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RAMOS DO DIREITO

São os conjuntos de normas jurídicas que,


estruturados segundo princípios gerais
específicos, contém uma individualidade própria.

(Os diferentes Ramos do Direito correspondem a


diferentes configurações de normas jurídicas do
Direito Objetivo).

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1ª Divisão (ou Cisão)

- Direito Internacional (Público)

- Direito Interno (Estadual ou Nacional)

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Direito Internacional (Público)



É o ramo do Direito constituído por um sistema de
normas jurídicas que se aplicam a todos os
membros da Comunidade Internacional, para
regular os assuntos específicos desta, a fim de
garantir os fins próprios da referida Comunidade
nas matérias da sua competência.

Ambito de aplicação – O Direito Internacional é


gerado e aplicado na Comunidade Internacional,
ou seja, em todo o mundo.

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Objecto do Direito Internacional Público:

É a regulação das matérias da competência da Comunidade


Internacional e que não constituam domínio reservado dos Estados
Soberanos.

São essas matérias: a paz, a guerra, o desenvolvimento dos países menos


avançados, a proteção dos direitos humanos, a cooperação económica e financeira, a
proteção específica dos trabalhadores, a regulamentação da proteção da saúde em
especial nos países desfavorecidos, o progresso universal das ciências, a educação e
da cultura, a proteção dos direitos das crianças, etc...

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Exemplos concretos de Normas Jurídicas Internacionais


- A Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948
- O Tratado do Atlântico Norte (NATO) – 1949
- O Tratado de Roma de 1957 que criou a CEE e o Tratado da EU (EU),
Maastricht, de 1992
- O Tratado de Adesão de Portugal à CEE – 1985
- O Estatuto do Tribunal Internacional de Justiça (Haia) – 1945
- O Estatuto do Tribunal Penal Internacional (Roma) – 1998

- O Tratado de Lisboa – 2007 (início de vigência em 2009)

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Finalidade específica do Direito Internacional Público:



- Garantir a paz e a segurança internacionais

- Limitar e humanizar a guerra

- Promover o desenvolvimento dos países menos


favorecidos.

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Fontes do Direito Internacional Público:


- Costumes (fonte consuetudinária)


(art. 8º, n.1 CRP)

- Tratados Internacionais (fonte convencional)


(art. 8º, n.2 CRP)

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Eficácia do Direito Internacional Público:



Não dispõe de uma força própria de aplicação contra os Estados
que violem as sua regras que seja plenamente eficaz.

Efetivação Jurisdicional

A proteção aos destinatários das suas normas é garantida pelos
tribunais internacionais (Tribunal Internacional de Justiça, órgão da ONU,
com sede em Haia; Tribunal de Justiça da Comunidades Europeias, órgão da
EU, com sede em Luxemburgo).

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Direito Interno (Estadual ou Nacional)



Conjunto de normas que regula as relações jurídicas
dentro do Estado.

O Direito Interno é gerado e aplicado,


fundamentalmente, dentro de cada comunidade
nacional.

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Finalidade do Direito Interno:


- Garantir a justiça

- Garantir a segurança

- Garantir o respeito dos direitos humanos no seio de


uma dada comunidade nacional.

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Fontes do Direito Interno:


- Na Europa Medieval – o Direito Interno era


produzido por costumes nacionais, regionais ou
tribais;

- Na Idade Média – O Direito Interno passou a ter


origem na Lei;

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Eficácia do Direito Interno:



Existe coercibilidade para a violação das normas.

Efetivação Jurisdicional

O Direito Interno é aplicado e garantido pelos
tribunais nacionais de cada Estado.

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2ª Divisão (ou Cisão)

- Direito Substantivo

- Direito Adjetivo ou Processual

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Direito Substantivo

Conjunto de normas que estabelece, que dirige, que
positiva as relações jurídicas, influindo directamente
na vida das pessoas.

confere direitos
O Direito Substantivo

impõe obrigações

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Direito Adjetivo (ou processual)



É um direito acessório ou complementar ao Direito
Substantivo.

Porquê ?

Porque está posta de parte a autotutela dos direitos

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Direito Adjetivo (ou processual)



(É Direito Público)

- É o conjunto de normas que disciplinam a atividade


de quem participa na realização jurisdicional de
direitos ou interesses juridicamente tutelados.

- Quem participa? – Juizes, Ministério Público,


Advogados, particulares, etc...

