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Guia de Antropometria:

medidas, indicadores e protocolos

Nut. Esp. Juliana Tolêdo de Faria


Cookie® Tecnologia e Marketing

Este é um guia oferecido pela Nut. Juliana Tolêdo de Faria e pela Cookie® Tecnologia e Marketing, sobre as medidas,
indicadores e protocolos antropométricos. A reprodução é permitida, desde que as fontes bibliográficas sejam citadas.

2ª. edição
Setembro/2011
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“O conceito de avaliação nutricional forma uma ponte entre a Nutrição


Humana e a Nutrição Aplicada. A avaliação nutricional é a determinação do
estado de Nutrição, ou do estado de saúde de indivíduos ou grupos
populacionais, influenciada pela ingestão e a utilização de nutrientes. A
avaliação nutricional é composta basicamente de quatro tipos de estudo:
inquéritos dietéticos, inquéritos antropométricos, inquéritos clínicos e
inquéritos bioquímicos” (Garry & Koehler, 1991 apud Kazapi et al., 1994).

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A antropometria “ocupa-se da medição das variações nas dimensões
físicas e na composição global do corpo humano em diferentes idades e em
distintos graus de nutrição” (Jellife, 1968 apud Guedes de Vasconcelos,
1995). Segundo Martins (2008), a análise das reservas musculares e de
gordura, feita a partir de métodos padronizados e uma avaliação
apropriada, é fundamental para o diagnóstico e o tratamento de problemas
nutricionais.
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1. PESO OU MASSA

Expressa a dimensão da massa ou volume corporal total, constituída


por todas as células, tecidos, órgãos e sistemas do organismo (Jellife, 1968
apud Guedes de Vasconcelos, 1995). Comumente chamada de peso, a
massa é a soma de todos os componentes corporais e reflete o equilíbrio
protéico-energético do indivíduo.

Como fazer?

Em crianças usa-se a balança pediátrica (com precisão de 10 g), de


mola ou a balança para adultos (ambas com precisão de 100 g), calculando-
se a diferença entre o peso da mãe, com e sem a criança no colo.
Em adultos, o peso deve ser tomado em balança zerada e aferida,
colocada em solo nivelado, com o avaliado de pé, de costas para a escala
da balança (no caso de parelhos mecânicos), afastamento lateral dos pés,
no centro da plataforma, com olhar reto e fixo em ponto à sua frente. Deve
estar usando o mínimo de roupa possível e a medida deve ser feita
preferencialmente pela manhã, em jejum, para evitar flutuações de peso
decorrentes de edema. Caso isto não seja possível, fazer o controle sempre
em uma mesma hora do dia.

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Figura 1 – Pesagem de adulto. Fonte: Filho, 1999.

2. ESTATURA

A estatura expressa a dimensão longitudinal ou linear do corpo


humano. Ela é a somatória dos membros inferiores, a pélvis, a coluna
vertebral e o crânio (Jellife, 1968 apud Guedes de Vasconcelos, 1995).
Comumente chamada de altura, a estatura é a distância entre o ponto mais
alto da cabeça (ponto vértex) e a região plantar. É feita utilizando-se o
estadiômetro, trena ou antropômetro.

Como fazer?

O indivíduo deve estar descalço e em posição ortostática: de pé,


ereto, com os calcanhares unidos, braços estendidos ao lado do corpo, com
as superfícies posteriores (calcanhar, quadril, costas e cabeça) em contato
com o instrumento de medida e com a cabeça voltada para frente (segundo
o plano de Frankfurt), paralela ao solo.

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Figura 2 – Tomada de estatura de adulto. Fonte: Filho, 1999.

3. COMPRIMENTO

Assim como a estatura, o comprimento expressa a dimensão


longitudinal ou linear do corpo humano. Contudo, esta medida é tomada na
posição horizontal, indicada para crianças que ainda não se mantém de pé
sozinhas.

Como fazer?

