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Respondendo eficientemente a

problemas de comportamento
Cap. 12
Abrão de Jesus Barbosa; Annita Ingrid Alves Silva; Hélder Lima Santos;
Igor Nudes Lima; Renan Santos de Oliveira.
Prof. Ricardo Santos do Carmo
Sumário
i. Princípios para lidar com comportamento inadequado
ii. Lidando com mau comportamento leve
iii. Lidando com mau comportamento mais grave
iv. Lidando com mau comportamento crônico
v. Lidando com problemas espinhosos
vi. Quando a disciplina viola os direitos constitucionais dos alunos
vii. Comentários finais
Introdução
 Relato de Sharon com turmas quarto e quinto períodos de inglês:
 “Eles não ficam sentados nem mesmo para ouvir as orientações”;
 “Cada vez perco mais tempo de aula pedindo silêncio. Não entendo
por que eles são tão rudes e eu simplesmente não sei o que fazer”.
 O relato não se trata de ausência de regras e rotinas ou a um ensino
entediante
 Regras e rotinas não significa que todos seguirão.
 Bons professores x início do ano escolar: não se iludam.
Princípios para lidar com
comportamento inadequado
Poucas pesquisas sobre a eficácia de estratégias disciplinares;
 6 princípios:
1. Estratégias disciplinares devem ser consistentes com o objetivo de
criar um ambiente de sala de aula seguro e solidário. – alcançar a
ordem e escolher estratégias que auxilie os alunos a serem controlados;
Evitar disputas de poder
2. Manter o programa de ensino com um mínimo de interrupção
Não pode permitir que o mau comportamento interrompa o processo de
ensino-aprendizado e deve reconhecer as estratégias disciplinares por si
só podem ser perturbadoras.
 6 princípios:
3. Uma ação em particular constitui ou não mau comportamento
depende do contexto no qual ela ocorre. – algumas salas de aula é
permitido usar boné, brincos, etc.
Professor na sala de aula – pode definir o momento de conversas =
determinar linha de ação.
Linha de ação:
“Esse comportamento é perturbador ou benéfico para a atividade de
ensino em curso? Ele é ofensivo com os outros alunos? Viola as regras
estabelecidas?”
 6 princípios:
4. Ser oportuno e preciso ao responder a problemas de comportamento.
 Erros de tempo
 Erros de alvo
5. Ter certeza de que a severidade da estratégia disciplinar é adequada
ao mau comportamento que você está tentando eliminar.
Pesquisas indicam que os professores pensam sobre o mau
comportamento em termos de três categorias
• Comportamento inadequados leves: barulho, conversas, devaneios;
• Comportamentos inadequados mais graves: discussões, folha em
responder à orientação do grupo;
• Comportamentos inadequados nunca tolerados: roubo, ferir alguém
(padrão isolado).
Quando algo ocorre o professor tem pouco tempo para decidir o que
fazer e avaliar a severidade;
Não requer ignorar ou reagir de modo branco a um mau comportamento.
Ex. firme advertência a turma para baixar o nível de barulho é uma
resposta adequada a esse mau comportamento leve.
 6 princípios:
6. Necessidade de ser sensível a questões culturais, uma vez que
diferenças nas normas, nos valores e estilos de comunicação podem ter
um efeito direto no comportamento dos alunos.
 Refletir sobre os tipos de comportamento que você julga problemáticos
e levar em conta que podem estar relacionados a raça e à etnia.
Ex. crianças afro-americanas são frequentemente socializadas falando em
voz alta em casa/jovens euro-americanos possuem maior probabilidade de
desafiar funcionários da escola, veem liderança como sinônimo de força e
veemência.
Professores capazes de ver comportamentos como reflexos de normas
culturais são mais capazes de permanecer calados e não defensivos e
considerar várias opções mais construtivas;

