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FORMAÇÃO

EM PEDAGOGIA
GRIÔ
N A T Á L I A H O N O R A T O

BRASÍLIA -DF

2016 - 2020
Eu sou Natália
Venho de uma cidade chamada Itapaci, que em tupi quer dizer
Pedra Bonita, localizada no Vale do São Patrício em Goiás. Meu
bisavô e avô paterno saiu de Rancharia – PE para essa região em
busca de terra boa para plantar e refazer o seu engenho, nessa
época, Getúlio Vargas . Nesta terra e do ventre pernambucano de
dona Raimunda nasceu meu pai, Cornélio Ferraz de Alencar,
cantador de moda de viola e moço bom pra vendedor. Conheceu
minha mãe, Edilene Marques Honorato, em Brasília, mas ela
nasceu no Pará, seu pai foi trabalhar nessa região durante o ciclo
da borracha, mas ele nasceu mesmo em Pernambuco, fugiu de
casa e conheceu minha avó na Paraíba, parida por uma também
paraibana.
Temas dos encontros, mês/ano e facilitador:

Outubro/2016 - Encontro II - O que é Griô? Com a educadora Líllian Pacheco e a griô aprendiz Luciana Meirelles;
Outubro/2016 - Caminhada e vivência em escolas públicas com a griô aprendiz Luciana Meirelles;
Novembro/2016 - Encontro III – Modelo de Ação Pedagógica e contação de históriascom a educadora Líllian Pacheco e a griô
aprendiz Luciana Meirelles;
Janeiro/2017 - Encontro IV –Formação do povo brasileiro e Vivência da Trilha Griô do quilombo do Remanso com a educadora
Líllian Pacheco, e o velho griô Márcio Caires;
Março/2017 Encontro V – Acompanhamento Pedagógico e Oficinas com Mestres de Tradição Oral Griô com a griô aprendiz
Luciana Meireles e Mestres e Mestras de ofício do Mercado Sul: mestre Virgílio, mestra Tetê Alcantara e mestra Nei;
Abril/2017 - Encontro VI – Currículo e práticas 1 – Trilha Griô com educadora Líllian Pacheco e a griô aprendiz Luciana Meirelles;
Maio/2017 – Encontro VII – Realização da Trilha Griô com o educador e griô Márcio Caires e a griô aprendiz Luciana Meirelles;
Junho/2017 - Encontro VIII – Currículos e Praticas 2 – Planos de Aula com a educadora Líllian Pacheco e a griô aprendiz Luciana
Meirelles;
Julho/2017 - Encontro IX – Realização dos planos de aula com a educadora Lillian Pacheco, griô Márcio Caires e griô aprendiz
Luciana Meirelles;
Agosto/2017 - Encontro X – Currículo e práticas 3 – Aula espetáculo com a griô aprendiz Luciana Meirelles;
Outubro/2017 – Encontro XI - O arquétipo do Griô Aprendiz com o griô Márcio Caires e griô aprendiz Luciana Meirelles;
Agosto/2019 – Encontro I – O que é Pedagogia Griô com a griô aprendiz Luciana Meirelles.
AULA
ESPETÁCULO

2017
2 6 E 2 7 D E A G O S TO D E 2 0 1 7 - FA C U L D A D E D E E D U C A Ç Ã O / U N B - 1 5
PA R T I C I PA N T E S – P R O C E S S O D E C R I A Ç Ã O D A A U L A E S P E T Á C U L O
Elaboração da aula espetáculo

Nosso tema gerador escolhido foi Identidade Territorial (Cerrado/ berço das águas e esperança de

ascensão social).

Alguns dos tópicos que tiramos para o desenvolvimento da apresentação foram: Especulação

imobiliária, processos de ocupação, identificar lideranças de luta pela cidade, em especial mulheres, ter

a figura do personagem ingênuo.

Nos dividimos em três grupos: teatro com a Luciana Meireles, canto, com a Shaira Ribeiro e dança, com

a Letícia Coralina, para termos noções básicas sobre essas áreas e pensar como cada parte poderia

entrar na aula espetáculo.


O U T U B R O D E 2 0 1 7 – C R I A Ç Ã O D A A U L A E S P E T Á C U L O – 1 2 PA R T I I PA N T E S
Tema: O canto da periferia

Fala sobre manifestações culturais da nossa geração que são marginalizadas, como o
funk e o rap, em diálogo com as manifestações das gerações antigas, como o samba de
coco e o repente. Também, expõe a importância dessas expressões culturais para
constituição de nossa identidade e entendimento sobre nosso território.

Áreas do conhecimento: História, literatura e artes.


