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COMUNICAÇÃO

A comunicação no marketing-mix
 Na prática, a comunicação é uma variável que já está
presente nas demais: todas as variáveis comunicam o
posicionamento do produto/serviço/marca.
 É portanto expectável que uma estratégia de comunicação seja o
espelho dos objectivos que a empresa já tem previamente em vista.

 Condições de uma boa comunicação:


 Pertinência e síntese
 Repetição, continuidade e duração
 Coerência
 Verdade
Planeamento da comunicação
Estratégia de Diagnóstico do meio
marketing ambiente e do mercado

Marketing- Diagnóstico
Mix O papel da do anunciante Escolha

comunicação
da(s)
Objectivos Alvos
agência(s)
Mix da comunicação Eixos da comunicação

Estrat.criativa Plano meios Suportes Budget Calendar.

Plano de comunicação

Execução Controlo Avaliação


Anunciante e agência(s)
As estratégias de comunicação
 Estratégias concorrenciais
 Comparativas
 Financeiras
 De posicionamento
 Promocionais
 De adesão incondicional
 De canibalização
 Estratégias de desenvolvimento global
 Estratégias extensivas (aumentar base de consumidores)
 Estratégias intensivas (aumentar frequência e ocasiões de consumo)
 Estratégias de fidelização
 Comunicação institucional
Avaliação das estratégias de
comunicação
 Princípios:
 Existência
 Continuidade
 Diferenciação
 Clareza
 Realismo Formas (canais)
 Declinação Media
Mercados
 Coerência Gamas

 Aceitação interna
Objectivos de comunicação (1)
 A publicidade pode ser de produto ou institucional.
 Definir os objectivos da comunicação: criar ou mudar atitudes e comportamentos?
 Os objectivos deverão ser quantificáveis, com prazos, claros, precisos e realistas.
 Os objectivos genéricos da publicidade relacionam-se com a informação, a persuasão
e a recordação.
 Modelo IADMA:
Objectivos de comunicação (2)
Informação:
Dar a conhecer a existência
Criar notoriedade / TOM
Sugerir novas utilizações para o produto
Informar uma alteração de preço
Persuasão:
Explicar como funciona o produto Fazer gostar /
Descrever serviços disponíveis provocar simpatia
Locais de aquisição e assistência Levar à
Imagem da empresa preferência
Corrigir falsas impressões Fazer agir / levar
Diminuir o esforço de compra à compra
Diferenciar o produto  
Alterar percepção
dos compradores
Recordação: Emoção, desejo e
Criar e manter o top-of-mind   sonho  
Relembrar utilidade e vantagens do
produto
Relembrar locais e condições de
aquisição
Alvos de comunicação
 Definir os alvos, os públicos ou as audiências da comunicação (o target de comunicação
nem sempre é o target de consumo):
 Saber o que já conhecem do produto/empresa – notoriedade
 Conhecer a sua atitude face a eles (positiva ou negativa)

 A quem se dirige a comunicação?


 Deve conhecer-se o consumidor final, descrevendo a sua idade, a sua classe social,
onde vive, o sexo, as preferências, os hábitos, etc.
 Deve também avaliar-se a importância dos utilizadores, influenciadores e
prescritores. Eles poderão ser alvos de comunicação tão ou mais importantes do que
os consumidores.
 O que é que o alvo pensa sobre este tipo de produtos?
 Que problemas, necessidades, expectativas e desilusões tem relativamente à classe
de produtos em questão?
 Qual o seu “produto-ideal”?
 Qual a sua opinião sobre os produtos concorrentes?
 Qual a imagem associada a cada produto concorrente ou substituto?
 Até que ponto a concorrência satisfaz o consumidor?
Mix da comunicação
BUZZ

