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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE CENTRO DE ECIÊNCIAS HUMANAS,


LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE
HISTÓRIA

Plano de trabalho: U m h é ro i mo l d a d o n o ve r b o e c ra va d o n o
b ro n ze .
Bolsista: João André Da silva júnior

FICHAMENTO - Prost.05

• Referência do texto:
PROST, Antoine. Os tempos da história. In: PROST, Antoine. Doze lições sobre a
história. Tradução: G.J. Teixeira. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008. cap.V. p. 95-
114.

• Breve biografia do autor:

Historiador da sociedade francesa do século xx,pesquisando sobre aspectos : grupos


sociais, instituições, mentalidades. Além disso, contribuiu decisivamente com a
evolução da história política contemporânea, especialmente por sua reflexão sobre as
palavras e a linguagem na política.

• Justificativa:

Em analisar e explicar o que diferencia a formulação da questão historica para a das


outras matérias ,como sociologia. (p.95)

• Objeto:

Sobre a analise do objeto de estudo que faz a questão historica ser diferente das outras
áreas de conhecimento, objeto este que é o tempo e como sua utilização deve estar
presente na formulação desta questão.(P.96)

• Objetivo (os):

Fazer uma introdução sobre a importância do tempo na historia e assim instruir o


historiador sobre a forma que o tempo deve ser utilizado em seu estudo. (p.107)

• Palavras-chave:

{Data;Tempo;Periodização}

• Fontes:
A fonte utilizada pelo autor se trata de bibliográficas,pois ele faz a citação de diversos
autores e não utiliza outras.(p.105)

• Metodologia:

O texto possui uma metodologia explicativa,pois além da exposição de ideias de outros


autores também ocorre uma análise destas citações onde ele usa como base para
construção de seus argumentos(p.105-106)

• Principais Conceitos:

"O tempo da história é,precisamente, o das coletividades, sociedades, Estados e


civilizações. Trata-se de um tempo que serve de referência comum aos membros de
um grupo."(p.96)

"O tempo da história não é o tempo físico,nem o tempo psicológico;[...] O tempo da


história não é uma unidade de medida [...] O tempo da história está incorporado, de
alguma forma, às questões, aos documentos e aos fatos; é a própria substância da
história." (p.96)

" o tempo não é o mesmo para todas as sociedades [...]."(p.97)

"[...] o tempo é fator de novidade, criador de surpresas. Ele é dotado de movimento e


tem um sentido.[...] ele permite fazer prognósticos. [...] prognóstico que avança do
presente para o futuro e se apóia no diagnóstico respaldado no passado para augurar
possíveis evoluções e avaliar suas probabilidades respectivas."(p.105)

"periodizar é,portanto, identificar rupturas, tomar partido em relação ao variável, datar


a mudança e fornecer-lhe uma primeira definição."(p.107)

• Principais Conclusões:

"O que distingue a questão do historiador, situando-a à parte, da questão formulada


pelo sociólogo ou pelo etnólogo é um aspecto que ainda não abordamos: sua
dimensão diacrônica." (p.95)

"A questão do historiador é formulada do presente em relação ao passado,


incidindo sobre as origens,evolução e ininerários no tempo, identificados através de
datas." (p.96)

"O tempo da história é,precisamente, o das coletividades, sociedades, Estados e


civilizações. Trata-se de um tempo que serve de referência comum aos membros de
um grupo."(p.96)

"O tempo da história não é uma unidade de medida: o historiador não se serve do
tempo para medir os reinados e compará-los entre si - essa operação não teria
qualquer sentido. O tempo da história está incorporado, de alguma forma, às
questões, aos documentos e aos fatos; é a própria substância da história."(p.96)

"Ao estudar os homens que vivem em sociedade [...], a história se serve de um tempo
social,ou seja, de referências temporais que são comuns aos membros da mesma
sociedade. No entanto,o tempo não é o mesmo para todas as sociedades [...]."(p.97)
"O tempo de nossa história está ordenado, ou seja, tem uma origem e um sentido.
Neste aspecto, ele desempenha uma primeira função, essencial, de colocar em
ordem, permitindo classificar os fatos e os acontecimentos de maneira coerente e
comum. Essa unificação fez-se com a chegada da era cristã, ou seja, nosso tempo
está organizado a partit de um acontecimento fundador que o unifica: o nascimento de
Cristo." (p.97)

