ANTROPOLOGI

A MISSIONÁRIA
INTRODUÇÃO

ANTROPOLOGIA MISSIONÁRIA
Houve um tempo em que os
missionários partiam para o
campo sem levar em sua
bagagem qualquer
conhecimento acerca da cultura
que iriam evangelizar
Ainda que movido pela fé e a
disposição de cumprir o IDE de Jesus,
na maioria das vezes, era o fracasso
RESULTADO causado pelo desconhecimento dos
costumes, valores, crenças e da
cosmovisão do povo alvo da sua
missão.

Nenhuma cultura é idêntica à outra, todas diferem entre si, até mesmo
aquelas cujos membros falam a mesma língua, como, por exemplo, as
dos povos de língua, como, por exemplo, as dos povos de língua
espanhola e, particularmente, no caso do Brasil e Portugal, onde o
modo de viver do povo, pensar, crer e escolher seus valores são bem
diferentes um do outro.
01 - DEFINIÇÃO DO TERMO
● Antropologia é o estudo ou
ÁREAS DE ESTUDO DA ANTROPOLOGIA:
tratado acerca do ser humano ou,
ainda, a ciência da cultura
humana.
● O antropólogo Koeder a define
como “a ciência dos grupos
humanos, seu comportamento e
suas produções”.
1. FÍSICA: Estuda os primatas, a genética, a
evolução, as medidas do corpo humano,
suas estruturas, e as descrições das
características físicas dos povos, as quais
decorrem de fatores diversos.
2. CULTURAL: Estuda as culturas pré-
históricas, a etnologia, a descrição dos
povos, sua língua, religião, o folclore,
organização social, a cultura e a
personalidade, a aculturação e a aplicação
da antropologia aos problemas humanos.
02 - APRENDENDO O QUE É CULTURA
A antropologia define
cultura como o conjunto de
comportamentos e ideias
característicos de um povo,
transmitidos de uma geração
a outra, resultantes da
socialização e aculturações
acontecidas em todo período
da história
● É MUTÁVEL
desse povo.
● NÃO É
HEREDITÁRI
A

● É ADQUIRIDA

● É DINÂMICA
03 - CULTURA E SOCIEDADE

O homem tem de aprender a falar, a andar, a

trabalhar, a construir suas habitações, etc.
Estas coisas não acontecem instintivamente,
CULTURA
têm de ser aprendidas com muita paciência e
persistência. designa os
modos de agir
A este processo de aprendizado, através da de um povo.
observação, imitação deliberada e assimilação
inconsciente do modo de vida dos membros
de uma sociedade, chamamos de
SOCIEDADE
ENCULTURAÇÃO.
Diz respeito ao grupo de
indivíduos que participam
de um mesmo modo de
vida e agir.
04 - ALGUMAS DEFINIÇÕES
DE CULTURA

Cultura é o sistema integrado de padrões de

comportamento aprendidos, ideias e produtos que
caracterizam uma sociedade.

Começamos a aprender uma cultura quando

observamos o comportamento:

● como se vestem,
● o que comem,
● o que pensam,
● em que acreditam,
● quais as suas crenças e preferências,
● quais os costumes, que ideias têm a
respeito do mundo.
NESTE TÓPICO SERÁ 1. Algumas características da cultura (Louis Luzbetak
ABORDADO OS define 3 categorias de cultura - TECNOLÓGICA,
SEGUINTES ASPECTOS SOCIOLÓGICA e IDEOLÓGICA)
SOBRE CULTURA: 2. Cultura civilizada e cultura primitiva

3. As camadas da cultura (envolve 4 camadas que o

missionário deve conhecer - COMPORTAMENTO,
VALORES, CRENÇAS e COSMOVISÃO)

4. A importância do supracultural nas culturas

5. Tipos de comportamento

6. Ideias

7. Produtos
05 - CONHECENDO ALGUMAS
COSMOVISÕES

O professor Redfield, considerando O HOMEM

estudos feitos na Universidade de
Yale, observou que se pode
encontrar mais de 80 elementos
comuns às cosmovisões de todas as
culturas, tais como a natureza
humana, a ideia do “eu”, a família, o
conceito de diferença entre homem
e “não Homem”, a natureza o
nascimento e morte, a noção de
espaço e de tempo, etc.
A NATUREZA O SOBRENATURAL
1. A COSMOVISÃO
MATERIALISTA
Nega a existência do
supracultural. Tudo se
restringe a matéria.
Como evangelizar um
materialista? É preciso que
o missionário esteja bem
preparado no campo da
filosofia e apologética, além
de conhecer profundamente
a Bíblia e a Teologia.
2. A COSMOSVISÃO
TRIBAL
Bastante abrangente, pois
envolve o politeísmo,
animismo, primitivismo,
totemismo, fetichismo, esta
cosmovisão é adotada por
povos de quase todo o
mundo, tanto nas culturas
primitivas como nas
civilizadas, entre os quais o
Japão e a China com a
prática dos cultos aos
ancestrais e à natureza.
3. A COSMOVISÃO
MONISTA
Adotada em parte pelos antigos
egípcios e atualmente
hinduísmo e budismo, esta
cosmovisão pode ser resumida
assim; o Brâman, o Absoluto
indescritível, é a única
realidade cognoscível; tudo o
mais é ilusão (maia). É uma
cosmovisão fatalista onde o
hindu aceita pacificamente a
situação na qual nasceu e vive.
4. A COSMOVISÃO
CHINESA
De acordo com esta
cosmovisão, o homem e a
natureza são inseparáveis e
um depende do outro.
Homem e natureza são uma
unidade só. ambos têm
origem comum, segue cursos
semelhantes e subordinam-
se à mesma lei. Os chineses
interessam-se mais pela
estrutura do mundo do que
na sua criação.
5. A COSMOVISÃO
MONOTEÍSTA

Esta cosmovisão
basicamente é adotada por
muçulmanos, judeus e
cristãos, reconhece um
Deus supremo, criador do
homem e da natureza,
porém independente dela.
De acordo com esta
cosmovisão, a comunhão do
homem com Deus é
possível, sendo o homem
servo e adorador do Criador.
06 - O MISSIONÁRIO
E AS DIFERENÇAS CULTURAIS

O conhecimento das diferenças

transculturais entre os povos da Terra, é
de grande importância para quem se
dispõe a trabalhar no campo
missionário.