N O V E M B R O D E 2 0 1 7 – C E F 0 8 D E S O B R A D I N H O – A P R E S E N TA Ç Ã O D A A U L A
E S P E T Á C U L O PA R A 1 0 0 E S T U D A N T E S D E E N S I N O M É D I O
Apresentação da aula espetáculo

Realizada no dia 20 de novembro na escola CEF 08 de Sobradinho, para


a/os aluna/os do Ensino Médio. Após a apresentação, houve um bate-
papo com o público e perguntas orientadoras para eles: Vocês são de
onde? Se identificaram com alguma das cenas? Vocês conhecem o Boi de
Seu Teodoro? Pareceu ser um tema muito novo para eles, pois não houve
muitas respostas.
TRILHA GRIÔ
BRASÍLIA:
R ESISTÊN C IA D OS SA BER ES ANCESTRA IS
FEMIN IN OS N A PER IFERIA U RBAN A – SÃO
SEB A STIÃ O E PARAN OÁ
M A I O D E 2 0 1 7 – V I V Ê N C I A D A T R I L H A G R I Ô V I S I TA N D O A S M E S T R A S D E T R A D I Ç Ã O
O R A L : M A R T I N H A D O C O C O , S A N T I N A , D O N A M A R I A D A C A S A D E E R VA S , M A R I A
B E N Z E D E I R A E O P O N T O D E C U LT U R A C A S A F R I D A - PA R A N O Á E S Ã O S E B A S T I Ã O – 1 6
PA R T I C I PA N T E S
Construção da Trilha Griô no DF

Para a feitura do jogo da Trilha Griô no DF, nos dividimos em dois grupos: um que ficou com a missão de
customizar o tecido de algodão cru que seria feito a trilha e outro, com a missão de pensar nos mestres e espaços
culturais para a trilha. Tendo consciência do machismo que se expressa em nossa sociedade do qual os mestres e
mestras não estão imunes, resolvemos homenagear as mestras da nossa cidade nessa trilha, fortalecendo sua
visibilidade. Escolhemos a mestra Martinha do coco e a Sandra do acarajé, ambas do Paranoá, e dona Santina,
costureira, e dona Maria, benzedeira, ambas de São Sebastião.
Escolhemos metras de regiões próximas para facilitar o trajeto, pois Brasília é grande e a trilha seria feita em
apenas um dia. A pintura e a elaboração das perguntas foi coletiva.
Finalizando esse processo, tivemos um momento para jogá-lo e verificar se estava pronto.
Em maio de 2017, fizemos a trilha griô, iniciamos com uma vivência de saudação ao sol que o velho griô aprendeu com o povo indígena Guarani, nos alimentando de
força e conexão com nossas raízes. Seguimos para encontrar dona Martinha do Coco.
Na porta do espaço onde ela trabalha, o Velho Griô nos ensinou e nos animou a cantar a cantiga de chegada de folia de reis que aprendeu com mestre Dunga da
comunidade do Rio das Contas- BA:
“Oh Senhora dona da casa,
Deus lhe dê uma boa sorte,
Deus lhe dê uma boa sorte,
boa sorte lhe dê Deus
e alegremente cantando,
e alegremente cantando,

passarinho quando avoo


de longe bateu as asas,

de longe bateu as asas,


foi voando e foi dizendo,
viva a dona dessa casa,
viva a dona dessa casa”
• As mestras Martinha e Sandra nos contaram suas histórias, desde pequenas quando vieram para Brasília. Martinha
contou sobre algumas músicas dizendo que era uma forma de transmutar sentimentos de dor. Encerramos esse momento
com uma roda de coco e fomos para um restaurante em uma área rural chamada Boqueirão. Depois do almoço, seguimos
para a casa de dona Santina, costureira da cidade de São Sebastião. Cantamos novamente a cantiga de reis e ela nos
recebeu com alegria, nos chamou para entrar e nos sentamos em seu quintal para bater papo. Ela estava um pouco tímida e
o Velho griô ia fazendo as perguntas para ela sobre sua história, como foi que aprendeu, se sua mãe também costurava.
Depois ela nos ensinou uma técnica de bordado e o velho Griô nos orientou a pensar em um desenho que seria nosso
símbolo ou que era símbolo da nossa caminhada, eu comecei a desenhar um violão por meu pai ser violeiro.

• Tivemos que sair sem terminar todos os bordados, pois ainda tínhamos que ir na casa de dona Maria, nos
despedimos e fomos. Dona Maria não estava, aguardamos um tempo para ver se ela aparecia, mas ela não estava em casa
e não tivemos notícias dela pelos vizinhos. Finalizamos a trilha em uma área verde que estava próxima de sua casa.

• Mudou muito a forma como vejo Brasília, pois não a via como um lugar com tantos conhecimentos da tradição oral.
Marços de 2019 - Aplicação do jogo de trilha griô nas escolas - Centro Educacional São Francisco de em São
Sebastião – 25 estudantes
Plano
de
aula
Agosto de 2017 - Plano de aula com o tema Discriminação contra crianças com Deficiência
desenvolvido no Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC) do Paranoá para 12 crianças dos 6
aos 13 anos.
Novembro de 2017- Vivência na metodologia da Pedagogia Griô para estudantes do curso de
formação continuada do Instituto Federal de Brasília (campus Taguatinga Centro) – 7
participantes
Janeiro de 2018 – Vivência na metodologia da Pedagogia Griô para educadores sociais do
Coletivo da Cidade, centro de convivência na cidade Estrutural que atende crianças de 6 a 17
anos – 7 participantes

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