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Aula 5
É fato que o Estado pode intervir na propriedade privada pq tem por fundamento o DOMÍNIO
PÚBLICO que possui 2 interpretações:
a) Domínio Público em sentido amplo – LATO SENSO– É o Poder que tem o Estado
sobre todos os bens que tem dentro de seu território, que nos dá fundamento do Estado
na propriedade privada. Este domínio decorre do princípio de soberania. O poder que
ele tem sobre todos os bens em seu território não significa que ele é o proprietário e sim
que ele tem poder. O direito de propriedade que apriori é perpétuo, exclusivo e
absoluto, certo que esse absoluto não é absoluto, pois o direito de propriedade depende
de regulamentação e essa regulamentação, às vezes, impõe restrição. Assim, o direito de
propriedade é passível de restrição nos limites que garantam segurança, preservação do
meio ambiente, entre outros.
Já no inciso avisa que a propriedade deve atender a sua função social, mostrando as limitações
do exercício desse direito para garantir o pleno exercício por todos - XXIII - a propriedade
atenderá a sua função social;
Assim, no próprio art. 5º da CF/88 que estabelece os direitos fundamentais e também que esses
direito pode sofrer restrições e supressões,
São determinações de caráter geral – que ela impõe uma limitação, geral e abstrata, não
recaindo sobre um bem determinado e coisa certa, dirigida a um bem específico pq ela
recai sobre o DIREITO DE PROPRIEDADE (e não sobre a coisa), ou seja, limita o
direito de propriedade e não uma coisa específica em si. Ex: Gabarito de construção – é
uma regra geral que impõe limites ao poder de construir. Ex: em frente a praia construir
prédio de 50 andares, não pode tem que respeitar o gabarito de construção. Ressata-se
que a limitação geralmente não gera direito a indenização pq a limitação tem caráter
geral. Desta forma, se ela é uma limitação de caráter geral ela se materializa por lei ou
por ato adm de caráter normativo.
Impõem obrigações positivas (de fazer), negativas (de não fazer) ou permissivas
(tolerar, deixar fazer), para fim de condicionar as propriedades ao atendimento da
função social (interesses públicos abstratos). Instituída a obrigação pode gerar ao
proprietário uma obrigação de fazer, de não fazer ou de tolerar ou de deixar fazer. Ex:
fazer e não fazer: RECUO e ALINHAMENTO. No recuo vc não pode construir em
uma determinada área do seu terreno.
Podem atingir não só a propriedade imóvel e seu uso como quaisquer outros bens e
atividades particulares que tenham implicações com o bem estar social, com os bons
costumes, com a segurança e a saúde da coletividade, com o sossego, a higiene e a
estética urbana.
É a forma de intervenção direta em bens imóveis pela qual o Poder Público usa,
transitoriamente imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras,
serviços ou atividades públicas. Assim o objetivo da ocupação temporário não é
aquisição da propriedade + sim o seu USO em caráter temporário e provisório.
Ressalta-se que somente recai em imóveis privados, pois quando for em imóvel público
a adm usa o seu próprio imóvel ou de outro ente federativo, sendo uma exceção.
Características:
a) O uso é gratuito, salvo quando houver dano; - O problema é que normalmente em prova
cai a cópia dos trechos do art. 36 do dl 3365/41, que diz que a ocupação temporária será
sobre imóvel não edificado, vizinho a uma obra para servir a esta obra, sendo
indenizado ao final, podendo o proprietário exigir o depósito de uma caução para
garantir eventuais prejuízos. Ocorre que a doutrina entende que a ocupação temporária
cabe em imóvel não edificado como tb sobre imóvel edificado que é chamado de
INSTALAÇÃO, bem como não só para garantir execução de obra, como tb para
garantir a execução de serviço ou atividade pública. Ex: nas Eleições onde a zona
eleitoral está em um prédio privado. Campanha de vacinação, concurso público,
horários em geral que o ocupação não é usada em dias pelo proprietário
b) É transitória;
Exemplos:
OBSERVAÇÃO:
A ocupação pode incidir, ainda, nos imóveis necessários à pesquisa e lavra de petróleo e de
minérios nucleares (DL 1864/81 e 1865/81) para ver se a área tem interesse. Evita-se a
desapropriação desnecessária, porquanto antes se pesquisa o potencial da área quanto à futura
exploração.
