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DA TERAPIA
COGNITIVO
COMPORTAMENTAL
DRA ANALUCY OLIVEIRA
NEUROPSICÓLOGA
O MITO DA CAVERNA DE
PLATÃO
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA
TERAPIA COGNITIVO
COMPORTAMENTAL
A prática clínica da Terapia cognitivo comportamental (TCC) fundamenta-se
em um conjunto de teorias bem desenvolvidas que são utilizadas para elaborar
planos de tratamento e orientar as ações do terapeuta.
ORIGENS DA TCC
A TCC baseia-se em dois princípios centrais:
O processamento cognitivo recebe um papel central nesse modelo, porque o ser humano
continuamente avalia a relevância dos acontecimentos internamente e no ambiente que o
circunda, e as cognições estão frequentemente associadas às reações emocionais.
Comportamento Emoção
(Deu uma desculpa e (ansiedade, tensão)
evitou a festa)
Modelo cognitivo comportamental
básico: exemplo de um paciente
com fobia social
O modelo básico de TCC apresentado na figura, é usado para ajudar os terapeutas
a conceitualizarem problemas clínicos e implementarem métodos da TCC
específicos. Ele volta a atenção do terapeuta para as relações entre pensamentos,
emoções e comportamentos.
(Wright, Basco e Thase, 2008).
CONCEITOS BÁSICOS
Níveis de processamento cognitivo
Ciclo da preocupação
ERROS DE PENSAMENTOS –
DISTORÇÕES COGNITIVAS
O que são?
Crença
Crença
Sobre ser Sobre ser Sobre ser
indesejável incapaz sozinho
Incapaz de Incompetente
Sem apoio
ser gostado Inadequado
APRENDIZAGEM DAS
HABILIDADES DE
ENFRENTAMENTO
TÉCNICAS BÁSICA DE TCC
Métodos cognitivos
As concepções cognitivas desenvolveram as mais diversificadas propostas
e criaram ferramentas de ajuste cognitivo (reestruturação cognitiva).
REGISTRO DE PENSAMENTO
Inicialmente, os diários de registro de pensamentos, são utilizados
para que o indivíduo, dentro do processo terapêutico, possa
identificar os seus pensamentos automáticos, e a influência desses
pensamentos automáticos em suas emoções, comportamentos e
respostas fisiológicas.
Para descrever os Pensamentos Automáticos (coluna 2), busque identificar as respostas das perguntas abaixo:
1. Quais pensamentos me ocorrem mediante à situação (específica) que estou vivendo? O que estou pensando mediante à
situação?
2. O que estou sentindo (em relação à situação específica), está sendo alimentado por quais pensamentos?
3. Quais significados estou atribuindo para esta situação (específica)?
(Adaptação: Knapp, P. e cols., 2004)
1-identifique e nomine o seu estado de humor (ex.: Tristeza, ansiedade, raiva, etc.) E escreva-o na coluna 3.
2-descreva, na coluna 1, a situação/experiência que favoreceu a emoção.
3-identifique, e descreva na coluna 2, quais pensamentos ocorreram mediante a situação/experiência : o que você pensou
mediante a situação ocorrida? Verifique perguntas no rodapé da folha para auxiliar a identificação dos pensamentos
automáticos.
Para descrever os Pensamentos Automáticos (coluna 2), busque identificar as respostas das perguntas abaixo:
1. Quais pensamentos me ocorrem mediante à situação (específica) que estou vivendo? O que estou pensando mediante à
situação?
2. O que estou sentindo (em relação à situação específica), está sendo alimentado por quais pensamentos?
3. Quais significados estou atribuindo para esta situação (específica)?
(Adaptação: Knapp, P. e cols., 2004)
EXEMPLO DE CASO – APLICAÇÃO DO
DIÁRIO DE REGISTRO DE PENSAMENTO
COMO FAZER
Qual é a situação:
Um pouco ______ médio _____ muito _____ (ou avalie de 0 a 10: ______ )
Um pouco forte _____ médio ______ muito forte ______ (ou avalie de 0 a
10:_____)
EXEMPLO DE CASO –
APLICAÇÃO DO
QUESTIONAMENTO
SOCRÁTICO
Dados relevantes da história de vida
M. J, 25 anos, estudante de disign, casado, procurou tratamento psicológico com
queixas relacionadas a ciúmes excessivo. Brigava sempre com o marido, tinha
ciúmes de pessoas estranhas, bebia excessivamente e sempre causava brigas
desastrosas. Vigiava o marido no trabalho, gerando desconforto.
