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TÉCNICAS BÁSICAS

DA TERAPIA
COGNITIVO
COMPORTAMENTAL
DRA ANALUCY OLIVEIRA
NEUROPSICÓLOGA
O MITO DA CAVERNA DE
PLATÃO
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA
TERAPIA COGNITIVO
COMPORTAMENTAL
 A prática clínica da Terapia cognitivo comportamental (TCC) fundamenta-se
em um conjunto de teorias bem desenvolvidas que são utilizadas para elaborar
planos de tratamento e orientar as ações do terapeuta.
ORIGENS DA TCC
 A TCC baseia-se em dois princípios centrais:

1- nossas cognições tem uma influência controladora sobre nossas emoções e


comportamentos; e

2- o modo como nos comportamos pode afetar profundamente nossos padrões


de pensamento e nossas emoções.

(Wright, Basco e Thase, 2008).


 Aron Back foi a primeira pessoa a
desenvolver completamente
teorias e métodos para aplicar as
intervenções cognitivas e
comportamentais a transtornos
emocionais (Beck, 1963, 1964).

 As primeiras formulações de Beck


centravam-se no papel do
processamento de informações
desadaptativo em transtorno de
depressão e ansiedade.

(Wright, Basco e Thase, 2008).


 Na década de 1960, ele descreveu uma conceituação cognitiva da depressão na qual os
sintomas estavam relacionados a um estilo negativo de pensamento em três domínios: si
mesmo, mundo e futuro (a tríade cognitiva negativa).
 (Wright, Basco e Thase, 2008).
 A proposta de Beck de uma terapia cognitivamente orientada com o objetivo de
reverter cognições disfuncionais e comportamentos relacionados foi então testada
em um grande número de pesquisas, incluindo casos clínicos de depressão,
transtornos de ansiedade, transtornos alimentares, esquizofrenia, bipolar, dor
crônica, transtorno de personalidade e abuso de substâncias.

(Wright, Basco e Thase, 2008).


 Os componentes comportamentais do modelo de terapia cognitivo
comportamental tiveram seu início na década de 1950 e 1960, quando
pesquisadores clínicos começaram a aplicar ideias de behavioristas
experimentais.

 Beck defendeu a inclusão de métodos comportamentais desde o início do seu


trabalho, pois reconhecia que essas ferramentas são eficazes para reduzir
sintomas e conceitualizou um relacionamento estreito entre cognição e
comportamento.
(Wright, Basco e Thase, 2008).
O MODELO COGNITIVO
COMPORTAMENTAL

 Os principais elementos do modelo cognitivo comportamental estão esquematizados na


figura a seguir.

 O processamento cognitivo recebe um papel central nesse modelo, porque o ser humano
continuamente avalia a relevância dos acontecimentos internamente e no ambiente que o
circunda, e as cognições estão frequentemente associadas às reações emocionais.

(Wright, Basco e Thase, 2008).


Evento Avaliação cognitiva
(Preparando-se
(“Não vou saber o que dizer...
para ir a uma
Vou parecer um desajustado...
festa) Vou travar e querer ir embora
imediatamente”).

Comportamento Emoção
(Deu uma desculpa e (ansiedade, tensão)
evitou a festa)
Modelo cognitivo comportamental
básico: exemplo de um paciente
com fobia social
 O modelo básico de TCC apresentado na figura, é usado para ajudar os terapeutas
a conceitualizarem problemas clínicos e implementarem métodos da TCC
específicos. Ele volta a atenção do terapeuta para as relações entre pensamentos,
emoções e comportamentos.
(Wright, Basco e Thase, 2008).
CONCEITOS BÁSICOS
 Níveis de processamento cognitivo

Foram identificados três níveis básicos de processamento cognitivo. O nível mais


alto de cognição é a consciência, um estado de atenção no qual decisões podem
ser tomadas racionalmente. A atenção consciente nos permite:

1- monitorar e avaliar as interações com o meio ambiente;


2- ligar memórias passadas às experiências presentes;
3- controlar e planejar ações futuras.
(Wright, Basco e Thase, 2008).
 Na TCC os terapeutas dedicam bastante esforço para ajudar os pacientes a
reconhecer e mudar pensamento patológico em dois níveis de processamento
de informações: pensamentos automáticos e esquemas.

(Wright, Basco e Thase, 2008).


PENSAME
NTOS
AUTOMÁ
TICOS
PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS
 Segundo Beck (1964) não é o contexto que determina o que as pessoas sentem,
mas o modo como elas interpretam (e pensam) os fatos.

 É diante de cada nova situação que o indivíduo pensa e extrai os padrões


percebidos de cada acontecimento.