INDENIZAÇÃO - A lei diz que a ocupação temporária será indenizada ao final (ART. 36),
porém a doutrina majoritária entende que a ocupação temporária será indenizada ao final, SE
CAUSAR PREJUÍZO. A forma correta é dizer que poderá ser indenizada.
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA -
DEFINIÇÃO:
CF, art. 5º, XXV no caso de iminente perigo público (calamidade pública, emergências em
geral, comprometimento da ordem pública, sendo oMotivo), a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Desta feita, a propriedade particular poderá ser utilizada pelo Poder Público, nos casos
expressos pela Constituição Federal, mas tal possibilidade restringe-se a duas ocasiões: iminente
perigo público, através de requisição civil; e em tempo de guerra, através de requisição militar.
Ressalta-se que o bem deve ser devolvido como estava antes. Se tinha gasolina deve devolver
com esta.
A requisição pode incidir sobre bens consumíveis e inconsumíveis. No primeiro caso, sempre dá
direito à indenização, enquanto que, no segundo caso, a indenização somente é devida se for
comprovada a ocorrência de dano. Essa indenização sempre é paga posteriormente, devido ao
caráter emergencial da requisição.
Está prevista em diversos dispositivos da Constituição Federal: a) art. 5°, XXV – “no caso de
iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano”; b) art. 22 – “compete
privativamente à União legislar sobre: (...) III - requisições civis e militares, em caso de
iminente perigo e em tempo de guerra”; c) art. 139 – “Na vigência do estado de sítio decretado
com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
(...) VII - requisição de bens
Requisição. Eficácia. A eficácia deste dispositivo parece-nos, salvo melhor juízo, contida.
Assim, tem ele a capacidade de produzir efeitos imediatamente à edição e publicação da
Constituição Federal, até porque pertence à natureza da requisição administrativa a
autoexecutoriedade; porém seu alcance eficacional pode vir a ser reduzido pelo advento de
norma disciplinadora de seu conteúdo. É o caso, por exemplo, de eventual definição conceitual
de “iminente perigo público”.
Neste sentido manifesta-se o professor José dos Santos Carvalho Filho, em obra citada em
comentário a este mesmo inciso XXV. Salienta o eminente professor que “somente lei federal
pode regular a requisição.” Continua sustentando que “de acordo o art. 22, III, da Const.
Federal, compete privativamente à União Federal legislar sobre requisições civis e militares, em
caso de iminente perigo e em tempo de guerra.” Assim, para legislar sobre o tema, apenas a
União; para executar o ato administrativo requisitório, qualquer ente político-adminsitrativo,
observado o âmbito de sua respectiva competência em face da autonomia que ostenta.
Ela objetiva o USO do bem para sanar esse perigo iminente e depois devolve a propriedade.
Recai sobre propriedade particular MÓVEIS, IMÓVEIS ou SERVIÇOS.
Pelo seu caráter emergencial não pode exigir mandado judicial ou acordo com a parte, sendo ato
adm AUTOEXECUTÓRIO.
O que é mais importante na requisição é saber o MOTIVO que é perigo público iminente
(ordem pública, saúde pública, calamidade pública).
Tipos:
a) Civil – se quem está requisitando é um servidor civil - para evitar danos à coletividade, ou
seja, razões de ordem pública.
Características:
Casos na Legislação:
lei delegada 4/62- Trata da requisição como forma de intervenção no domínio econômico, para
regular CRISE DE ABASTECIMENTO, ou seja, quando se tem falta de algum gênero no
mercado por boicote, por qq ato que seja lesivo a ordem econômica.
A requisição assemelha-se à ocupação temporária, uma vez que ambas afetam a posse do bem.
Diferenciam-se, porém, quanto à situação condicionadora: a requisição é utilidade em situações
excepcionais, emergenciais, enquanto que a ocupação é utilizada em situações normais. Além
disso, a ocupação é delegável e a requisição, indelegável; a ocupação é sempre transitória
enquanto que a requisição pode ser permanente. Finalmente, a ocupação sempre se refere a bens
e a requisição pode incidir sobre bens e serviços.
TOMBAMENTO –
EFEITO - INALTERABILIDADE do bem tombado é seu efeito, uma vez que tombado o bem
ele não pode ser maus alterado segundo as suas características naturais nos limites do
tombamento, pois o tombamento pode ser em uma parte, não necessitando ser total.
NATUREZA – Escrever no livro tombo que gera um ônus real, que deve ser levado a registro,
pois mesmo que vender o bem o tombamento o acompanha.
