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Mediação E Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) : Entre Pensamentos E Práticas Docentes
Mediação E Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) : Entre Pensamentos E Práticas Docentes
Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo conhecer o pensamento de acadêmicas do Curso de Pedagogia
acerca dos conceitos de mediação e zona de desenvolvimento proximal (ZDP), bem como, as
implicações pedagógicas decorrentes destes conceitos na organização do planejamento
pedagógico destas professoras. Os dados de pesquisa foram coletados através de entrevistas
semi-estruturadas, gravadas e posteriormente transcritas, realizadas com 27 acadêmicas do
Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Os resultados desta pesquisa
evidenciaram que de modo geral, o conceito de mediação é compreendido pelas professoras
como assessoramento, apoio, auxílio, orientação e intervenção pedagógica. Além disso, este
conceito é percebido como o cerne central do trabalho docente e assume as imagens de ponte,
caminho, elo e fio condutor, materializados na ação pedagógica do professor. O conceito de
ZDP é reconhecido como a esfera da “quase aprendizagem”, daquilo que está prestes a se
tornar aprendizagem efetivamente. Dentre as imagens mentais que acompanham estes
conceitos estão: um bebê que está na eminência de andar sozinho, os poucos metros que
restam antes de se romper a linha de chegada de uma corrida, o “click” que falta para que se
tenha um insigth. As atitudes decorrentes desses conceitos são de apoio pedagógico,
orientação, assessoria, problematização e oferta de situações significativas viabilizadoras da
aprendizagem. Os depoimentos docentes evidenciaram que os conceitos de mediação e ZDP
assumem papel explicativo e orientador no processo ensino-aprendizagem, contudo, a
organização do trabalho pedagógico a partir destes conceitos ainda se apresenta como desafio
a ser conquistado. Para as entrevistadas, a Teoria Histórico-Cultural oferece para a área
educacional um conjunto de conceitos e princípios que subsidiam as reflexões sobre o
processo ensino-aprendizagem e seus desdobramentos, dentre os quais estão os conceitos de
mediação e ZDP.
Introdução
O propósito central desta pesquisa foi conhecer as concepções sobre mediação e zona
de desenvolvimento proximal (ZDP) apresentadas por professoras matriculadas no Curso de
Pedagogia, bem como, suas considerações sobre a influência (ou não) destes conceitos no
planejamento, organização e efetivação da sua própria ação pedagógica. Adotou-se, como
ponto de origem e partida dessa investigação, o pressuposto de que toda ação pedagógica traz
no seu bojo, de forma consciente ou inconsciente, um conjunto de crenças e concepções
acerca dos elementos que constituem e/ou participam do fenômeno educativo. Deste modo, os
questionamentos que geraram esta pesquisa foram os seguintes: 1) os conceitos, idéias e
teorias estudadas/internalizadas ao longo do Curso de Pedagogia, que integram e participam
do conjunto de concepções educacionais presentes no imaginário de cada acadêmica, são
considerados e se fazem presentes no planejamento, organização e efetivação da sua prática
docente? 2) os conceitos de mediação e ZDP presentes no pensamento docente influenciam na
organização do seu trabalho pedagógico? 3) como esses conceitos são entendidos e explicados
pelas professoras?
O interesse pelo estudo da relação pensamento docente/prática pedagógica provém da
atividade como docente da disciplina Psicologia da Educação do referido curso, cuja ementa
contempla o estudo sobre o processo de desenvolvimento e aprendizagem do ser humano,
analisado sob diferentes abordagens teóricas. O cotidiano das relações estabelecidas em sala
de aula denunciava, a partir dos estudos, discussões, seminários e práticas avaliativas
realizadas no decorrer do ano letivo, o esforço empregado por diversas acadêmicas na tarefa
de construir e apropriar-se dos conhecimentos relativos ao processo de desenvolvimento e
aprendizagem do ser humano. E ainda, evidenciava a ansiedade e a preocupação das alunas,
especialmente aquelas que já atuavam como docentes, em compreender os fenômenos e
episódios educativos ocorridos na sua realidade escolar, a partir dos conhecimentos
construídos/internalizados ao longo de seus estudos, do mesmo modo que buscavam,
inversamente, materializar conceitos e princípios teóricos com a ilustração de cenas e
episódios vividos com seus alunos no contexto escolar.