O missionário deve estar

psicologicamente preparado para
qualquer diferença cultural e não se
escandalizar.

O missionário deve conhecer e respeitar

os costumes do povo da cultura alvo,
pois, caso contrário, sua missão poderá
falhar
07 - O MISSIONÁRIO
E O CHOQUE CULTURAL

Pelo desconhecimento da língua, das

instituições, dos costumes, dos valores,
das crenças e da cosmovisão do povo da
cultura alvo, o choque cultural tem sido a
causa principal do desânimo de muitos
missionários no campo.

Ao perceberem as diferenças
comportamentais do povo de uma cultura
diferente, são tomados de um sentimento
de desorientação, desilusão e até
depressão, o que acaba por levá-los a
desejarem abandonar a missão e retornar
DESILUSÃO E para casa.
DEPRESSÃO
ALGUNS SINTOMAS DO CHOQUE
CULTURAL

1. Sensação de desorientação e incômodo,

ansiedade nervosa, especialmente por não
conhecer a língua do povo;

2. Desejo de ficar só, isolado de qualquer grupo ou

reunião do povo local;

3. Desprezo pela cultura local, por não conhecer os

seus valores e motivos nos quais se fundamenta o
padrão comportamental do povo local;

4. Perda da visão espiritual, diminuição da fé e perda

da esperança em cumprir seus objetivos
missionários;

5. Incerteza da chamada missionária;

6. Sensação de fracasso e autodesprezo.

08 - A IMPORTÂNCIA
DA ETNOGRAFIA

Etnografia é a ciência que estuda e descreve, em

geral por escrito, a cultura de um grupo humano
específico.

A etnografia objetiva aprender o ponto de vista

do nativo, na sua relação com a vida, suas
crenças, a fim de compreender sua cosmovisão.

O missionário, ao entrar em contato com uma

cultura, deve fazer amizade com uma nativo
dessa cultura e conquistar sua confiança,
tornando-se um aprendiz de tudo acerca da sua
cultura: a língua, o modo de vida, a cosmovisão,
os conceitos de valores, as instituições, o
significado dos gestos, palavras e costumes dos
membros.
09 - GRUPOS HUMANOS

Segundo os antropólogos, é um grupo considerável de

?
indivíduos com afinidades comuns, que compartilham
O que é um grupo humano a mesma língua, religião, etnia, habitação, profissão,
classe, casta e condições de vida, ou uma combinação
O que caracteriza de todos esses fatores.

Exemplos de grupos humanos:

● homossexuais, prostitutas, crianças de

rua, mendigos, toxicômanos, profissionais
liberais, tai como médicos, professores,
advogados, empresários, pobres, ricos,
moradores de conjuntos residenciais de
classe alta, média, pobre, ou de
comunidades carentes, guetos e favelas.
10 - O ETNOCENTRISMO
O ETNOCENTRISMO NÃO PASSA
DE UMA QUESTÃO DE PONTOS DE
VISTAS DIFERENTES
É a nossa tendência natural de julgar o
comportamento das pessoas de outras
culturas pelos padrões de
comportamento e conceitos de valores
da nossa cultura.
O que fazemos está sempre certo; o que
os outros fazem é que está sempre
errado.
Julgamos-nos sempre superiores às
pessoas de outras culturas e
acreditamos que a nossa cultura é o
PADRÃO DA VERDADE.
11 - CONTEXTUALIZAÇÃO

Contextualização é a adaptação da
mensagem do Evangelho comunicada
pelo missionário à cultura receptora,
dentro do contexto da cosmovisão dessa
cultura.

Abrange todas as áreas das estruturas

sociais (particularmente o corro aos
necessitados e a justiça social), jurídicas,
econômicas, políticas e ideológicas da
sociedade.
O missionário como discípulo, terá de se identificar com a
cultura correspondente, tal como o mestre se identificou
com a humanidade, a ponto de se submeter à morte de cruz
(Fp 2.7-8)
12 - O MISSIONÁRIO E A CONTEXTUALIZAÇÃO
DO EVANGELHO DENTRO DAS
COSMOVISÕES
Assim como o próprio Senhor Jesus se identificou com a
humanidade perdida, a fim de comunicar o Evangelho (Mc
1.14-17), o missionário deve fazer; porém isso demanda
tempo, paciência, perseverança, humildade, santidade e
sabedoria, pois “o que ganha almas sábio é” (Pv 11.30).

Dentro de uma cultura materialista, filosófica e ateísta, o

missionário deve conhecer bastante a filosofia, à maneira de
pensar e crer do povo e, mais ainda, as Escrituras Sagradas (2
Timóteo 2.15), para não ficar envergonhado e desacreditado
diante do ouvinte a ser evangelizado.

O missionário deve encontrar um ponto comum entre as

verdades universais do Evangelho e as crenças do povo, que
sirvam de ponte para a contextualização da mensagem
evangelística a ser preparada.
OBRI
GA
DO
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