Conceito:
Referência Legal:
1) de ofício - incidente sobre bens públicos pq a própria adm de ofício decide tombar o seu
próprio bem,
2) voluntário, incidente sobre bens particulares com a pedido ou anuência de seus proprietários
(DL 25/37, art. 7º); - ou seja, não faz diferença se o seu proprietário deflagrou o processo de
tombamento ou não, o que importa é o processo de tombamento tenha sido deflagrado pelo
proprietário ou pela própria adm, e o proprietário concorda com o tombamento.
geral (sobre todos os bens de uma região, bairro, cidade). Aqui temos uma discussão
doutrinária, pois José dos Santos Carvalho Filho entende que o tombamento como tem instituto
e objetivo próprio ele é uma forma de intervenção autônoma. Porém para a maioria dos juristas
que entendem que tombar é tão somente escrever no livro tombo, os efeitos do tombamento
seriam de LIMITAÇÃO ou de SERVIDÃO.
O entendimento mais constante, eis que a doutrina é bastante divergente, é que se o tombamento
recai sobre imóvel certo, ou seja, recai sobre imóvel individual, teria natureza de SERVIDÃO.
Agora se o tombamento tem caráter geral e, portanto, recai sobre um área teria natureza de
LIMITAÇÃO.
Exemplos de bens incorpóreos: Torcida do Flamengo que é considerado bem da cidade do RJ.
1- Bem tombado não pode ser alienado – mentira, pode ser alienado, desde que seja
oferecido de preferência a U, E e M.
3- O bem móvel pode ser retirado do território nacional – somente com autorização do
Poder Público e nunca em caráter permanente.
a) fazer as obras de conservação necessárias à preservação do bem. Se não tiver meios, deve
comunicar ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN);
c) se o bem tombado for público, somente poderá ser alienado entre entes federativos;
g) O vizinho ao bem tombado não pode instalar latas e cartazes que prejudiquem a visibilidade.
I - Podem ser objeto de tombamento bens que possuem valor ambiental, histórico, paisagístico,
inclusive nomes e símbolos.
NOTAS DA REDAÇÃO
AFIRMAÇÃO I
O Estado exerce o Poder Regulatório não só sobre os bens de seu domínio, mas também sobre
as coisas e locais particulares cuja conservação seja de interesse público. Essa intervenção do
Poder Público na propriedade será realizada por meio do tombamento.
Nas palavras de Hely Lopes Meirelles[1] “Tombamento é a declaração pelo Poder Público do
valor histórico, arquitetônico, paisagístico, turístico, cultural ou científico de coisas ou locais
que, por essa razão, devam ser preservados, de acordo com a inscrição em livro próprio”.
O Tombamento além de estar expressamente previsto na CR/88 (§1º, art. 216), também está
regulamentado no Decreto-Lei 25/37 que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico
nacional, que nos termos do art. 1º consiste “Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional
o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse
público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu
excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”.
Conforme a redação do aludido art. 1º, poderá ser objeto de tombamento o conjunto dos bens
móveis e imóveis que demonstrem relevância para o patrimônio histórico e artístico e cultural.
Por sua vez a Carta Magna dispõe no art. 216 que:
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
Diante do exposto, desde que haja valor histórico, arquitetônico, paisagístico, turístico, cultural
ou científico, o Poder Público poderá declarar o interesse na conservação por meio do
tombamento. A afirmação I está correta.
AFIRMAÇÃO II
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
Do que se vê, todos os entes da federação possuem competência concorrente para promover o
tombamento. Logo a afirmação II está correta.
AFIRMAÇÃO III
Cumpre à Administração realizar o tombamento, porém “quando o Poder Público não toma as
medidas necessárias para o tombamento de um bem que reconhecidamente deva ser protegido,
em face de seu valor histórico ou paisagístico, a jurisprudência tem entendido que, mediante
provocação do Ministério Público (ação civil pública) ou de cidadão (ação popular), o
Judiciário pode determinarão Executivo faça a proteção. De igual forma, a omissão
administrativa em concluir o processo de tombamento afeta o direito de propriedade e lesão
patrimônio individual, justificando, assim, a sua anulação pelo Judiciário.”
Tendo em vista que o tombamento provisório não é ato discricionário da administração, mas
vinculado, a afirmação IV está errada.
