Você está na página 1de 3

QUESTÃO 1

Antes da reforma trabalhista, havia a súmula 444 do TST, que assegurava o pagamento em dobro em dias
de feriado para trabalhadores com a jornada de trabalho de doze horas por trinta e seis de descanso.
Entretanto, esta súmula foi revogada com a reforma trabalhista, que agora, de acordo com o artigo 59 §
1º, o pagamento mensal pactuada, abrange o pagamento do descanso semanal remunerado e pelo
descanso em feriados. Desta forma, não há mais o pagamento em dobro no dia trabalhado em feriado.
Portanto, o pagamento pro porteiro das horas do feriado, já estão abrangidas pela sua remuneração
mensal.

QUESTÃO 2

EXMO. SR. JUIZ DA 2ª VARA DO RIO DE JANEIRO

Autos do processo nº 1146-63.2019.5.18.0002

Hospital das Clínicas, pessoa jurídica , inscrita no CNPJ sob o nº ..., sediada na Rua ..., Número...,
Bairro..., Cidade..., nos autos da ação trabalhista que lhe move Amanda Sampaio, já qualificada,
vem, por meio de seu procurador infra-assinado (procuração anexa), respeitosamente, perante V.
Exa., apresentar CONTESTAÇÃO, nos termos a seguir.

I- Da prescrição Quinquenal

Em caso de condenação da Ré ao pagamento de alguma parcela, requere-se a prescrição quinquenal,


nos termos do art. 7, XIX, da Constituição Federal e artigo 11 da CLT, devendo ser declaradas prescritas
todas as parcelas referente ao período de 18/11/2007 a 12/12/2014 (cinco anos a contar da data do
ajuizamento da ação, ocorrida em 12/12/2019).

II- Da multa do artigo 477 da CLT

O pedido da multa do artigo 477 não merece ser procedente, sendo que a dispensa, mediante o aviso
prévio trabalhado, ocorreu em 15/07/2018 e a Ré depositou as verbas rescisórias na conta da autora no
dia 25/07/2018, conforme recibo em anexo, uma vez que o contrato findou-se apenas após o
cumprimento do aviso prévio trabalhado (15/07/2018), respeitando o prazo de dez dias contados a
partir do término do contrato, previsto no artigo 477, § 6 da CLT.

Desta forma, requer que seja julgado improcedente o pedido da autora, uma vez que a ré realizou o
pagamento das verbas rescisórias dentro do prazo legal.
III- Da obrigação de fazer

A autora requer a entrega de um relógio folheado a ouro, uma vez devidos ao completar 10 anos de
empresa, segundo regulamento interno da empresa. Entretanto, o regulamento ficou em vigor apenas
até fevereiro de 2007, quando foi revogado e substituído por novo regulamento que gratificava o
trabalhador com uma foto com a equipe. Tendo em vista que a autora foi contratada em novembro de
2007, ela não faz jus ao recebimento do relógio, pois o regulamento não estava mais em vigor (em anexo
cópia do regulamento vigente na época), conforme a súmula 51, I, do TST, que diz que: "As cláusulas
regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os
trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento".

Assim sendo, requer que o pedido da obrigação de fazer seja indeferido.

IV- Do intervalo intrajornada

Por fim, a autora requer o pagamento de hora extra por não ter tido pausa para descanso e alimentação.
Entretanto, a autora trabalhava de segunda a sexta feira de 15h às 19h, ou seja, 5 horas diárias, e
conforme o artigo 71 da CLT, o intervalo será devido quando a jornada de trabalho for superior a 4 horas,
e como vemos, não ocorre no presente caso.

Diante do exposto, requer que o presente pleito seja julgado improcedente, pois a autora trabalhava
apenas quatro horas diárias e não fazia jus ao intervalo para descanso e alimentação.

VI- Dos honorários advocatícios

O artigo 791-A da CLT estabelece que: "Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não
sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa."

Portanto, requer-se a condenação da autora ao pagamento de honorários advocatícios no importe de,


no mínimo 5% e no máximo de 15%.

VII- Conclusão

Diante do exposto, requer que todos os pedidos da autora seja julgados improcedentes, e que seja
condenada ao pagamento dos honorários advocatícios e das custas e despesas processuais. Entretanto,
caso a ré seja condenada ao pagamento de alguma parcela, requer que seja declarada a prescrição das
parcelas do período entre 18/11/2007 e 12/12/2014.
Requer a ré provar por todos os meio de provas admitidos em lei.

Nestes termos, pede deferimento

Local... Data...

Advogado...

OAB...

Endereço do advogado para intimação...

Você também pode gostar