"Duas razões relevantes explicam que a pluralidade desses tempos cíclicos tenha
vindo, finalmente, inserir-se no calendário único da era cristã. A primeiro refere-se à
vontade de encontrar uma concordância entre os diversos tempos, classificar os
reinados dos soberanos das diversas partes do mundo conhecido, unas em relação
aos outros: é a lenta tomada de consciência da unidade da humanidade, a
emergência da noção de história universal."(p.99)

"A aparição da era cristã respondeu a um segundo motivo: a necessidade de fazer


coincidir o calendário solar, herdado dos romanos, com o calendário lunar, oriundo do
judaísmo, e que organizava a vida litúrgica."(p.99)

na cristandade té o renascimento a mentalidade acerca do tempo se tratava de um


pensamento que tinha como visão um tempo estático,pois não esperava nada de
novo,salvo o final dos tempos,o retorno do Cristo,por exemplo em um quadro pintado
em 1529 onde não se pinta a data por ser considerada irrelevante.(p.100-101)

"[...] o tempo é fator de novidade, criador de surpresas. Ele é dotado de movimento e


tem um sentido.[...] ele permite fazer prognósticos. [...] prognóstico que avança do
presente para o futuro e se apóia no diagnóstico respaldado no passado para augurar
possíveis evoluções e avaliar suas probabilidades respectivas."(p.105)

"o tempo dos historiadores compartilha essas características com a da biografia


individual:cada qual pode reconstruir sua história pessoal,objetivá-la até certo
ponto,como remontar,relatando suas lembranças,[...] A diferença reside no
distanciamento, na objetivação. O tempo da memória, o da lembrança, nunca pode ser
inteiramente objetivado, colocado à distância, e esse aspecto fornece-lhe sua força: ele
revive com uma inevitável carga afetiva."(p.106)

"[...] fazer história é construir um objeto científico, historicizá-lo - de acordo com a


palabra utilizada por nossos colegas alemães; ora, acima de tudo, historicizá-lo
consiste em construir sua estrutura temporal, espaçada, manipulável, uma vez que,
entre as ciências sociais, a dimensão diacrônica é o próprio da história."(p.106)

"A primeira tarefa do historiador refere-se à cronologia: antes de mais nada, trata-se de
classificar os acontecimentos na ordem do tempo.[...] A segunda tarefa [...] é a
periodização.

"periodizar é,portanto, identificar rupturas, tomar partido em relação ao variável,datar a


mudança,e fornecer-lhe uma primeira definição.[...] O historiador, que sublinha uma
mudança ao definir a distinção entre os dois períodos,é obrigado a exprimir os
aspectos em que diferem. "(p.107)

" Os inconvenientes [...] em primeiro lugar, o confinamento do período em si mesmo


impede de apreender sua originalidade. Para compreender a religião romana, convém
sair do período romano.[..] Em segunda lugar, critica-se o período por criar uma
unidade fictícia entre elementos heterogêneos."(p.109-110)
"Desde o final do século XVII,o tempo que produz algo de novo é percebido como se
não o produzisse no mesmo ritmo em todos os setores.[...] No mesmo instante, nem
todos os elementos observados se encontram no mesmo estágio de evolução ou, para
afirmá-lo de forma paradoxal, utilizando o termo em seus dois sentidos: nem todos os
elementos contemporâneos são contemporâneos."(p.110)

"Na construção da história, vê-se a importância decisiva do trabalho sobre o tempo.[...]


trata-se de uma hierarquização dos fenômenos em função do ritmo da mudança de
cada um deles.[...] Além de se fazer a partir do tempo, a história é uma reflexão sobre
ele e sua fecundidade própria."(p.114)

• Comentário pessoal :

A análise e explicação sobre o tempo em sua utilização na história foi agregação muito
considerável de conhecimento em estes meus estudos iniciais. Dessa forma, sobre a
aproximação com minha pesquisa me faz questionar em que aspectos a vida do padre
João Maria serviu ou não para o avanço do tempo histórico do RN (Rio Grande do
Norte), seja no tempo social ou econômico.

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