Um pouco forte X médio ______ muito forte ______ (ou avalie de 0 a 10: 2 )
Os próprios dados do questionamento socrático demonstram como
a crença no pensamento automático ELE ESTÁ ME TRAINDO
diminuiu após aplicação da técnica. É importante lembrar que
quanto mais treino, mas eficaz se torna a técnica.
PIZZA DA RESPONSABILIDADE, OU
TÉCNICA DE REATRIBUIÇÃO DE
RESPONSABILIDADE
A técnica da pizza da responsabilidade também é uma técnica
que ajuda na reestruturação cognitiva.
Como fazer:
Faça uma lista dos possíveis fatores que podem contribuir
para que o fato ocorra;
Compare o percentual que você atribuiu a ela com o peso que ela
atribuiu a si mesma.
EXEMPLO DE CASO-
APLICAÇÃO DO PIZZA DA
RESPONSABILIDADE
Carol, 19 anos, buscou ajuda terapêutica depois que seu pai e sua madrasta
procuraram o psicólogo. Carol nos últimos dois anos apresentava humor
oscilante e tinha surtos de raiva a ponto de agredir verbalmente e fisicamente
todas as pessoas de sua família. Tem uma história de vida cheia de
dificuldades, privações e violência. Já não tem mais amigos e praticamente
todas as pessoas de sua família já se afastaram devido seu comportamento.
Sente- se triste e verbaliza sempre que vai se matar. Relatou que todos seu
problemas se iniciaram após a separação dos pais. Ao longo das sessões houve
coleta de dados e investigação dos pensamentos automáticos de Carol. O
pensamento EU SOU CULPADA PELA SEPARAÇÃO DOS MEUS PAIS
gerava forte sofrimento em Carol e diante disso foi aplicado a técnica Pizza da
Responsabilidade.
Divida a pizza, colocando em cada fatia, um dos fatores que em sua opinião,
poderiam colaborar para o desastre. Estabeleça o tamanho das fatias de acordo com
o percentual de responsabilidade (peso) que você acredita que cada fator possa ter.
25% 25%
Quando terminar, observe o percentual de responsabilidade atribuído à
participação dos fatores envolvidos.
Compare o percentual que você atribuiu a ela com o peso que ela atribuiu a si
mesma.
2. Em seguida, faça uma lista das evidências que você consegue encontrar para apoiar (“evidências a favor”) ou contestar
(“evidências contra”) o pensamento automático.
3. Após tentar encontrar erros cognitivos na coluna de “evidências a favor”, você pode escrever os pensamentos revisados ou
alternativos no final da página.
Evidências a favor do pensamento automático Evidências contra o pensamento automático
1. 1.
2. 2.
3. 3.
4. 4.
5. 5.
Erros cognitivos:
Pensamentos alternativos:
EXEMPLO DE CASO – APLICAÇÃO DO DIÁRIO DE EVIDÊNCIAS
Instruções:
1. Identifique um pensamento automático negativo ou problemático: Sou cheio de defeitos
2. Em seguida, faça uma lista das evidências que você consegue encontrar para apoiar (“evidências a favor”) ou contestar
(“evidências contra”) o pensamento automático.
3. Após tentar encontrar erros cognitivos na coluna de “evidências a favor”, você pode escrever os pensamentos revisados ou
alternativos no final da página.
Evidências a favor do pensamento automático Evidências contra o pensamento automático
1.Joguei fora meu trabalho. 1. Fiz um trabalho descente: recebi um prêmio de jornalismo.
2. Tive um casamento que fracassou. 2. Meu casamento foi bem por algum tempo.
5. Minha família era uma bagunça; sempre senti “que sou um 5. Tenho um relacionamento positivo com minha filha.
deles”.
Foi investigado que Isa estava envolvida somente com suas obrigações e não
estava entrando em contato com situações prazerosas que melhorasse sua
qualidade de vida. A técnica programação de atividade foi utilizada.
