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Inclusão

Será que como educadores


estamos preparados?
Sim?
ou Não?
A aceitação generalizada da
proposta de integração/inclusão, e a
reconhecida necessidade de ampliação
• A aceitação generalizada da proposta de integração/inclusão,
do acesso à Educação àqueles que,
e a reconhecida necessidade de ampliação
tradicionalmente, do acesso
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excluídos
Educação àqueles que, tradicionalmente,
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Porém, não podemos perder de vista que, como lembra Glat
Porém, não podemos perder de
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apenas como um problema de políticas
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pessoas (no caso, os professores) têm
sobre o deficiente, e como esse
significado determina o tipo de relação
que se estabelece.
A Educação Inclusiva é uma
inovação, cujo sentido tem sido
muito distorcido e um
movimento muito polemizado
pelos mais diferentes segmentos
educacionais e sociais. Inovar não
tem necessariamente o sentido
do inusitado.

As grandes inovações estão,


muitas vezes na concretização do
óbvio, do simples, do que é
possível fazer, mas que precisa
ser desvelado.
Inclusão
Os registros históricos, conforme
Cardoso (2003), comprovam –
desde a Grécia Antiga –a
resistência da humanidade à
aceitação social das pessoas com
deficiências e demonstram como
as suas vidas eram ameaçadas.

Na Europa, durante a
Idade Média, os deficientes eram
excluídos do convívio social e
perseguidos ou sacrificados, pois
os mesmos eram associados à
imagem do diabo, à feitiçaria ou
à marca de punição divina para a
expiação dos pecados.
Discutir a integração desses alunos no
ensino regular envolve questões como as
diferentes concepções de deficiência e, com elas,
todo o problema de avaliação, diagnóstico e
prognóstico daqueles indivíduos que não
correspondem à expectativa de normalidade
colocada pelos padrões sociais vigentes.
A repetência escolar no Brasil reflete o
processo de participação-exclusão das camadas
populares, pois parte dessa população compõe
uma parcela de alunos encaminhados à
Educação Especial, identificados como
deficientes mentais leves ou portadores de
distúrbios de aprendizagem e de linguagem.
É sabido que não são
poucos os educandos que têm
suas necessidades educacionais
interpretadas como “especiais” por
parte de professores mal
preparados ou mal apoiados pelo
sistema de ensino.

Este fato deve-se a que os


currículos de formação de
professores, em sua grande
maioria, possuem reduzida carga
horária com informações sobre
alunos com necessidades
educacionais especiais, “tornando-
se desta forma difícil, senão
impossível, que os professores
consigam identificar e trabalhar
eficientemente com estes alunos
em suas salas de aula.”
(NOGUEIRA, 2000, p. 32).
INCLUSÃO ESCOLAR
A visão de inclusão é de integração das
crianças com necessidades educacionais
especiais e de ajudá-las a conviver com o
outro.

“A educação inclusiva significa assegurar a


todos os estudantes, sem exceção,
independentemente da sua origem sócio-
cultural e de sua evolução psicológica, a
igualdade de oportunidades educativas, para
que desse modo, possam usufruir de serviços
educativos de qualidade, conjuntamente com
outros apoios complementares, e possam
beneficiar-se igualmente da sua integração
em classes etariamente adequadas.”
(FONSECA, 2003, p. 99).
Vale sempre enfatizar que a
inclusão de indivíduos portadores de
necessidades educacionais
especiais na rede regular de ensino
não consiste apenas na sua
permanência junto aos demais
alunos, nem na negação dos
serviços especializados àqueles que
deles necessitem.
Ao contrário, implica numa
reorganização do sistema
educacional, o que acarreta na
revisão de antigas concepções e
paradigmas educacionais na busca
de se possibilitar o desenvolvimento
cognitivo, cultural e social desses
alunos, respeitando suas diferenças
e atendendo às suas necessidades.
A educação inclusiva, apesar
de encontrar, ainda, sérias
resistências (legítimas ou
preconceituosas) por parte de muitos
educadores, constitui, sem dúvida,
uma proposta que busca resgatar
valores sociais fundamentais,
condizentes com a igualdade de
direitos e de oportunidades para
todos. Porém, para que a inclusão de
alunos com necessidades especiais
no sistema regular de ensino se
efetive, possibilitando o resgate de
sua cidadania e ampliando suas
perspectivas existenciais, não basta a
promulgação de leis que determinem
a criação de cursos de capacitação
básica de professores, nem a
obrigatoriedade de matrícula nas
escolas da rede pública. Estas são,
sem dúvida, medidas essenciais,
porém não suficientes.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS E A
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL.