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Função do Direito Adjetivo (ou Processual)

Ordenar os processos em que os interessados


reclamem judicialmente os direitos
reconhecidos pelas normas substantivas.

daqui resulta que haverá tantos Direitos
Processuais quantos os ramos de
Direito Substantivo.

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Direito Processual Civil – regula a proposição e


o desenvolvimento das ações cíveis (fundadas
no Direito Civil);

a) declarativas

b) executivas

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a) Acções Declarativas = destinam-se a obter a


declaração da solução concreta;

Tipos de Ações Declarativas

I – Ação de Condenação

II – Ação Constitutiva

III – Ação de Simples Apreciação

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b) Ações Executivas = destinam-se a permitir


ao autor/demandante da ação a obtenção do
pagamento de quantia certa, a entrega de coisa
certa ou a prestação de um facto que o
demandado/executado não cumpre.

(na base da ação encontra-se um documento


revestido de especial força probatória, o
chamado título executivo).

(art. 703ºCPC)

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Princípios inerentes ao Direito Processual Civil:

I – Princípio dispositivo – às partes cumpre a


instauração ou não do processo e a definição
do seu objeto e gozam da faculdade de lhe pôr
termo através de desistência, confissão e
transação;

II – Princípio do contraditório – as partes têm a


faculdade de atuar igualitariamente em
qualquer fase do processo, contribuindo para a
decisão da causa;

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III – Princípio da Imediação – o julgador tem o


poder de contactar directamente com os meios
de prova;

II – Princípio da Celeridade Processual – o


processo deve ser organizado e conduzido
para que se chegue rapidamente ao seu termo;

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Direito Processual Penal


É o conjunto de normas jurídicas que fixam os
trâmites a observar na instauração e no
desenvolvimento da ação penal.

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Princípios inerentes ao Direito Processual Penal:

I – nulla poena sine processu – a verificação do


crime e a aplicação da sanção só podem ter lugar
num processo;

II – in dubio pro reo – (princípio da presunção de


inocência do arguido) – o arguido é considerado
inocente até ao trânsito em julgado da sentença e
determina a sua absolvição quando o tribunal não
adquirir a certeza dos factos e permanecer na
dúvida.

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III – Princípio da publicidade da audiência – a


audiência é pública só se admitindo exceção nos
casos especiais indicados na lei e quando a
publicidade contrariar o interesse e ordem pública
ou os bons costumes; art. 206º CRP.

IV – Principio da inviolabilidade do direito de


defesa e da tutela da liberdade pessoal – a prisão
preventiva só deve ser aplicada nos casos
especialmente previstos na lei – art. 28º CRP.

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Summa Divisio

- Direito Público

- Direito Privado

(divisão suprema tradicional do universo jurídico)

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A distinção entre o Direito Público e o Direito


Privado é feita segundo um dos 3 critérios:

a) Critério da natureza dos interesses

b) Critério da qualidade dos sujeitos

c) Critério da posição dos sujeitos

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a) Critério da natureza dos interesses:

Pertencem ao Direito Público, as normas que


respeitam ao interesse público e asseguram a
realização dos interesses próprios da
comunidade;

Pertencem ao Direito Privado, as normas que são


relativas a interesses particulares, isto é, aquelas
que são dirigidas à satisfação de interesses
privados do indivíduo;

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É um critério inadequado para distinguir o


Direito Público do Direito Privado porque as
normas jurídicas (públicas e privadas)
prosseguem simultaneamente interesses
públicos e privados.

Exemplo 1 – Os arts. 131º a 139º CP (normas de Direito


Penal que é Direito Público) que proíbem o homicídio,
protegem um valor da coletividade (o interesse público) e,
ao mesmo tempo, o interesse pessoal (privado) que cada
indivíduo tem na conservação da vida;

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Exemplo 2 – A norma do art. 405º CC (norma de Direito


Civil que é Direito Privado) consagra o principio da
liberdade contratual e protege o interesse privado das
partes fixarem livremente, dentro dos limites da lei, o
conteúdo dos contratos, mas também protege os
interesses coletivos da comunidade referentes à estrutura
do mercado (livre iniciativa, liberdade de empresa, etc...);

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b) Critério da qualidade dos sujeitos:

Se na relação jurídica intervir uma pessoa


coletiva pública (Governo, empresa pública,
etc...), estaremos perante uma norma de Direito
Público;

Se na relação jurídica intervirem apenas


particulares (sejam estes singulares ou
coletivos), estaremos perante uma norma de
Direito Privado;

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É um Critério Inadequado para distinguir o


Direito Público do Direito Privado porque os
entes públicos (Estado e demais entidades
públicas) também participam em relações
jurídicas reguladas pelo Direito Privado.