76. Tombamento é a declaração, pelo Poder Público, do valor histórico, artístico, paisagístico,
turístico, cultural ou científico de coisas ou locais que, por essa razão, devam ser preservados,
de acordo com a inscrição em livro próprio. A Constituição da República o prevê no artigo 216,
§ 1o, cometendo ao Poder Público a obrigação de promover e proteger o patrimônio cultural
brasileiro mediante essa e várias outras providências. Pode-se afirmar, então, que:
II. Qualquer das entidades estatais pode dispor sobre o tombamento de bens em seu território,
pois o tombamento é ato administrativo da autoridade competente.
III. O tombamento, por residir na esfera da discricionariedade do Poder Público, não se submete
à regra do devido processo legal, nem exige prévia manifestação do proprietário do bem
tombado.
IV. O tombamento pode acarretar tanto uma restrição individual quanto uma limitação geral,
conforme atinja exclusivamente o proprietário do bem tombado ou abranja toda uma
coletividade.
V. Os bens tombados devem ser preservados por seus proprietários, à exceção da necessidade
de expropriação pelo Poder Público, insuscetível de subordinar o interesse coletivo à limitação
que recai sobre o imóvel.
(A) I, III e V.
(B) II e IV.
(C) I, IV e V.
(D) III e V.
Para sua proteção, o bem materail pode ser tombado; já o patrimônio imaterial pode ser
registrado e inventariado.
Não se excluem outras modalidades de proteção do patrimônio cultural brasileiro, tais como a
conservação de Museus pela União (artigo 24 do Decreto lei 25), a busca da cooperação de
entidades eclesiásticas e instituições científicas (artigo 25 do Decreto lei 25), o registro (artigos
13 e 26 do Decreto lei 25 e Decreto n° 3551/2000), a vigilância permanente (artigo 20 do
Decreto lei 25) e a possibilidade de desapropriação (artigo 19 do Decreto lei 25).
"Art. 13. O tombamento definitivo dos bens de propriedade particular será, por iniciativa do
órgão competente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, transcrito para os
devidos efeitos em livro a cargo dos oficiais do registro de imóveis e averbado ao lado da
transcrição do domínio.
§ 1º No caso de transferência de propriedade dos bens de que trata este artigo, deverá o
adquirente, dentro do prazo de trinta dias, sob pena de multa de dez por cento sobre o respectivo
valor, fazê-la constar do registro, ainda que se trate de transmissão judicial ou causa mortis."
"Art. 20. As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, que poderá inspecioná-los sempre que for julgado conveniente,
não podendo os respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à inspeção, sob pena
de multa de cem mil réis, elevada ao dobro em caso de reincidência."
II. Qualquer das entidades estatais pode dispor sobre o tombamento de bens em seu território,
pois o tombamento é ato administrativo da autoridade competente.
"Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(...) III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão,
a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico
ou cultural;"
III. O tombamento, por residir na esfera da discricionariedade do Poder Público, não se submete
à regra do devido processo legal, nem exige prévia manifestação do proprietário do bem
tombado.
1) o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por seu órgão competente, notificará
o proprietário para anuir ao tombamento, dentro do prazo de quinze dias, a contar do
recebimento da notificação, ou para, se o quiser impugnar, oferecer dentro do mesmo prazo as
razões de sua impugnação.
2) no caso de não haver impugnação dentro do prazo assinado que é fatal, o diretor do Serviço
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mandará por simples despacho que se proceda à
inscrição da coisa no competente Livro do Tombo.
3) se a impugnação for oferecida dentro do prazo assinado, far-se-á vista da mesma, dentro de
outros quinze dias fatais, ao órgão de que houver emanado a iniciativa do tombamento, afim de
sustentá-la. Em seguida, independentemente de custas, será o processo remetido ao Conselho
Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que proferirá decisão a
respeito, dentro do prazo de sessenta dias, a contar do seu recebimento. Dessa decisão não
caberá recurso."
IV. O tombamento pode acarretar tanto uma restrição individual quanto uma limitação geral,
conforme atinja exclusivamente o proprietário do bem tombado ou abranja toda uma
coletividade.
Correto.
V. Os bens tombados devem ser preservados por seus proprietários, à exceção da necessidade
de expropriação pelo Poder Público, insuscetível de subordinar o interesse coletivo à limitação
que recai sobre o imóvel.
Incorreto. Os proprietários dos bens tombados têm o dever de preservá-los. Se não o fizer, o
bem poderá ser desapropriado (artigo 19 do Decreto lei 25).