Para esta medida usa-se o antropômetro horizontal. A criança deve


estar deitada de costas, sem enfeites de cabelo, joelhos esticados, com a
cabeça e os pés a 90° em relação à maca.

4. ALTURA DO JOELHO

Fortemente correlacionada com a altura, e com pouca variação com o


avançar da idade, a altura do joelho é indicada para a estimativa da
estatura, especialmente em idosos.

Como fazer?

Deve ser medida do lado esquerdo, usando-se um paquímetro, com a


pessoa preferencialmente deitada (mas também pode estar sentada), com a

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perna esquerda cruzada sobre a direita. No momento da leitura, o joelho e
o tornozelo devem estar flexionados à 90º. O paquímetro é colocado entre o
calcanhar e a tíbia, pressionando os tecidos. Devem ser feitas duas medidas
próximas de 0,1cm e calculada a média entre elas.

5. RELAÇÕES PESO X ESTATURA, PESO X IDADE, ESTATURA X


IDADE
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As relações entre peso, estatura ou comprimento e idade são


descritas em tabelas elaboradas pela OMS, com base em estudos
longitudinais realizados com milhares de crianças. Para cada medida
escolhida são atribuídos os valores correspondentes, diferentes para os
sexos masculino e feminino.
Ex.: para uma criança com 3 anos e 9 meses, sexo masculino, o
comprimento mínimo e máximo adequados são, respectivamente, 93,9 cm
e 109,3 cm.
Os valores são classificados em percentis e em scores-Z. O percentil
é uma opção mais sensível, ou seja, ele faz o diagnóstico de maior número
de crianças abaixo ou acima do peso do que o score-Z. Apresenta maiores
chances de falso positivo (classificar como baixo peso ou sobrepeso uma
criança eutrófica e menor possibilidade de falso negativo (classificar como
eutrófica uma criança que não é). Por outro lado, o score-Z é mais
específico, pois classifica os casos mais graves, com maiores chances de
falso negativo (classificar como eutrófica uma criança que tem sobrepeso ou
baixo peso) e pouca possibilidade de falso positivo (classificar como baixo
peso ou desnutrida uma criança eutrófica).
Segundo a OMS (2007), este padrão deve ser usado para avaliar
crianças de qualquer país, independente de etnia, condição socioeconômica
e tipo de alimentação. Os pontos de corte adotados pela OMS estão no
Anexo 1.

6. IMC
Definido pelo peso em quilogramas dividido pela potência da altura
em metros (altura)2. O Índice de Massa Corporal (IMC) fornece uma boa

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aproximação da gordura corporal para grupos populacionais, porque a
maioria das diferenças de peso entre adultos ocorrem em virtude da
gordura corporal (Forbes, 1999). É também um indicador de saúde.
Os pontos de corte do IMC para todas as faixas etárias estão no
Anexo 1.

Figura 3 – Risco de morbimortalidade, de acordo com o IMC, em adultos. Fonte: Bray, 1989, citado por
CECAN/RCO, 2003.

7. CIRCUNFERÊNCIAS

Circunferência é o perímetro dos diversos segmentos corporais, como


braços, pernas, cintura, quadril, tórax e pescoço (Guedes & Guedes, 1998).

Como fazer?

Os perímetros são medidas da circunferência de um segmento


corporal, perpendicular ao eixo longitudinal do mesmo segmento. São feitos
com fita métrica, de preferência metálica, com precisão de 0,1 cm.
As principais circunferências tomadas em uma avaliação são:
 punho: com o avaliado em posição ortostática, braços ao longo do
corpo, palma da mão voltada para frente e relaxada, colocar a fita
métrica ao redor do punho nos processos estilóides radial ulnar.