Exemplos – O Estado e outras Entidades Públicas


intervêm num contrato de compra e venda,
num contrato de arrendamento,
numa herança, ....

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c) Critério da posição dos sujeitos:

Pertencem ao Direito Público, as normas


jurídicas que disciplinam as relações de
subordinação, isto é, aquelas que se ocupam da
constituição e da organização do Estado e
demais entes públicos e regulam as relações em
que intervêm numa posição de superioridade
devido ao seu ius imperium;

Exemplos: uma expropriação, a aplicação de 1 multa, a


cobrança de 1 imposto;

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Pertencem ao Direito Privado, as normas


jurídicas que disciplinam as relações de
coordenação, isto é, as relações jurídicas em que
os sujeitos (que também pode ser o Estado ou
outro ente público) se encontram numa relação
de paridade.

Entre os intervenientes da relação jurídica,
vigora o princípio da igualdade.

Exemplos: um contrato de compra e venda, um contrato


de prestação de serviços, um contrato de fornecimento de
mercadorias;

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Ramos do Direito Público

1)Direito Constitucional

Corresponde ao sistema de normas jurídicas que:
- regulam a organização e o funcionamento dos poderes do
Estado;

- asseguram a proteção efetiva da constitucionalidade das leis e


dos direitos fundamentais dos cidadãos;

- definem as tarefas essenciais do Estado;

- definem os objetivos da governação pública;

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Diplomas legislativos que contém o Direito Constitucional

- CRP
- Lei do Tribunal Constitucional
- Lei da Nacionalidade
- Regimento da Assembleia da República
- Estatuto dos Deputados
- Lei dos Partidos Políticos
- Lei do Referendo
- Lei eleitoral da Assembleia da República
- Lei do Direito de Petição
- Etc...

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2)Direito Administrativo

Corresponde ao sistema de normas jurídicas
que:

- regulam a organização e o funcionamento órgãos do


Poder Executivo do Estado, bem como dos Entes Públicos
Menores (ex.: autarquias locais, institutos públicos, ...);

- asseguram a proteção dos direitos dos particulares face


à Administração Pública e desta perante aqueles;

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Diplomas legislativos que contêm o Direito Administrativo:

- Código do Procedimento Administrativo


- Lei da Responsabilidade Civil da Administração
- Lei das Autarquias Locais
- Lei das Finanças Locais
- A Lei-Quadro dos Institutos Públicos
- O Código das Expropriações
- O Regime Jurídico das Empreitadas de Obras Públicas
- Etc...

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3)Direito Penal

Corresponde ao sistema de normas jurídicas que:

- qualificam os factos ilícitos de maior gravidade social como


crimes;

- estabelecem para eles as penas tidas por adequadas;

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A tripla finalidade do Direito Penal:

1ª A punição do mal feito à vítima e à Sociedade em geral;

2ª A prevenção geral da criminalidade, pela demonstração de que “o


crime não compensa”;

3ª A promoção da reinserção social dos condenados, mediante os


chamados PIR’s – planos individuais de readaptação – e uma boa
organização da vida dos reclusos, de modo a prepara-los para
retomarem a sua vida em liberdade sem virem a reincidir na prática
de crimes;

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Diplomas Legislativos que contém o Direito Penal:


- Código Penal
- Lei sobre os crimes contra a saúde pública e a economia
nacional
- Lei sobre criminalidade informática
- Lei sobre a responsabilidade criminal dos titulares dos
órgãos políticos
- Lei sobre a criminalização do tráfego de droga
- Etc...

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4)Direito Financeiro

Corresponde ao sistema de normas jurídicas que:
- regulam a administração dos dinheiros do Estado e dos entes
públicos menores;

- estabelecem os direitos e garantias das entidades públicas e os


direitos dos particulares em matéria de irregularidades cometidas
naquela actividade (administração dos dinheiros públicos);

(O Direito Financeiro é um sub-ramo do Direito Administrativo)

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Fazem parte do Direito Financeiro:

- As despesas públicas e as receitas públicas

- A dívida pública

- Os orçamentos públicos

- A contabilidade Pública

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5)Direito Fiscal

Corresponde ao sistema de normas jurídicas
que:
- definem os impostos e o respetivo montante a pagar
pelos cidadãos e pelas Empresas ao estado e aos entes
públicos menores;

- asseguram a proteção dos direitos dos contribuintes


perante da Administração tributária, e desta perante eles;

(O Direito Fiscal é um capítulo do Direito Financeiro,


porque faz parte do direito das receitas públicas)

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Composição do Direito Fiscal:

1 – Parte Geral = Lei Geral Tributária



Define o imposto e estabelece as regras
comuns a todos os impostos em matéria de liquidação,
cobrança, prazos, direitos e deveres dos contribuintes, etc...

