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também muda. Ou podemos prover a\ 111l··,III.I~ l'oll\l'qUCnclas para a conduta desejável
e ver se a nova substitui a antiga.
Esta é a essência da análise de I 1II1\11If(~llcillS: ídcnttflcar o comportamento e as
conseqüências; alterar as conseqüêm l.ts: ver se o comportamento muda. Análise de
contingências é um procedimento ativo, 11<10 uma especulação intelectual. É um tipo
de experimentação que acontece nâo apenas no laboratório, mas também no mundo
cotidiano. Analistas do comportamento eficientes estão sempre experimentando, sem-
pre analisando contingências, transfor mando-as e testando suas análises, observando
se o comportamento crítico mudou ... se a análise for correta, mudanças nas contingên-
cias mudarão a conduta; se for incorreta, a ausência de mudança comporta mental
demandará uma abordagem diferente.
(Sidman, 1995, p. 104-105).

o trecho acima expressa, com maestría. a essência da análise do comportamento:


identificar relações funcionais entre os comportamentos dos indivíduos e sua
conseqüências. Chamamos esse tipo identificação de relações de Análise Funcio-
nal (ou, como colocado por Sidrnan, de análise de contingências).
Apesar da precisão dos conceitos discutidos até o momento neste livro para
descrever o comportamento e seus deterrnínantes. caso não demonstremos sua
aplicabilidade na compreensão do comportamento, eles serão de pouca valia.
Uma reclamação muito comum dos alunos de Análise Experimental do Compor-
tamento é o questionamento: "Muito bonito, mas para que isso serve?". Sem
dúvida, acreditamos ser essa a forma mais útil de se descrever o comportamento;
caso contrário, não teríamos escrito este livro. Portanto, este é o momento de
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a conduta de qualquer pessoa. mesmo a nossa própria. a primei-
a fazer é: "O que ela fez?". o que significa dizer identificar o comportamen-
pergunta é: "O que aconteceu então?", o que significa dizer identificar
as conseqüências do comportamento. Certamente. mais do que conseqüências determi-
nam nossa conduta. mas as primeiras perguntas frequentemente hão de nos dar uma

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reforçamento
prática. Se quisermos mudar o comportamento.
- a relação entre o ato e a conseqüência
mudar a contingência
- pode ser a chave.
de

Muitas vezes gostaríamos de ver algumas pessoas em particular mudar para me-
lhor, mas nem sempre lemos controle sobre as conseqüências que são responsáveis
por sua conduta. Se o temos. podemos mudar as conseqüências e ver se a conduta
também muda. Ou podemos prover as mesmas conseqüências para a conduta desejável
e ver se a nova substitui a antiga.
Esta é a essência da análise de contingências: identificar o comportamento e as
conseqüências; alterar as conseqüências; ver se o comportamento muda. Análise de
contingências é um procedimento ativo. não uma especulação intelectual. É um tipo
de experimentação que acontece não apenas no laboratório, mas também no mundo
cotidiano. Analistas do comportamento eficientes estão sempre experimentando. sem-
pre analisando contingências. transformando-as e testando suas análises. observando
se o comportamento crítico mudou ... se a análise for correta. mudanças nas contingên-
cias mudarão a conduta: se for incorreta. a ausência de mudança comportamental
demandará uma abordagem diferente.
(Sidman. 1995. p. 104-105).

o trecho acima expressa. com maestría. a essência da análise do comportamento:


identificar relações funcionais entre os comportamentos dos indivíduos e sua
conseqüências. Chamamos esse tipo identificação de relações de Análise Funcío-
na] (ou, como colocado por Sidrnan. de análise de contingências).
Apesar da precisão dos conceitos discutidos até o momento neste livro para
descrever o comportamento e seus deterrninantes. CaSOnão demonstremos sua
apLicabiliclacle na compreensão do comportamento. eles serão de pouca valia.
Uma reclamação muito comum dos alunos de Análise Experimental do Compor-
tamento é o questionarnento: "Muito bonito, mas para que isso serve?". Sem
dúvida, acreditamos ser essa a forma mais útil de se descrever o comportamento;
caso contrário. não teríamos escrito este livro. Portanto, este é o momento de

