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DIETOTERAPIA

ABORDAGEM AO PACIENTE
HOSPITALIZADO

1 Professora Esp. Náquia Franco


ABORDAGEM AO PACIENTE
HOSPITALIZADO
• Frente a estudos de mais de 20 anos demonstrando-se as consequências
da Desnutrição em pacientes hospitalizados, a Sociedade Brasileira de
Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE) realizou pesquisa multicêntrica
em hospitais da rede pública do país, atingindo 12 estados e o Distrito
Federal e envolvendo 4000 pacientes hospitalizados → Inquérito
Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI, 2001).

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ABORDAGEM AO PACIENTE
HOSPITALIZADO
12,6 51,9 IBRANUTRI, 2001

35,5

• Quase metade (48,1%) dos pacientes internados


apresentavam algum Grau de Desnutrição: cerca de
12,6%, Desnutrição Grave, e, 35,5%, Moderada.
• Houve alta prevalência de Desnutrição,
especialmente nas regiões Norte/Nordeste (43,8%
de Desnutridos Moderada e 20,1% de Desnutridos
Grave).
• Pacientes Desnutridos correlacionam-se com um
maior tempo de internação (média de 13 dias).

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ABORDAGEM AO PACIENTE
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• Segundo o IBRANUTRI, 2001, dentre o conjunto de Fatores Contribuintes
para piora do Estado Nutricional temos: alta rotatividade de
colaboradores dos serviços de saúde, inexistência de Triagem
Nutricional, inexistência de acompanhamento da ingestão alimentar
ofertada, intervenção cirúrgica em pacientes Desnutridos sem Aporte
Nutricional adequado, uso prolongado de soro em pacientes com Dieta
Zero, ausência de Terapia Nutricional em estados hipermetabólicos, e,
retardo no início da Terapia Nutricional.

PIORA

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• Conceitos Básicos
• Sarcopenia → Perda de massa
muscular associada à dimi-
nuição da capacidade funcio-
nal.
• Caquexia → Síndrome multi-
fatorial caracterizada por per-
da importante de peso, de gor-
dura e de massa muscular
devido a um catabolismo pro-
téico provocado pela doença
de base.
• Desnutrição → Alterações orgânicas relacionadas à ingestão insuficiente de
nutrientes.
• DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR → Desnutrição + Caquexia = Requer Diagnóstico e
abordagens específicas.

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ABORDAGEM AO PACIENTE
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• Pacientes elitistas e idosos devem ser considerados Grupo de Risco.

• Cabe ressaltar que, quanto aos aspectos relacionados à doença, uma


maior atenção a resposta endócrino-metabólica, resposta imunológica e
alterações provocadas por esta quanto à utilização de nutrientes deve
acontecer. Assim como, efeitos colaterais indesejáveis, aumento do
catabolismo, aspectos psicológicos, falta de conhecimento e importância
por parte da Equipe Multidisciplinar, e, inexistência de Protocolos devem
ser levados em consideração. (IBANUTRI, 2001).

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CONSEQUÊNCIAS DA DESNUTRIÇÃO

– Compromete de praticamente todos os órgãos, e em


especial as células de alto tunover, como o sistema
hematológico e o trato gastrointestinal.
– Deve ser diagnosticada antes das alterações
antropométricas (o que não acontece na prática clínica)
→ Métodos de Triagem.

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• CONSEQUÊNCIAS DA DESNUTRIÇÃO
– Na prática clínica uma avaliação direcionada deve
ocorrer:
– Mucosa intestinal com funções alteradas
» Diarréia
» Perda de defesa (alterações das junções intercelulares,
do tecido linfoide da lâmina própria e redução da
camada de muco – rica em IgA)
– Procedimentos Cirúrgicos: marcada por processo de
cicatrização inadequado, úlceras por pressão, e,
complicações infecciosas e renais
– Perda de Massa Muscular: marcada pela redução da função
muscular esquelética e cardíaca

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• DIAGNÓSTICO PRECOCE → FUNDAMENTAL

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• DIAGNÓSTICO PRECOCE → FUNDAMENTAL
– Protocolos Institucionais devem estabelecer rotinas que
visem a qualidade do atendimento, e,
consequentemente, a segurança do paciente

• Manutenção de pacientes Eutróficos.


• Recuperação de pacientes Desnutridos.