2 – Parte Especial = conjunto dos diplomas que


regulam cada um dos impostos
vigentes no País
(CIRS, CIRC, CIVA, CIMI, ....)

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Ramos do Direito Privado

1)Direito Civil (Direito Comum)



Corresponde ao sistema de normas jurídicas que
regulam a generalidade dos atos e atividades em
que se desenvolve a vida privada dos
particulares, tanto na sua esfera pessoal como
patrimonial;
(a ainda, as relações do Estado e dos Entes Públicos
Menores com os particulares, nos casos em que aqueles
atuam despidos dos seus poderes de autoridade como se
particulares fossem também).

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O Direito Civil é o direito-regra (Código Civil)


 contem
- Normas que regulam a condição da pessoa (estatuto
pessoal) e dos seus bens (estatuto real);
- Normas que regulam o intercâmbio de bens e serviços
(estatuto contratual);
- Normas que regulam não apenas a vida privada do
indivíduo enquanto pessoa isolada mas também diferentes
formas de organização coletiva (associações, sociedades e
fundações);

(Ocupa os 5 livros do Código Civil)

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Diplomas legislativos que contém o Direito Civil (Comum):

- Código Civil (os 5 livros do Código Civil)


- Legislação sobre o Arrendamento Urbano (NRAU)
- Legislação sobre o Arrendamento Rural (RAR)
- Regime das Clausulas Contratuais Gerais
- Lei das Uniões de Facto
- Lei do Consumidor
- Etc...

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2)Direito Comercial (Direito Especial)



Corresponde ao sistema de normas jurídicas que
regulam o estatuto dos comerciantes e o regime
dos actos e actividades do comércio.

Diplomas legislativos de Direito Comercial:


- Código Comercial
- Código das Sociedades Comerciais
- LULL e LUC
- Código do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)
- Etc...

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O Direito Comercial é um ramo do Direito


Especial desde o momento em que teve
necessidade de se autonomizar do Direito
Comum.

- a celeridade da atividade mercantil exige
decisões rápidas que o Direito Civil não permite;
- A boa fé na atividade mercantil exige menos
formalidades que nos negócios civis;
- O credor comerciante é mais protegido que o
credor civil;

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3)Direito do Trabalho (Direito Especial)



Corresponde ao sistema de normas jurídicas que
regulam as relações jurídicas privadas de
trabalho livre, remunerado e subordinado;

É um ramo do Direito Especial desde o momento


em que a necessidade de política de proteção do
trabalhador o dotou de normas e princípios
diferentes e autónomos relativamente ao Direito
Comum.

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Diplomas legislativos de Direito do Trabalho:

- Código do Trabalho – Lei n.º 7/2009 de 12/02 (última


alteração c/Lei n.º 14/2018 de 19/03);
- Código do Processo do Trabalho – Dec. Lei n. 480/99 de 9/11
(última alteração c/Lei n.º 73/2017 de 16/08);

- Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas – Lei n.º 35/2014


de 20/06 (última alteração c/Lei n.º 73/2017 de 16/08);

- Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no


Trabalho – Lei n.º 102/2009 de 10/09 (última alteração c/Lei
nº 28/ 2016 de 23/08);

- Etc...

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4)Direito Internacional Privado



É o conjunto de normas que demarcam a
competência de várias ordens jurídicas que
potencialmente disciplinam as relações da vida
privada internacional.

Há que disciplinar relações jurídicas que não


pertencem a um único ordenamento jurídico.

[Normas de Conflitos – arts. 14º a 64º CC]

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Relações da vida privada internacional



são aquelas que apresentam uma conexão
relevante com mais de um ordenamento estadual,
isto é, mais do que um ordenamento apresenta-se
à primeira vista como aplicável à situação.

Conexões relevantes: nacionalidade ou domicílio dos sujeitos,


localização do bem, local da prática do
acto;

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Exemplos:

1º Casamento celebrado em Portugal entre um francês e uma


irlandesa;

2º O contrato de compra e venda de uma casa situada em


Málaga, celebrado por um cidadão alemão e uma
portuguesa;

3º A adoção de uma criança de nacionalidade vietnamita, em


França por um casal português;

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