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PEDIDOS DE LIBERDADE ANTES DA

MÓDULO 9 DECRETAÇÃO DA PREVISÃO PREVENTIVA:


RELAXAMENTO DE PRISÃO E LIBERDADE
PROVISÓRIA
9. PEDIDOS DE LIBERDADE ANTES DA DECRETAÇÃO DA PREVISÃO PREVENTIVA:
RELAXAMENTO DE PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA

1. TUTELA CAUTELAR NO PROCESSO PENAL

O que é uma MEDIDA CAUTELAR? medidas de natureza urgente

Qual é o objetivo das medidas cautelares? assegurar a eficácia do processo

No processo penal, as medidas cautelares são concedidas de maneira incidental, seja no curso da fase investigatória ou
no curso do processo penal

• ESPÉCIES DE MEDIDAS CAUTELARES

 Medidas cautelares de natureza patrimonial


 Medidas cautelares de natureza probatória
 Medidas cautelares de natureza pessoal
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2. LEI N. 12.403/11 E O FIM DA BIPOLARIDADE DAS MEDIDAS CAUTELARES DE NATUREZA PESSOAL


PREVISTAS NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL:

ANTES DA LEI N. 12.403/11: O juiz possuía apenas duas opções: prisão cautelar ou liberdade provisória com Fiança +
artigos 327 e 328 do CPP

DEPOIS DA LEI 12.403/2011: introduziu, no CPP, as chamadas cautelares diversas da prisão


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CPP, art. 319: “São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
indiciado ou acusado dela permanecer distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou
instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e
trabalho fixos;
[...]
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CPP, art. 319: “São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
[...]
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo
receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os
peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu
andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.
(...)
§ 4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com outras
medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).”
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3. ATUAÇÃO DO JUIZ

art. 282, parágrafo 2° do CPP LEI Nº 13.964/19


art. 282 § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da
investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público

ATENÇÃO! NÃO é possível a atuação de OFÍCIO do juiz na decretação de prisão.


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4. CRITÉRIOS DE ESCOLHA DAS CAUTELARES

Nenhuma medida cautelar pode ser imposta como efeito automático decorrente da prática de infração penal. Natureza
excepcionalidade.

CPP, art. 313:


§2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou
como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia. (Redação dada
pela Lei n. 13.964/19)”
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4. CRITÉRIOS DE ESCOLHA DAS CAUTELARES

• PRESSUPOSTOS:
“FUMUS COMISSI DELICTI”
“PERICULUM LIBERTATIS”

“Fumus comissi delicti” – Trata-se da “fumaça do cometimento do delito”, ou seja, é a plausibilidade do direito de punir,
evidenciado pela presença da prova da existência do crime e indícios de autoria ou de participação.

“Periculum libertatis” – Trata-se do “perigo na liberdade”, ou seja, é o perigo que a permanência do acusado em liberdade
representa para a investigação ou instrução processual, para a aplicação da lei penal e para a segurança da
coletividade.
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4. CRITÉRIOS DE ESCOLHA DAS CAUTELARES

“Fumus comissi delicti”

CPP, art. 312: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria (fumus comissi delicti) e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
(Redação dada pela Lei n. 13.964/19)”

“Periculum libertatis”
CPP, art. 282: “As medidas cautelares previstas neste Título (cautelares de natureza pessoal) deverão ser aplicadas
observando-se a:
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente
previstos, para evitar a prática de infrações penais;
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4. CRITÉRIOS DE ESCOLHA DAS CAUTELARES - PRINCÍPIO DA ATUALIDADE OU


CONTEMPORANEIDADE

CPP, art. 312: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria (fumus comissi delicti) e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
(Redação dada pela Lei n. 13.964/19)”

Art. 312. § 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e
existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.” (NR)

Atenção! Na visão do STF, a situação de perigo deve ser atual. No momento da decretação, por exemplo, de prisão
preventiva, a situação de perigo deve ser concomitante à época em que a decisão for proferida.
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4. CRITÉRIOS DE ESCOLHA DAS CAUTELARES

• No caso de medidas cautelares diversas da prisão, deve haver, para sua decretação, a COMINAÇÃO DE PENA
PRIVATIVA DE LIBERDADE PARA O DELITO PRATICADO.

CPP, art. 283. (…):


“§1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou
alternativamente cominada pena privativa de liberdade.”
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4. CRITÉRIOS DE ESCOLHA DAS CAUTELARES

NECESSIDADE (art.282, I do CPP) – Acusação


ADEQUAÇÃO (art. 282, II do CPP) - Defesa
PRISÃO PREVENTIVA (art. 282, parágrafo 6° do CPP)

Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente
previstos, para evitar a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado.
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
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5. ULTIMA RATIO

CPP, art. 282, § 6º: “A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra
medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá
ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada. (Redação
dada pela Lei n. 13.964/19)”
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DOCUMENTAÇÕES PARA FUNDAMENTAÇÕES DE PEDIDO DE LIBERDADE E MEDIDAS


CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO

1. DECLARAÇÃO DE BOA CONDUTA (MODELO)


Recolha a assinatura dos seus vizinhos, de preferência da mesma rua, caso não seja possível, do mesmo bairro. Após recolher as
assinaturas das declarações, também se fazem necessários:  Xerox que conste a foto e a assinatura do documento de identificação de cada
vizinho e Xerox do comprovante de endereço de cada vizinho.  
 
­2. DECLARAÇÃO DE REFERÊNCIA PROFISSIONAL E IDONEIDADE MORAL (MODELO)
Direcionado ao responsável da empresa: xerox frente e verso do documento de identificação de comprovante de endereço.

3. COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA DE TITULARIDADE DO CUSTODIADO OU DECLARAÇÃO DE


RESIDÊNCIA (MODELO)
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DOCUMENTAÇÕES PARA FUNDAMENTAÇÕES DE PEDIDO DE LIBERDADE E MEDIDAS CAUTELARES


DIVERSAS DA PRISÃO

4. XEROX DA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL - CTPS E SUAS ASSINATURAS 

5. DECLARAÇÃO DE ENSINO MÉDIO COMPLETO E CURSOS PROFISSIONALIZANTES 

6. FOTOS COM A FAMÍLIA 


Fotos comprobatórias do seu exímio convívio familiar para PERSONIFICAR O PEDIDO NA FIGURA DO
CUSTODIADO e não ser apenas só teses jurídicas. Mas sim, um pleito de caráter HUMANIZADO.

7. FOTOS QUE DEMONSTREM A SUA RELIGIOSIDADE 

8. ATESTADO MÉDICO, RECEITAS, EXAMES 


Caso tenha debilidade de saúde, fazer pleito de PRISÃO DOMICILIAR Art. 318, II CPP

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