POS RP

GUERRILHA
PROMOÇÕES

COMUNICAÇÃO PUBLICIDADE

PATROCÍNIO
E MECENATO FORÇA DE
MARKETING VENDAS
DIRECTO
Eixos da comunicação
 O que se quer que o consumidor perceba do nosso produto?
 Quais as necessidades que o produto vai satisfazer para se sobrepôr à
concorrência?
 Qual é a promessa?
 O que é que o consumidor vai esperar do nosso produto?
 Qual o suporte da promessa?
 Como é que o consumidor fica convencido e se apercebe da
promessa feita?
 Qual o tom do anúncio?
 Qual a abordagem que o consumidor melhor aceitará para ilustrar a
promessa?
Estratégia criativa
 Existem 6 tipologias que se podem aplicar a qualquer situação publicitária:
 Estratégia genérica:
 Quando uma marca domina o seu segmento ou quando é única no mercado.
 Reivindicação preemptiva:
 Promete-se o básico, aquilo que todos os produtos fazem, mas a que nenhum outro faz alusão na sua
publicidade. Os anúncios devem ser extremamente imaginativos, como os do desodorizante Axe, por
exemplo.
 Unique selling proposition (USP):
 O produto tem uma vantagem competitiva duradoura, assente num benefício exclusivo.
 Estratégia de imagem de marca:
 A superioridade do produto baseia-se em factores externos, psicológicos. Enfatiza-se as emoções.
 Abordagem de ressonância:
 A campanha não evoca características do produto nem imagens de marca, mas apresenta situações ou
emoções que provocam memorizações positivas pelos consumidores.
 Estratégia afectiva:
 Procura um contacto com o consumidor a um nível puramente emocional.

 Copy strategy
 Definida a estratégia, elabora-se o plano de trabalho criativo (copy strategy). É um documento formal, criado em
conjunto pelo anunciante e pelos comerciais da agência, com vista a orientar o trabalho de criação.
Plano de meios (1)
 A publicidade pode ser nos media, • Fo rm a to s de a núnc io s m a is usua is
directa, no PV ou noutros suportes (como Aud io visua l
a embalagem). - Sp o t TV 15”, 30”, 45”, 1’
- Sp o t C in e m a
 A estratégia de meios é desenvolvida - C a rtõ e s Film a d o s

segundo indicadores de eficácia, Rá d io


- Sp o t 15”, 20”, 25”, 30”
rentabilidade e afinidade. - Sp o t Pa tro c ín io
 O Meio é o veículo que permite a difusão em Im p re nsa
massa de uma mensagem. É o conjunto de - Pá g in a Sim p le s
suportes homogéneos com a mesma forma de – Pá g in a Du p la
– ½ Pá g in a (Alto o u Ba ixo )
comunicação (exs: televisão, imprensa, rádio, – C o lu n a
cinema, publicidade exterior). – Ro d a p é
– O re lh a
 O Suporte é o elemento constituinte do meio – Ve rso C a p a
– Ve rso C o n tra C a p a
que permite o contacto com os indivíduos do – Sh rin k
alvo (exs: televisão – RTP1, SIC, TVI; imprensa -
Expresso, Visão, Diário de Notícias; rádio –
Pub lic id a d e Exte rio r
RFM, Antena 1, TSF; etc.). – O u td o o rs (8x3, 4x3)
– Mo b iliá rio u rb a n o (m u p is, a b rig o )
– G ra n d e s Fo rm a to s (e m p e n a s, m a stro , p a re d e s,
fa c h a d a s d e e d ifíc io s, e sc a d a s ro la n te s)
– Tra n sp o rte s p ú b lic o s (a u to c a rro s, m e tro )
Plano de meios (2)
 Estratégia de meios:
 Escolha dos meios, segundo os critérios:
 Práticos: acessibilidade (ex: tabaco não pode ser anunciado nos media),
prazos de reserva e preço de entrada
 Quantitativos: cobertura, repetição – GRP de eficácia
 Qualitativos: adequação à mensagem
 Escolha dos formatos
 Tempo dos spots, página ímpar, contracapa, etc.
 Repartir o orçamento pelos meios
 Escolher os períodos da campanha
 Sazonais?
 Mesmos que a concorrência?
 Tempo de reflexão dado ao consumidor (“aproveite já!”)
Plano de meios (3)
 Preparação do plano de meios:
 Escolher em cada meio os suportes específicos a utilizar
 Critérios:
 Cobertura
 CPM
 Duplicação de audiência
 Informação qualitativa (imagem junto do público, distribuição, contexto
publicitário, etc.)
 Métodos:
 Ordenação por audiência, afinidade, CPC, etc.
 Escolher, entre os suportes, os locais a comprar
 Fixar o calendário exacto das inserções
Plano de meios (4)
 Compra do espaço
 Importância do saber negociar e do “rappel”
 Aproveitar oportunidades (cancelamentos, acontecimentos súbitos,
eventos desportivos, etc)
 Controlo
 Verificar se as inserções coincidem com o plano
 Comparar a audiência impactada com a audiência “comprada”
Budget de comunicação (1)
 Orçamento de comunicação:
 Nos media
 Fora dos media (POS, sampling, degustação, feiras,
salões, prémios, brochuras, catálogos, marketing
directo, etc.)

