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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA (PARFOR).


CAMPUS AVANÇADO DE PAU DOS FERROS/CAPF
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DE
CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO
PROFESSORA: EDNEIDE CESÁRIO

ENSINAR A CONDIÇÃO
HUMANA
Edgar Morin

DISCENTES:
Antonia Analice Pereira Fagundes
Emilia Selma Oliveira Caldas
Karla Maria da Conceição Aires Batalha
Katiussy Patrícia de Lima Oliveira
• Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum
(Paris, 8 de julho de 1921), é um antropólogo,
sociólogo e filósofo francês judeu de origem
sefardita. Pesquisador emérito do CNRS (Centre
National de la Recherche Scientifique). Formado
em Direito, História e Geografia, realizou estudos
em Filosofia, Sociologia e Epistemologia.
• A ideia central da obra é a educação futurística. O
autor expõe pensamentos e análises importantes
sobre problemas centrais ou fundamentais da
educação que até o momento vêm sendo deixados
de lado, mas são essenciais para a educação do
futuro.
• O objetivo é apontar estratégias para fazer
acontecer uma educação de qualidade, mas sempre
dando embasamento para justificar tais
estratégias.
“A educação do futuro deverá ser o ensino
primeiro e universal, centrado na
condição humana. Estamos na era planetária
uma aventura comum conduz os
seres humanos, onde quer que se encontrem...”
(MORIN, 2002, p. 47)
Como afirma Morin (2002), o homem precisa
reconhecer-se em sua humanidade comum e ao mesmo
tempo reconhecer a diversidade cultural inerente todo
ser humano. “Quem somos?” é inseparável de “Onde
estamos?”, “De onde viemos?”, “Para onde vamos?”.
ENRAIZAMENTO/DESENRAIZAMENTO
DO SER HUMANO

“Devemos reconhecer nosso duplo enraizamento


no cosmos físico e na esfera viva e, ao mesmo tempo,
nosso desenraizamento propriamente humano.
Estamos simultaneamente dentro e fora da natureza.”
(MORIN, 2002, p. 48)
ENRAIZAMENTO/DESENRAIZAMENTO
DO SER HUMANO

• A condição cósmica
• A condição física
• A condição terrestre
• A condição humana
A CONDIÇÃO CÓSMICA

Para Morin (2002) é a relação que o


ser humano tem com o universo.
No qual saímos de um universo
perfeito, ordenado e eterno, pelo
universo nascido da irradiação.
Onde atuam de forma
complementar: ordem, desordem e
organização, sendo uma Auto-
organização Viva.
A CONDIÇÃO FÍSICA

“...Nós, os seres vivos somos um


elemento da diáspora cósmica,
algumas migalhas da existência solar,
um diminuto broto da existência
terrena.”
(MORIN, 2002, p. 49)
A CONDIÇÃO TERRESTRE

“Somos a um só tempo seres cósmicos e


terrestres.”
“Como seres vivos desse planeta,
dependemos vitalmente da biosfera terrestre;
devemos reconhecer nossa identidade
terrena, física e biológica.”
(MORIN, p 2002,. 50)
A CONDIÇÃO HUMANA

“A importância da hominização é
primordial a educação voltada para a
condição humana, porque nos mostra
como a animalidade e a humanidade
constituem juntos, a nossa condição
humana.”
(MORIN, 2002, p. 50,51)
O HUMANO DO HUMANO
Unidualidade

“O homem é, portanto, um ser plenamente biológico, mas, se não


dispusesse plenamente da cultura, seria um primata do mais baixo nível. A
cultura acumula em si o que é conservado, transmitido, aprendido, e
comporta normas e princípios de aquisição.”
(MORIN, 2002, p. 52)

• Nesse aspecto, o autor apresenta três tríades como constituintes do


ser humano: cérebro/mente/cultura, razão/afeto/pulsão e
indivíduo/sociedade/espécie.
O CIRCUITO CÉREBRO/MENTE/CULTURA

Para Morin (2002), o homem só se


realiza humano através da cultura. Não
há cultura sem cérebro, assim como não
há mente sem cultura. Sendo a mente a
relação entre cérebro-cultura.
O CIRCUITO RAZÃO/AFETO/PULSÃO