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• DIAGNÓSTICO PRECOCE → FUNDAMENTAL

• Avaliação do Risco Nutricional (Métodos de Triagem)


• Nutritional RiskScreening 2002 – NRS, 2002
• MalnutritionUniversal Screening Too – MUST, 2003
• Mini Nutritional Assessment – MNA, 2004 (Idosos)
• Imperial Nutrition Screening System – INSYST, 2009
• Nutritional Risk Score – NRS, 1990

• Avaliação do Estado Nutricional


• Avaliação Subjetiva Global – ASG, década de 80 (já validada para
pacientes adultos oncológicos – Avaliação Subjetiva Global –
Produzida pelo Próprio Paciente – ASG-PPP)
RELEMBRANDO...
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• DIAGNÓSTICO PRECOCE → FUNDAMENTAL

RELEMBRANDO...
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• HUMANIZAÇÃO

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• HUMANIZAÇÃO

– QUANTO AO PROFISSIONAL DE SAÚDE → O mesmo deve ser capaz de


entender a si próprio e ao outro, ampliando tais conhecimentos na
forma de ação e tomando consciência dos valores e princípios que
norteiam a ação do cuidar.

– Respeitar o paciente é componente primordial no tocante aos


cuidados humanizados.

– Respeitar envolve ouvir o que o outro tem a dizer, ser tolerante,


atencioso e honesto, ou seja, entender a necessidade do
autoconhecimento para poder respeitar a si próprio e ao próximo.

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• DIETAS HOSPITALARES

• Quando da Prescrição da Dieta Hospitalar deve-se atentar


para → hábitos alimentares, culturais e nível sócio-econômico
do paciente; quadro clínico da patologia em questão; estado
atual do trato gastrointestinal; e, fornecimento de todos os
nutrientes necessários ao bem-estar do paciente.

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• DIETAS HOSPITALARES

– TIPOS → Líquida, Leve, Pastosa, Branda e Geral.

– Em função, principalmente, da fisiopatologia e


complicações (existentes ou potenciais), modificações
quanto a quantidade de gêneros alimentícios específicos,
tipos de nutrientes e textura devem ser considerados.

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• DIETAS HOSPITALARES (QUADRO RESUMO)

LÍQUIDA • Composta por alimentos de aspecto e consistência líquida no


seu estado natural ou que se liquefazem a temperatura
corporal; exige o mínimo de trabalho para a digestão; e, pode
ser restrita em alguns alimentos em função de seu uso
(líquida de prova e líquida sem resíduos – dietas modificadas
para realização de exames, e, pré e pós-operatórios)
• Hipocalórica, normoprotéica, hiperglicídica e hipolipídica,
incompleta nutricionalmente (vitaminas e minerais)

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• DIETAS HOSPITALARES (QUADRO RESUMO)
LEVE • Composta por alimentos de consistência líquida, semi-líquida e
pastosa, de fácil diluição, mastigação, deglutição e digestão. Muito
utilizada em pacientes com doenças na cavidade oral, faringe,
esôfago e intestino. Também pode ser restrita em alguns alimentos
em função de seu uso.
• Hipocalórica, normoprotéica, hiperglicídica e hipolipídica,
incompleta nutricionalmente (vitaminas e minerais)
PASTOSA • Composta por alimentos de aspecto e consistência líquida, semi-
líquida ou de purê, macios, proporcionando pouco esforço para
mastigação/deglutição; e, pode ser restrita em alguns alimentos em
função de seu uso. Indicada para casos de Disfagia, Insuficiência
Cardíaca ou Desconforto Respiratório.
• Hipocalórica, normoprotéica, hiperglicídica e hipolipídica,
incompleta nutricionalmente (vitaminas e minerais)

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• DIETAS HOSPITALARES (QUADRO RESUMO)
BRANDA • Composta por alimentos cozidos, com consistência
abrandada pelo calor. Muito utilizada em pacientes com
doenças gastrointestinais. Também pode ser restrita em
alguns alimentos em função de seu uso.
• Normocalórica, normoprotéica, hiperglicídica e
normolipídica.
GERAL • Consistência e fracionamento normal. Utilizada em
pacientes cuja doença e estado geral não exijam nenhuma
modificação na dieta.
• Normocalórica, normoprotéica, normorglicídica e
normolipídica.

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OBRIGADA!!

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