 O primeiro nível de processamento de informação que ocorre diante da


exposição do indivíduo a um contexto, é o pensamento automático.
PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS
 Passam despercebidos, porque são parte de um padrão repetitivos de raciocínio
e ocorrem tão seguidamente quanto rapidamente;

 São pensamentos privados ou não-declarados e ocorrem de forma rápida à


medida que avaliamos o significado de acontecimentos em nossas vidas;

 Pessoas com problemas psicológicos frequentemente vivenciam inundações de


pensamentos automáticos que são disfuncionais ou distorcidos.
PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS
 Pensamentos disfuncionais, sem base integral na realidade, influenciam de
forma significativa o humor e o comportamento do indivíduo. É interessante
notar que a intensidade dos sentimentos depende em grande parte da forma
como a situação é avaliada. Uma análise parcial da realidade gera sentimentos
desproporcionais ou inapropriados para lidar com a situação.
PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS
 Esses pensamentos podem gerar reações dolorosas e
comportamento disfuncional;

 Essas cognições podem ser reconhecidas e entendidas se nossa


atenção for voltada para elas.
EXEMPLO DE MARIA (NOME FICTÍCIO) QUE APRESENTA DEPRESSÃO MAIOR
Situação Pensamentos automáticos Emoções
Minha mãe telefona e “Fiz besteira de novo. Não tem Tristeza, raiva.
pergunta por que eu esqueci o jeito, nunca vou conseguir
aniversário de minha irmã. agradá-la. Não consigo fazer
nada direito. Do que adianta?”
Pensamento sobre um grande “É muita coisa pra mim. Não Ansiedade
projeto a entregar no vou conseguir entregar a tempo.
trabalho. Não vou conseguir encarar meu
chefe. Vou perder meu emprego
e tudo mais na minha vida”
Meu marido se queixa de que “Ele está realmente Tristeza, ansiedade.
estou irritada o tempo todo. decepcionado comigo. Estou
fracassando como esposa. Não
gosto de nada. Por que alguém
iria querer estar perto de mim?”
PENSAMENTOS
Negativos ou prejudiciais
Críticos
Focam as coisas que
podem dar errado

O QUE FAZEMOS SENTIMENTOS


Evitamos situações difíceis DESAGRADÁVEIS
Desistimos Preocupado
Deixamos de fazer coisas Ansioso
Zangado
Infeliz

Ciclo da preocupação
ERROS DE PENSAMENTOS –
DISTORÇÕES COGNITIVAS
O que são?

 São equívocos característicos na lógica do pensamento automático


e outras cognições. São estilos patológicos de processamento de
informações.
 Pensamento dicotômico: é a tendência de interpretar todas as
experiências em termos de categorias opostas e polarizadas
(preto/branco; tudo/nada; sempre/nunca; perfeição/fracasso;
absoluta segurança/perigo total). Ex.: “Se eu não estudei todo o
conteúdo, então não sei nada” ou, “se eu não sair sempre bem (no
trabalho, etc.), isso significa que sou um fracasso”, “Como não sou
tão extrovertido, não sou capaz de fazer amizades novas...”.
 Abstração seletiva: é a tendência de focalizar apenas um detalhe
retirado de um contexto, ignorando outros aspectos também
importantes, e conceber a totalidade da experiência com base no
fragmento. Ex.: “Sou impotente” (após uma falha erétil); “Só tem
pessoas arrogantes aqui...” (desconsiderando outras).
 Inferência Arbitrária: é a tendência de chegar a uma conclusão (ou
regra) na ausência de provas suficientes, ou por meio de um
raciocínio lógico falho. Ex.: “não sou atraente para as mulheres”
(depois de algumas rejeições).
 Hipergeneralização: é a tendência a ver um evento negativo único
como parte de um padrão interminável de perigos ou sofrimentos. Ex.:
“se eu senti medo aqui, vou sentir sempre de novo” ou “tudo sempre
da errado para mim” (depois de bater com o carro).
 Desqualificação do positivo: é a tendência a rejeitar experiências ou
fatos positivos por insistir que “não contam” por qualquer motivo.
Ex.: “sou burra e doente” (mesmo tendo passado em dois
vestibulares); ou “não perdi o controle ainda” (desconsiderando que
nunca aconteceu nada durante inúmeros ataques de pânico).
 Erro oracular: é a tendência a antecipar que “as coisas vão dar
errado” de qualquer maneira, sem base para essa afirmação. Ex.:
“Eu sei que vou sei rejeitado”.
 Raciocínio Emocional: é a tendência a tomar as próprias emoções
como provas de uma “verdade”. Ex.: “Se sinto pânico é porque essa
situação é muito perigosa”.
 Rotulação: é a tendência a descrever erros ou medos por
características estáveis do comportamento, por rótulos pessoais. Ex.:
“Eu sou um fracasso” ao invés de “falhei nisso”.
 Tirania dos “Deveria”: é a tendência a dirigir a própria vida em
termos de “deverias” e “não deverias”, por avaliações de “certo” ou
“errado”, em vez de dirigi-la por seus desejos. Ex.: “Eu deveria
estudar mais” em vez de “eu quero (ou não quero) estudar mais”.
 Personalização: É a tendência a se ver como causador de fatos ruins,
sem o ser de fato. Ex.: “Se algo acontecer ao meu casamento, a culpa é
só minha”.
 Leitura Mental: é a tendência a antecipar negativamente sem
provas, o que as pessoas vão pensar sobre você. Ex.: “Se eu entrar
em pânico aqui todos vão pensar que sou doente”.
 Catastrofização: é a tendência a exagerar a probabilidade e a
magnitude dos efeitos de uma situação antecipada. Ex.: “Minha
carreira acabou” (depois de cometer uma falha no trabalho); “Meu
filho deve ter sofrido um acidente!” (depois de uma hora de atraso
para chegar em casa).
 Acusação: é a tendência a colocar outras pessoas como fonte dos nossos
sentimentos negativos, sem nos responsabilizarmos para mudar a nós
mesmos. Ex.: Meus pais são responsáveis por todos meus problemas.

