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“Uma abordagem existencial em psicoterapia: A terapia vivencial”

– Cap.III – Tereza Cristina Saldanha Erthal


Terapia Fenomenológica Existencial :
> propõe encontro

Terapias Centralizadas no problema, na técnica,


no terapeuta :
> contribuem para distorção do encontro,
> processo de “cura” determinado por forças
alheias ao cliente sem sua participação.
 Terapia Vivencial:

- tem pressupostos da filosofia existencial (visão de


homem e de mundo)
- para análise reflexiva da existência
- que permite chegar a uma compreensão
fenomenológica do existente (através do encontro)
 Princípios básicos:
- compreender o cliente na sua totalidade
- partindo do seu próprio ângulo,
- analisar a estrutura da sua existência humana.
 Objetivo:
- decifrar os padrões de comportamento
- para chegar ao projeto ou imagem que o
indivíduo tem de si mesmo.
 Terapia Vivencial:

“Refere-se ao homem como criador de si


mesmo e do seu mundo, assim, procura
compreendê-lo a partir dessa verdade.”
(Erthal, p.72, 1990)
“Longe de ser um sistema de terapia, é mais
uma atitude para com o ser humano no
sentido de fazê-lo atingir uma existência
autêntica, no sentido de se proporcionar um
entendimento quanto às suas experiências
que são encaradas como sua própria
verdade.”
(Erthal, p.72, 1990)
 Existe um conjunto sistemático de verdades e
técnicas a serem seguidas?
- “Cada relação terapeuta/cliente é um ‘encontro’
existencial único e irrepetível, e portanto,
impensável como sujeito a um método ou sistema
qualquer.” (Erthal, apud Seguin, 1970)

- “A proposta é de pessoa a pessoa, de existente


para existente. Cada relação é única e o método é
submetido à relação.”
relação (Erthal, p.72, 1990)
 Existe um conjunto sistemático de verdades e
técnicas a serem seguidas?

- Acompanhar a pessoa num processo de atribuir


significações até alcançar com ela seu projeto
original/
original sentindo último da existência/base para
todos os seus atos e suas experiências (o que
dirige sua existência).
 Existem técnicas para promover esse processo?

O encontro autêntico
na relação terapêutica

(Vide p. 74, Cap.III – Erthal)


 Existem técnicas para promover esse processo?

- Assim:
“O terapeuta é um participante ativo no processo
em busca da compreensão do ser, é uma co-
participação no processo de mudança.” (Erthal,p.75)
 Etapas do processo terapêutico:

1) Cliente traz:
 uma desorganização do conteúdo,

 está confuso e perdido,

 há liberação das formas inautênticas do viver.


 Etapas do processo terapêutico:

2) Inicia-se:
 descrição da problemática,

 atitude crítica sobre a auto-imagem,

 sem CS de que é responsável pelos próprios


problemas.
 Etapas do processo terapêutico:

3) Faz contato:
 superficialmente com os problemas

 sua falta de sentido na vida, ansiedades


existenciais,
 descreve, descreve, descreve

(razão ainda domina a emoção)


 Etapas do processo terapêutico:

4) Exploração do problema:
 questionamento de valores,

 aparecem as contradições,

 linguagem mais consciente do EU para avaliar


melhor sua conduta,
 descoberta de novas formas autênticas de existir.
 Etapas do processo terapêutico:

5) Nova organização do ser:


 desvenda melhor sua personalidade,

 faz surgir novo estilo de vida,

 não se soluciona todos os problemas, mas


reconhece capacidade para enfrentá-los,
 aprende a se respeitar com todas as suas
limitações.
 Etapas do processo terapêutico:

6) Fase de integração:
 termina a ruptura entre razão e sentimento,

 surge a aceitação de si próprio na sua totalidade.


“A chamada ‘cura’ é, então, a própria
autenticidade: é a aceitação plena da
condição humana; é a expansão própria
da existência autêntica. Cabe ao cliente
encontrá-la e determinar o momento em
que interromperá a terapia.”
(Erthal, p. 83, 1990)
 Referência bibliográfica:

ERTHAL,T.C.S., “Terapia Vivencial: uma


abordagem existencial em psicoterapia”, Cap. III
– Uma abordagem existencial em psicologia: a
terapia vivencial, p. 69 – 83, 1990, Vozes, R.J.

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