Assim, o interesse pela relação pensamento docente/prática pedagógica motivou a
realização deste trabalho investigativo.
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“O caminho do objeto até a criança e desta até o objeto passa através da outra pessoa”
(L. S. Vygotsky)
Dentre as diversas contribuições que decorrem dos estudos realizados por Lev S.
Vygotsky destacamos, neste texto, os conceitos de mediação e zona de desenvolvimento
proximal (ZDP) e suas implicações no processo de desenvolvimento humano.
A teoria histórico-cultural de Vygotsky foi uma dentre tantas teorias que se
propuseram a estudar, entender e explicar a complexidade do desenvolvimento humano e, ao
fazê-lo, partiu do princípio de que o homem é um ser racional, que busca a todo momento
compreender os elementos que constituem sua realidade objetiva, atribuindo-lhes sentidos e
significados construídos a partir da vida em sociedade. Para Vygotsky, desde o instante em
que o sujeito nasce, passa a fazer parte de um mundo que foi histórica e culturalmente
construído e organizado pelas gerações que o precederam e, assim, partilha e incorpora modos
de agir, sentir e pensar próprios desta cultura. Para ele:
Ao apropriar-se dos elementos culturais que foram construídos pela humanidade, por
intermédio da interação, o sujeito utiliza-os como instrumentos (ferramentas) que lhe
permitem ampliar e refinar sua relação e seu entendimento sobre o mundo em que está
inserido. Desta forma, orientado e regulado pelo outro, o sujeito investe esforços na tarefa de
entender e dar sentido a objetos e fatos da sua realidade e, a partir desta dinâmica, passa a se
auto-regular, a ter domínio sobre suas ações e escolhas. O processo de interação e de
mediação assume, nesta perspectiva, papel e função primordial no desenvolvimento dos
indivíduos e na organização da vida em sociedade.
A mediação, núcleo teórico central da teoria vygotskyana, é considerada como “o
processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação deixa, então,
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de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento” (Oliveira, 1997, p.26). Esta autora
destaca que, na perspectiva vygotskyana, o elemento intermediário que intervém na relação da
criança com o meio é o outro sujeito, no caso, o mais experiente. A mediação, efetivada pelo
“outro” mais experiente, viabiliza uma ação mais significativa do sujeito sobre o objeto e,
desse modo, o indivíduo passa a transformar, dominar e internalizar conceitos, papéis e
funções sociais presentes na sua realidade. Assim, os processos de mediação viabilizam os
processos de aprendizagem.
Essas reflexões sobre o processo de mediação nos remetem ao conceito de zona de
desenvolvimento proximal (ZDP) postulado por Vygotsky, uma vez que os processos de
mediação, determinantes nas situações de aprendizagem, desempenham papel crucial neste
campo psicológico do desenvolvimento. A zona de desenvolvimento proximal é a distância
entre o nível de desenvolvimento real, constituído por funções já consolidadas pelo sujeito,
que lhe permitem realizar tarefas com autonomia, e o nível de desenvolvimento potencial,
caracterizado pelas funções que, segundo Vygotsky, estariam em estágio embrionário e não
amadurecidas (Vygotsky, 1989, p.97).
Vygotsky desenvolveu o conceito de zona de desenvolvimento proximal para discutir
e explicar a relação existente entre desenvolvimento e aprendizagem. Para ele, as situações de
aprendizagem vividas pelo sujeito e mediadas por sujeitos mais experientes geram mudanças
qualitativas e impulsionam o processo de desenvolvimento do indivíduo.
A concepção de Vygotsky sobre a relação desenvolvimento/aprendizagem se
apresenta como um convite irrecusável para a reflexão sobre o papel e a função das
aprendizagens escolares no processo de desenvolvimento dos alunos.
Desde o início deste texto foi afirmada, reiteradamente, a ideia de que o ser humano se
constitui a partir das trocas interpessoais e da vida em sociedade.
Lev S. Vygotsky destacou o papel determinante que as relações sociais desempenham
no processo de desenvolvimento das funções psicológicas superiores dos seres humanos.
Serge Moscovici, um dos principais representantes da Psicologia Social, também evidenciou
o papel e a influência do meio social na vida do homem, mas, neste caso, o destaque dado foi
para o processo de construção de representações sociais a partir dos significados e sentidos
presentes no contexto social e cultural em que vive o homem.