Retirado de Rangé (2001) e Heimberg, Turk e Mennin (2004).


CRENÇAS
 Temos acessos as crenças centrais do indivíduo, a partir do aprofundamento
dos pensamentos automáticas.

 As crenças são as ideias mais fixas e enraizadas derivada do processo do


desenvolvimento, experiências e formação do indivíduo, desde a infância, e
são aceitas por ele como verdade absoluta.
PARA A TCC, O INDIVÍDUO POSSUI UMA
VARIEDADE DE CRENÇAS NEGATIVAS

 Sobre si mesmas: Tais crenças resultam em autocrítica,


culpa e sentimentos de desvalorização.
 Sobre o mundo a sua volta: Os pacientes esperam resultados
negativos para as suas experiências e se apresentam aos outros com
exigências que, como não conseguem atender, transformam-se em
barreiras para a felicidade.
 Sobre o futuro: Os pacientes encaram o futuro como um lugar
sombrio devido a antecipação de frustrações, catástrofe e dor.
Crença Desamor Desvalor Desamparo

Crença

Crença
Sobre ser Sobre ser Sobre ser
indesejável incapaz sozinho
Incapaz de Incompetente
Sem apoio
ser gostado Inadequado
APRENDIZAGEM DAS
HABILIDADES DE
ENFRENTAMENTO
TÉCNICAS BÁSICA DE TCC
Métodos cognitivos
 As concepções cognitivas desenvolveram as mais diversificadas propostas
e criaram ferramentas de ajuste cognitivo (reestruturação cognitiva).
REGISTRO DE PENSAMENTO
 Inicialmente, os diários de registro de pensamentos, são utilizados
para que o indivíduo, dentro do processo terapêutico, possa
identificar os seus pensamentos automáticos, e a influência desses
pensamentos automáticos em suas emoções, comportamentos e
respostas fisiológicas.

 Para isso, pode ser utilizado a seguinte ferramenta:


1-identifique e nomine o seu estado de humor (ex.: Tristeza, ansiedade, raiva, etc.) E escreva-o na coluna 3.
2-descreva, na coluna 1, a situação/experiência que favoreceu a emoção.
3-identifique, e descreva na coluna 2, quais pensamentos ocorreram mediante a situação/experiência : o que você pensou
mediante a situação ocorrida? Verifique perguntas no rodapé da folha para auxiliar a identificação dos pensamentos
automáticos.

1 – Situação 2 – Pensamento Automático 3 - Emoção

Quais pensamentos ou imagens


Especifique a situação – o que passaram por sua cabeça naquela Quais sentimentos ou emoções (tristeza,
aconteceu? Onde você estava? Fazendo situação? Sublinhe o pensamento mais ansiedade, raiva, etc.) você sentiu
o que? Quem estava envolvido? importante ou aquele que mais lhe naquela situação? Se possível avalie a
incomodou? Se possível avalie quanto intensidade de cada emoção ( 0 – 100%).
você acredita em cada um dos
pensamentos (0 – 100%)

Para descrever os Pensamentos Automáticos (coluna 2), busque identificar as respostas das perguntas abaixo:
1. Quais pensamentos me ocorrem mediante à situação (específica) que estou vivendo? O que estou pensando mediante à
situação?
2. O que estou sentindo (em relação à situação específica), está sendo alimentado por quais pensamentos?
3. Quais significados estou atribuindo para esta situação (específica)?
(Adaptação: Knapp, P. e cols., 2004)
1-identifique e nomine o seu estado de humor (ex.: Tristeza, ansiedade, raiva, etc.) E escreva-o na coluna 3.
2-descreva, na coluna 1, a situação/experiência que favoreceu a emoção.
3-identifique, e descreva na coluna 2, quais pensamentos ocorreram mediante a situação/experiência : o que você pensou
mediante a situação ocorrida? Verifique perguntas no rodapé da folha para auxiliar a identificação dos pensamentos
automáticos.

1 – Situação 2 – Pensamento Automático 3 - Emoção


Perdi a bolsa Nada dá certo comigo (100) Tristeza (80)
Desespero (90)

Para descrever os Pensamentos Automáticos (coluna 2), busque identificar as respostas das perguntas abaixo:
1. Quais pensamentos me ocorrem mediante à situação (específica) que estou vivendo? O que estou pensando mediante à
situação?
2. O que estou sentindo (em relação à situação específica), está sendo alimentado por quais pensamentos?
3. Quais significados estou atribuindo para esta situação (específica)?
(Adaptação: Knapp, P. e cols., 2004)
EXEMPLO DE CASO – APLICAÇÃO DO
DIÁRIO DE REGISTRO DE PENSAMENTO

 M., 50 anos, funcionária pública, mãe de três filhos, buscou a psicoterapia


porque separou-se de seu marido há dois meses e encontra-se muito abalada, e
acha que pode estar com depressão. M. chora intensamente todos os dias, não
aceita o fato de estar separada. Após coleta de dados nas primeiras sessões do
processo terapêutico, foi inerido os diário de registro de pensamentos para
investigar os pensamentos automáticos e emoções de M.. A seguir, um diário
que M. fez para sessão.
1 – Situação 2 – Pensamento Automático 3 - Emoção
TESTANDO OS
PENSAMENTOS:
QUESTIONAMENTO
 É fazer com que SOCRÁTICO
você substitua a forma de pensar não-racional,
eventualmente derivada de medos, pelo raciocínio lógico;
desenvolva uma atitude cientifica, pondo em dúvida suas
convicções e tentando comprová-las, a fim de mantê-las ou rejeitá-
las, sobretudo quando contrárias ao que é observado no cotidiano.

