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ANÁLISES CLÍNICAS III

IBMR – CENTRO UNIVERSITÁRIO

SISTEMA HEMOLÍTICO-POÉTICO
MSc. Rodrigo Carvalho
FIOCRUZ / INI-Evandro Chagas
ANÁLISES CLÍNICAS III
Sangue (Composição celular)
ANÁLISES CLÍNICAS III
Sangue (Composição celular)
Como as células sanguíneas são produzidas?

“Sistema responsável pela homeostasia da circulação”

HEMATOPOESE HEMOCATERESE

Divide-se em 2 elementos:
1. Órgãos Hematopoéticos Específicos
- Medula Óssea / Formações Linfáticas / Sistema Reticuloendotelial / Fígado
2. Órgãos Hemocateréticos
- Função Hemocaterética –Baço / Fígado / Sistema Reticuloendotelial
Como as células sanguíneas são produzidas?

Divide-se em:
Hematopoiese Intra-Uterina
Hematopoiese Extra-Uterina
HEMATOPOESE INTRA-UTERINA
AGM (aorta-gônadas-mesonefro) – Hemangioblastos

1. Hematopoese Heterotípica – “Ocorre no 1º período de vida embrionária, até o


segundo mês.
Classificação: Hematopoese primitiva, pré-hepática ou embrionária.
Origem: Saco Vitelino (Ilhotas de Wolff)
Células Formadas: MEGALOBLASTOS – MEGALÓCITOS
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO

2. Hematopoese Normotípica
“Caracterizada pela formação de elementos poliblásticos”
Compreende 2 fases:
a. Fase Hepática – Tem início a regressão do saco vitelino, a hematopoiese se
concentra no FÍGADO (Início do 2º mês, persistindo até o 7º mês)
Célula Formada – HEMOCITOBLASTOS

b. Fase Fetal – Tem início a partir do 4º mês, até o nascimento.


Característica: Entram em funcionamento: o baço, a medula óssea e os gânglios
linfáticos.
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
ÓRGÃOS HEMATOPOÉTICOS
MEDULA ÓSSEA

- Regra de Pinney – Início 3º ou 4º ano


- A relação Leucócitos X Hemácias na Medula
- Metaplasia Mielóide
- Aplasia de Medula
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO

HEMATOPOESE EXTRA-UTERINA
Teorias:
Monofiléticas – (Pappenheim, Maximow, Ferrata)
Polifiléticas – (Ehrlich, Naegeli e Piney, Schilling, Aschoff)

Teorias Atuais
Célula Indiferenciada

Célula Diferenciada / Comprometida (CFU / CSF)

Célula Madura
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
HEMATOPOESE EXTRA-UTERINA
MICROAMBIENTE
MEDULA ÓSSEA MEDULAR (BERÇÁRIO)

Stem Cells Mesenquimais Stem Cells Hematopoiéticas

Células da Matriz

Células Estromais Células Hematopoiéticas

- Células endoteliais; - Fibronectina; - Hemácias;


- Adipócitos; - Colágeno; - Leucócitos;
- Histiócitos; - Laminina; - Plaquetas.
- Fibroblastos. - Proteoglicanos
MICROAMBIENTE
MEDULA ÓSSEA MEDULAR (BERÇÁRIO)
FATORES INTERFERENTES
MEDULA ÓSSEA DA HEMATOPOESE
INIBIDORES:
- Interferon Gama;
- Prostaglandina E;
- Lactoferrinas Acídicas;
- Fator de Necrose Tumoral Alfa;

ESTIMULADORES:
- TGF-beta (Fatores Transformadores do Crescimento);
- IL-3 e IL-6;
- Eritropoetina, Leucopoetina, Trombopoetina;
- Testosterona;
- IL-1 e IL-2.
MICROAMBIENTE
MEDULA ÓSSEA MEDULAR (BERÇÁRIO)
VISÃO GERAL DA HEMATOPOESE
MEDULA ÓSSEA STEM CELL

GENES HOXB3
HOXB4

CD34+ / CD38- cKIT+


Sca-1+
LIN-
Célula Tronco
Hematopoética(HSC)

Célula Célula
Comprometida Comprometida
Mielóide Linfóide

CD33+ CD10+/CD7+/CD5+
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOÉTICO
HEMATOPOESE EXTRA-UTERINA
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOÉTICO
HEMATOPOESE EXTRA-UTERINA
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
HEMATOPOESE EXTRA-UTERINA
MEDULA ÓSSEA SÉRIE ERITRÓIDE