Implicação: para ser um gestor de sala de aula sensível a questões


culturais, os professores precisam reconhecer suas tendências e valores e
pensar como eles afetam suas interações com os alunos.
Lidando com mau
comportamento: leve
Whitiness
• Gestores de salas de aula bem sucedidos tem olhos atrás da cabeça;
• Tem conhecimento de tudo o que acontece em sala;
• Os alunos possuem consciência de que os professores sabem;
• Eliminar problemas no nascedouro;
• Whitiness
Intervenções não
verbais
• Menina de 11 anos disse que ela seria uma
professora bem-sucedida;
• “Sei como fazer o olhar”;
• Demonstração – inclinou as sobrancelhas
para baixo, a testa ficou enrugada e os
lábios formaram uma linha reta;
• O “olhar do professor” é um ótimo
exemplo de intervenção não verbal (sinais
de mãos, se mover na direção do aluno
com má conduta).
Exemplo Donnie
 Enquanto Donnie dava aula de
matemática, dois alunos estavam
dispersos brincando com uma régua.
Então Donnie dá uma encarada longa
(olhar de professor) e os alunos
começam a fazer a atividade
proposta.
• Estratégias não verbais são adequadas
para comportamentos leves, mas
constantes;
• Sussurrar;
• Olhar para o vazio;
• Se maquiar;
• Usar o celular;
• Vantagem: ao usar não distrai a turma,
preservando o ritmo da aula;
• Estudos apontam que essa “técnica” é a
mais eficiente
Intervenções verbais
• Por mais que a intervenção não verbal seja eficiente, em
certos casos não é o suficiente;
• Mas ainda continua de forma discreta;
• Falar o nome do aluno com o mau comportamento;
• Incorporar o nome do aluno com mau comportamento na
tarefa.
1. Shaheed
 Shaeed é um aluno que estava sentado
de forma desengonçada e disperso,
enquanto o professor dava aula sobre
o respeito com os idosos na China, ao
perceber como o aluo estava ele
indaga: “Se Shaheed fosse meu filho e
eu desse uma surra nele por estar
tirando notas ruins na escola. O que
aconteceria comigo?!”
2. Donnie
 Donnie estava corrigindo a
atividade de matemática e pede para
alguém responder a questão 14.
Mãos se levantaram, mas o
professor percebeu uma menina no
fundo da sala, dispersa, olhando
para o nada então ele fala:
“Dominica poderia responder a
14?” Ela responde corretamente e
ele elogia “Bom!!”.
• O intuito é sempre preserva a dignidade do aluno;
• Caso ele queira “impor” algo ao aluno, pode ter efeito
Vale relembrar contrário;
• Uma forma de evitar esse problema é avisar ao aluno;
• Use o humor de maneira gentil.
Exemplo de Fred
• Com o intuito de fazer os
alunos se acomodarem na
sala, Fred lança a seguinte
frase: “Gente, agora
poderíamos fingir que
SOMOS alunos?”
“Mensagem Eu”
• Divido em três partes:
1. Professor descreve o comportamento inaceitável sem culpar ou
julga, geralmente a frase inicia com um “Quando”
Descreve o efeito tangível do professor “eu tenho que repetir a
explicação e faz isso perder tempo.”;
Descreve o sentimento do professor sobre o efeito tangível “E
assim eu fico frustrado”;
i.Quando você vem para a aula sem seu material, eu não posso
iniciar a aula na hora e fico realmente descontente.
ii.Quando você deixa sua mochila no meio do corredor, eu posso
tropeçar e tenho medo de quebrar uma perna.
Diretivas
• Comandos mais diretos;
1. Seu grupo deve ler as 3 primeiras páginas;
• Sente-se para realizar a atividade;
• Deixe a régua de lado;
• Podemos relembrar de uma regra: Quando alguém fala, todos devem
fazer silêncio e ouvir.
• Outra forma é dar opções: corrigir o comportamento ou ser punido.
Diretivas
 Se não se comportar, você não participará da discussão;
 Issodemonstra que as punições são aplicas com algum
motivo;
 Fred
vai à frente da sala: “Senhoras e senhoras, se quiserem
um zero por toda a vida, falem agora. Se não, escutem”
(humor gentil).
Não intervenção deliberada
• Um mau comportamento breve e discreto;
• Exemplos.
• Uma aluna agitada para comentar algo e esquece de levantar a mão;
• Alguém rapidamente distraído e desatendo;
• Ou duas pessoas trocam silenciosamente comentários enquanto você dá
alguma orientação.
• Intervir pode ser mais perturbador quanto ao próprio comportamento;
• Porém não negligenciar esses maus comportamentos;
Não intervenção deliberada
• Os alunos podem ter conclusões precipitadas;
• Outro problema é ignorar ocasionalmente e isso virar uma
“cegueira”;
• Ex. Heleen dava aula, e quando seus alunos ficavam
barulhentos, ela falava mais alto e olhava mais o quadro
dando as costas aos alunos.
• Consequências: os alunos entendiam que o barulho era
permitido.
Lidando com mau
comportamento: mais grave
Escolhendo penalidades
• Qualquer pena ou castigo resultante de algo feito sem pensar;
• Implantar penalidade que sejam logicamente relacionadas ao mau
comportamento (Dreikus, Grunwald; Pepper, 1982);
• Criar/indicar disposição em cooperar;
• Penalidade  Consequência;
• Construir relações solidárias e de confianças para com os alunos
Reuniões privadas obrigatórias
• “Sinais verbais/lembretes visuais não respondidos, deve arretar em
um diálogo entre o alunos e o professor”;
• Demonstrar desapontamento por parte do professor com o aluno;
• Mudança do comportamento;
• Tentar entender o aluno;
• Buscar meios de reintroduzir o estudante;
• Perda de privilégios;
Tratamento do grupo
• Separar os alunos que não possuem certa produtividade, “isolando
os mesmos”;
• Todo um contexto na realização desse pedido aos alunos;
• Essencial para o tratamento de alunos com TDAH (Transtorno de
Déficit de Atenção de Hiperatividade).
Retirada da turma
• Expulsão da sala de aula: estratégia em casos extremos;
• Provocação voltada em sair da sala de aula;
• Lidar com os problemas internos por si só, é de extrema
dificuldade;
• Sala de “descanso”;
• Revezamento de turma;
• Casos extremos = secretaria;
• Detenção.
Impondo penalidade e preservando relações
• Diálogo entre professor e os pais, com auxílio da escola;
• Comportamento agressivos e construção de relacionamento;
• Impor penalidades em particular;
• Nunca criar constrangimento;
• Autoridade;
• Estratégias Dez-por-Dez.
Sendo consistente
• Estudo de Evertson e Emmer (1892);
• Linha graduada de consequência para atraso;
• Ser justo;
• Reuniões privadas;
• Flexibilidade;
• Penalizar o grupo por mau comportamento.
Lidando com mau
comportamento: crônico
Lidando com mau
comportamento crônico
• Falha em responder às estratégias de
rotina
• Punição;
• Lembretes;
• Sinais verbais;
• Sinais não verbais;
Lidando com mau
comportamento crônico
• Estratégias alternativas:
• Resolução de problemas;
• Princípios de aprendizado corporal;
• Abordagens de autogerenciamento;
• Apoio comportamental positivo.
Resolução de problemas:

 Qual o pensamento do professor frente a um conflito?

Ganhar a Perder a
discussão? discussão?
Resolução de problemas:
 Problemas de uma discussão:
• Estabelece relação de poder.
• Professor sempre sai como vitorioso.
 Disciplina estabelecida pela escola:
• Rígidos;
• Lenientes;
• Duros;
• Brandos;
• Autoritários;
• Permissivos.
Resolução de problemas:
 Nesta situação, o que vocês fariam se o aluno rasgasse a sua prova?

Punição não é uma opção


Resolução de problemas:
 O que fazer com o aluno que não entrega atividade no prazo?
 4 chances antes de ser penalizado:
 Advertência verbal;
 Nome anotado
 Sermão;
 Pais.
 Em momentos de raiva, adie a discussão para depois de forma individual
com o aluno.
• Podemos conversar sobre sua nota de
forma particular?
Resolução de problemas: • Relação positiva;
• Estratégias 2 por 10 (aluno mais difícil).
Resolução de problemas:
 Método “ninguém perde” estabelecido em 6 etapas:
• Professor e aluno definem o problema;
• Todo mundo procura soluções para o problema;
• Avaliação das soluções;
• Escolhem a melhor solução que foi escolhida em conjunto;
• Determinar como será implementada a solução;
• Discutem sobre o resultado da avaliação escolhida.

