


frutas e vice versa;
Não deixar os vegetais supercozidos;
Vegetais em tiras no vapor com uso das
mãos para comer;
Vegetais com molhos: molho de queijo,
iogurte com frutas;
RECUSA VEGETAIS E FRUTAS:
Estratégias de intervenção x problemas

Inclua vegetais em sopas e molhos;


Sirva cereais com frutas in natura e frutas
secas;
Prepare frutas de diversas maneiras (ex:
frescas, cozidas, suco, em gelatinas,
saladas, etc);
Ofereça de maneira continua legumes, frutas
e verduras.
INGERE MUITAS GULOSEIMAS:
Estratégias de intervenção x problemas

Limite a compra e o preparo de alimentos


doces em casa;
Evite chantagens e recompensas;
Evite oferecer doce como lanche;
Reduza o açúcar pela metade, nas
preparações;
Oriente os cuidadores a não oferecer doces.

Você também pode gostar