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nam nossa conduta, mas as primeiras perguntas freqüentemente hão de nos dar uma

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reforçarnento - a relação entre o ato e a conseqüência - pode ser a chave.
Muitas vezes gostaríamos de ver algumas pessoas em particular mudar para me-
lhor, mas nem sempre temos controle sobre as conseqüências que são responsáveis
por sua conduta. Se o temos, podemos mudar as conseqüências e ver se a conduta
também muda. Ou podemos prover as mesmas conseqüências para a conduta desejável
e ver se a nova substitui a antiga.
Esta é a essência da análise de contingências: identificar o comportamento e as
conseqüências; alterar as conseqüências; ver se o comportamento muda. Análise de
contingências é um procedimento ativo, não uma especulação intelectual. É um tipo
de experimentação que acontece não apenas no laboratório, mas também no mundo
cotidiano. Analistas do comportamento eficientes estão sempre experimentando, sem-
pre analisando contingências, transformando-as e testando suas análises, observando
se o comportamento crítico mudou ... se a análise for correta, mudanças nas contingên-
cias mudarão a conduta; se for incorreta, a ausência de mudança componamental
demandará uma abordagem diferente.
(Sidman, 1995, p. 104-105).

o trecho acima expressa, com maestría, a essência da análise do comportamento:


identificar relações funcionais entre os comportamentos dos indivíduos e sua
conseqüências. Chamamos esse tipo identificação de relações de Análise Funcio-
nal (ou, como colocado por Sidman, de análise de contingências).
Apesar da precisão dos conceitos discutidos até o momento neste livro para
descrever o comportamento e seus deterrninantes. caso não demonstremos sua
aplicabilidade na compreensão do comportamento, eles serão de pouca valia.
Uma reclamação muito comum dos alunos de Análise Experimental do Compor-
tamento é o questionamento: "Muito bonito, mas para que isso serve?". Sem
dúvida, acreditamos ser essa a forma mais útil de se descrever o comportamento;
caso contrário, não teríamos escrito este livro. Portanto, este é o momento de
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apresentar a aplicabilldade dos princípios da análise do comportamento para causas de outros comportamentos). Portanto, se quisermos explicar, precpzer e
lidar com ele em seu estado natural. controlar o comportamento, precisamos analisá-Io funcionalmente, buscando
no ambiente externo e interno os seus determínantes.
Analisar o comportamento funcionalmente refere-se a uma busca da função
do comportamento, e não de sua estrutura ou forma (isto é, topografia). Compor-
Análise funcional do comportamento tamentos de mesma topografia podem ter funções muito distintas. Por exemplo.
Os eixos fundamentais de uma análise funcional são os paradigmas respondente um namorado dizer "eu te amo" pode ser determinado por diferentes variáveis
e, principalmente, o operante. A análise funcional nada mais é do que a busca no início e no final do namoro. Em geral. no início do namoro, ele pode dizer "eu
dos de terminantes da ocorrência do comportamento. Sob uma perspectiva beha. te amo" sob controle díscrirninativo de seus estados internos e de quanto a presen-
viorista radical, esses de terminantes estão na interação do organismo com o ça da namorada é reforçadora. Por outro lado, com o desgaste da relação, a presen-
meio. Skinner defende a existência de três níveis de causalidade do comporta- ça da namorada não é mais tão reforçadora assim, nem é acompanhada dos
mento, que, em maior ou menor medida, estarão sempre atuando em confluência estados internos citados. Entretanto, caso o namorado pare de dizer que a ama,
na ocorrência ou não de uma resposta de um comportamento. São eles: a) Filo- ela começará a chorar, brigar, fazer chantagem emocional. etc., eventos que certa-
gênese - a nossa interaçáo com o meio advérn da evolução de nossa espécie. mente são aversivos para o namorado. Ele, nesse caso, pode dizer que J. ama,
Nossas características fisiológicas e alguns traços comporta mentais (comporta- não sob controle dos estímulos antecedentes, mas sob controle das conseqüências
mentos reflexos e padrões fixos de ação) são determinados pela fllogênese. Nes- aversivas com as quais entrará em contato caso não diga o que sua namorada
se sentido, certos comportamentos podem ser aprendidos por humanos, outros quer ouvir. Sendo assim, o "dizer que ama" passa a ser controlado pela conseqüên-
não (como respirar embaixo d'água, por exemplo). Além disso, de terminantes cia reforçadora negativa, mesmo tendo a mesma topografia da resposta anterior-
Iilogenéticos podem se dar no indivíduo, e não apenas na espécie. Pessoas altas mente analisada. Ainda temos o caso do namorado que diz que ama como forma
podem aprender certos comportamentos que pessoas baixas provavelmente não de apressar o ingresso na vida sexual do casal. Em resumo: temos a emissão de
aprenderiam (como enterrar uma bola de basquete na cesta), ou mesmo o contrá- uma mesma topografia de resposta com funções bem distintas. l
rio (dificilmente alguém de L 90 m conseguiria aprender o duplo mortal carpado Ainda temos os casos das respostas que possuem topografias bem distintas,
da Dayane dos Santos). b) Ontogênese individual-esse nível de análise aborda mas que apresentam funções semelhantes. Um exemplo muito interessante é
a modificação do comportamento pela interação direta com o meio durante a observado quando namorados emitem as respostas "não quero mais namorá-
vida do organismo. Em outras palavras, trata-se da aprendizagem por experiên- Ia" e "Eu te amo, te adoro, não quero te perder. mas, por favor, mude o seu jeito