PROERITROBLASTO

NORMOBLASTO BASÓFILO

NORMOBLASTO POLICROMÁTICO

NORMOBLASTO ORTOCROMÁTICO

RETICULÓCITO
SANGUE PERIFÉRICO

HEMÁCIAS MADURAS
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOÉTICO
Dinâmica da Eritropoese
HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
VISÃO GERAL DA HEMATOPOESE
SÉRIE MONOCÍTICA

CFU-M

MONOBLASTO

PROMONÓCITO

MONÓCITO MACRÓFAGO
VISÃO GERAL DA HEMATOPOESE
HEMATOPOESE
EVOLUÇÃO CELULAR
LINHAGEM GRANULOCÍTICA
HEMATOPOESE
EVOLUÇÃO CELULAR
LINHAGEM GRANULOCÍTICA
VISÃO GERAL DA HEMATOPOESE
SÉRIE TROMBOCÍTICA
ANÁLISES CLÍNICAS III

IBMR – CENTRO UNIVERSITÁRIO

SISTEMA HEMOLÍTICO-POÉTICO
MSc. Rodrigo Carvalho
FIOCRUZ / INI-Evandro Chagas
Vamos começar a entender??
O que é Hemograma Completo?
O que o Hemograma NÃO PODE FAZER?

“Dá pra saber seu tenho HIV?”


- O Hemograma completo não diagnostica a
etiologia de doenças infecciosas!

“Dá pra saber meu grupo sanguíneo?”


- Com o Hemograma não estudamos a composição
antigênica eritrocitária.
Dá pra saber se estou grávida?
- O Hemograma não identifica a concentração do
hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana tipo
Beta.

Dá pra saber minha glicose?


- O hemograma não mensura analitos de origem
metabólica.
O que o Hemograma completo PODE FAZER?

- Avaliar os transtornos nutricionais


carenciais por ferro, ácido fólico e vitamina
B12
- Identificar patologias associadas à
hemoglobina como a anemia falciforme
- Orientar o clínico frente à etiologia do
quadro hemorrágico;
- Demonstrar a presença de processos
infecciosos, apontar a possível etiologia e a
fase da doença;
- Apontar a presença de alterações
neoplásicas nas células sanguíneas
(leucemia)
- Definir e identificar a etiologia de
quadros parasitológicos (malária),
intoxicação, alergias.
Como é o procedimento de obtenção de sangue para o
hemograma?
Qual o anticoagulante usado para o Hemograma?
Norma ISO 6710.2

EDTA – Ácido Etilenodiaminotetracético


Nome Comercial – Sequestrene ou Versene

Forma Utilizada – Ácido livre, sal di ou tripotássico, sal di, tri ou tetrassódico.

Concentração – 1 a 2 mg/dl

Mecanismo – “Quelante de cálcio”

Utilização – Hemograma / CEA / Fracionamento de Linf. / G-6-PD /Biol. Molecular, Contagem de reticulócitos.

Restrições – 2 mg/dl (artefatos) / Estudos da coagulação / CKnac Fosfatase Alcalina


O que levar em consideração antes de interpretar o Hemograma?

Ele está sujeito a erros (variações)!!!


Como podemos dividir essas variáveis?

Pré-analíticas - Fumo, exercício, garroteamento, hemólise, troca


de material, procedimento inadequado, conservação inadequada,
volume incompleto.

Biológicas - Doença de base, variação circadiana, sexo, idade,


etnia.

Analíticas - Equipamento com defeito, reagentes deteriorados,


imperícia ou inexperiência técnica.
Reconhecendo o Hemograma Completo

Partes que compõem o Hemograma:

Eritrograma

Leucograma

Plaquetograma
HEMOGRAMA COMPLETO (PARTE I)

Hemograma Completo (Parte I – Série vermelha)


- Hematimetria (manual e automatizada) Hemoglobinometria /
Hematócrito/ VHS;
- Índices hematimétricos e avaliação morfológica das anemias;
- Interpretação das alterações morfológicas eritrocitárias
(poiquilócitos) em microscopia;
Como o Hemograma é realizado?

