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Constituição Federal

Art 5, incisos XXI ao XXVI

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade


para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
● O que são associações?
Associações são Pessoas Jurídicas, formadas pela união de grupos que
se organizam para a realização de atividades não-econômicas, ou seja,
sem fins lucrativos. ¹
● Como funcionam as associações?
Associação é qualquer iniciativa formal ou informal que reúne pessoas
físicas ou outras sociedades jurídicas com objetivos comuns, visando
superar dificuldades e gerar benefícios para os seus associados. Ou
seja, é uma forma jurídica de legalizar a união de pessoas em torno de
seus interesses. ¹
Em uma associação não existe remuneração para seus dirigentes nem
distribuição de sobras entre seus associados. O que as mantêm são as
contribuições dos sócios ou a cobrança pelos serviços prestados,
contratos e acordos firmados, doações, etc. ¹
● Representação dos filiados judicial ou extrajudicialmente
A
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
● O que é propriedade?
No Brasil, o Código de Bevilaqua de 1916 atribuiu à propriedade um
caráter absoluto, ou seja, inatingível, sem limitações ou quaisquer
restrições ao seu exercício, pois o proprietário era considerado senhor
da coisa e dela poderia implementar o tratamento que bem entendesse.
Contudo, com o passar dos anos, diante de todos os anseios sociais por
uma justa distribuição de riquezas e, ainda, pela necessidade social de
que o Estado interviesse nessas questões, o direito de propriedade
deixou de ser absoluto para se tornar relativo. O legislador de 2002 não
definiu propriedade nem posse; o Código diz que possuidor é todo
aquele que tem, de fato, o exercício pleno ou não dos poderes inerentes
à propriedade. Refere-se apenas aos atributos da propriedade. O
conceito genérico, no direito brasileiro, de direito de propriedade é o
poder jurídico concedido pela lei a algum para usar, gozar, dispor de um
determinado bem e de reavê-lo, de quem quer que injustamente o
esteja possuindo. ²
“COMPONENTES DO DIREITO DE PROPRIEDADE: Usar, Gozar
(significa que o proprietário pode retirar da coisa as suas utilidades
econômicas), Dispor (é a faculdade de alienar a coisa, seja onerosa ou
gratuitamente), Reivindicar (não é uma faculdade, é um direito
subjetivo. Concede ao proprietário o direito de recuperar a coisa que lhe
foi injustamente retirada, para restaurar o seu patrimônio)”. ²
Usar: consiste em utilizar-se da coisa no seu próprio interesse, ou seja,
extrair da coisa todos os benefícios ou vantagens que ela puder prestar,
sem alterar-lhe a substância. O direito de propriedade não exige o uso.
O uso é uma faculdade. Mesmo que o proprietário não use, não se
perde a propriedade. ²
● O que é função social?

“Ao que se pode observar no direito romano antigo, a propriedade


era absoluta, podendo o proprietário, inclusive, abusá-la
deliberadamente, o que hoje, como veremos não se permite. ” ³
❖ Com o código civil de 2002, a propriedade já não seria
mais absoluta, mas deveria atender uma função social
❖ “Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e
dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem
quer que injustamente a possua ou detenha".  

❖ “§ 1 o direito de propriedade deve ser exercido em


consonância com as suas finalidades econômicas e sociais
e de modo que sejam preservados, de conformidade com o
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas
naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e
artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
” 
❖ Já no parágrafo segundo o proprietário fica delimitado no
sentido do “jus abuntendi”, ou seja, a propriedade não
pode sofrer abusos nem ser usada para que prejudique a
sociedade como um todo: 
❖ “§ 2 o São defesos os atos que não trazem ao proprietário
qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela
intenção de prejudicar outrem. ” 

● XXIV - Desapropriação

 A desapropriação e um mecanismo garantido pela constituição


federal de 1988 que, consta em seu Artigo 5° inciso XXIV, a
desapropriação só poderá ser aplicada mediante justa
indenização em dinheiro e por motivos de necessidade pública
ou interesse social, ou seja, o direito de propriedade e um
direito resguardo pela constituição, sendo até, cláusula pétrea,
mas em caso de confronto entre interesse social e Interesse
privado, o interesse coletivo sempre prevalecerá.

 Um exemplo de desapropriação seria compra de terras


laterais a uma rodovia, para uma possível duplicação das
pistas ou para construção de mecanismos rodoviários como
postos de polícia rodoviária. Caso o proprietário da terra seja
contrário ao valor da indenização proposta, terá este, a
oportunidade de pedir uma audiência para que a autoridade
competente análise o processo e estipule um valor justo,
sendo que, a desapropriação só será concluída após o
pagamento da indenização.

● XXV - Requisição administrativa

 Já o inciso XXV, trata de um mecanismo chamado requisição


administrativa, parecido com a desapropriação mas a principal
diferença e, que a requisição administrativa tem um período
determinado, ou seja, o determinado bem seja móvel ou
imóvel ficará sobre ultilizaçao do estado por um tempo
específico.

 No caso de dano ao patrimônio, o estado arcará com o


prejuízo com justa indenização ulterior, sendo que, nem todos
os casos averá indenização, essa indenização por dano,
somente e paga apos o final da requisição administrativa,
tendo o proprietário o direito de pedir a indenização no
período não superior a 5 anos.

 Um exemplo de requisição administrativa, seria que, em uma


perseguição polícial de um determinado fugitivo que, apresenta
grande perigo para a sociedade, sendo assim, seria crucial o
uso de determinado veículo seja este de propriedade privada,
para a captura desse fugitivo, assim a autoridade competente
 poderá ultilizar desse meio de necessidade e iminente perigo
público.

● XXVI - Pequena propriedade rural

 A pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família


será impenhorável para o pagamento de dívidas adiquiridas por
motivos de desenvolvimento rual, assim se trata o inciso XXVI,
de acordo com o INCRA( instituto nacional de Colonização e
reforma agrária) a pequena propriedade não pode ultrapassar o
tamanho de 4 módulo fiscal( equivalente a 20ha), ou seja, e
considerado pequena propriedade está que não ultrapasse
80ha.

 A impenhorabilidade somente será válida contra dívidas que


se deram por motivos de desenvolvimento da propriedade, ou
seja, dívidas como manutenção da propriedade, plantações,
maquinários e serviços específicos da propriedade, esse
direito constitucional tem a finalidade de buscar desenvolver à
agricultura familiar além de manter a possibilidade de
desenvolvimento econômico da família.

Referências:
¹
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/associacao-e-estrategia-de-
fortalecimento,10e5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
² https://www.emerj.tjrj.jus.br/serieaperfeicoamentodemagistrados/paginas/series/16/
direitosreais_75.pdf
³
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11370/A-funcao-social-da-propriedade

4
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA. Elaborado: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerencia
de Estatística Socioeconômica 2005. Nota: Pequena propriedade - até 4 modulo fiscal.
5

https://trilhante.com.br/curso/direitos-e-garantias-individuais/aula/art-50-caput-e-incisos-i-a-xxi

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