cias individuais com o meio. Na realidade, Skinner defende que esse seria o comigo porque eu não agüento mais". Essas respostas, em topografia, são bem
nível de análise ao qual a psicologia deveria concentrar os seus esforços, uma diferentes. Uma parece demonstrar que o namorado não gosta mais de sua namo-
vez que são os determinantes do comportamento mais relacionados à subjetivida- rada, enquanto a segunda expressa justamente o contrário. Entretanto, tais res-
de e à individualidade de cada ser. Ao observarmos os campos de atuação do postas podem possuir a mesma função: ambas são mantidas pela mudança no
psicólogo, veremos que eles estão constantemente manipulando os de terminantes comportamento da namorada. Com efeito, é muito comum observarmos namora-
onrogenétícos do comportamento. Na ontogênese, o comportamento é modificado dos que, ao estarem insatisfeitos com sua relação, não possuem repertório para
pelas suas conseqüências, ou seja, dependendo da conseqüência de uma resposta, discuti-Ia com a parceira. Nesse caso, emitem a resposta verbal "não quero mais
essa tende ou não a se repetir. c) Ontogênese Sociocultural - por fim, o nosso namorar você", quando, na realidade, serão reforçados pela mudança no com-
comportamento será determinado por variáveis grupais. como moda, estilo de portamento da namorada, e não com o término do namoro, conforme especifi-
vida, preconceitos, valores, etc, Nosso contato com a cultura estabelecerá a função cado pela topografia de sua resposta. Em geral. são reforçados, pelo menos por
reforçadora ou aversíva da maioria dos eventos. Além disso, podemos aprender algum tempo. Isto é, a namorada, para não perdê-to. começa a agir de forma que
pela observação de modelos ou por instruções. o que compreende a aprendizagem o agrade; entretanto, com o tempo, é provável que os padrões comportamentais
social responsável pela emissão de grande parte dos comportamentos humanos. que incomodam o namorado retomem (nesse exemplos, é óbvio que as análises
"111: Segundo Skinner, se realmente insistirmos em utilizar a palavra "causa" em feitas para o namorado valem também para a namorada). Chamamos dê asser-
I!; psicologia, devemos levar em consideração os três níveis de análise do comporta- rivos os namorados que conseguem emitir a segunda resposta verbal nessas mes-
111 mento. Mas um ponto que deve ficar claro na abordagem cornportarnental radical mas circunstâncias. Ou seja, se o reforço é a mudança, o ideal é o namorado
da determinação do comportamento é a sua ênfase na relação de troca do organis- emitir uma resposta que especifique a mudança como reforço. Em suma, temos
mo com o ambiente. Skinner negou com veemência a atribuição de causa do respostas verbais de topografias distintas que possuem a mesma função, ou seja,
comportamento aos eventos mentais hipotéticos, como traços de personalidade, são determinadas pelas mesmas variáveis.
emoções, vontade, desejo, impulso, etc. (esses dizem respeito aos comportamen- Com esses exemplos (hipotéticos), tentamos demonstrar que uma análise do
tos e devem ser explicados em seu próprio direito, e não serem colocados como comportamento deve ser funcional. e não topográfica. Não encontraremos na
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estrutura do comportamento, na sua forma, e sim em sua função, seus detern-j. estímulo conseqüente. ou seja,
nantes. E é exatamente isso que faz uma análise funcional: buscar relações fun- aquele produzido pela resposta.
cionais entre o comportamento e o ambiente, buscar as funções do compona. A função do estímulo anteceden- Controlar comportamento quer dizer apenas tor-
mente. te no comportamento operante nar sua ocorrência mais ou menos provável. Não
A interação funcional do comportamento com o seu ambiente será descrita advérn da sua relação com a con- significa, necessariamente, obrigar alguém a
em conformidade com os paradigmas respondente e operante, São eles: seqüência, sinalizando para o or- fazer algo contra sua vontade. Quando você
ganismo que se comporta a dis- faz uma pergunta, está controlando comportamen-
ponibilidade ou não da conse- to; quando pára diante de um! cruzamento, seu
· qüência. comportamento está sendo cOfjtrolado. O tempo