A questão que se coloca diante disso é se o bem público pode ser tombado. A resposta é
positiva, não havendo que se falar que o tombamento de bens públicos contaria o interesse
coletivo
Características: São obrigações de caráter concreto (pq cai sobre bem determinado
diferentemente da limitação que tem caráter geral), positivas, negativas e permissivas, de
caráter permanente.
Servidão administrativa consiste em direito real sobre coisa alheia. Tendo em vista que este
direito é exercido pelo poder público, pode ser mais especificamente definido como o direito
real de gozo do Poder Público (União, Estados, Municípios, Distrito Ferderal, Territórios,
Pessoas Jurídicas Públicas ou Privadas autorizadas por lei ou contrato) sobre propriedade alheia
de acordo com o interesse da coletividade.
Maria Sylvia Zanella di Pietro conceitua servidão administrativa como sendo "o direito real de
gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por
entidade pública ou por seus delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a
fim de utilidade pública".
Ressalte-se que a servidão, por se tratar de direito real, deve constar na escritura do imóvel para
dar publicidade.
Por fim, vale esclarecer que servidão não se confunde com a passagem forçada prevista no art.
1.285 do Código Civil, pois esta decorre da lei e é um direito que assiste ao dono de imóvel
encravado de reclamar do vizinho que lhe deixe passagem mediante indenização.
No que tange a indenização quando a servidão decorre de imposição legal não há direito à
indenização, pois o sacrifício é imposto a toda uma coletividade de propriedades, salvo se uma
das propriedades sofrer um prejuízo maior que as demais.
Porém, quando a servidão foi realizada por meio de contrato ou determinada por decisão
judicial, por incidir sobre uma propriedade determinada, nas palavras de Maria Sylvia Zanella di
Pietro "a regra é a indenização, porque seus proprietários estão sofrendo prejuízo em benefício
da coletividade. Nesses casos, a indenização terá de ser calculada em cada caso concreto, para
que se demonstre o prejuízo efetivo, se este não existiu, não há o que indenizar. No caso da
servidão de energia elétrica, que é a mais freqüente, a jurisprudência fixa a indenização em
valor que varia entre 20% e 30% sobre o valor da terra nua".
1) por ato administrativo de conteúdo declaratório( não criando nada ainda, pois para
efetivar a servidão é preciso um acordo ou sentença judicial) editado pelo Poder Público
(União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios), podendo ser formalizada por acordo
(voluntária ou amigável) ou sentença judicial (compulsória – aplica-se o procedimento da lei de
desapropriação - DL 3365/41, art. 40). Estas servidões devem ser levadas ao registro no
Cartório de Registro de Imóveis (lei 6015/73);
2) impostas por lei (chamadas de servidão ex lege), como as que se destinam a permitir o
transporte e distribuição de energia elétrica, realização de obras hidráulicas, instalação e
funcionamento de aquedutos e passagem nas margens de rios (Dec. nº. 24.643/34 - Código de
Águas) Exemplos: servidão sobre terrenos marginais (D. 24643/34, art. 12, lei 1507/67, art. 39 e
Dec. 4105/68); servidão nas fontes de água mineral (D. 7841/45 – recursos hídricos); servidão
de prédios vizinhos ao patrimônio histórico e artístico (DL 25/37, art. 18); servidão em torno de
aeródromos e heliportos (D. 3437/41); servidão de aqueduto (D. 24643/34, art. 117 e 138);
servidão de energia elétrica (CF, 21, XII, b; D. 24643/34, 151; Dec. 35851/54); servidão militar
(DL 3437/41 – “área militar”).
CARACTERÍSTICAS:
Pode desapropriar bem público ou privado, conforme DL 3665/41, art. 2º, parágrafo 2º, onde a
União pode desapropriar os bens dos Estados e dos Municípios e DF. Os Estados podem
desapropriar os bens dos Municípios que esteja dentro de seu território.
TIPOS:
DESAPROPRIAÇÕES ESPECIAIS
OBS: EXCETO as margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis
de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização - STF, Súmula 479,
a) declaração de utilidade pública, feita pelo chefe do Poder Executivo, por meio de
decreto; ou pelo Poder Legislativo, por meio de lei;
b) acordo com o proprietário. Se não houver acordo, deve ser feito um processo
judicial. O prazo para realizar acordo ou iniciar o processo judicial é de cinco anos. Se
for ultrapassado, a declaração de utilidade pública caduca e somente pode ser renovada
depois de um ano.