 COMO FAZER
 Qual é a situação:

 O que estou pensando ou imaginando?

 Quanto eu acredito nisso? um pouco __ médio__ muito __ (ou avalie de 0 a


10:___)

 Como esse pensamento me fez sentir? Zangando __ Triste __ Nervoso __ outro:__

 Quão forte é o sentimento? Um pouco __ médio __muito forte __ (ou avalie de 0 a


10:__ )

 O que me faz pensar que o pensamento é verdadeiro?


 O que me faz pensar que o pensamento não é verdadeiro ou totalmente verdadeiro?

 Há alguma outra forma de ver isso?

 Qual o pior que poderia acontecer? Eu poderia sobreviver a isso?

 Qual o melhor que poderia acontecer?

 O que é o que mais provavelmente irá acontecer?

 O que acontecerá se continuar a pensar dessa forma?


 O que aconteceria se eu mudasse meu pensamento?

 O que eu diria a um amigo meu se isso acontecesse com ele?

 O que eu deveria fazer agora?


 Quanto eu acredito nesse pensamento negativo agora?

 Um pouco ______ médio _____ muito _____ (ou avalie de 0 a 10: ______ )

 Quão forte está o meu sentimento negativo agora?

 Um pouco forte _____ médio ______ muito forte ______ (ou avalie de 0 a
10:_____)
EXEMPLO DE CASO –
APLICAÇÃO DO
QUESTIONAMENTO
SOCRÁTICO
Dados relevantes da história de vida
M. J, 25 anos, estudante de disign, casado, procurou tratamento psicológico com
queixas relacionadas a ciúmes excessivo. Brigava sempre com o marido, tinha
ciúmes de pessoas estranhas, bebia excessivamente e sempre causava brigas
desastrosas. Vigiava o marido no trabalho, gerando desconforto.

Sente ciúmes do marido desde o início do relacionamento. Não confiava e


achava que a qualquer momento podia ser trocado e ser traído.
Diante desses dados, foram usados diários de registro de pensamentos e
identificados pensamentos automáticos negativos que geravam sentimentos
desagradáveis e atitudes desproporcionais do paciente.

Pensamento automático identificado e questionado pela técnica de


questionamento socrático.

ELE ESTÁ ME TRAINDO


 Qual é a situação: O ATRASO DO J.

 O que estou pensando ou imaginando? ELE ESTÁ ME TRAINDO.

 Quanto eu acredito nisso? um pouco __ médio X muito __ (ou avalie de 0 a 10:


6)

 Como esse pensamento me fez sentir? Zangando __ Triste X Nervoso X outro:__

 Quão forte é o sentimento? Um pouco __ médio __muito forte X (ou avalie de 0 a


10: 9 )

 O que me faz pensar que o pensamento é verdadeiro? NENHUMA


 O que me faz pensar que o pensamento não é verdadeiro ou totalmente verdadeiro?
O J. GOSTA DE MIM, NÃO É DO CARÁTER DELE, ELE NÃO DEMONSTRA SER INFIEL, NÃO
MENTIRIA PRA MIM.

 Há alguma outra forma de ver isso?


LEMBRAR SE ELE ME AVISOU DO ATRASO, IMPREVISTO. ELE SEMPRE AVISA SE ALGO
ACONTECE.

 Qual o pior que poderia acontecer? Eu poderia sobreviver a isso?


ELE ME TRAIR. SIM.
 Qual o melhor que poderia acontecer?
ELE NÃO ME TRAIR, VIVER TRANQUILO, SEM PREOUPAÇÃO.

 O que é o que mais provavelmente irá acontecer?


O MELHOR.

 O que acontecerá se continuar a pensar dessa forma?


MEU CASAMENTO ACABA.
 O que aconteceria se eu mudasse meu pensamento?
EU FICARIA EM PAZ
 O que eu diria a um amigo meu se isso acontecesse com ele?
“PARA QUE TÁ FEIO, DESENCANA, CONFIA EM VOCÊ”.
 O que eu deveria fazer agora?
CONFIAR MAIS EM MIM E NELE.
 Quanto eu acredito nesse pensamento negativo agora?

 Um pouco X médio _____ muito _____ (ou avalie de 0 a 10: 2 )

 Quão forte está o meu sentimento negativo agora?

 Um pouco forte X médio ______ muito forte ______ (ou avalie de 0 a 10: 2 )
 Os próprios dados do questionamento socrático demonstram como
a crença no pensamento automático ELE ESTÁ ME TRAINDO
diminuiu após aplicação da técnica. É importante lembrar que
quanto mais treino, mas eficaz se torna a técnica.
PIZZA DA RESPONSABILIDADE, OU
TÉCNICA DE REATRIBUIÇÃO DE
RESPONSABILIDADE
 A técnica da pizza da responsabilidade também é uma técnica
que ajuda na reestruturação cognitiva.