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Para Sadalla (1998), ao destacar a relação existente entre ações pedagógicas, crenças e
concepções docentes, afirma que as representações docentes incidem sobre a geração de
determinadas ações pedagógicas e seus desdobramentos. Ressalta que “a prática de sala de
aula não é simplesmente colocar em ação as instruções pensadas por outras pessoas. O
professor atua segundo sua sensibilidade e sua crença, sem ter, muitas vezes, suficiente
reflexão sobre suas ações nas práticas cotidianas de classe.” (Sadalla, 1998, p.29)
As pesquisas realizadas na área das representações sociais ressaltam a importância de
se efetivar estudos que busquem desvelar as relações existentes entre a ação de professores e
as suas crenças e concepções.
“Professores (na escola em que atua) são muitos, mas mediadores se contam nos dedos”
(sujeito 06)
“mediação é a participação de outro alguém, que no caso seria o professor, na relação que se dá entre o aluno
e os conteúdos... os conhecimentos que ele vai aprender. O professor é o elo de ligação entre o aluno e o
conhecimento”. (sujeito 01)
“o próprio nome fala: mediação é mediar uma ação... que ação seria esta: a da criança sobre o objeto que ela
está estudando, e quem é que media, que fica no meio desta ação: o professor...indicando, dando pistas,
sugerindo, corrigindo... a mediação é o coração do processo de aprendizagem do aluno”. (sujeito 09)
“a mediação é a grande tarefa do professor, porque é ele que é o mediador da relação aluno-conhecimento e
essa relação depende da qualidade dessa mediação... do trabalho do professor... do professor desafiar o
pensamento do aluno... fazer com que ele ache as respostas... fazer com que a criança pense, reflita, analise
possibilidades e diversas hipóteses de resolver um problema”. (sujeito 27)
“a mediação é relação que se dá entre o professor e cada um dos seus alunos no dia-a-dia da sala de aula, no
processo ensino-aprendizagem, na construção do conhecimento... se a mediação do professor dá liberdade para
o aluno perguntar, contar o que não entendeu e receber ajuda especial do professor, isso faz com que o aluno se
sinta mais seguro, melhore sua auto-estima, veja no professor uma pessoa que ele pode confiar e não tenha
medo... melhora as relações entre eles (professor e aluno) e entre os demais também.” (sujeito 14)
“mediar é, acima de tudo, assumir um compromisso de amor e de dedicação com cada um de seus alunimhos,
daqueles pequenininhos que estão sob sua responsabilidade naquele ano, o que não é fácil né, pois o professor
precisa assumir esse compromisso de dar o seu melhor, para que seus alunos aprendam...então o papel do
professor é fundamental. Ele é o farol que vai iluminar o caminho dos seus alunos. .” (sujeito 03)
“mediação... é o professor agir como ponte entre o aluno e a aprendizagem, ajudando, explicando, atendendo
cada aluno nas suas dificuldades específicas... de aprendizagem... de comportamento... até de relacionamento,
porque o professor não media só questões que envolvem conteúdos, mas também media as relações
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interpessoais que acontecem na sala de aula... os conflitos... colabora para que o relacionamento da sala de
aula melhore e isso interfere na aprendizagem dos alunos”. (sujeito 23)
“ aquilo que o aluno consegue fazer com a ajuda de alguém mais experiente” (sujeito 01, 02, 04,05, 08, 09, 12,
13, 16, 23, 26 e 27)
“ são as aprendizagens (do aluno) que são possíveis com o auxílio do professor, aquilo que a criança consegue
entender e realizar com a ajuda do professor... o que hoje ela faz com a ajuda do professor é o que ela estará
fazendo sozinha no dia de amanhã... é quando acontece o famoso “click” e a criança passa a commpreender
aquilo e a realizar aquela atividade por conta própria” (sujeito 06).
“é o espaço entre o nível real e o potencial... são as aprendizagens que estão prestes a se tornarem só do aluno,
quer dizer, aquilo que ele (o aluno) quase faz sozinho...é igual aquela criança que tá quase andando sozinha,
mas ainda precisa da mão e do apoio da mãe...amanhã ela estará andando sozinha” (sujeito 11)
A imagem de uma criança que está prestes a caminhar sozinha e o “click” que sugere
um insigth ou uma luz que se acende são as imagens mentais que acompanham o conceito de
ZDP apresentado pelos sujeitos 06 e 11).
