Você está na página 1de 33

COMUNICAÇÃO EM

ENFERMAGEM
Profª Suzanne Marinho
Processo de enfermagem

+ Método utilizado para sistematizar o cuidado.


+ Objetivos:
+ Individualizar a assistência de Enfermagem.
+ Propiciar maior integração entre o enfermeiro e o paciente, sua
família e sua comunidade, além da própria equipe.
Consiste na elaboração de
um planejamento das
ações terapêuticas.
Processo de
enfermagem Baseada no método de
resolução de problemas e
nas etapas do método
científico.
RESOLUÇÃO COFEN-358/2009

+ Dispõe sobre a Sistematização da


Assistência de Enfermagem e a
implementação do Processo de
Enfermagem em ambientes,
públicos ou privados, em que
ocorre o cuidado profissional de
Enfermagem, e dá outras
providências.
Coleta de dados

+ Processo sistematizado de colher


dados significativos do paciente que
torna possível a identificação das
necessidades, problemas,
preocupações ou respostas
humanas.
Coleta de dados

+ Recursos utilizados:
+ Anamnese
+ Exame físico
+ Consulta de prontuário
+ Exames complementares

+ SEMIOLOGIA
ELEMENTOS DO
PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO
+ O que é compreendido da mensagem pelo receptor está
totalmente vinculado às suas necessidades e seus interesses.
Crenças e valores permeiam e influenciam a codificação e a
interpretação da mensagem (STEFANELLI; CARVALHO,
2012)
Comunicação
terapêutica
+ é a habilidade de um
profissional em ajudar as
pessoas a enfrentarem seus
problemas, relacionarem-se
com os demais, ajustarem o
que não pode ser mudado e
enfrentarem os bloqueios à
auto-realização (SILVA, 1996).
Desenvolvendo a comunicação

+ Empatia: capacidade de perceber e entender os sentimentos do outro em determinada


situação;
+ Respeito mútuo: respeito ao enfermo como pessoa de valor e dignidade;
+ Clima de confiança: é necessário que o enfermo confie no profissional; ele precisa
sentir-se seguro que o profissional é competente;
+ Especificidade ou propósito: o objetivo da equipe de Enfermagem é ajudar a pessoa a
atender suas necessidades;
+ Aprender a escutar: ouvir atentamente, demonstrar interesse ao que a pessoa
expressa.
+ A comunicação eficiente entre os membros da equipe de saúde e
de Enfermagem vem garantir a qualidade na assistência ao
enfermo, incluindo não só documentos escritos – como os
relatos e relatórios verbais .
+ Os meios de comunicação mais utilizados nos serviços de saúde
são: entrevistas, prontuário, ocorrências e escala de plantão;
além de outros.
Entrevista de
enfermagem
+ A ênfase dada à entrevista
realizada pelo enfermeiro tem
como objetivo estabelecer
contato, ou seja, desenvolver um
relacionamento caracterizado pela
confiança mútua, além de
levantar dados importantes que
irão nortear a assistência.
Entrevista de Enfermagem
• A entrevista precisa ser mais do que uma simples coleta de dados.

• Saber ouvir e entender.


• Saber explorar os dados que
o paciente traz.
Entrevista compreensiva • Demonstrar interesse e
conhecimento.
• Ser receptivo.
• Estabelecer comunicação
para que se sinta à
vontade.
Entrevista de Sugestões valiosas:

Enfermagem
Procure falar apenas o
necessário, evitando conclusões
precipitadas que acabam abreviando o
raciocínio do paciente.

Evite interrompê-lo durante suas colocações.

Dê respostas claras e adequadas à compreensão


e às perguntas do paciente.
Entrevista de Enfermagem

• Não se esqueça:
Entrevista de
Enfermagem
Fases da
entrevista

• INTRODUÇÃO À ENTREVISTA:
o enfermeiro deve:
• Apresentar-se
• Chamar o paciente pelo primeiro nome, precedido de
“Senhor (a); Seu/Dona” e perguntar por qual
nome/sobrenome prefere ser chamado.
• Explicar que necessita entrevistá-lo.
Fases da entrevista
• Bom dia, Sr. João! Sou Adriana,
INTRODUÇÃO
aluna do quarto bloco do curso de
enfermagem e preciso de algumas
informações a seu respeito para
que possamos cuidar do senhor da
melhor forma...
Fases da entrevista
• CORPO DA ENTREVISTA:
Depois desse primeiro momento, o enfermeiro dá início à
entrevista propriamente dita:

• Nesta fase, o paciente é encorajado e estimulado a


expressar a percepção que possui de sua história de
saúde, contando detalhes a respeito do “funcionamento
do seu corpo”.
Fases da entrevista

INTRODUÇÃO

Como o senhor está?