Temos que ter clareza que um


ensino de qualidade para crianças com
necessidades especiais, na perspectiva de
uma educação inclusiva, envolve pelo
menos, como assinala, dois tipos de
formação profissional docente:
professores “generalistas” do ensino
regular, com um mínimo de
conhecimento e prática sobre alunado
diversificado; e professores
“especialistas” nas diferentes
"necessidades educativas especiais", quer
seja para atendimento direto à essa
população, quer seja para apoio ao
trabalho realizado por professores de
classes regulares que integrem esses
alunos.
Vale ressaltar que a noção de
escola inclusiva, cunhada a partir
da famosa Declaração de
Salamanca (UNESCO, 1994), em
nosso país toma uma dimensão
que vai além da inserção dos
portadores de deficiências, pois
esses não são os únicos excluídos
do processo educacional.
Entendo eu como educadora
Patrícia por educação inclusiva o
processo de inclusão dos portadores de
necessidades educacionais especiais ou
de distúrbios de aprendizagem na rede
comum de ensino em todos os seus
graus processos de ensino-
aprendizagem diferenciados por
apresentarem deficiências ou demais
necessidades educacionais especiais

E que todos os educandos


indiferente do seu grau de
comprometimento tem o direito de
uma educação de qualidade e uma
assistência eficiente e efetiva por parte
dos órgãos responsáveis e não
colocando a responsabilidade somente
nas escolas.
Fazer da escola não um
“depósito de crianças”, mas que
ela exerça a sua função principal
que é a de proporcionar uma
educação digna, onde seja
respeitada a individualidade dos
educandos, mas onde haja uma
verdadeira interação entre todos os
indivíduos que transitam neste
ambiente.

E, e que os educandos
sintam-se respeitados, acolhidos,
valorizados e tenham condições de
ser independentes, sendo um local
em que possam expressar suas
vontades e opiniões, assim
formando-os de uma maneira
global, preparando-os para fazer
parte da sociedade e não
simplesmente institucionalizar
estes indivíduos.
REFERÊNCIAS
BUENO, J. G. Crianças com necessidades educativas especiais, política educacional e a
formação de professores: generalistas ou especialistas. Revista Brasileira de Educação
Especial, vol. 3. n.5, 7-25, 1999.

CARDOSO, Marilene da S. Aspectos históricos da educação especial: da exclusão a


inclusão: uma longa caminhada. Educação. Porto Alegre, n. 49, 2003.

COLL, C., PALACIOS, J. e MARCHESI, Á. Desenvolvimento Psicológico e Educação:


Necessidades Educativas Especiais e Aprendizagem Escolar. v. 3. Porto Alegre: Artes
Médicas,1995.

FONSECA, V. Educação Especial. Porto Alegre: Artes Médicas. 1995.

FONSECA, V. Tendências futuras da educação inclusiva. Educação. Porto Alegre, n. 49, 2003.

FREIRE, F. M P. e VALENTE, A. Aprendendo para a Vida: os Computadores na Sala de Aula.


São Paulo: Cortez, 2001.

GLAT, R. A Integração Social dos Portadores de Deficiência: uma Reflexão. Rio de


Janeiro: Editora Sette Letras, 1995.

GOFFREDO, V. F. S. Integração ou segregação: o discurso e a práticas das Escolas Públicas


da Rede Oficial do Município do Rio de Janeiro. Revista Integração, 4(10), p.118-127, 1992.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2004.
Obrigado
pela
atenção!

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