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TEXTUAL
O QUE É COESÃO TEXTUAL?
A coesão estabelece relações de sentido a partir de “laços”, “elos coesivos”. Esses laços ou elos são
os recursos de coesão textual.
RECURSOS DE COESÃO TEXTUAL
• Recursos catafóricos – o termo “elo” é utilizado antes de se utilizar o termo a que se quer referir.
Um recurso coesivo catafórico ANUNCIA o termo que ainda será enunciado.
Exemplo 1: Ela, a minha mãe, é exatamente assim: preocupadíssima!
Exemplo 2: Ela é exatamente assim: uma mãe preocupadíssima!
• Recursos anafóricos – o termo “elo” é utilizado após o termo a que se quer referir. Um recurso
coesivo anafórico RETOMA o termo já enunciado.
Exemplo: A minha mãe é preocupadíssima. Ela é exatamente assim!
A COESÃO REFERENCIAL
• Nesse tipo de coesão, um componente da superfície do texto faz remissão (referência) a outro
elemento presente nessa mesma superfície. A REFERÊNCIA poderá ser GRAMATICAL ou
LEXICAL.
COESÃO REFERENCIAL
G R A M AT I C A L
• Artigos Definidos e Indefinidos
1. Definidos: a, o, as, os
2. Indefinidos: uma, um, umas, uns
5. Relativos – cujo
Ex.: Esse é o livro cujas cópias foram todas vendidas.
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• Elipse
Exemplo: Os convidados chegaram atrasados. Tinham errado o caminho e não encontravam
alguém que os orientasse.
CUIDADO!
• No uso dos pronomes, atenção à AMBIGUIDADE
Exemplo 1: Ontem fui conhecer a nova casa de Alice. Ela a comprou com a herança recebida
dos pais.
Exemplo 2: Ontem fui conhecer a nova casa de Alice. Ela é moderna e bem decorada.
Exemplo 3: O juiz condenou o réu a dez anos de prisão. Ele achou essa pena justa em relação
ao crime cometido.
Exemplo 4: O juiz condenou o réu a dez anos de prisão. Ele não se conforma com o rigor da
pena.
COESÃO REFERENCIAL LEXICAL
• Além de ser um termo “elo”, a coesão referencial lexical provoca uma extensão do significado do
termo a ser referido.
Exemplo: O Brasil, apesar das maravilhas naturais, é um dos países que menos cuidam de suas
reservas ecológicas. O país tropical sofre com o intenso desmatamento de suas florestas desde o
período Colonial.
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• Hipônimos – Especificidade
• Hiperônimos – Abrangência
Exemplo: leão – felino (leão é um tipo específico de felino; leão é hipônimo de felino; felino é
hiperônimo de leão)
rosa – flor (rosa é um tipo específico de flor; rosa é hipônimo de flor; flor é hiperônimo de rosa)
O P E R A D O R E S A R G U M E N TAT I V O S
• Operadores que somam argumentos: e/também, ainda, não só/mas também, tanto/como, além de,
além disso
Exemplo 1: Mais do que nunca o país precisa de superação a partir de uma política arrojada . E
vai depender, também, muito de seus jovens honestos, sonhadores, preparados e inteligentes.
Exemplo 2: A superação do país depende não só de atitudes governamentais, mas também da
postura honesta e dos sonhos e inteligência dos jovens.
Exemplo 3: O acesso à rede de água e de esgoto traz mais dignidade para a vida das pessoas,
além de gerar avanços econômicos para o país.
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• Operadores que indicam argumento mais forte entre 2 ou mais argumentos: até, até mesmo,
inclusive, nem, nem mesmo.
Exemplo1: O acesso à rede de água e de esgoto traz mais dignidade para a vida das pessoas.
Pode até gerar avanços econômicos para o país.
Exemplo2: Até mesmo o avanço econômico do país poderia ocorrer se houvesse acesso à rede
de água e de esgoto, que dignifica a vida das pessoas.
Exemplo 3: Sem acesso à rede de água e de esgoto as pessoas não têm plena dignidade. Nem
mesmo o avanço econômico ocorre efetivamente.
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• Operadores que contrapõem ideias: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto,
embora, ainda que, apesar de
Exemplo 1: O Brasil é um país rico, mas a má distribuição de renda o torna pobre.
Exemplo 2: Ainda que o Brasil seja um país rico, a má distribuição de renda o torna pobre.
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• Operadores conclusivos: logo, pois, portanto, por isso, por conseguinte, em decorrência de
Exemplo: Penso, logo existo (Descartes)
Exemplo: Muitos brasileiros têm se mudado para Portugal em decorrência da má qualidade de
vida que têm aqui.
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• Operadores que justificam ou explicam um argumento: porque, porquanto, já que, pois, que,
visto que
Exemplo: A má formação socioeducacional do brasileiro é um fator determinante para a
permanência da precariedade da educação para deficientes auditivos no país, já que os governantes
não respondem aos anseios sociais e grande parte da população não exige uma educação inclusiva
por não necessitar dela.
R E C U R S O S C O E S I V O S PA R A D 1 E D 2
• Para D1 (Parágrafo seguinte à introdução)
- Inicialmente
- Primeiramente
- Em primeira análise
- Em primeiro lugar
• Para D2 (Parágrafo posterior ao D1)
- Em segunda análise
- Em segundo lugar
- Além disso
- Ademais
“A PRIORI” E “A POSTERIORI”