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 antebraço: com o avaliado em posição ortostática, com os antebraços
supinados, coloca-se a fita no ponto de maior massa muscular.
 braço relaxado ou normal: com o avaliado em posição ortostática,
antebraços em posição supinada, passa-se a fita por cima do ponto-
umeral. O ponto meso-umeral é ponto médio entre o acrômio e o
olecrânio.
 braço forçado ou fletido: com o avaliado em PO, braço elevado à
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frente no nível do ombro; com o antebraço esquerdo, segura-se,
internamente, o punho direito, de modo a opor resistência a este. A
um sinal do avaliador o avaliado realiza uma contratação da
musculatura flexora do braço. Mede-se, então, a maior circunferência
estando a fita em ângulo reto em relação ao eixo do braço.
 peitoral ou tórax: esta medida é diferenciada segundo o sexo,
estando o avaliador em posição ortostática. Em homens: coloca-se a
fita em um plano horizontal, passando por cima da cicatriz mamilar.
Em mulheres, coloca-se a fita em um plano horizontal, passando por
baixo das linhas axilares ou em cima do processo xifóide.
 cintura: o avaliado permanece em posição ortostática, com abdômen
relaxado. No ponto de menor circunferência, abaixo da última
costela, coloca-se a fita em um plano horizontal.
 abdômen: com o avaliado em posição ortostática, coloca-se a fita em
um plano horizontal, passando por cima da cicatriz umbilical.
 quadril: com o avaliado em posição ortostática, braços levemente
afastados e pés juntos, coloca-se a fita um plano horizontal no ponto
de maior circunferência das nádegas. As medidas são tomadas
lateralmente.
 coxa proximal: com o avaliado em posição ortostática, com as pernas
levemente afastadas, coloca-se a fita logo abaixo da prega glútea,
em um plano horizontal. As medidas são tomadas lateralmente.
 coxa meso-femural: com o avaliado em posição ortostática, com as
pernas levemente afastadas, coloca-se a fita no nível do ponto meso-
femural em um plano horizontal. O ponto meso-femural é ponto
médio entre a prega inguinal e a borda superior da patela.

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Pulso Antebraço Braço relaxado Braço fletido 9

Peitoral masculino Peitoral feminino Cintura

Abdômen Quadril Coxa proximal

Coxa medial Coxa distal Panturrilha

Figura 4: Perímetros corporais. Adaptado de Filho, 2003 e Carnaval, 1998.

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 coxa distal: com o avaliado em posição ortostática, com as pernas
levemente afastadas, coloca-se a fita 10 cm acima da borda superior
da patela, em um plano horizontal.
 panturrilha: com o avaliado em posição ortostática e as pernas
levemente afastadas, coloca-se a fita no plano horizontal, no ponto
de maior circunferência.

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Estudos recentes têm demonstrado que a simples medida da
circunferência da cintura é a maneira mais prática de se identificar a
gordura localizada na região abdominal.

Risco
Aumentado Muito aumentado
Sexo

Homem ≥ 94 ≥ 102

Mulher ≥ 80 ≥ 88

Tabela 1. Valores de normalidade de cintura e associação com morbidades decorrentes da obesidade,


segundo a OMS, 1997, citado por CECAN/RCO, 2003.

8. ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA

Este indicador estima a massa muscular, sendo mais apurado que a


circunferência muscular do braço e a área muscular do braço, pois a
primeira não desconta a medida óssea, e a segunda considera o braço como
uma circunferência perfeita, o que não é verdade. A desvantagem desta
medida é que ela ainda não foi validada para idosos e obesos.

9. ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO

Este indicador estima a massa de gordura do indivíduo, com base na


área do braço e da área muscular do braço corrigida.

10. COMPLEIÇÃO ÓSSEA OU OSSATURA

É determinação do tamanho da ossatura através da relação entre a


circunferência do pulso e a altura.

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11. DIÂMETROS ÓSSEOS

São medidas realizadas entre dois pontos ósseos, que podem ser
simétricos ou não, geralmente situados em planos perpendiculares ao eixo
longitudinal do corpo. São utilizadas quando se usa o modelo
tetracompartimental, para o cálculo do peso ósseo.

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Como fazer?