- Hemograma primitivo;
- Hemograma automatizado
- Impedância – Princípio Coulter (Wallace Coulter - 1950)
- Óptico - Laser / Fluorescência
Como o Hemograma é realizado?
Como o Hemograma é realizado?
Como o Hemograma é realizado?
Como o Hemograma é realizado?
Estudando o Eritrograma

Valores de Referência:
Homens – 4.500.000 a 6.000.000/mm3
Mulheres – 4.000.000 a 5.500.000/mm3
Recém-nascido – 5.500.000 a 7.000.000/mm3

INTERPRETAÇÃO
Poliglobulia ou Policitemia – Acima do “Border Line”
Pode ser:
- Relativo (pseudo) – Por concentração do sangue períférico
- Absoluto – Por neoformação de eritrócitos
- Policitemia Vera;
- Recém-nato;
Hipoglobulia:
- Altitude; -Hemorragias;
- Fumo; -Hemólise;
- Síndrome da apneia noturna.
FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA
2 Partes:
- Fração Heme
- Fração Globínica

FRAÇÃO HEME

EQUAÇÃO DE SÍNTESE DA FRAÇÃO HEME:


1.GLICINA + ÁCIDO SUCCÍNICO =  ALA (ÁCIDO DELTA LEVULÍNICO)

2. ALA (ÁCIDO DELTA LEVULÍNICO) +  ALA (ÁCIDO DELTA


LEVULÍNICO) = 1 ANEL PIRRÓLICO
FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA
HEMOGLOBINA
ALTERAÇÕES DA FRAÇÃO HEME
1. Porfiria eritropoética (Uroporfirinogênio Sintase /
Ferroquelatase)
Disfunção genética caracterizada por: Fotosensibilidade e
disfunções neuroviscerais.
Causas:
- Intoxicação aguda por metais pesados (p. ex., chumbo)
- Tirosinemia tipo I
2. Carboxiemoglobina
3. Metemoglobina (Hemoglobina M, NADH-diaforase)
4. Sulfemoglobina (H2S) (Sulfonamidas, Fenacetina)
HEMOGLOBINA
FRAÇÃO GLOBÍNICA
Síntese de Globina
Hemoglobinas Fetais
Zeta (z) + Épsolon (e) = Gower 1
Alfa (a) + Épsolon (e) = Gower 2
Zeta (z) + Gama (g) = Portland
Alfa (a) + Gama (g) = Hemoglobina F
Hemoglobinas Normais
A = a2 b2 / A2 = a2 d2 / F = a2 g2
Genes a - Cromossomo 16
Composição: 141 aminoácidos
Genes b, g, d – Cromossomo 11
Composição: 146 aminoácidos
HEMOGLOBINAS ANORMAIS

Mecanismos Patológicos
1. Substituição de um único aminoácido
Ex. Hemoglobina S / Hemoglobina C
2. Supressão de um ou mais aminoácidos da cadeia
polipeptídica
Ex. Hemoglobina Freiburg e Hemoglobina Gun Hill
3. Limitação de síntese de uma das cadeias
Ex. Talassemias – Alfa 4 (Anemia de Cooley) Beta 4 (HbH), Gama
4 (Hb Bart)
4. Ligação anormal de porções de cadeias polipeptídicas
Ex. a2bd – Hemoglobina Lepore
5. Bloqueio da síntese das cadeias beta e delta (Talassemia)
Ex. Persistência da hemoglobina F
HEMOGLOBINAS ANORMAIS
ESTUDANDO O ERITROGRAMA

VCM ou VGM – Volume Globular ou Corpuscular Médio


Fórmula: Hematócrito X 10
Hemácias
Unidade requerida: Fentolitro (fL) ou Mícron Cúbico (m3)

Utilidade: Classificação de anemias. Índice de tamanho celular (Microcitose,


Normo e Macrocitose)

Valores de Referência: 80 a 100 fL


ESTUDANDO O ERITROGRAMA
ESTUDANDO O ERITROGRAMA

HCM ou HGM – Hemoglobina Globular ou Corpuscular Média


Fórmula: Hemoglobina X 10
Hemácias
Unidade Requerida: Picograma (pg)

Utilidade: É o conteúdo médio de hemoglobina (total)

Valores de Referência: 27 a 32 pg
ESTUDANDO O ERITROGRAMA

CHCM – Concentração de Hemoglobina Globular ou Corpuscular Média


Fórmula: Hemoglobina X 100
Hematócrito
Unidade Requerida: Porcentagem (%) ou g/dl

Utilidade: Demonstra indiretamente o volume de Hgb em cada hemácia.