 Como fazer:
 Faça uma lista dos possíveis fatores que podem contribuir
para que o fato ocorra;

 Atribua percentuais equivalentes aos pesos que, no seu


entendimento, esses diferentes fatores poderiam ter para a
ocorrência do fato;
 Divida a pizza, colocando em cada fatia, um dos fatores que em sua
opinião, poderiam colaborar para o desastre. Estabeleça o tamanho
das fatias de acordo com o percentual de responsabilidade (peso) que
você acredita que cada fator possa ter.

 Quando terminar, observe o percentual de responsabilidade atribuído


à participação dos fatores envolvidos.

 Compare o percentual que você atribuiu a ela com o peso que ela
atribuiu a si mesma.
EXEMPLO DE CASO-
APLICAÇÃO DO PIZZA DA
RESPONSABILIDADE
Carol, 19 anos, buscou ajuda terapêutica depois que seu pai e sua madrasta

procuraram o psicólogo. Carol nos últimos dois anos apresentava humor
oscilante e tinha surtos de raiva a ponto de agredir verbalmente e fisicamente
todas as pessoas de sua família. Tem uma história de vida cheia de
dificuldades, privações e violência. Já não tem mais amigos e praticamente
todas as pessoas de sua família já se afastaram devido seu comportamento.
Sente- se triste e verbaliza sempre que vai se matar. Relatou que todos seu
problemas se iniciaram após a separação dos pais. Ao longo das sessões houve
coleta de dados e investigação dos pensamentos automáticos de Carol. O
pensamento EU SOU CULPADA PELA SEPARAÇÃO DOS MEUS PAIS
gerava forte sofrimento em Carol e diante disso foi aplicado a técnica Pizza da
Responsabilidade.
Divida a pizza, colocando em cada fatia, um dos fatores que em sua opinião,
poderiam colaborar para o desastre. Estabeleça o tamanho das fatias de acordo com
o percentual de responsabilidade (peso) que você acredita que cada fator possa ter.

Separação dos pais

25% 25% Falta de diálogo


Falta de sentimento
Agressões
Falta de atenção

25% 25%
Quando terminar, observe o percentual de responsabilidade atribuído à
participação dos fatores envolvidos.

Compare o percentual que você atribuiu a ela com o peso que ela atribuiu a si
mesma.

 Carol percebeu, que a separação de seus pais foi ocasionada por


outros fatores, que fugiam a seu controle e que nada tinha a ver com
ela, percebendo assim que não tinha culpa na separação dos pais.
Pensando assim, Carol sentiu-se mais aliviada e tranquila, e neste
sentido já não sofria mais.
Instruções:
DIÁRIO DE EVIDÊNCIAS
1. Identifique um pensamento automático negativo ou problemático.

2. Em seguida, faça uma lista das evidências que você consegue encontrar para apoiar (“evidências a favor”) ou contestar
(“evidências contra”) o pensamento automático.

3. Após tentar encontrar erros cognitivos na coluna de “evidências a favor”, você pode escrever os pensamentos revisados ou
alternativos no final da página.
Evidências a favor do pensamento automático Evidências contra o pensamento automático
1. 1.

2. 2.

3. 3.

4. 4.

5. 5.

Erros cognitivos:
Pensamentos alternativos:
EXEMPLO DE CASO – APLICAÇÃO DO DIÁRIO DE EVIDÊNCIAS
Instruções:
1. Identifique um pensamento automático negativo ou problemático: Sou cheio de defeitos

2. Em seguida, faça uma lista das evidências que você consegue encontrar para apoiar (“evidências a favor”) ou contestar
(“evidências contra”) o pensamento automático.

3. Após tentar encontrar erros cognitivos na coluna de “evidências a favor”, você pode escrever os pensamentos revisados ou
alternativos no final da página.
Evidências a favor do pensamento automático Evidências contra o pensamento automático
1.Joguei fora meu trabalho. 1. Fiz um trabalho descente: recebi um prêmio de jornalismo.

2. Tive um casamento que fracassou. 2. Meu casamento foi bem por algum tempo.

3.Sempre senti que “minha máscara ia cair”. 3. Não perdi tudo.

4. Tive problemas na escola e atletismo. 4. Ganhei honra ao mérito em atletismo na faculdade.

5. Minha família era uma bagunça; sempre senti “que sou um 5. Tenho um relacionamento positivo com minha filha.
deles”.

Erros cognitivos: Catastrofização, hipergeneralização.