São feitos com paquímetro ou antropômetro, instrumento com


precisão de 1 cm. Ele não pode ficar frouxo, nem fazer pressão excessiva
sobre a pele. Os principais diâmetros a serem tomados em uma avaliação
nutricional são:
 diâmetro biestilóide rádio-ulnar (punho) – distância entre as apófises
estilóides do rádio e da ulna. O avaliado deverá estar de pé, com os
braços relaxados ao longo do corpo. Esta medida deve ser realizada
com o paquímetro paralelo ao solo e as hastes encaixadas no punho.
 diâmetro biepicôndilo femural (joelho) – distância entre as bardas
externas dos côndilos medial e lateral do fêmur. O avaliador deve
estar sentado com a perna e a coxa formando um ângulo de 90° e os
pés livres. As hastes do paquímetro são ajustadas à altura dos
côndilos em um ângulo de 45° em relação á articulação do joelho; os
côndilos são delimitados pelos dedos médios, enquanto os
indicadores controlam as hastes do paquímetro.

Punho Joelho

Figura 5: Diâmetros ósseos. Adaptado de Filho, 2003.

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12. DOBRAS CUTÂNEAS

É a dobra formada por uma camada dupla de pele e gordura


subcutânea medida com um caliper especial. Uma vez que a pele humana
tem somente 0,5 a 2 mm de espessura, a medida equivale basicamente à
quantidade de gordura subcutânea, sendo usada como indicador da
quantidade de gordura localizada naquela região do corpo (Forbes, 1999;
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Guedes & Guedes, 1998; Heymsfield, Baumgartner & Pan, 1999). A dobra é
a medida da espessura de duas camadas de pele e gordura subcutânea
adjacente.

Como fazer?

São feitas utilizando-se os chamados espessímetros, plicômetros,


compasso de dobras cutâneas ou adipômetros. Devido a erros comuns, as
medidas devem ser tomadas três vezes, em pontos alternados, excluindo-
se aquelas que apresentarem diferenças superiores a 5%. É feita então a
média das medidas e utilizado este valor final. No momento da avaliação a
pele do avaliado deve estar seca, preferencialmente sem cremes ou loções,
e o avaliador com as unhas aparadas e lixadas.

Procedimento:
 Identificar os pontos de referência.
 Demarcar os pontos de medida com caneta.
 Destacar a dobra cutânea utilizando os dedos polegar e indicador,
a aproximadamente 1 cm do local marcado. Entre o indicador e o
polegar deve haver uma distância entre 5 e 8 cm, para que as
pregas não sejam nem muito superficiais, nem muito profundas.
 Pinçar a dobra com o adipômetro no local marcado com caneta,
perpendicularmente à dobra feita com os dedos.
 Esperar aproximadamente 2 segundos e realizar a leitura.
 Retirar o compasso sem desfazer a dobra com os dedos.
 Desfazer a dobra com os dedos.

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A ocorrência de edema pode superestimar o valor da dobra cutânea,
por isto a tomada de medidas não deve ser feita, no período pré-menstrual,
menstrual ou após a realização de exercícios físicos. Todas as DC são
realizadas do lado direito.
As principais dobras a serem tomadas em uma avaliação são:

 triciptal: determinada paralelamente ao eixo longitudinal do braço, na


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fase posterior, sendo seu ponto exato de reparo a distância média
entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olécrano.
 peitoral: diferenciada entre os sexos, tomada na diagonal na metade
da distância entre linha axilar anterior e o mamilo , nos homens, e a
1/3 da distância da linha anterior e a mama nas mulheres.
 subescapular: obtida obliquamente ao eixo longitudinal seguindo a
orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois cm abaixo do
ângulo inferior da escápula
 axilar média: medida obliquamente, acompanhando o sentido dos
arcos intercostais. Sua localização é no ponto de intersecção da linha
média com uma linha imaginária horizontal que passaria pelo
apêndice xifóide. O avaliado deverá deslocar o braço direito para trás,
facilitando o manuseio do compasso.
 supra-ilíaca: o avaliado afasta levemente o braço direito para trás
procurando não influenciar o avaliador na obtenção da medida. Esta
dobra é individualizada também no sentido oblíquo a dois cm acima
da crista ilíaca ântero-superior na altura da linha axilar média.
 abdominal: determinada paralelamente ao eixo longitudinal do corpo,
aproximadamente a dois cm à direita da borda lateral da cicatriz
umbilical.
 coxa: determinada paralelamente ao eixo longitudinal da perna sobre
o músculo do reto femural a metade da distância do ligamento
inguinal e o bardo superior da patela.