LEGITIMADOS À DESAPROPRIAÇÃO:
ESPECIAL:
a) Desapropriação sanção:
Uma vez desapropriado por motivo de política urbana, o Município tem que
dar o devido aproveitamento ao bem em 05 anos no máximo.
Esse tipo de desapropriação é a ultima medida a ser adotada, e deve o
Município agir cumulativamente na forma do art. 182, parágrafo 4º, senão
vejamos:
PROCEDIMENTO JUDICIAL:
a) apresentação da petição inicial, que deverá conter a oferta do preço e será instruída com um
exemplar do contrato ou do jornal oficial onde for publicado o decreto de desapropriação e a
planta ou descrição do bem com sua confrontações;
c) imissão prévia na posse se for alegada urgência e depositada a quantia determinada pelo
juiz;
d) citação do réu, por mandado ou edital; “Na ação expropriatória, a revelia do expropriado
não implica em aceitação do valor da oferta e, por isso, não autoriza a dispensa da avaliação”
(TFR, Súmula 118).
e) contestação, que apenas poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do
preço. Qualquer outra questão, inclusive quanto ao mérito da desapropriação, de verá ser
apresentada em ação ordinária;
i) sentença, que fixa o valor da indenização, deve ser dada ao final da audiência ou depois de 10
dias;
c) juros compensatórios: Súmula 618 STF “Na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos
juros compensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano”. Súmula 56 STJ “Na desapropriação
para instituir servidão administrativa são devidos os juros compensatórios pela limitação de
uso da propriedade”. Destinam-se a compensar a perda de renda do proprietário. São
calculados desde a imissão na posse, na desapropriação direta, ou desde a efetiva ocupação do
imóvel, na desapropriação indireta (STJ, Súmulas 69, 113 e 114 e STF, Súmula 164);
Assim, se vc viaja e quando volta em seu térreo houve a construção de uma praça. Assim, tendo
em vista que o bem está AFETADO somente caberá ao proprietário perdas e danos, onde a ação
a ser manejada é a indenizatória fundada em desapropriação indireta.
Ressalta-se que quando o tombamento, a limitação ou qualquer outra forma de restrição ao uso
da propriedade acabar por suprimir a propriedade ele terá efeitos de desapropriação e aí vc
poderá requerer indenização.
RETROCESSÃO – Art. 519 cc/02 - Segundo o cc/02 seria o direito de preferência na compra
do bem, ou seja, quando se desapropria tem que declarar pra que está desapropriando. Caso não
utilize o bem para aquilo que desapropriou, o proprietário teria direito a reaver o bem,
devolvendo tudo corrigido o que foi lhe pago com a desapropriação, mediante desconto do
prejuízo.
Assim, pode ser reconhecido o direito á retrocessão + isso não significa que o bem vai voltar
para o antigo proprietário, pois o que desapropriou irá somente pagar uma indenização a título
de retrocessão, sendo o entendimento majoritário.
Desta forma, tem direito a indenização quando der outro destino ao bem. Assim, outro destino
significa TREDESTINAÇÃO.
A tredestinação, que é o outro destino, pode ser LÍCITA onde foi destinado o bem para fins
públicos, não caberá indenização.
MOTIVO e Por necessidadePor mau uso do solo urbanoGlebas comPor apossamento administrativo
ou utilidadeCF art 182, parágrafo 4º,III cultivo de plantas
FUNDAMENTO pública psicotrópicas Por ato lícito que excedeu seus
LEGAL DL3365/41 (Competência exclusiva do efeitos
Município) Art 243, CF
Por interesse
social Para fins de Reforma AgráriaLei 8257/91
Lei4132/62 Competência exclusiva da
União)
CF art 184
Lei 8629/93
LC 76/93
I - A desapropriação indireta pode ser impugnada pelo proprietário do bem por intermédio da
competente ação possessória ou ação de perdas e danos, se antes ou depois, respectivamente, de
sua consumação;
C) I, II e IV estão corretas;
D) I, IV e V estão corretas;
NOTAS DA REDAÇÃO
Consiste o direito de propriedade no poder de usar, gozar, usufruir, dispor e reaver o bem.
É um direito absoluto, exclusivo e perpétuo, que, no entanto, pode sofrer limitações por parte do
Estado, em prol da supremacia do interesse público sobre o privado.