Pensamentos alternativos: Sou uma pessoa com alguns pontos fortes e alguns pontos fracos. Sou capaz de superar momentos
difíceis.
REGISTRO DE PENSAMENTO
1 – Situação 2 – Pensamento 3 - Emoção 4- Resposta 5-Resultado
Automático Adaptativa

Quais pensamentos Use as perguntas Avalie agora quanto


Especifique a situação ou imagens passaram Quais sentimentos ou abaixo para compor você acredita nos
– o que aconteceu? por sua cabeça emoções (tristeza, as respostas aos seus pensamentos
pensamentos automáticos (0 a
Onde você estava? naquela situação? ansiedade, raiva, etc.) automáticos. Se 100%) e na
Fazendo o que? Quem Sublinhe o você sentiu naquela possível avalie intensidade das suas
estava envolvido? pensamento mais situação? Se possível quanto você acredita emoções (0 a 100%)
importante ou aquele avalie a intensidade em cada resposta
que mais lhe de cada emoção ( 0 – alternativa (0 a
incomodou? Se 100%). 100%). Quais
possíveis distorções
possível avalie quanto
cognitivas que você
você acredita em cada fez?
um dos pensamentos
(0 – 100%)
PARA CONSTRUIR A RESPOSTA
ALTERNATIVA, FAÇA AS SEGUINTES
PERGUNTAS:
1- Quais são as evidências e que o pensamento automático é verdadeiro?

2- Há explicações alternativas para o evento ou formas alternativas de enxergar a


situação?

3- Quais são as implicações, no caso dos pensamentos serem verdadeiros? Qual a


pior situação? O que é mais realista? O que é possível fazer a respeito?

4- Se (...... Nome do amigo(a).) estivesse nessa situação e tivesse esse pensamento


o que eu diria pra ele (a)?
EXEMPLO DE CASO – APLICAÇÃO DO DIÁRIO DE PENSAMENTO
1 – Situação 2 – Pensamento 3 - Emoção 4- Resposta 5-Resultado
Automático Adaptativa
FLECHA DESCENDENTE
 Seu objetivo é, por meio de perguntas sobre o significado pessoal do que o
cliente está relatando, identificar a cadeia de pensamentos automáticos até
chegar a crença central. O terapeuta mostra ao cliente, como um pensamento
aponta para o outro mediante o uso de flechas ou setas ( ). Após a
identificação das crenças, o terapeuta procura modifica-las com outras
técnicas. A flecha descendente é uma técnica complexa e o cliente já precisa
saber identificar seus pensamentos automáticos.

Abreu e Guilhardi (2004).


EXEMPLO DE CASO – APLICAÇÃO DA TÉCNICA
DESCENDENTE
 B. 28 anos, do sexo masculino, jornalista, divorciado e sem filhos. É o terceiro
filho de pais alcoolistas, tem pouco contato com os familiares, morava
sozinho quando procurou tratamento. Veio para o tratamento por iniciativa
própria no intuito de parar o uso de drogas. Iniciou com álcool na
adolescência para “melhorar” a timidez, na faculdade com 20 anos passou a
usar cocaína 4 vezes por semana. Com 23 anos casou com uma mulher que
também usava cocaína e passou a consumir diariamente. O casamento acabou
depois de dois anos, a esposa consumia mais droga que ele e foi ficando
difícil. Todos os seus amigos também consumiam cocaína.

Abreu e Guilhardi (2004).


PENSAMENTO AUTOMÁTICO IDENTIFICADO
NA SESSÃO
“Não posso pensar na ideia de sair e não usar
cocaína”.
Terapeuta: O que significa pra você não poder pensar na ideia de sair e não usar cocaína?
Cliente: Significa que não consigo conviver com as pessoas, sem cheirar.
Terapeuta: ok. E o que é não conseguir conviver com as pessoas?
Cliente: Significa que não vou conseguir amigos.
Terapeuta: E, se isso acontecesse, o que significaria pra você?
Cliente: Que sou um banana, um fracote.
Terapeuta: Supondo que você tenha razão, o que quer dizer pra você ser um banana, um fracote?
Cliente: De que sou um fracasso! (cliente se emociona e começa a chorar muito).

Abreu e Guilhardi (2004).


SEGUE ESQUEMA ILUSTRATIVO
DO CASO APRESENTADO
“Não posso pensar na ideia de sair e não usar cocaína”. (Pensamento
automático)

“Eu não consigo conviver com as pessoas, sem cheirar.”

“Não vou conseguir amigos.”

“Sou um banana, um fracote.”

“Sou um fracasso.” (Crença central).


 A estratégia geral da reestruturação cognitiva é identificar
pensamentos automáticos e crenças nas sessões de terapia, ensinar
habilidades para mudar cognições e, depois, fazer os clientes
realizarem uma série de exercícios planejados para expandir os
aprendizados da terapia à situações do mundo real.

 Normalmente, é necessária a prática repetitiva até que os clientes


possam modificar prontamente cognições desadaptativas
arraigadas.
TÉCNICAS BÁSICA DE TCC
Métodos comportamentais
MÉTODOS
COMPORTAMENTAIS
 O modelo de TCC enfatiza que a relação entre cognição e
comportamento é uma via de duas mãos. As intervenções cognitivas
descritas acima, sem implementadas com sucesso, tem
probabilidade de ter efeitos benéficos no comportamento.

 Da mesma forma, mudanças positivas no comportamento


normalmente estão associados a uma melhor perspectiva cognitiva.
 A maioria das técnicas comportamentais usadas na TCC
destina-se a ajudar as pessoas a:

1. Romper padrões de evitação ou desesperança;


2. Enfrentar gradativamente situações temidas;
3. Desenvolver habilidades de enfrentamento;
4. Reduzir emoções dolorosas ou excitação autonômica.
PROGRAMAÇÃO DE
ATIVIDADES
 É indicada quando alguns pacientes obtém pouco ou nenhum prazer e apresentam
fadiga e anedonia.