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Triciptal Subescapular Peitoral masculino Peitoral feminino

Axilar média Abdominal Suprailíaca Coxa

Figura 6: Dobras cutâneas. Adaptado de Filho, 2003.

Indivíduos obesos ou com dobras iguais ou superiores a 42 mm não


devem ser avaliados por dobras cutâneas, pois o método não é indicado
para este grupo.

13. PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL

Percentual de gordura corporal (%GC) é a proporção de gordura


corporal em relação ao peso corporal total. Permite, em conjunto com o
peso corporal, determinar o peso de gordura total de um indivíduo
(McArdle, Katch & Katch, 2001). Ao estabelecer um %GC desejado,
conhece-se qual peso o indivíduo teria se modificasse apenas a massa
gorda e mantivesse sua massa magra intacta.

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14. COMPOSIÇÃO CORPORAL

O corpo humano pode ser separado em dois grupos: massa gorda


(gordura corporal) e massa magra. Extraindo a gordura do indivíduo, tudo o
que sobra é a massa magra. Esta divisão didática é conhecida como modelo
bicompartimental.
A massa magra, por sua vez, é composta pela massa óssea, massa
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muscular e massa residual. A divisão corporal em quatro compartimentos
(gordo, muscular, ósseo e residual) é didaticamente conhecida como
modelo tetracompartimental.
O peso ósseo é calculado a partir da equação de Von Doblen, a partir
da estatura e diâmetros ósseos. O peso residual é definido por uma relação
proposta por Wurch. O peso muscular é dado pela diferença entre o peso
total e os componentes residual, ósseo e de gordura.
Para o cálculo da composição corporal e dos indicadores descritos
neste documento, sugerimos a utilização do Sistema Nutrição em Foco, no
endereço http://www.sistemanef.com.br.

Bom trabalho!
Nut. Esp. Juliana Tolêdo de Faria
CRN-1:1919

Contato:
Blog: http://www.julianatoledodefaria.com.br
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Twitter: @jutoledo

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1. CENTRO COLABORADOR EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DA REGIÃO


CENTRO-OESTE (CECAN/RCO). Antropometria: manual de técnicas e
procedimentos. Goiânia: 2003. 2. ed. 61 p.

2. FILHO, J.F. A Prática da Avaliação Física. Rio de Janeiro: Editora Shape,


1999.
16
3. FORBES, G.B. Body composition: influence of nutrition, physical activity,
growth, and aging. In: SHILS, M. E., et al. Modern nutrition in health and
disease. 9. ed. Willians & Wilkins, 1999. p. 789-809.

4. GIBSON, R.S. Principles of nutritional assessment. New York: Oxford, 1990.


691 p.

5. GUEDES DE VASCONCELOS, F.A. Avaliação nutricional de coletividades. 2.


ed. Florianópolis: UFSC, 1995. 146 p. Cap. 1: Introdução ao estudo dos
indicadores do estado nutricional de coletividades.

6. GUEDES, D.P., GUEDES, J.E.R.P. Controle do peso corporal: composição


corporal, atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf, 1998. 311 p. Cap.
3: Composição corporal: princípios, técnicas e aplicações.

7. HEYWARD, V.H.; STOLARCZYK,L.M. Avaliação da Composição Corporal


Aplicada. São Paulo: Editora Manole, 2000.

8. KAZAPI, I.M., et al. Estado nutricional de atletas nadadores de Florianópolis.


Revista de Ciências da Saúde, 13(1-2):28-34, jan./jun. 1994.

9. LOHMAN, T.G.; ROCHE, A.F.; MARTORELL, R. Anthropometric


Standardization Reference Manual. USA: Braun-Brumfield, 1988.