 Utilizado para resolver os mais variados problemas em uma sala de aula, por exemplo:
comportamento inadequados, falta de compromisso e conversas intermináveis em sala de
aula.
Abordagem de aprendizado corporal
• Aplicação dos princípios do aprendizado comportamental para a mudança do
comportamento, utilizando de reforços positivos para fortalecer o
comportamento desejado;
• Ensinar ao aluno o comportamento adequado por meio de apoios
comportamentais positivos;
• Autogerenciamento: automonitoramento, autoavaliação, autoensino e contrato
de contingência;
• Objetivo: ajudar os alunos a aprender e regular seu próprio comportamento.
• A percepção do controle é crucial, pois quando o aluno identifica o sentimento,
tende a aceitar a responsabilidade por suas ações.
 Automonitoramento
• Vocês acham que os alunos possuem
Abordagem de consciência de suas ações nestes

aprendizado corporal •
momentos?
Geralmente, eles não sabem os impactos
provocados por suas ações.
Abordagem de aprendizado corporal
• Automonitoramento
• Para aplicar, primeiro o professor deve servir como exemplo e mostrar aos
alunos como identificar o comportamento que é inadequado e substituir por um
correto;
• Mesmo que os alunos não consigam com precisão, o resultado tende a ser
promissor;
• Cada vez que o aluno “errar” o mesmo deve anotar e descrever a situação que o
ajudou a cometer este ato;
• Mas o professor pode fazer perguntas a cada 15 minutos com os alunos, afim de
fixar na consciência dos mesmos.
Abordagem de aprendizado corporal
• Autoavaliação
• Os alunos avaliam seu próprio comportamento e do colega durante um
intervalo de tempo estabelecido pelo professor;
• Com avaliações quase corretas ou perfeitas recebiam uma pontuação em sua
nota;
• Ao longo desta implementação, quando os comportamentos apresentam
melhoras, a aplicação tende a tomar intervalos mais longos por uma
próxima aplicação (1x por período).
• Na maior das vezes o efeito é imediato.
Abordagem de aprendizado corporal
 Autoensino
 Os alunos que aprendem a dar a si mesmos orientações silenciosas sobre como se comportar baseado
em 5 etapas:
1. Um adulto realiza uma tarefa enquanto fala em voz alta sobre ela, descrevendo cuidadosamente
cada parte;
2. O aluno realiza tarefa enquanto fala em voz alta sobre ela (auto-orientação externa);
3. O aluno realiza a tarefa enquanto fala em voz consigo mesmo (auto-orientação evidente);
4. O aluno realiza a tarefa enquanto sussurra (auto-orientação evidente amortecida);
5. O aluno realiza a tarefa enquanto pensa nas orientações (auto-orientação oculta).
 Utilizada para promover maior interação com os colegas, ensinar os derrotados a não desistir e
controlar a raiva dos mais agressivos.
Abordagem de aprendizado corporal
 Contrato de contingência
• O aluno faz um contrato com o professor de forma particular, se cumprido ele irá receber um reforço
positivo, estando sujeito e renegociações;
• Apoio comportamental positivo e avaliação comportamental funcional;
• Permite que os alunos obtenham o que desejam (reforço positivo);
• Permite que os alunos evitem algo que consideram desagradável (reforço negativo);
• Necessário uma avaliação do comportamento dos indivíduos (por dia, se possível por pessoas
diferentes), de forma que mais de duas pessoas concordem com sua análise sobre as ações dos
alunos.
Lidando com problemas
espinhosos
Uso inadequado
Não fazer o
Desafio Colar de dispositivos
dever de casa
eletrônicos
Desafio
• Situação de Claire;

• Melhor curso de ação: evitar a situação;

• Unanimidade dos 4 professores do


debate;

• Sessão de dicas práticas de como lidar


com a situação.
Não fazer o dever de
casa
 Considerar o quão a tarefa é importante;

 Quantidade de dever que está sendo passado;

 Prazo ser ou não suficiente;

 Certificar-se da compreensão dos alunos;

 Dicas práticas pró dever de casa.


Colar
• Algo muito comum!

• Pesquisa Nacional de Josephson


Institute of Ethics (2008);

• 93% de “bandidinhos felizes”


Uso Inadequado de dispositivos
eletrônicos
 Peripécias com os aparelhos;

 Políticas do colégio;

 Maneiras de desencorajar os alunos;

 Criar uma reputação.


Quando a disciplina viola os direito
constitucionais dos alunos
1. Liberdade de expressão dos alunos
2. Quarta ementa:
1. Busca e captura: suspeite que o aluno usa drogas na escola. Você tem o
direito de revistar o material dele?
2. Pausa de isolamento: aluno removido da sala de aula e colocado sozinho em
uma sala designada para este propósito

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