S-+R
s -+ R A tarefa. em uma análise Iun- todo estamos controlando o comportamento dos
o cisco elicia o lacrimejar · cional. consiste basicamente em outros e os outros estão controlando o nosso. A
encaixar o comportamento em Análise do Comportamento busca simplesmente
: um dos paradigmas e encontrar entender melhor como funcionam essas relações
os seus determinantes. Uma vez de controle (relações funcionais).
onde o S simboliza o estímulo, o R, a resposta, e a seta significa a relação de · que encontremos os deterrni- I
eliciação entre o estímulo e a resposta. Em outras palavras, o estímulo S elicia a nantes do comportamento, po-
resposta R. Podemos exemplificar esse paradigma com o cisco no olho sendo o demos prediz ê-Io (prever a sua
estímulo $ que elicia a resposta R de lacrimejar.
ocorrência) e controlá-Ia (au-
Estudar a relação entre um cisco no olho e lacrimejar talvez não seja muito mentar ou diminuir deliberadamente sua probabilidade de ocorrência). Esse é o
de seu interesse, mas, provavelmente, estudar os aspectos emocionais do compor- objetivo da psicologia encarada como ciência do comportamento ou mesmo Aná-
tamento humano é. Compreender os comportamentos respondentes. e saber
lise do Comportamento.
identificá-Ios, é fundamental para o psicólogo entender como funcionam as Entretanto, para que consigamos analisar funcionalmente o comportamento .
emoções e os sentimentos. Para relembrar como reflexos, ou comportamentos . precisaremos dominar outros princípios comportamentais discutidos neste livro.
respondentes. estão relacionados às emoções, releia os Capítulos 1 e 2. como privação e saciação. esquemas de reforçamento, generalização, abstração,
O segundo paradigma comporta mental e o principal que deve ser considerado controle aversivo, etc., e conceitos que não são abordados. como controle por
em uma análise comporta mental é o paradigma operante, cujo principal ponto regras, aprendizagem por observação de modelos, metacontingências. comporta-
refere-se ao papel que as conseqüências desempenham na aprendizagem e na mento verbal. etc,
manutenção do comportamento. Outro ponto fundamental a se destacar é o de que a apresentação separada
dos paradigmas operante e respondenre é apenas didática. Uma análise mais
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'lÇe!!1.P!,9. . compreensiva do comportamento revelará que ambos estão em constante ínte-
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ração. e precisamos descrever como se dá essa interação se quisermos lidar com
SA _ R SC
SA R -+ SC
-+ o comportamento de uma forma mais abrangente.
vitória do serve de pedir o carro produz empréstimo Por fim, uma discussão que não pode ficar de fora de uma análise funcional
Flamengo ocasião para emprestado do carro
gira em torno da relevância de se incluir a história de reforçamento. Diversos
autores em análise do comportamento defendem a irrelevância de se abordar a
história de reforçamento ao se conduzir uma análise funcional. uma :vez que
onde o SAsimboliza a ocasião em que a resposta R ocorre, SCsimboliza o estímulo para um comportamento estar ocorrendo. é necessário que existam contingências
conseqüente à resposta, o travessão (-) signi fica serve de ocasião e a seta (--7) atuais que o mantenham. Seria possível identificar a contingência atualfe modi-
significa produz. Portanto, essa relação de contingência pode ser formulada por ficá-Ia sem fazer menção à história de estabelecimento desse comportamento.
extenso da seguinte forma: uma resposta R produzirá um determinado estímulo Entretanto. outros autores defendem a relevância de se abordar a história de
conseqüente (Se) na presença da ocasião S". Por exemplo, a resposta de pedir o reforçamento. Em primeiro lugar. a história de estabelecin1ento do compdnamen-
carro emprestado para o pai flamenguista será reforçada com o empréstimo do to pode nos fornecer dicas de quais contingências atuais são responsáveis por
carro na presença da vitória do Flamengo. sua manutenção. Além disso. temos casos em que apenas as contingências atuais
É importante notar que, no comportamento respondente o principal deter- não são capazes de explicar um padrão comportamental em uma análise mais
minante do comportamento é o estímulo antecedente, isto é. o que vem antes ampla. Um exemplo clássico disso envolve o subproduto da punição chamado
da resposta, enquanto. no comportamento operarite. o principal deterrninante é o de respostas incompatíveis. As respostas incompatíveis são negativamerite refor-
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çadas por evitar que um comportamento anteriormente punido seja emitido.