10. MARTINS, C. Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico. V.1. Curitiba:


Nutroclínica, 2008. 485 p.

11. MCARDLE, W., KATCH, F.I., KATCH, V.L. Nutrição para o desporto e o
exercício. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

12. NUTRIÇÃO EM FOCO. Sistema de Avaliação e prescrição nutricional. Versão


2.0. Disponível em <http://www.sistemanef.com.br>.

Guia Prático de Antropometria


13. ROCHA, P.E.C.P. Medidas e Avaliação em Ciências do Esporte. 3. ed. rev.
atual. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

14. SILVA, M. R., NAVES, M. M V. Manual de nutrição e dietética. Goiânia,


Editora da UFG, 1999. 173 p. Cap. 1: Estimativa do peso teórico e das
necessidades energéticas.

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Anexo 1. Pontos de corte das relações peso x estatura, peso x idade
e estatura x idade

Crianças:
Classificação do comprimento ou estatura em crianças
Valor para percentil Valor para Score Z Classificação
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Comprimento/ estatura muito baixa
para a idade
≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e < Escore-z Comprimento/estatura baixa para a
Percentil 3 -2 idade
≥ Percentil 3 e ≤ Percentil ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z Comprimento/estatura adequada
97 +2 para a idade
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> Percentil 97 > Escore-z +2 Comprimento/estatura elevada para
a idade
Fonte: OMS.

Classificação do peso para idade em crianças


Valor para percentil Valor para Score Z Classificação
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Peso muito baixo para a idade
≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e < Escore-z Peso baixo para a idade
Percentil 3 -2
≥ Percentil 3 e ≤ Percentil ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z Peso adequado para a idade
97 +2
> Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade
Fonte: OMS.

Classificação do peso para comprimento em crianças


Valor para percentil Valor para Score Z Classificação
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Peso muito baixo para o
comprimento
≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e < Escore-z Peso baixo para o comprimento
Percentil 3 -2
≥ Percentil 3 e ≤ Percentil ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z Peso adequado para o comprimento
97 +2
> Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para o comprimento
Fonte: OMS.

Classificação do IMC em crianças


Valor para percentil Valor para Score Z Classificação
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada
≥ Percentil 0,1 e < ≥ Escore-z -3 e < Escore-z Magreza
Percentil 3 -2
≥ Percentil 3 e ≤ Percentil ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z Peso adequado
85 +1
> Percentil 85 e ≤ Percentil > Escore-z +1 e ≤ Escore-z Risco de sobrepeso
97 +2
> Percentil 97 e ≤ Percentil > Escore-z +2 e ≤ Escore-z Sobrepeso
99 +3
> Percentil 99 > Escore +3 Obesidade
Fonte: OMS.

Adolescentes:
Classificação do IMC para adolescentes
Valor para percentil Valor para Score Z Classificação
< Percentil 3 < Escore-z -2 Baixo peso
≥ Percentil 3 e < Percentil ≥ Escore-z -2 e < Escore-z Peso adequado
85 +1
≥ Percentil 85 e < Percentil ≥ Escore-z +1 e < Escore-z Sobrepeso
97 +2
≥ Percentil 97 ≥ Escore-z +2 Obesidade
Fonte: OMS.

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Adultos:

Classificação do IMC para adultos

Valor Classificação do IMC


< 16,0 Magreza grau III
16,0 a 16,9 Magreza grau II
17,0 a 18,4 Magreza grau I
18,5 a 24,9 Normalidade
25,0 a 29,9 Excesso de peso
30,0 a 34,9 Obesidade grau I 19
35,0 a 39,9 Obesidade grau II
>= 40,0 Obesidade grau III
Fonte: OMS.

Idosos: 60 anos acima

Classificação do IMC para idosos

Valor Classificação do IMC


<= 22 Baixo peso
> 22 e < 27 Peso adequado
>= 27 Sobrepeso
Fonte: LIPSCHITZ (1994).

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