• A educação não deve se limitar


apenas ao desenvolvimento
intelectual e cognitivo, mas também
levar em consideração as dimensões
emocionais e instintivas. O circuito
razão/afeto/pulsão reconhece que o
conhecimento e a aprendizagem estão
intrinsecamente ligados às emoções e
motivações humanas.
O CIRCUITO INDIVÍDUO/SOCIEDADE/ESPÉCIE

“...No nível antropológico, a


sociedade vive para o indivíduo, o
qual vive para a sociedade; a
sociedade e o indivíduo vivem para a
espécie, que vive para o indivíduo e
para espécie...”
(MORIN, 2002, p. 54)
UNITAS MULTIPLEX:
UNIDADE E DIVERSIDADE HUMANA

“...É a unidade humana que traz em si os


princípios de suas múltiplas diversidades.
Compreender o humano é compreender sua
unidade na diversidade, sua diversidade na
unidade...”
“A educação deverá ilustrar esse princípio de
unidade/diversidade em todas as esferas.”
(MORIN, 2002, p. 54)
ESFERAS
ESFERA INDIVIDUAL:

• A unidade/diversidade genética, como espécie humana


• A unidade/diversidade cerebral, mental, psicológica, afetiva, intelectual.

Todo ser humano carrega em si, geneticamente, a espécie humana, mas tem também sua singularidade
anatômica, fisiológica.

ESFERA SOCIAL:

• A unidade/diversidade das línguas, das instituições sociais e culturais.

Como diz Morin (2002), isso nos torna gêmeos pela linguagem e separados pela língua.
DIVERSIDADE CULTURAL E
PLURALIDADE DE INDIVÍDUOS

Morin (2002) destaca que a cultura é um conjunto de saberes, fazeres,


normas, regras, crenças, ideias e valores, que é transmitida de geração em
geração, pelos indivíduos, controlando a existência da sociedade.

“...Assim, sempre existe a cultura nas culturas, mas a cultura existe


apenas por meio das culturas.”
(MORIN, 2002, p. 54)
SAPIENS DEMENS

O SER HUMANO É AO MESMO TEMPO :

• SÁBIO E LOUCO: o homem da racionalidade (sapiens) e da afetividade, do mito e do delírio (demens);

• TRABALHADOR E LÚDICO: o homem do trabalho (faber) e do jogo (ludens);

• EMPÍRICO E IMAGINÁRIO: o homem da experiência e do método (empiricus), e também da ficção e do


sonho (imaginarius);

• ECONÔMICO E CONSUMISTA: o homem que usa a razão na economia (economicus) e também consome
demasiadamente por impulso (consumans);

• PROSAICO E POÉTICO (PROSAICUS E POETICUS): o homem prosaico é ao mesmo tempo o homem


poético.
SAPIENS DEMENS

“...E, no ser humano, o desenvolvimento do conhecimento


racional-empírico-técnico jamais anulou o conhecimento
simbólico, mítico, mágico ou poético.”

(MORIN, 2002, p. 54)


HOMO COMPLEXUS

“Somos seres infantis, neuróticos, delirantes e


também racionais. Tudo isso constitui o estofo
propriamente humano.”

(MORIN, 2002, p. 54)


HOMO COMPLEXUS

• Racionalidade e irracionalidade, medida e desmedida, conhecimento


empírico e ilusão, estão presentes no humano. A loucura faz parte do
progresso humano, tanto quanto a razão científica.

• A educação precisa ilustrar a unidade e a diversidade do ser humano, o


individual, o social, o histórico.
BIBLIOGRAFIA

MORIN, Edgar. Ensinar a condição humana. In: MORIN, Edgar. Os sete saberes
necessários a educação do futuro. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2002. p. 47-59.

SOARES, Augusto. Os Sete Saberes Necessários À Educação Do Futuro – Edgar


Morin. Concurso Público Master, 2018. Disponível em:
https://concursopublicomaster.com/os-sete-saberes-necessarios-a-educacao-do-futuro-e
dgar-morin/
. Acesso em: 12 de jul. de 2023.

CAVALCANTE, Gildeane. Reflexão sobre a condição humana – Edgar Morin. 1 vídeo (3


min 15s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6Dwedn5M6KM. Acesso
em: 12 de jul. de 2023.
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