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Comunicação e Pensamento

Critico
Professor Ms. Leonardo de Oliveira Simões
• O pensamento crítico e a criatividade vêm
ganhando cada vez mais espaço nas pautas de
discussões sobre o que precisamos desenvolver nos
estudantes.

• Essas duas competências são particularmente


relevantes para que cada pessoa possa analisar,
filtrar, selecionar e usar informações,
estabelecendo novas conexões
• Entre saberes e criando diversas possibilidades de
uso dos dados e pontos de vista.

• Recentemente, a OCDE (Organização para a


Cooperação e Desenvolvimento Econômico) deu
papel de destaque para essas duas competências.
• De acordo com os organizadores do evento, há um
consenso crescente de que a educação formal deve
contribuir com a criatividade e o pensamento crítico de
estudantes, no entanto esse objetivo é dificultado por um
entendimento limitado sobre como esse tema pode ser
inserido no cotidiano das escolas.

• “Promover a criatividade e o pensamento crítico de formas


mais sistemáticas e efetivas requer o desenvolvimento de
estratégias e ferramentas que auxiliem professores,
estudantes e formuladores de políticas públicas a articular
essas competências de forma mais visível e tangível,
especialmente como parte do currículo”, segundo
argumento do material de apoio do evento.
As competências da BNCC (Base Nacional
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1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos


sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar
a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das


ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
As competências da BNCC (Base Nacional
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3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das


locais às mundiais, e também participar de prática diversificadas da
produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como


Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo.
As competências da BNCC (Base Nacional
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5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação


comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de


conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade.
As competências da BNCC (Base Nacional
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7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para


formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,


compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com
elas.
As competências da BNCC (Base Nacional
Comum Curricular

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,


fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,


flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
• Ao ser humano é inerente a capacidade de pensar e,
ao refletir, produz ideias.

• Todavia, tais ideias, para que sejam conhecidas pelos


seus pares, demandam serem comunicadas. Desta
feita, a utilização de alguma forma de linguagem no
processo de comunicação é essencial para que ideias
sejam conhecidas e transmitidas.
• Vale destacar que nem todas as ideias são válidas e verdadeiras para
toda e qualquer finalidade.

• No âmbito acadêmico e profissional, o desenvolvimento do processo de


reflexão e amadurecimento das ideias, a fim de que se tornem
conhecimento, exige que o exercício de pensar seja metodologicamente
orientado.

• Essa orientação cria uma série de mecanismos, aos quais se pode


mencionar o Pensamento Crítico ou o Pensar Científico, e que
aprimoram ideias de conhecimento, em suas várias categorias e
classificações.
• Assim, é condição na Academia de Ciência que, todo acadêmico,
desenvolva seu raciocínio, produza ideias, comunique tais ideias, reflita
sobre elas de forma científica e produza conhecimento.

• É justamente por esse motivo que a organização da academia tem


especificidades que se devem, fundamentalmente, aos seus papéis
sociais, ou seja, às múltiplas funções que as universidades exercem na
atualidade.
• As universidades formam alunos, profissionais, cidadãos.

• Essa função, por si só, já justificaria sua existência, uma vez que isso
propicia a qualificação profissional e cultural de seu público direto.

• Entretanto, a academia também atua de uma forma muito mais ampla,


porque promove o progresso científico, contribuindo para o
desenvolvimento das nações.

• Esses atributos são fundamentados em um modo particular de


organização, baseada em um tipo de argumentação necessária para
seus fins e que tem como pressuposto um olhar crítico sobre as ações e
os acontecimentos.
• Ao acadêmico é necessário entender esse tipo de argumentação por
meio de práticas, que implicam no modo de fazer leitura e escrita, na
forma de desenvolver o pensamento científico.

• Deve o aluno/acadêmico compreender as diferenças entre a forma de


argumentação usada na academia e a utilizada na vida cotidiana, bem
como os motivos pelos quais há essa distinção.
• Dentro desse processo, percebe-se que o fato de estar inserido nesse
universo, faz com que o aluno se sinta responsável por assumir um
papel questionador, e para tanto, precisa desenvolver inicialmente as
seguintes habilidades:

• Compreender a importância da leitura e da escrita acadêmicas para o


desenvolvimento do pensamento científico na graduação.

• Diferenciar argumentos de senso comum de argumentos de senso


crítico.

• Comparar a leitura e a escrita acadêmicas com a leitura e a escrita


cotidianas.
• Sabe-se que o mundo acadêmico é o espaço da escrita e da leitura por
excelência.

• Forma primordial do processo de comunicação, de transmissão de


ideias e conhecimentos na universidade.

• Para muitos, não há forma de melhor colaborar para o


desenvolvimento científico de seu campo de atuação a não ser pela
leitura do que se escreve em sua área e pela produção de mais
conhecimento.

• Isso implica, necessariamente, fazer pesquisa e divulgá-la. Pesquisa não


divulgada não existe; não aconteceu.
• Essa, no entanto, não é uma tarefa simples.

• A escrita exige um longo processo, desde a escolha do tema até sua


entrega final.

• Dentro da escrita estão muito mais do que palavras. Ali se imprimem


todas as etapas da pesquisa: o que foi escrito sobre o assunto, o que
levou o pesquisador a querer oferecer um novo ponto de vista sobre o
tema, todo o tempo em que ele se dedicou à leitura, buscando,
trabalhando a parte prática e, claro, as conclusões a que chegou, com
uma argumentação que, acredita, fará com que seus pares consigam ver
as coisas da forma como ele vê.
Etapas da Escrita Acadêmica

1 – Definição e delimitação do tema:

• Aluno decide, sozinho ou com seu orientador e delimita o que escreverá a


respeito daquela tema (recorte metodológico). Geralmente é feito por meio
de perguntas de pesquisa sobre o tema.
Etapas da Escrita Acadêmica

2 – Determinação e busca de fontes de pesquisa:

• Nesta fase, o aluno reúne a bibliografia que utilizará em seu trabalho. O ideal
é que se busque sempre fontes confiáveis. Caso seja necessário coleta de
dados para o trabalho, é nesse momento que será realizado, de modo que,
para tanto, deve providenciar os questionários e autorizações.
Etapas da Escrita Acadêmica

3 – Análise e interpretação de dados:

• Com os dados coletados, é o momento de analisar os resultados. Nessa etapa,


já deve ter sido feita a leitura dos aspectos mais relevantes do tema.
Etapas da Escrita Acadêmica

4 – Finalização do Primeiro Esboço:

• Sendo um trabalho com orientador, é o momento de entregar a primeira


versão para avaliação. Caso não, o próprio autor é quem realiza essa avaliação
e, caso necessário, deve alterar o texto.
Etapas da Escrita Acadêmica

5 – Entrega da versão final:

• Essa versão, por ser a final, deve ter sido revisada mais de uma vez. Além
disso, deve respeitar não apenas as exigências do tema, mas também de
normas relacionadas à escrita científica.
Materiais de Apoio
• 1.Introdução à escrita acadêmica.

https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15825/Licenciatura_Educaca
o_Especial_IntroducaoEscritAcademica.pdf?sequence=1&isAllowed=y

• 2. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

https://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario

• 3. Artigo
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/D6Hyj3DHR3Dznk3nKVy5ZPC/?lang=pt

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