 Custos administrativos:
 Compra de espaço
 Custos técnicos (fotos, modelos, produção, embalagens, etc.)
Budget de comunicação (2)
 Factores que determinam o estabelecimento do
orçamento em comunicação:
 Disponibilidade de recursos
 “Tudo o que é possível”
 Actualização do ano anterior
 % sobre as vendas
 Paridade competitiva com a concorrência
 Objectivos (% participação no mercado, SOV, base de
consumidores, GRP, etc.)
 A proporção dos custos em comunicação sobre o total de
gastos em marketing aumenta com:
 A frequência da compra
 A qualidade ou exclusividade do produto
 A taxa de crescimento dos consumidores
Prazos de comunicação
 De acordo com a disponibilidade
 Da produção / do desenvolvimento de produto
 Da agência de publicidade
 Dos media
 Da produção

 Comunicação ao longo do ciclo de vida do produto


 Publicidade e RP servem para criar consciência, conhecimento e
simpatia
 Promoções e força de vendas servem para levar concretamente à
compra
INSTRUMENTOS DE
COMUNICAÇÃO
Instrumentos e técnicas de
comunicação
 Instrumentos de comunicação:
 Above the line ou nos media: publicidade
 Below the line ou fora dos media: relações públicas, marketing directo, promoções,
força de vendas, sponsoring e mecenato
 Outras terminologias:
 Product placement: produtos e marcas que aparecem em cenários de filmes e séries de TV
(publicidade indirecta, não ostensiva e contextualizada)
 Publicity ou publireportagem: artigos não pagos sobre produtos, marcas ou empresas
 Merchandising: comercialização de produtos por parte de empresas cuja principal actividade
é outra
 POS: publicidade no local de venda
 Natureza de cada ferramenta de comunicação:
 Publicidade: carácter público, universal e impessoal
 Promoção de vendas (cupões, concursos, prémios): atraem a atenção e servem de
convite/incentivo
 Marketing directo (mailings, telemarketing, cibermarketing): individualização e personalização
 Relações públicas: alta credibilidade, contorna defesas à publicidade e atinge targets específicos
 Venda pessoal: criação de uma relação e obtenção de feedback
Publicidade
 Usa-se em alvos de grande dimensão
 Com características generalistas (ex: TV, rádio, outodoor) ou
específicas (ex: imprensa especializada, cinema, internet)
 É bastante orientada para a marca ou o produto
 Serve muitas vezes de plataforma principal de toda a comunicação
 Prossegue objectivos como:
 Aumento da notoriedade
 Estímulo da compra
 Informação e esclarecimento sintéticos
 Divulgação de novidades
RP
 Dirige-se a alvos mais específicos e concentrados do que a publicidade
 Muito usada em públicos internos, comunicação empresarial e grupos
sociais específicos (ex: associações profissionais, autarquias, meio artístico,
comunidade académica, etc.)
 Tem um efeito de longo prazo
 Destina-se a objectivos como
 Melhoria da imagem
 Credibilização
 Envolvimento
 Humanizar /“dar a face”
 Informar
Promoções
 Variável exclusiva de produto
 Muito curto prazo
 Alvos de pequenas ou grandes dimensões

 Actua sobretudo no momento da compra


 Dá a conhecer novidades
 Promove experimentação
 Escoa stocks
 Esbate a sazonalidade
ETAPAS DA CAMPANHA
PUBLICITÁRIA
Etapas da campanha

ESCOLHA DOS
PARCEIROS

PLANO DE
MEDIA

TESTES
Briefing (1)
 Preparação do briefing
 Pode consistir num telefonema, numa reunião ou no envio de um
documento escrito.
 O anunciante deverá comunicar à agência o que pretende, com base
numa estratégia de marketing clara, incluindo objectivos, alvo,
posicionamento, etc.
Briefing (2)
 Deve incluir:
 O contexto do produto / mercado
 Descrição do produto: origem, modo de fabrico, desempenho, ...
 Histórico da comunicação já realizada
 Descrição da concorrência: principais produtos/empresas concorrentes e
respectivas estratégias de comunicação
 Análise do mercado: dimensões e tendências, globais e por segmentos
 Comportamento dos consumidores e influenciadores