 Esse método comportamental sistemático é frequentemente usado na TCC para


reativar pessoas e ajuda-las a encontrar maneiras de melhorar seu interesse pela
vida.
EXEMPLO DE CASO –
PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES
 Isa, 29 anos, casada há 5 anos, tem uma filha de um ano. A filha de Isa nasceu
com um grave problema neurológico. Desde o nascimento de sua filha, Isa se
mantém muito ocupada com seus cuidados, além de trabalhar durante o período
noturno em um hospital. Devido sua rotina intensa de atividades e obrigações, Isa
começou a sentir-se estressada e com muita fadiga, preocupada com sintomas
depressivos, o que a fez procurar uma psicoterapia.

 Foi investigado que Isa estava envolvida somente com suas obrigações e não
estava entrando em contato com situações prazerosas que melhorasse sua
qualidade de vida. A técnica programação de atividade foi utilizada.
 Foram programadas uma lista atividades prazerosas, monitoramento da exposição a
essas atividades, uma lista de ideias novas que valeriam a pena tentar, e determinou-
se quais atividades iriam ser acrescentadas no dia a dia da cliente.

 Isa elaborou a seguinte lista:

Atividades prazerosas
1- Ir ao cinema sozinha
2- Sair para tomar shake com as amigas
3- Passear no parque com minha filha
4- Caminhar sozinha
ENSAIO COMPORTAMENTAL
 O ensaio comportamental é um procedimento utilizado em práticas de
intervenção, para ensaiar comportamentos por meio de treinamentos. Também
pode ser chamado de treinamento de papéis ou role-play.

 É uma técnica de intervenção que visa o aprimoramento do repertório


comportamental já existente ou à instalação de novos comportamentos.

 É muito utilizada na prática clínica com pessoas que apresentam vários tipos
de dificuldades de interação social, e que em decorrência disso, vivem muitas
situações problemáticas.
 É um tipo de representação teatral na qual simulam-se situações reais da vida da
pessoa nas quais ela apresenta algum grau de dificuldade. O terapeuta e o cliente
representam sequências de interações sociais já vividas ou a serem enfrentadas.

 O terapeuta pode desempenhar o papel do o próprio cliente ou de outra pessoa


significativa no contexto. Quando isso ocorre, diz-se que está dando um modelo.

 Esse modelo pode ser repetido várias vezes, com alternância dos papéis de cada
um.
PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO ENSAIO
COMPORTAMENTAL

 Instrução:
 É a descrição mais detalhada possível do que e de como deve ser uma
interação ou comportamento.
 Em alguns casos, as instruções são suficientes ajudar alguém a enfrentar o
seu problema.
 Exemplos de boas instruções:
“Ande até a porta, bata, espere-o aparecer e pergunte se o havia
chamado.”

“Olhe para pessoa durante toda conversa.”

“Fale com a amiga dela para descobrir que tipo de filme ela gosta.
Telefone para convidá-la para ir ao cinema com você. Lembre-se de
levar em conta qual será o dia de folga dela.”
 Modelação:

 Utiliza-se do princípio de aprendizagem vicariante, segundo o qual, uma pessoa


ode aprender um determinado comportamento pela observação do desempenho de
outra pessoa.

 O cliente observa a atuação de alguma outra pessoa de depois deve imitá-la. O


terapeuta comenta seu desempenho, reforçando os aspectos positivos; oferece
dicas para aprimoramento e sugere repetição e observação.

 O terapeuta também pode ser modelo do seu cliente, e é uma maneira mais eficaz
de se ensinar comportamentos novos do que o uso de instruções.
A seguir, ensaio comportamental realizado com um rapaz de 23 anos,
cursando educação física, extremamente tímido, e que deveria
demonstrar uma aula de judô para seus colegas de classe. O terapeuta
dá o modelo ao cliente:
 Terapeuta: “Bem gente, todo mundo se lembrou que tem que tirar relógio, pulseira,
corrente, brinco, para fazer a aula de judô? Todo mundo tá com a faixa?” (terapeuta
olhando para o cliente o tempo todo).
 Cliente: “Não pode brinco, relógio e pulseira. Tem que tirar tudo”. (Olhando para o
chão e eventualmente para o terapeuta e falando baixo).
 Terapeuta: Olha, já melhorou desde o momento que você me contou pela primeira
vez. Veja o que você acha? “Pessoal, todo mundo se lembrou que tem que tirar
relógio, pulseira, corrente, brinco, para fazer a aula de judô? Todo mundo tá com a
faixa?”
 Cliente: “Gente, no judô não se pode usar: brinco, relógio, pulseira, corrente, anel.
Nada no corpo sem ser a roupa. Tem que estar com a faixa.”
 Terapeuta: “Ótimo, melhorou muito. Você olhou pra mim enquanto falava. Agora
vamos trabalhar o tom de voz e o contato visual durante todo tempo em que você
estiver falando. Desse jeito, falando alto para todos ouvirem.”
 Cliente: “Gente, no judô não se pode usar: brinco, relógio... (cliente repete as
instruções de maneira adequada).
 Modelagem por aproximações sucessivas
 É um procedimento no qual se reforçam positiva e diferencialmente desempenhos
cada vez mais próximos do comportamento ou interação final desejada, indicando-se
quais são os passos seguintes a serem alcançados.