Foram programadas uma lista atividades prazerosas, monitoramento da exposição a
essas atividades, uma lista de ideias novas que valeriam a pena tentar, e determinou-
se quais atividades iriam ser acrescentadas no dia a dia da cliente.
Atividades prazerosas
1- Ir ao cinema sozinha
2- Sair para tomar shake com as amigas
3- Passear no parque com minha filha
4- Caminhar sozinha
ENSAIO COMPORTAMENTAL
O ensaio comportamental é um procedimento utilizado em práticas de
intervenção, para ensaiar comportamentos por meio de treinamentos. Também
pode ser chamado de treinamento de papéis ou role-play.
É muito utilizada na prática clínica com pessoas que apresentam vários tipos
de dificuldades de interação social, e que em decorrência disso, vivem muitas
situações problemáticas.
É um tipo de representação teatral na qual simulam-se situações reais da vida da
pessoa nas quais ela apresenta algum grau de dificuldade. O terapeuta e o cliente
representam sequências de interações sociais já vividas ou a serem enfrentadas.
Esse modelo pode ser repetido várias vezes, com alternância dos papéis de cada
um.
PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO ENSAIO
COMPORTAMENTAL
Instrução:
É a descrição mais detalhada possível do que e de como deve ser uma
interação ou comportamento.
Em alguns casos, as instruções são suficientes ajudar alguém a enfrentar o
seu problema.
Exemplos de boas instruções:
“Ande até a porta, bata, espere-o aparecer e pergunte se o havia
chamado.”
“Fale com a amiga dela para descobrir que tipo de filme ela gosta.
Telefone para convidá-la para ir ao cinema com você. Lembre-se de
levar em conta qual será o dia de folga dela.”
Modelação:
O terapeuta também pode ser modelo do seu cliente, e é uma maneira mais eficaz
de se ensinar comportamentos novos do que o uso de instruções.
A seguir, ensaio comportamental realizado com um rapaz de 23 anos,
cursando educação física, extremamente tímido, e que deveria
demonstrar uma aula de judô para seus colegas de classe. O terapeuta
dá o modelo ao cliente:
Terapeuta: “Bem gente, todo mundo se lembrou que tem que tirar relógio, pulseira,
corrente, brinco, para fazer a aula de judô? Todo mundo tá com a faixa?” (terapeuta
olhando para o cliente o tempo todo).
Cliente: “Não pode brinco, relógio e pulseira. Tem que tirar tudo”. (Olhando para o
chão e eventualmente para o terapeuta e falando baixo).
Terapeuta: Olha, já melhorou desde o momento que você me contou pela primeira
vez. Veja o que você acha? “Pessoal, todo mundo se lembrou que tem que tirar
relógio, pulseira, corrente, brinco, para fazer a aula de judô? Todo mundo tá com a
faixa?”
Cliente: “Gente, no judô não se pode usar: brinco, relógio, pulseira, corrente, anel.
Nada no corpo sem ser a roupa. Tem que estar com a faixa.”
Terapeuta: “Ótimo, melhorou muito. Você olhou pra mim enquanto falava. Agora
vamos trabalhar o tom de voz e o contato visual durante todo tempo em que você
estiver falando. Desse jeito, falando alto para todos ouvirem.”
Cliente: “Gente, no judô não se pode usar: brinco, relógio... (cliente repete as
instruções de maneira adequada).
Modelagem por aproximações sucessivas
É um procedimento no qual se reforçam positiva e diferencialmente desempenhos
cada vez mais próximos do comportamento ou interação final desejada, indicando-se
quais são os passos seguintes a serem alcançados.
O próximo passo é pedir para o paciente tentar respirar lentamente até recobrar o
controle normal sobre sua respiração.
EXERCÍCIO DE CONTROLE RESPIRATÓRIO
Sente – se em uma cadeira ou poltrona confortável sempre que for fazer o exercício do
controle respiratório;
Relaxe o corpo, deixe os pés apoiados no chão, suas mãos podem ficar sobre suas pernas;
Feche a boca e inale a maior quantidade de O² (oxigênio) possível pela narina, até encher a
barriga;
Prenda a respiração, espere cinco segundos e libere o ar suavemente pela boca, até esvaziar;
1 ou 2 minutos depois...
Perna, panturrilha e pé
esquerdo.
Email: psicologo.viniciusxavier@gmail.com