A limitação administrativa, segundo Hely Lopes Meirelles, "é toda imposição geral, gratuita,
unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades
particulares às exigências do bem-estar social. (...) Derivam, comumente, do poder de polícia
inerente e indissociável da Administração." (Direito Administrativo Brasileiro. 35ª ed. São
Paulo: Malheiros, 2009, pág. 638.)
A ocupação temporária é a prerrogativa que o Poder Público tem de, transitoriamente, e quando
houver necessidade, utilizar bens particulares. Seu fundamento está no artigo 5°, inciso XXV,
da Constituição Federal:
A requisição "é sempre um ato de império do Pode Público, discricionário quanto ao objeto e
oportunidade da medida, mas condicionado à existência de perigo público iminente" (artigo 5°,
inciso XXV supra) "e vinculado à lei quanto à competência da autoridade requisitante"
(Meirelles, 2009, pág. 636.)
A servidão administrativa é um ônus real que incide sobre um bem particular com a finalidade
de permitir a sua utilização pública. (cf. Meirelles, 2009, pág. 632)
De outro giro, ocorrerá a perda da propriedade quando a intervenção estatal atingir todos os
elementos, hipótese em que o bem será desapropriado.
Desapropriação é forma de aquisição originária de propriedade pelo Poder Público que atinge o
caráter perpétuo da propriedade.
1. Desapropriação indireta
2. Comum/Ordinária
Interesse social
3. Extraordinária/sancionatória
"Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização
em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de
até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei
(plano diretos do município)
§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária,
autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o
montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
"Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha
cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à
desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública"
confiscatória
I - A desapropriação indireta pode ser impugnada pelo proprietário do bem por intermédio da
competente ação possessória ou ação de perdas e danos, se antes ou depois, respectivamente, de
sua consumação;
No entanto, após o apossamento e integração do bem no domínio público, não cabe mais ação
de reintegração ou reivindicação, mas tão somente a indenização correspondente "por tratar-se
de ato caracteristicamente ilícito da Administração." (Meirelles, 2009, pág. 609.)
Conforme explicado nas considerações iniciais, limitação administrativa, "é toda imposição
geral, gratuita, unilateral e de ordem pública" que deriva "comumente, do poder de polícia
inerente e indissociável da Administração." (Meirelles, 2009, pág. 638).
Por outro lado, "a servidão administrativa é um ônus real de uso, imposto especificamente pela
Administração a determinados imóveis particulares" (Meirelles, 2009, pág. 632).
O tombamento pode ser compulsório ou voluntário, conforme artigo 6° do Decreto Lei 25/37:
"Art. 10. O tombamento dos bens, a que se refere o art. 6º desta lei, será considerado provisório
ou definitivo, conforme esteja o respectivo processo iniciado pela notificação ou concluído pela
inscrição dos referidos bens no competente Livro do Tombo.
Parágrafo único. Para todas os efeitos, salvo a disposição do art. 13 desta lei, o tombamento
provisório se equiparará ao definitivo."
A requisição "é a utilização coativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público por ato
de execução imediata e direta da autoridade requisitante e indenização ulterior, para
atendimento de necessidades coletivas urgentes e transitórias." (Meirelles, 2008, pág. 635)
Assim, por ser ato de urgência, não cabe na requisição administrativa indenização prévia.
Na servidão administrativa, por sua vez, nem sempre haverá indenização, pois "se a servidão
não prejudica a utilização do bem, nada há que indenizar" (Meirelles, 2008, pág. 635).
NOTAS DA REDAÇÃO
As questões que atribuem como correta a alternativa incorreta, devem ser lidas com mais
atenção. Afinal, instintivamente procuramos pela resposta certa. Por isso, vale a dica sempre
reiterada pelos professores de destacar a palavra incorreta quando ela aparecer na prova. Na
questão em tela o examinador já se encarregou de fazer esse destaque!
Alternativa A - O Estado exerce o Poder Regulatório não só sobre os bens de seu domínio, mas
também sobre as coisas e locais particulares de interesse público, os quais através do
tombamento passam a integrar o patrimônio histórico e artístico da Nação.
Nas palavras de Hely Lopes Meirelles[1] “Tombamento é a declaração pelo Poder Público do
valor histórico, arquitetônico, paisagístico, turístico, cultural ou científico de coisas ou locais
que, por essa razão, devam ser preservados, de acordo com a inscrição em livro próprio”.
