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ÍNDICE
1
PILAR RODRIGUEZ DE MASSAGUER Crescimento microbiano e fatores que o afeta
2
PILAR RODRIGUEZ DE MASSAGUER Crescimento microbiano e fatores que o afeta
pH Aw
temperatura nutrientes
PO2 aditivos
antimicrobianos
2.1.1. Atividade da Água
3
PILAR RODRIGUEZ DE MASSAGUER Crescimento microbiano e fatores que o afeta
A B C
conteúdo
aquoso
isoterma crescimento
microbiano
4
5
Tabela 2 - Atividade da água, conteúdo da água e alterações microbianas de alguns alimentos
Limites de Aw Microrganismo inibido pelo valor menor Exemplos de alimentos com atividade de água
1,00-0,95 Bactérias Gram negativas, esporos bacterianos e Alimentos com aprox. 40% (p/p) de sacarose ou 7%
algumas leveduras (p/p) de NaCl, por exemplo, muitos embutidos
conhecidos
0,95-0,91 A maioria dos cocos, lactobacilos, células Alimentos com aprox. 55% (p/p) de sacarose ou 12%
vegetativas de Baciláceas e alguns fungos de NaCl, por exemplo presunto seco e queijo não
muito maturado
0,91-0,87 A maioria das leveduras Alimentos com aprox. 65% (p/p) de sacarose
(saturados), alimentos com 15% de NaCl, por
exemplo salame e queijo curado
0,87-0,80 A maioria dos fungos e S.aureus Farinha, arroz, legumes, etc, conteúdo 15-17% de
água, cake de frutas, leite condensado açucarado
(aprox. 0,83)
0,80-0,75 A maior parte das bactérias halófilas Alimentos com 26% de NaCl (saturados), por
exemplo salame genuíno húngaro curado, massa de
pão com 15-17% de água, compota e marmelada
0,75-0,65 Fungos xerofílicos Copos de aveia, com aprox. 10% de água
0,65-0,60 Leveduras osmofílicas Frutas desidratadas com 15-20% de água, caramelos
com 8% de água e mel
0,50 Valores de atividade de água que não permite Talharim, contendo aprox. 12% de água, especiarias
nenhum tipo de crescimento com 10% de água aprox.
0,40 Valores de atividade de água que não permite Ovo inteiro em pó com aprox. 5% de água
nenhum tipo de crescimento
0,30 Valores de atividade de água que não permite Bolachas, biscoitos torrados, casca de pão com 3-5%
nenhum tipo de crescimento de água
0,20 Valores de atividade de água que não permite Leite integral em pó com 2-3% de água, vegetais
nenhum tipo de crescimento desidratados com aprox. 5% de água e copos de
cereais com aprox. 5% de água
2.1.2. Acidez e Capacidade tamponante
pH 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Fungos
Leveduras
Bactérias acidolácticas
Staphilococcus aureus
Acetobacter spp.
Salmonella spp.
Escherichia coli
Y.enterocolitica
Cl.botulinum
B.cereus
V.parahaemolyticus
Cl.perfringens
Campylobacter spp.
Vibrio spp.
2.1.3. Potencial Redox (Eh)
2Cu + O2 2CuO
Uma substância que cede eletrons é um agente redutor e, por outro lado, uma
substância que capta eletrons é um agente oxidante.
A classificação em anaeróbio, aeróbio e facultativo se faz em relação ao Eh
crítico para crescer. Está relacionado com a capacidade maior ou menor de ganhar
ou perder eletrons. Quando o Eh é baixo os microrganismos anaeróbios crescem e os
aeróbio são inibidos. O ar possue uma tensão de oxigênio alta, porém, numa lata, em
seu espaço vazio a tensão de oxigênio é alta.
O Eh depende da capacidade intrínseca do alimento oxidar-se, da circulação
de substâncias oxidantes e redutoras e de seu pH. Exemplo de substâncias redutoras:
mercaptanas do grupo das proteínas, ácido ascórbico, açúcares redutores, etc.
Tabela 6
Alimento Eh (mV)
Leite +200 +340
Ovo (não fértil após 15 dias) +500
Carne de pescado cru +225
Trigo (grão inteiro) -320 -360
Fígado -200
O crescimento de certos microrganismos favorece o crescimento de outros e
inibe de alguns, alterando o potencial redox. Os vegetais, devido às substâncias
redutoras como ácido ascórbico, tem baixo podencial redox.
Tabela 7 - Potencial de Óxido-Redução
mv
Potencial 2H + 2e H2
+ -
-421
Conteúdo do intestino animal -350 -Mínimo para bactérias produtoras de metano
do intestino animal
Redutor Meio de carne moída -200
Pedaços de carne compacta e -100 -Mínimo para Desulfovibrio spp. (pH 7,2)
alguns queijos
Anaeróbico E0 da resarsurina a pH 6,7 -42
Igual conc. oxidante/redutor Zero
Potencial Tiras de azul de metileno +10
Oxidativo Carnes desossada +200
Aeróbico Sucos de frutas +400
½O2 + 2H + 2e H2O
+ -
+816
Redesenhado de Jay, 1992.
O Eh de um meio pode ser reduzido por subprodutos metabólicos dos
microrganismos, tal como o H2S, que pode fazer descer o Eh até -300mV.
2.1.4. Nutrientes
2.1.6. Estruturas
2.3.1.2. Mudanças de pH
2.3.1.4. Mudanças de AW
2.4. Antagonismos
Relações antagônicas entre microrganismos são frequentes. Os mecanismos são
similares ao sinergismo.
Competição pela utilização de nutrientes: velocidades de crescimento diferentes
fazem com que um grupo esgote os nutrientes críticos prejudicando outros no caso de
mesma família. Ex. Micrococcus podem inibir Staphilococcus no mesmo alimento
utilizando antes os nutrientes presentes.
As relações antagônicas tem enorme significado para saúde pública. A incidência
baixa de mortalidade por enterotoxinas de Staphilococcus se deve, em parte, a perda deste
microrganismo em competição com outros microrganismos, como as Pseudomonas,
Bacillus, Lactobacillus e Micrococcus. A tabela abaixo mostra os antagonismos mais
conhecidos:
Patogênicos Antagonistas
C.botulinum B.subtilis; S.lactis; Ps.aeroginosa; Enterobacteriaceae, cocos, lactobacilos
C.perfringens Cl.sporogenes; Streptococus (grupo D); lactobacilaceae
Salmonella E.coli; Pseudomona sp
S.aureus Aeromonas; Bacillus sp; Enterobacteriaceae, Lactobacillus; Pseudomonas;
Streeptococus; Staph.epidermides
2.4.1. Mudanças de pH
Mudanças de pH nos picles por bactérias láticas causam inibição das bactérias
gram negativas proteolíticas inicialmente predominantes. Os Leuconostoc de
crescimento rápido podem ser substituidos pelos lactobacilos que são da mesma
família, porém mais tolerantes aos ácidos, mesmo que seu efeito deteriorante seja
menor.
Jay, I.M. (1992). Microbiologia Moderna de los Alimentos. cáp. 3 pg. 45-70.
Mossel, D.A.A. & Garcia, M. (1985). Microbiologia de los Alimentos.
Fatores intrísecos e extrínsecos. pg. 54-92.
Mossel, D.A.A.; Corry, J.E.L.; Struijk, C.B. & Baird, R.M. (1995). Essentials of the
Microbiology of Foods. A Textbook for Advanced Studies. Wiley.
Pelczar & Reid. (1965). Microbiologia. Segunda edição. Vol. 1 . MacGraw Hill.