Índice de coloração hipocromia, Normo e Hipercromia)

Valores de Referência: 32 a 36% ou g/dL.


ESTUDANDO O ERITROGRAMA
ESTUDANDO O ERITROGRAMA

RDW – ÍNDICE DE ANISOCITOSE

AMPLITUDE DE DISTRIBUIÇÃO DOS ERITRÓCITOS

RDW-CV

Valores de referência: 12 a 14%

RDW-SD

Valores de referência: 38,6 a 49,1 fL


ESTUDANDO O ERITROGRAMA
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS
Anemia Macrocítica Normocrômica
VCM = 100 a 160 fL / CHCM = 32 a 36 %
Etiologia = 1. Deficiência de Vit. B12 e Ácido Fólico
2. Doenças hepáticas crônicas, Hipotireoidismo
Anemia Normocítica Normocrômica
VCM = 80 a 94 fL / CHCM = 32 a 36 %
Etiologia = Hemorragia, Hemólise, Hemoglobinopatia
Anemia Microcítica Normocrômica
VCM = 60 a 80 fL / CHCM = 32 a 36%
Etiologia = Intoxicação por drogas, Neoplasia
Anemia Microcítica Hipocrômica
VCM = 60 a 80 fL / CHCM = 20 a 30%
Etiologia = Ferropriva, Talassemias
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS
ANEMIAS
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS
ANEMIAS
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
Pecilocitose ou Poiquilocitose (Porém nunca Anisopoiquilocitose)
Esferocitose (mecanismo – Depleção de ATP)
DHPN, Toxina Clostrídica, Doenças auto-imunes, Esferocitose Hereditária.
Eliptocitose (espectrina)
Eliptocitose Hereditária, Anemia ferropriva.
Dacriócitos
Anemias hemolíticas (auto-imunes ou não), Talassemias, Mielofibroses.
Equinócitos (Burr cell)
Aumento de Ácidos graxos, Hepatopatia, Síndrome Hemolítico-Urêmica.
Acantócitos
Hepatopatias, abetalipropoteinemia, tocoferol (vit. E).
Queratócitos
Choque com filamentos de fibrina, próteses cardíacas, nefropatias, CID.
Esquizócitos (Esquistócitos)
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
Codócitos (sinônimos = Leptócitos, Target Cells, Hemácias em Alvo)
Mecanismo: Excesso de colesterol na formação da membrana.
Estomatócitos
Resposta à Clorpromazina, hepatopatia.
Drepanócitos
DISTÚRBIOS MORFOLÓGICOS ERITROCITÁRIOS
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS

Corpúsculo de Howell-Jolly
Alteração do fuso acromático, durante a divisão celular.
Pontilhado basófilo
Agregados de ribossomos, beta-talassemias, hepatopatias, intoxicação por metais pesados.
Corpúsculo de Pappenheimer
Corpúsculo de Heinz – Oxidação (medicamentos, instável)
Anel de Cabot
Hemoglobina H
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
Técnica de Confecção de Distensão Sanguínea
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
Técnica de Confecção de Distensão Sanguínea
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
Técnica de Confecção de Distensão Sanguínea
- Técnica da cunha;
- Técnica da lamínula;
- Método rotatório;
- Método automatizado.
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
Técnica de Confecção de Distensão Sanguínea
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
Técnica de Confecção de Distensão Sanguínea
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
Técnica de Confecção de Distensão Sanguínea
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
Técnica de Confecção de Distensão Sanguínea
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
Técnica de Confecção de Distensão Sanguínea
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
FIXAÇÃO
• Calor
• Agentes químicos:
a) Álcool metílico puro – 3 a 5 min
b) Álcool etílico absoluto – 20 min
c) Álcool metílico + acetona – 5 min
d) Álcool etílico + éter – 20 min
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
COLORAÇÃO
- Corantes ácidos – eosina
- Corantes básicos – cloridrato de tetrametiltionina
- Corantes neutros – corantes policrômicos
Corantes de Romanowsky
Eosinato de Azur-de-Metileno e Eosinato de Violeta e azul de Metileno