Esse tipo de comportamento, claramente determinado por contingências prévias,
impede o contato com as contingências atuais e, por conseguinte, impede que
elas exerçam o controle sobre o comportamento. APIt"IlIlIIIÇ,'Q
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11111
iI',lhl1l110
Por exemplo, um rapaz que apaga os números til: telefones de muLheres que
RCllrtido
011ovltIIÇ"O
1I1111nl
conheceu em danceterias pode estar emitindo uma resposta incompatível. Diga- estimulo
mos que, ao namorar uma mulher que conheceu 1.:111 uma danceteria, ele fora
traído e sofrera muito, Desde então, ele pode até trocar telefone com as mulhe-
res que conhece em tais lugares, mas apagn os números depois, como forma de
impedir que uma relação se estabeleça. DI.: [,HO, apagar os números de telefone
é uma resposta incompatível ao impedir que um comportamento punido no
passado ocorra. Entretanto, muitas dessas mulheres talvez não o traíssem em
uma relação estável. Em outras palavras, as contingências atuais de namorar
algumas dessas mulheres seriam de reforço, e não de punição, mas não exercem
controle sobre o comportamento, pois a história de punição estabeleceu a resposta
incompatível de apagar o número dos telefones, que é incompatível
à exposição às contingências atuais. Se Sl111, houve cxtinçâo operante.
Como visto em capítulos anteriores, o comportamento pode pro- Se não. houve uma punição.
duzir vários tipos de conseqüências diferentes. Vimos que os diferen- a. Um csumulo foi acrescentado ou retirado do ambiente?
tes tipos de conseqüências produzem diferentes efeitos no comporta- i. SI.:rol acrescentado, trata-se de uma punição positiva.
mento (Tabela 9.1). ll, SI.:rol retirado. trata-se de uma puniçâo negativa
Em tais relações (comportamento-conseqüência) está a explica-
ção de por que os organismos fazem o que fazem e de como aprende-
ram a fazê-lo. Portanto, é crucial para o psicólogo conhecê-Ias e saber Análise funcional de um desempenho em laboratório
identificá-Ias, pois só assim, caso necessário, saberá desfazê-Ias. A
fim de identificar as relações, o psicólogo faz o que chamamos de No Cdphulo II (\Illm' () coutrclc avcrslvo). vimos um exempLo muito' teressante
análise funcional, que nada mais é do que a identificação das relações entre o de conu ,11'0IItlllÍl"cmtttdo por um rato. Nesse experimento, u ânirnal previa-
indivíduo e seu mundo, ou seja, é observar um comportamento e saber que tipo mente 1ll()(k'lddo ,1 receber comida ao pressionar uma barra ssa a receber cho-
de conseqüência ele produz (reforço positivo, punição negativa, etc.), Para iden- qlll'~ ('"wlllllflL'IIII'\,I esse mesmo comportamento. O asp o curioso desse proce-
tificar estas relações você deve seguir os seguintes passos: dlmcnto é () de que o alirncruo permanece sendo dis nibilizado com a resposta
de 1)1L'~s,1() rt b\Hrn, l11eS1110 com a liberação do oque. Temos ,aí uma situação
• A conseqüência do comportamento aumentou ou diminuiu sua frt'qü0nd,,? !."\lllm,lde cou fIito. Ou seja, a resposta de pr ão à barra possui duas conseqüên-
l. Caso tenha aumentado, então verifica-se se: tI,I~; lima rdorçadora positiva (aprese ção do alimento) e outra punitiva posi-
a. Um estímulo foi acrescentado ou retirado do amblcntc, Ilv,l (apresentação do choque). O ecto curioso nessa situação
Se foi acrescentado, a couscqüêncla é um reforço posltlvo. resulta no seu valor heurístico.! o é, nos deparamos com diversas
Se foi retirado, a conscqüêncl, é UI1\reforço negativo, conungências conflitantes nosso cotidiano. Como acender u:m
a. O csurnulo estava presente ou ausente 110morncruo em que cigarro, por exemplo: ent mos em contato com o efeito reforçador
(J rnruportauu-nto foi cmludo? da droga ao fumar (ref çador para quem fuma, é claro). Entretan-
I. St' ('\I,IV" pll'~l'IIIl', li,ll<i 'w de um comportamento de to. diversos outros stímulos aversivos são contingentes a esse
1'11):,1, cumportamento, omo bem advertem os dizeres dos maços de ~i-
11. Se 1'\t,IV,1"11\('111(',11,II,Ht' liI: 11111 comportamento de garro no Brasil: sem contar a namorada que deixa de beijá-Ia ~o
'Slllllv,l, vê-lo fum, :
O esp.erado nessa situação experimental seria o animal conti-
" SI' dlmlnulu, vcrtf'lca-vc SI.:: nua r pressionando a barra, comendo e recebendo choque, caso
() compcrtamcruo parou dt' punlu/Ir umo conscqüêncla reforça- sua intensidade fosse menor que o valor reforçador do alimentdO,
dora? ou o animal parar de pressionar a barra caso a intensidade do

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