 A estratégia de marketing do anunciante


 Objectivos de marketing: volume de vendas, quotas de mercado, etc.
 Objectivos de publicidade: gerar AIDA
 Opções estratégicas: posicionamento, alvos (actuais e a conquistar)
 Objectivos de publicidade: escolher a melhor forma de os atingir
 Mix da comunicação: acções que serão efectuadas em simultâneo com a
campanha (RP, patrocínios, promoções, marketing directo, etc.)
Briefing (3)
 As orientações gerais da campanha
 Alvos publicitários
 Parte ou totalidade do alvo da comunicação (alvo amplo vs. centro do alvo)
 O seu conhecimento implica diferentes decisões sobre meios e suportes adequados,
bem como sobre o conteúdo e forma das mensagens: “the message is the media”
 Descrição do alvo em termos quantitativos e qualitativos
 Objectivos de publicidade
 Efeitos esperados da campanha sobre os alvos visados
 Notoriedade / curiosidade
 Informação
 Persuasão, desejo, sonho
 Simpatia
 Alteração da imagem da marca / reposicionamento
 Comportamentos / acções
 Limitações
 Orçamentos
 Aspectos legais
 Carta de procedimentos da empresa
 Política de RP
Escolha dos parceiros
 Agências de publicidade – funções:
 Conceber mensagens e campanhas
 Propôr planos de meios
 Comprar o espaço
 Produzir campanhas
 Avaliar campanhas

Agências de Meios – funções:


 Media research
 Estratégia e planeamento de meios
 Negociação e compra de espaço
 Monitorização de audiências
 Controlo e avaliação de campanhas
 Vantagens:
 Estabilidade, racionalidade e honestidade nas negociações
 Rigor e eficiência dos sistemas operativos
 Garantia de solvabilidade e liquidez, consequente, pontualidade nos pagamentos

Centrais de compra de espaço publicitário


 reduzem os custos de aquisição de espaço publicitário
 negoceiam melhores condições junto dos meios

Produtores de imagem e som (cinema, fotografia, etc.) – trabalham para os clientes anunciantes, ou para as agências
Agências de modelos
Artes Gráficas e Design
Fotografia

 Suportes – vendem audiências


Intervenientes/profissionais de
comunicação
 Accounts / comerciais
 Criativos – visualizador e copy
 Responsáveis de produção
 Especialistas de media
 Responsáveis de planeamento estratégico (estudam a
coerência do conjunto)
Plano de trabalho criativo
 Documento formal, acordado entre anunciante e accounts da agência, com vista a orientar o
trabalho da criação que será pedido aos criativos. Estrutura:
 Factos principais:
 resumo do briefing
 razão principal pela qual o anunciante decidiu fazer a campanha
 informações relevantes sobre atitudes e comportamentos dos consumidores
 Objectivos publicitários
 Alvos publicitários
 Promessa / benefício ao consumidor
 Atributo-produto / vantagem-produto (ex: “Visão. Indispensável”)
 Benefício ao consumidor (segurança, rapidez, prestígio, etc.)
 Identificação valorizadora (sentir-se jovem, belo, poderoso, etc.)
 “Provas” – argumentos que comprovem a veracidade da promessa
 testemunhos, performances, sugestões subtis (ex: anúncio a perfume)
 Tom e personalidade da marca (humor, didactismo, autoridade, estética, etc.)
 Instruções e limitações diversas
 Formato e duração do anúncio
 Variedades e formatos dos produtos a mostrar
 Símbolos e imagens de marca (música, personagem, etc.)
 Regras legais
 Livro de estilo da empresa
 Orientação do trabalho dos criativos
A criação das mensagens (1)
 A criação
 Processo: imaginar e descrever sob a forma de “documentos
criativos” o modo como o anúncio irá exprimir, concretamente, a
mensagem definida em abstracto no plano
 Maquetes
 Storyboard (desenhos com principais planos + locução)
 Animatic (storyboard em papel)
 NOTA: surgem frequentemente dificuldades na intereracção
anunciante / criativos

 Conformidade com a estratégia criativa


 Qual a mensagem central que o receptor vai perceber e reter?
 A mensagem corresponde às intenções do plano?
 O anúncio tem valor de atenção (distinção dos demais)?
 É pertinente face ao alvo?
 É válido para outras acções de comunicação e noutras campanhas?
A criação das mensagens (2)
 Conteúdo e a estrutura da mensagem
 Conteúdo – apelo ao racional vs. apelo ao emocional
 Estrutura – orquestração, revelação, agressividade, repetição, etc.
 Para a concretização eficaz dos seus objectivos, os profissionais da publicidade recorrem a várias
técnicas, de forma conjugada. Estas técnicas publicitárias visam particularmente: chamar a atenção,
facilitar a compreensão, aumentar a credibilidade e estimular a memorização da mensagem.