Panóptico de Pappenheim

May-Grünwald-Giemsa
1. 20 gotas de May-Grünwald-Giemsa (3 min)
2. 20 gotas de água destilada (1 min)
3. 20 gotas de Giemsa (15 min)
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
COLORAÇÃO
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE DISTENSÃO SANGUÍNEA
PERIFÉRICA
Giemsa - 20 gotas de Álcool metílico (5 min) / 20 gotas de água destilada (15
min)

Leishman – 20 gotas de corante (3 min) / 20 gotas de água destilada (15 min)

Wright – 20 gotas de corante (3 min) / 20 gotas de água destilada (5 min)


PROCEDIMENTO DE COLORAÇÃO

PANÓTICO RÁPIDO
PROCEDIMENTO DE COLORAÇÃO
PANÓTICO RÁPIDO
PROCEDIMENTO DE COLORAÇÃO

PANÓTICO RÁPIDO
PROCEDIMENTO DE COLORAÇÃO

PANÓTICO RÁPIDO
COLORAÇÕES ESPECIAIS EM HEMATOLOGIA

Coloração de Peroxidase e Sudan Black B


Reagentes:
- Formalina
- Benzidina
- Peróxido de Hidrogênio a 3%
Princípio:
Peroxidase + Peróxido Oxigênio oxida benzina

Coloração NBT (Nitroblue-Tetrazolium)


Princípio: Amarelo pálido + NADH oxidase.
Resultado:
Contar 100 leucócitos (formazan +)
COLORAÇÕES ESPECIAIS EM HEMATOLOGIA
COLORAÇÕES ESPECIAIS EM HEMATOLOGIA

Coloração para Ferro (Perls ou Azul da Prússia)


- Função
- Técnica
1. Álcool metílico – 10 min
2. Ferricianeto de potássio e HCl a 1%
3. Lavar
4. Sobrecorar – safranina a 0,1%
5. Lavar
ANÁLISES CLÍNICAS III

IBMR – CENTRO UNIVERSITÁRIO

SISTEMA HEMOLÍTICO-POÉTICO
MSc. Rodrigo Carvalho
FIOCRUZ / INI-Evandro Chagas
RECORDAR É VIVER...
1. Reconheça as estruturas na hematoscopia...

2. Descreva no chat:
a. (grupo 1) – Monocitopoese;
b. (grupo 2) – Linfopoese;
c. (grupo 3) – Eritropoese;
d. (grupo 4) – Granulocitopoese.

3. Um paciente com os seguintes resultados: Hgb: 10 g/dL / Hto: 30%


Hematimetria: 2.500.000 p/mm3. Apresenta alguma anemia? Se sim, qual tipo?
RECORDAR É VIVER...
CONHECENDO MELHOR AS ANEMIAS
Tipos:
- Anemia Ferropriva; 6 Tipos!
- Anemia de Doença Crônica;

- Anemia Hemolítica;

- Anemia Aplásica;

- Anemia Megaloblástica / Perniciosa;

- Anemia por Depleção.


O FERRO E AANEMIA FERROPRIVA
- Origens do Ferro orgânico / Localizações do Ferro orgânico;

- Ingesta Diária (10 a 14 mg/ 10%);

- Formas recebidas (Fe+++ ou Fe++ ou sob a forma de heme);

- Mecanismo de absorção (fatores que aceleram e retardam);

- Transporte e reservas;

- Distribuição do Ferro orgânico:


1- Massa Eritrocitária / 2- Depósitos / 3- Mioglobina / 4- Enzimas / 5- Plasma 0,1% / 6- Cerebral;

- Regulação extracelular (Hepcidina – ADC);

- Patogênese (perda, ingesta, transporte);


O FERRO E ANEMIA FERROPRIVA
O FERRO E ANEMIA FERROPRIVA
O FERRO E ANEMIA FERROPRIVA
ANÁLISE LABORATORIAL DO METABOLISMO DO FERRO
EXAMES LABORATORIAIS NA FERROCINÉTICA
1. Avaliação do compartimento de ESTOQUE
*Ferro Medular
*Ferritina = 15-300mg/l (homens) / 15-200mg/l (mulheres)

2. Avaliação do compartimento de TRANSPORTE


*Transferrina = Extremamente variável
*TIBC = 250-450mg/l / 100ml soro – (Transferrina x 25)
*Saturação da Transferrina (ST) = Relação Ferro/TIBC (16% a 50%)