 Na modelagem, decompõem-se os elos de uma cadeia comportamental e programa-se


qual a sequência a ser trabalhada. Esse procedimento contém instruções e pode ser
utilizado concomitantemente com a modelação.
CONTROLE RESPIRATÓRIO (RETREINAMENTO DA RESPIRAÇÃO)

 O retreinamento da respiração geralmente é utilizado no tratamento de


transtornos de ansiedade, pois a hiperventilação é um sintoma frequente.

 Inicialmente começa por pedir ao paciente para aumentar o ritmo da respiração,


antes de reduzi-lo. Dá-se a seguinte instrução:

Respire de forma rápida e profundamente por um curto espaço de tempo para


produzir a respiração na vivência de um ataque de ansiedade.

O próximo passo é pedir para o paciente tentar respirar lentamente até recobrar o
controle normal sobre sua respiração.
EXERCÍCIO DE CONTROLE RESPIRATÓRIO

 Sente – se em uma cadeira ou poltrona confortável sempre que for fazer o exercício do
controle respiratório;

 Relaxe o corpo, deixe os pés apoiados no chão, suas mãos podem ficar sobre suas pernas;

 Feche a boca e inale a maior quantidade de O² (oxigênio) possível pela narina, até encher a
barriga;

 Prenda a respiração, espere cinco segundos e libere o ar suavemente pela boca, até esvaziar;

 Respire normalmente, voltando à atenção do seu corpo;

 Repita o exercício seis vezes consecutivo.


TREINAMENTO DE
RELAXAMENTO
 O objetivo do treinamento de relaxamento é ajudar os pacientes a
aprenderem a atingir uma resposta de relaxamento – um estado de
calma mental e física. O relaxamento muscular é um dos principais
mecanismos para atingir a resposta de relaxamento.

 Ensina-se aos pacientes a liberar sistematicamente a tensão em


grupos musculares por todo corpo. A medida que a tensão muscular
diminui, o sentimento subjetivo de ansiedade normalmente reduz.
RELAXAMENTO PROGRESSIVO

 Deixe que seus olhos vão se fechando e relaxe profundamente.

 1 ou 2 minutos depois...

 Está confortavelmente relaxado. Agora gostaria que continuasse deixando seu


corpo todo relaxado, enquanto concentra sua atenção em sua mãe direita (ou
esquerda, se for o braço dominante). Quando eu disser, feche a mão, muito,
muito fortemente, tão forte quanto possa. Agora! Perceba o que sente quando
seus músculos na mão e antebraço estão tensos. Concentre-se nesse sentimento
de tensão e mal estar que experimenta.

 5 ou 7 segundos depois ...


 Agora, quando eu disser “solte” quero que sua mãe se abra completamente e deixe-
a cair sobre suas pernas; não o faça gradualmente, deixe-a cair de uma vez.
SOLTE!

 Perceba agora como a tensão e o incômodo desapareceram de sua mão e


antebraço. Fixe-se nas sensações de relaxamento, de prazer, de tranqüilidade que
tem agora. Fixe-se no contraste, na diferença entre ter a mão tensa e tê-la relaxada.
Continue soltando esses músculos, deixando que se façam cada vez mais lisos, mais
relaxados. Não faça nada, só deixe-os soltos.

 30 a 40 segundos de relaxamento repete-se de novo o exercício até completar o


exercício do braço.
Sessões Grupos Musculares Exercícios
1 Mão e antebraços dominantes Aperta-se o punho.
Bíceps dominante. Empurra-se o cotovelo contra o braço da
poltrona.

Mão, antebraço e bíceps não-dominates. Igual ao membro dominante.

2 Fronte e couro cabeludo. Levantam-se as sobrancelhas tão alto


quanto possível.
Olhos e nariz Apertam-se os olhos e ao mesmo tempo
enrruga-se o nariz.

3 Boca e Mandíbula Apertam-se os dentes enquanto se levam


as comissuras da boca em direção às
orelhas.

Aperta-se a boa para fora.


Abra-se a boca.
4 Pescoço Dobra-se para a direita.
Dobra-se para a esquerda.
Dobra-se para diante.
Dobra-se para trás.

5 Ombros, peito e costas. Inspira-se profundamente,


mantendo a respiração, ao
mesmo tempo em que se
levam os ombros para trás
tentando juntas as omoplatas.

6 Estômago Encolhe-se contendo a


respiração.
Solta-se, mantendo a
respiração.
7 Perna e músculo direito. Tenta-se subir a perna com força sem tirar o pé do
assento (ou chão).
Dobra-se o pé para cima, estirando os dedos, sem
Panturrilha tirar o calcanhar do assento (ou chão).
Estira-se a ponta do pé e dobram-se os dedos para
dentro.
Igual ao direito.
Pé direito

Perna, panturrilha e pé
esquerdo.

8 Sequência completa Somente relaxamento.


CONTATO:

Email: psicologo.viniciusxavier@gmail.com

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