Chamar a atenção: Facilitar a compreensão Aumentar a Credibilidade


Novidade Analogia Apresentador (talking head)

! ? =
Informação útil História dramatizada Testemunho
Humor Hiperbolização Porta-voz
Emoção Bi-secção simbolizante (ex: Hathaway shirt) Demonstração
Choque Conceito oposto Problema/Solução
Sexo Referência inesperada (ex. pregnant man) Comparação
Celebridades Reserva espectacular ou expressão contra a corrente Origem ou história
Cartoons (simplicidade, silêncio, preto e branco)
Suspense: recurso ao Estimular a memorização:
teaser Associações verbais
Tema musical
Personalização
Ícones (ou símbolos)
A criação das mensagens (3)
 Notas importantes:
 A utilização de canais influentes aumenta a eficácia da comunicação:
 Especialistas (ex: cientista do Skip)
 Líderes de opinião / famosos
 Capacidade de gerar tema de conversa / gossiping (ex: Gatos Fedorentos, Tochas)
 Quanto maior o monopólio da emissão, maior o efeito da fonte sobre o receptor
 Quanto mais em sintonia com os valores e crenças do público, maiores os efeitos da
comunicação
 A mudança é mais eficaz quando não pretende atingir o âmago das crenças e valores
do receptor
 Excepção: campanhas disruptivas ou “de choque”

 Os pré-testes publicitários
 Podem ser feitos quando o anúncio está na sua forma embrionária ou na sua forma
final.
 Podem ser realizados utilizando métodos qualitativos (RG) ou quantitativos
(frequentemente hall-tests).
PLANEAMENTO DE
MEIOS
Planeamento de meios
 A escolha dos meios é tão importante como a elaboração
da mensagem (e do ponto de vista financeiro, é ainda mais
importante).

 Objectivos gerais do planeamento de meios


 Cobertura do alvo
 Repetição
 Qualidade da comunicação: adequação à mensagem (ex: outdoor só
comporta mensagem simples) e ao alvo (afinidade)
Implementação do plano de meios (1)
1. Estratégia de meios:
 Escolha dos meios, segundo os critérios:
 Práticos: acessibilidade (ex: tabaco não pode ser anunciado no media),
prazos de reserva e preço de entrada
 Quantitativos: cobertura, repetição – GRP de eficácia
 Qualitativos: adequação à mensagem
 Escolha dos formatos
 Tempo dos spots, página ímpar, contracapa, etc.
 Repartição do orçamento pelos meios
 Escolha dos períodos da campanha
 Sazonais?
 Mesmos que a concorrência?
 Tempo de reflexão dado ao consumidor (“aproveite já!”)
Implementação do plano de meios (2)
2. Preparação do plano de meios:
 Escolher, em cada meio, os suportes específicos a utilizar
 Critérios:
 Cobertura
 CPM
 Duplicação de audiência
 Informação qualitativa (imagem junto do público, distribuição, contexto
publicitário, etc.)
 Métodos:
 Ordenação por audiência, afinidade, CPC, etc.
 Escolher, entre os suportes, os locais a comprar
 Fixar o calendário exacto das inserções
Implementação do plano de meios (3)
3. Compra do espaço
 Importância do saber negociar e do “rappel”
 Aproveitar oportunidades (cancelamentos, acontecimentos súbitos,
eventos desportivos, etc)

4. Controlo
 Verificar se as inserções coincidem com o plano
 Comparar a audiência impactada com a audiência “comprada”
Avaliação do impacto das campanhas
O que se quer medir?
 Notoriedade da campanha
 Memorização da campanha
 Atribuição correcta da campanha ao produto ou marca
 Compreensão da campanha
 Aceitação e incitamento à compra – mensurável através da
evolução de vendas
“Conceitos e instrumentos da Publicidade”

Fonte: Marktest
Alvo
 Subconjunto de elementos de um dado universo,
que se pretende estudar ou contactar.
 É geralmente definido por características sócio-
demográficas, psicográficas, de posse de bens,
comportamentos, etc.
Exemplo:
Universo:
Pop. portuguesa

Alvo:
H 25-45
Adesão de um alvo a um suporte
 Percentagem da totalidade dos indivíduos que contactam
um suporte, que pertencem ao alvo em análise. É calculada
com base na Audiência Média.
= (Aud. Média do Alvo x 100) / Aud. Média do Universo
 Se o alvo for a totalidade do universo, a adesão será de
100%, dado que todos pertencem ao universo.