3. Avaliação do compartimento FUNCIONAL


*Hemograma = ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS
*Zincoprotoporfirina eritrocitária (ZPP) = <70mmol/mol heme
*sTfR = Receptor Solúvel da Transferrina
*Ferro Sérico = 13-31mmol (homens) / 12-29mmol (mulheres)

Avaliação diferencial na anemia ferropriva:


Ferro sérico - / Ferritina - / ST - / TIBC + / ZPP + /Reticulócitos – RDW +
CONHECENDO MELHOR AS ANEMIAS
ANEMIA FERROPRIVA

- Sintomatologia Clínica
- Palidez de mucosa;
- Fascie anêmica;
- Coiloníquia.
CONHECENDO MELHOR AS ANEMIAS
ANEMIA HEMOLÍTICA

- Tipos de Hemólise:

- Como pesquisar?
CONHECENDO MELHOR AS ANEMIAS
ANEMIA APLÁSICA
Características:
Divisão:
A. Primária (Anemia de Fanconi)
B. Secundária (R / Q / D / V)
Mecanismo:
- Por “Fator de Morte” - ligante Fas;
- Por aumento da proteína BAX;
- Bloqueio do “Fator de Sobrevivência” – BCL-2
CONHECENDO MELHOR AS ANEMIAS
CONHECENDO MELHOR AS ANEMIAS
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA / PERNICIOSA

- Importância do ácido fólico e da vitamina B12.

- Sintomatologia Clínica:
a. Queilite angular;
b. Glossite;

- Características laboratoriais:
CONHECENDO MELHOR AS ANEMIAS
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA / PERNICIOSA
CONHECENDO MELHOR AS ANEMIAS
ANEMIA POR DEPLEÇÃO
CASOS CLÍNICOS
CASOS CLÍNICOS
Paciente do sexo feminino, 32 anos, queixa de cefaleia, dispneia ao esforço, fatigabilidade e desmaios. Membranas
hipocoradas, unhas quebradiças e taquicardia.
1. Qual a suspeita clínica?
2. Qual exame você solicitaria inicialmente?
Hemograma
Hemácias.........................3.850.000 p/mm3.
Hemoglobina....................9 g/dL.
Hematócrito......................31%. Ferro sérico - / Ferritina - / ST - / TIBC + / ZPP + / Reticulócitos -
RDW +
VCM.............................65 fL.
HCM............................28 pg.
CHCM...........................29 g/dL.
RDW-SD.......................52 fL.
RDW-CV.......................16%.
Leucócitos.....................6.000 p/mm3.
Plaquetas......................250.000 p/mm3.
3. Quais exames complementares você solicitaria?
1. Quais os possíveis exames complementares?
CASOS CLÍNICOS

1. Qual o diagnóstico provável?


2. Quais os possíveis exames complementares?
CASOS CLÍNICOS
CASOS CLÍNICOS
Paciente do sexo feminino, 68 anos, queixa de cefaleia, dispneia ao esforço.
1. Qual a suspeita clínica?
2. Qual exame você solicitaria inicialmente?
Hemograma
Hemácias.........................3.850.000 p/mm3.
Hemoglobina....................10 g/dL.
Hematócrito......................33%.
VCM.............................120 fL.
HCM............................31 pg.
CHCM...........................32 g/dL.
RDW-SD.......................58fL.
RDW-CV.......................17%.
Leucócitos.....................10.000 p/mm3.
Plaquetas......................180.000 p/mm3.
3. Quais exames complementares você solicitaria?
CASOS CLÍNICOS
Paciente do sexo masculino, 26 anos, apatia, emagrecimento e palidez notada pela família.
1. Qual a suspeita clínica?
2. Qual exame você solicitaria inicialmente?
Hemograma
Hemácias.........................1.850.000 p/mm3.
Hemoglobina....................12,5 g/dL.
Hematócrito......................36%.
VCM.............................95 fL.
HCM............................32 pg.
CHCM...........................34 g/dL.
RDW-SD.......................fL.
RDW-CV.......................17%.
Leucócitos.....................2.000 p/mm3
Plaquetas.........................35.000 p/mm3
3. Quais exames complementares você solicitaria?
CASOS CLÍNICOS
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