O Tombamento além de estar expressamente previsto na CR/88 (§1º, art. 216), também está
regulamentado no Decreto-Lei 25/37 o qual organiza a proteção do patrimônio histórico e
artístico nacional, bem como regulamenta a alienação de bens tombados nos termos do
dispositivo a seguir:
Art. 22. Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessôas naturais ou a
pessôas jurídicas de direito privado, a União, os Estados e os municípios terão, nesta ordem, o
direito de preferência.
§ 1º Tal alienação não será permitida, sem que prèviamente sejam os bens oferecidos, pelo
mesmo preço, à União, bem como ao Estado e ao município em que se encontrarem. O
proprietário deverá notificar os titulares do direito de preferência a usá-lo, dentro de trinta dias,
sob pena de perdê-lo.
§ 4º Nenhuma venda judicial de bens tombados se poderá realizar sem que, prèviamente, os
titulares do direito de preferência sejam disso notificados judicialmente, não podendo os editais
de praça ser expedidos, sob pena de nulidade, antes de feita a notificação.
§ 5º Aos titulares do direito de preferência assistirá o direito de remissão, se dela não lançarem
mão, até a assinatura do auto de arrematação ou até a sentença de adjudicação, as pessôas que,
na forma da lei, tiverem a faculdade de remir.
§ 6º O direito de remissão por parte da União, bem como do Estado e do município em que os
bens se encontrarem, poderá ser exercido, dentro de cinco dias a partir da assinatura do auto do
arrematação ou da sentença de adjudicação, não se podendo extraír a carta, enquanto não se
esgotar êste prazo, salvo se o arrematante ou o adjudicante for qualquer dos titulares do direito
de preferência. (grifos nossos)
Cumpre aos municípios executar a política de desenvolvimento urbano, que tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes.
Quando o proprietário do solo urbano não cumprir com o previsto no plano diretor, nos termos
do § 4º do art. 182 da CR/88, é facultado ao Poder Público municipal fazer uso dos seguintes
instrumentos para exigir o adequado aproveitamento do solo:
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. (grifos nossos)
Alternativa C - Nos termos do art. 22, II da CR/88 a União tem competência privativa para
legislar sobre desapropriação. Já com relação aos demais entes da federação, de acordo com o
previsto no art. 2º do Decreto-Lei 3.365/41, que dispõe sobre desapropriações por utilidade
pública a competência declaratória é concorrente, ou seja, a União, Estados, Distrito Federal e
Municípios poderão declarar a utilidade pública, necessidade pública e o interesse social.
Até aqui a alternativa C pode ser considerada correta, porém no caso de uma desapropriação por
interesse social da Reforma Agrária, a competência será exclusiva da União conforme dispõe o
art. 184 da CR/88, in verbis:
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização
em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de
até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
(grifos nossos)
Não confundir desapropriação por interesse social da reforma agrária que é de competência
exclusiva da União, com qualquer outra desapropriação por interesse social que não seja a
reforma agrária, porque neste caso a competência será de todos os entes políticos com
indenização prévia, justa e em dinheiro.
Alternativa D - Embora o art. 2º do Decreto Lei 3.365/41 disponha que todos os bens poderão
ser desapropriados, sejam eles móveis, imóveis, espaço aéreo, subsolo ou direitos patrimoniais,
quando o Poder Público quiser retomar a execução de um serviço público concedido a um
particular, a retomada não será por meio da desapropriação, mas por instituto próprio previsto
no art. 37 da Lei 8.987/95, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de
serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal. Vejamos o dispositivo legal:
Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo
da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio
pagamento da indenização, na forma do artigo anterior. (grifos nossos)
Alternativa E - Mais uma vez o texto da lei demonstra que a resposta da alternativa E está
correta. Assim, nos exatos termos do art. 18 do Decreto-Lei 25/37 que organiza a proteção do
patrimônio histórico e artístico nacional, sem que haja a prévia autorização do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer
construção que lhe impeça ou reduza a visibílidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob
pena de ser mandada destruir a obra ou retirar o objéto, impondo-se nêste caso a multa de
cincoenta por cento do valor do mesmo objéto.
Vale ressaltar que, a questão em comento é um ótimo exemplo do quanto é importante que nos
estudos para concurso público além da leitura de livros e cadernos, deve haver também, a atenta
leitura da legislação pertinente ao concurso.