Fases da entrevista
• CORPO DA ENTREVISTA:
É aqui que geralmente aparece a queixa principal do
paciente.
• De maneira gradativa, o enfermeiro direciona a abordagem
para outras áreas, a fim de ter uma visão global do
paciente.
• Para obter esses dados, muitos enfermeiros sentem
necessidade de ter em mãos um instrumento com os
tópicos a serem questionados.
Fases da
entrevista

• FECHAMENTO DA ENTREVISTA:
À medida que a entrevista for progredindo e
aproximando-se do final, encontramo-nos na terceira e
última etapa: O fechamento.

Nesta fase, o enfermeiro deve conscientizar o paciente de


que a entrevista está terminando, oportunizando que ele
exponha algo que ainda não tenha sido abordado e que
julgue importante.
Fases da entrevista

INTRODUÇÃO Tenho apenas mais duas ou três
questões, enquanto isso, o senhor
também já pode ir pensando
naquilo que gostaria de acrescentar
ou conversar.
Fases da entrevista
• FECHAMENTO DA ENTREVISTA:

 É aconselhável fazer um breve resumo dos aspectos


significativos dos dados colhidos  validação.

 Ainda nesta fase, o enfermeiro precisa dar oportunidade


ao paciente para que ele também seja o “entrevistador”
 Esclarecimento de dúvidas.
REGISTRO DE ENFERMAGEM

Os registros de Enfermagem servem de informações para toda


equipe de saúde, equipe de Enfermagem, alunos e enfermos. É o
elemento central da comunicação. É o partilhar de informações
entre os profissionais.
+ O prontuário é um documento legítimo que serve para defesa
legal, ética ou acusação. No Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem constam em alguns capítulos as
responsabilidades, os deveres e as proibições relacionadas aos
registros e informações da Enfermagem.
Devem ser observados princípios
gerais de registro como, por exemplo:
+  Informar de maneira correta, completa e objetiva, utilizando linguagem clara e gramática correta;
+  Registrar com letra legível, sem rasuras; o uso de corretivos deve ser evitado, devido o caráter legal da
documentação do enfermo;
+  Dispensar os termos “cliente” ou “paciente”, ao iniciar o registro, pois a ficha de anotação é individual;
+  Usar termos técnicos adequados;
+  Proceder às anotações após a execução dos cuidados, pois a qualidade é superior daquele registro realizado
tardiamente, documentar as ocorrências do enfermo cronologicamente;
+  Incluir data e hora, assinar o nome legivelmente ao final de cada registro, cargo e o número do registro de classe
(COREN);
+  Registrar os procedimentos que foram efetuados por você, evitar anotar cuidados
executados por outras pessoas;
+  Usar tinta azul ou preta para o turno diurno e vermelha para o noturno, ou seguir a
orientação do serviço;
+  Evitar espaços em branco, parágrafo no registro, usar linha para direita a fim de
preencher espaços vazios;
+  Usar abreviaturas reconhecidas ou aprovadas pela instituição (ex.: comp., VO, SC, ID);
+  Evitar o uso de termos gerais (ex.: “sem queixas, segue aos cuidados da Enfermagem”;
pode ser registrado: não referiu dor no horário ou sem necessidade de medicação para
dor);
+  Evitar escrever opiniões ou deduções próprias, descrever a situação como ocorreu, de
maneira imparcial e objetiva. Devemos evitar o registro de relatos de confidências que o
enfermo venha a fazer a equipe de Enfermagem; considerar sempre o sigilo profissional;
+  Identificar nos impressos as informações necessárias como nome completo, setor,
número do leito entre outros que estejam solicitados;
+  Anotar precauções de segurança (ex.: medidas para conter o paciente, grades laterais
elevadas, dentre outras);
+  Registrar medidas tomadas para evitar complicações (ex. curativo limpo e seco, PA
checada em pós-operatório em possibilidade de hemorragia);
+  Evitar os erros no registro, porém, se ocorrerem, estes devem ser corrigidos com a
utilização dos termos “digo”, “retificando”, “sem efeito”, ou de acordo com a orientação de
cada serviço;
+  Registrar o termo “em tempo” seguido do horário, e escrever o que esqueceu, dando
continuidade as anotação;
+  Observar nos casos de emergência em que é permitida a ordem médica verbal, por
exemplo, a administração de medicamentos e realização de procedimentos. Ao término da
urgência tudo deve ser registrado pela Enfermagem e prescrito pelo médico;
+  Anotar, em caso de óbito e/ou parada cardiorrespiratória, que o paciente apresenta
ausência de pulso, movimentos respiratórios, ausência de atividade motora, entre outros.
Quando o óbito é constatado pelo médico, deve incluir data e hora e a expressão
“constatado óbito pelo Dr. João”.
referências

+ BARROS, A. L. B. L. e COLS.: Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de


enfermagem no adulto. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
+ BRASIL. Resolução COFEN 358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de
Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou
privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html.
+ JENSEN, et al. Semiologia para Enfermagem. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2013.
+ BARROS, Alba Lucia Bottura Leite et al., Anamnese e Exame Físico: Avaliação Diagnóstica
de Enfermagem no Adulto. 3ª ed. Editora Artmed. São Paulo, 2016

Você também pode gostar