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Anestesia em Hepatopatas

Doença Hepática
• É a perda da capacidade de metabolização e
transformação de substâncias, provocando
diversas consequências.
• TUDO o que o animal ingere é absorvido pelo fígado, o que
facilita a intoxicação do órgão.

• Hepatócitos Necrose celular

• Tipos: infecciosa, congênita secundária às doenças


endócrinas, autoimune, tóxicas, iatrogênicas e idiopáticas.
Metabolização dos anestésicos
• Biotransformação → objetivo do fígado:

– As drogas sofrem alterações metabólicas no corpo, o objetivo é


que estes metabolitos sejam transformados em propriedades
físico-químicas favoráveis para metabolização e excreção

– por isso a importância do metabolismo → pois determina ação


terapêutica e tóxica das drogas
• Cães:
– Leptospirose
– Hepatite Viral Canina
– Hepatites Medicamentosas por
anticonvulsivantes, quimioterápicos, anti-
helmínticos e glicocorticoides
– Desvio portossistêmico Congênito
– Intoxicação por Cobre
– Plantas tóxicas
– Pesticidas e herbicidas
– Doenças biliares obstrutivas,
– Neoplasia
Hepatopatas
• Alterações hemodinâmicas em hepatopatias crônicos pode levar a
severa hipóxia tecidual;

• Hemostasia:
– o organismo emprega um conjunto de mecanismos para evitar
hemorragia → proteínas da cascata de coagulação são
sintetizadas no fígado, regulando o numero de plaquetas
circulantes

– INSUFICIÊNCIA ou LESÃO HEPÁTICA → pode apresentar retardo


nos fatores de coagulação
• o fígado excreta uma serie de compostos
endógenos → sendo assim, a velocidade de
excreção ou depuração destas substancias é
usada para teste de função do fígado;
Efeitos dos anestésicos sobre o fluxo
sanguíneo hepático
• Todas as técnicas anestésicas reduzem o fluxo sanguíneo que chega
no fígado;

• As anestesias regionais e gerais comportam-se da mesma forma:


produzem queda do fluxo hepático proporcional à queda da pressão
de perfusão;
Complicações
• Encegalopatia hepática
• Ascite,
• Coagulopatia
• Úlceras gastrointestinais
• Sepse
Pré Cirurgia

Referentes ao paciente:
– Dados clínicos
– laboratoriais
– radiológicos
– intervenções anteriores e suas reações;

Referentes ao fármaco:
– Tipo de metabolização
– Taxa metabólica
– Potencial toxico
Fatores anestésicos que podem afetar função
hepática:
– Hipóxia: células hepáticas recebem sangue com baixa saturação;

– hipercarbia: por liberação de catecolaminas e vasoconstrição;

– Pressão sanguínea: importante para manter integridade das células


hepáticas. Hipotensão arterial pode causar: queda fluxo sanguíneo,
desaparece a auto regulação circulatória, maior extração de O2 por
parte dos órgãos esplênicos, queda de O2 no sangue venoso portal;

– Hipotermia: deprime função hepática e outras funções corporais, se


Anestésicos
• Não existe um padrão.

• Quase todas as drogas são metabolizadas pelo


fígado.

• Insuficiência hepática + doença cardiovascular


Medicação Pré anestésica:
• Os analgésicos morfina, petidina, fentanil são metabolizados no
fígado, excretados na urina e, em menor quantidade, na bile.

Se o comprometimento da função hepática for severo, será melhor


evitar essas drogas.
Medicação Pré anestésica:
• O Diazepam é utilizado em pacientes com distúrbios da função
hepática que se submetem a laparoscopias.

• O Diazepam se liga a proteínas, logo pode produzir efeitos


prolongados em pacientes com níveis altos de globulinas.
Medicação Pré-anestésica:
• As drogas usadas no pré-anestésico não interferem na dinâmica da
circulação esplênica.

• Morfina, escopolamina, atropina não afetam o fluxo sanguíneo


hepático.
Indução e Relaxantes Musculares
• Tolerância a barbitúricos pode ocorrer por indução enzimática;

• Nos hepatopatas, níveis altos de globulinas podem fixar maior


quantidade da droga, exigindo doses maiores e aumentando seus
efeitos.
Anestésicos Inalatórios:
• classe mais segura;
• são absorvidos e eliminados pelos pulmões;
• esta característica, suas propriedades físico químicas, seus
efeitos e dinâmica podem ser previsíveis e controláveis
• Diferença: anestésicos injetáveis, depois de administrados serão
metabolizados pelo fígado, enzimas plasmáticas ou pelos rim;

Isoflurano:
• Efeito vasodilatador coronariano e sistêmico;
• baixa metabolização hepática;
• mantêm respostas barorreceptoras;
• mantém resistência vascular periférica;
Protocolo Sugerido
MPA:
Midazolan + Morfina

Indução:
Propofol IV ou Isofluorano

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