Exemplo:

Leitores do Aud.média
Expresso do
(aud.média) universo
Alvo:
H 25-45 Aud.média
do alvo
Afinidade entre um alvo e um suporte
 O Índice de Afinidade compara a percentagem dos contactados por
um suporte que pertencem ao alvo (Adesão) com a percentagem
dos indivíduos do universo que pertencem ao alvo, medindo em que
grau o suporte "atrai" ou "afasta" os indivíduos do alvo em estudo
= (Adesão x 100) / Alvo em % do Universo

Exemplo:

Leitores do
Expresso
(aud.média)
Alvo:
Ind.universo
que pertencem H 25-45
ao alvo Adesão
Audiência e cobertura
 Audiência Total
 Percentagem de indivíduos pertencentes a um universo ou alvo, que contactaram com
um suporte, programa, dia, período horário, etc., independentemente da duração de
contacto. Não importa se um indivíduo contactou com o suporte uma ou mais vezes,
dado tratar-se de indivíduos e não de número de contactos.

 Cobertura Máxima
 Percentagem máxima do alvo que pode ser contactada por um suporte. Corresponde à
Audiência Total do suporte, ou seja: todos os indivíduos com probabilidade de serem
contactados.
 Quando, num plano, a Cobertura conseguida por um suporte é igual à Cobertura
Máxima, diz-se que o Suporte está saturado.

 Audiência Média
 Audiência provável de um suporte/período horário/programa.
 Exemplo: se um jornal semanário tiver 15% de Audiência média, num dado
período de 3 meses, significa que, em média, cada número foi contactado por 15%
do universo ou alvo.
Duplicação e audiência exclusiva
 Duplicação de Audiências
 Número de indivíduos que contactam simultaneamente dois suportes OU
 Percentagem do total de contactados por um suporte que contactam com um
outro suporte.
 É calculada sobre a Audiência Total.
Duplicação

Leitores da Leitores do
Bola Expresso
(aud.total) (aud.total)

 Audiência Exclusiva
 Percentagem do alvo que só tem probabilidade de ser contactado por um
determinado suporte de um plano, isto é: não duplicado com qualquer dos
restantes suportes presentes no plano de meios.
 Se forem acrescentados suportes ao plano, naturalmente a Cobertura
Exclusiva de cada suporte poderá reduzir-se.
CPM e CPP
 CPM – Custo por Mil Contactos (Cost Per Mille)
 Indicador da rendibilidade de um plano, através do custo médio para
cada mil contactos obtidos (por um suporte ou plano)
= Custo/Contactos (milhares)

 CPP – Custo por Ponto Percentual (Cost per Rating Point)


 Indicador padronizado do custo por Rating, obtido por um suporte ou
plano
= Custo/GRP
OTS e GRP
 OTS (Opportunity to See)
 Número médio de oportunidades de contacto de cada indivíduo,
pertencente ao Alvo e coberto pelo plano.

 GRP (Pontos Percentuais Brutos Acumulados/ Gross Rating


Point)
 Indicador padronizado e global do desempenho de um plano de
meios ou de um suporte que mede o total de contactos obtidos por
um plano
=Cobertura x OTS
 É expresso em ratings (percentagem sobre o número de indivíduos do
alvo), pelo que representa o número total de contactos conseguidos,
para cada 100 pessoas do alvo.
GRP (exemplo)
 Ao apresentar-se numa base percentual, o GRP é independente da
dimensão do alvo, permitindo assim a comparação entre campanhas
ou suportes dirigidos a diferentes alvos.
 Exemplo:
 Se um plano apresentar 300 GRPs, para um alvo de 500 000 indivíduos, isso
significa que o plano apresenta um número de contactos equivalente a 300% x 500
000 indivíduos = 3 x 500 000 = 1 500 000 contactos, ou seja: o número de contactos
é 3 vezes (300%) o número de indivíduos que constitui o alvo.
 Se um outro plano, também apresentar 300 GRPs, desta vez para um alvo de 900
000 indivíduos, apesar de termos agora um número bruto de contactos muito
superior (300% x 900 000 = 3 x 900 000 = 2 700 000 contactos), ao compararmos os
dois planos em relação a esta variável, poderemos afirmar que apresentam a mesma
"força bruta", ou seja: 300 para cada 100 pessoas de cada alvo.
 Por outras palavras: ambos os planos apresentam um número de
contactos de 3 vezes o número de indivíduos dos respectivos alvos.
Ferramenta de planeamento e avaliação de
meios

Marksel

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