Seis professoras registraram que sabiam que já haviam estudado sobre o assunto, mas
não lembravam mais deste conceito, conforme os exemplos abaixo:
“ai, professora, eu sei que a gente estudou isso no segundo (ano) de Pedagogia, mas eu não consigo me lembrar
agora”. (sujeito 21)
“Não me lembro direito (risos)...sei que tem relação com a aprendizagem do aluno” (sujeito 11)
“não dá pra levar em conta a ZDP dos alunos quando você tem trinta e duas crianças na sala pra alfabetizar...
isso exige atendimento individualizado ou em pequenos grupos... daí acaba sendo tudo igual pra todo mundo,
independente do nível de desenvolvimento cognitivo de cada aluno... é pena, né!” (sujeito 04)
“sei que o certo seria que eu trabalhasse em cima daquilo que os meus alunos ainda não conseguem fazer
sozinhos, trabalhar em cima da ZDP deles, porque ficar martelando conteúdos que eles já sabem fazer sozinhos
não traz aprendizagem, eles só ficam reforçando o que eles já sabem... mas pra isso você tem que trabalhar com
grupinhos de alunos, considerando as ZDPs e trabalhar com conteúdos em diferentes graus de exigência, de
dificuldade... eu não tenho conseguido! (sujeito 04)
“não é só o professor que tem que saber que os alunos não aprendem do mesmo jeito, no mesmo tempo, que tem
alunos com diferentes ritmos e diferentes níveis de aprendizagem... a direção da escola também tem que
acreditar nisso e apostar em turmas menores, senão não adianta saber disso tudo ( o professor) e não conseguir
dar conta do recado... é frustrante.” (sujeito 04)
“mas acho que eu posso me considerar uma professora mediadora, pois estou sempre passando pelas carteiras
e pondo perguntas na cabeça dos meus alunos... será que você não esqueceu nada aqui: não tá faltando uma
letrinha aqui.... qual letrinha você acha que vai aqui... Daí eu sento junto com ele, dou pistas, encorajo para que
ele fale o que tá pensando e, juntos, descobrimos como se escreve aquela palavra.” (sujeito 04)
“se o professor conhece o nível de desenvolvimento cognitivo do seu aluno sobre um determinado assunto, sabe
que ele consegue entender aquilo com a explicação e apoio do professor... que na verdade é uma aprendizagem
que está em ZDP... então ele (o professor) vai planejar atividades para este aluno voltadas para a ZDP, ou seja,
vai planejar atividades que o aluno consiga fazer com a ajuda do professor... nem vai propor coisas que estão
além, que são muito difíceis, nem vai ficar batendo naquilo que ele já sabe... mas é difícil.... não é sempre que
dá pra fazer isso... eu faço quase sempre, mas as vezes dou uma coisa igual pra todo mundo, independente do
nível de cada um ” (sujeito 06)
“o professor tem que ser mediador, né... tem que estar acompanhando de perto o raciocínio dos alunos, fazendo
perguntas, pedindo que ele explique de outro jeito e você mesmo tem que estar explicando também de outro
jeito... pra isso você tem que planejar, preparar todas as atividades antes, o que vai pra cada grupinho, de
acordo com a aprendizagem de cada um” (sujeito 27)
“eu consigo dar atividades que levam em consideração a ZDP dos alunos quando eu faço trabalho em grupo e
quando a auxiliar está na minha sala naquele dia, porque senão não dá. Eu analiso o nível de compreensão dos
alunos conforme a atividade, por exemplo, nas operações, daí eu trabalho com sistema de fichinhas e, conforme
o nível de domínio de cada um, eu dou uma fichinha diferente. Sempre estou apoiando os que estão trabalhando
em ZDP, porque eu sei que eles conseguem realizar aquela tarefa se eu estiver assessorando” (sujeito 08)
“o trabalho do professor não é resultado só daquilo que ele pensa, mas também das suas reais condições de
trabalho” (sujeito 01)
“é realizar um trabalho diferenciado, de qualidade, não fazer as coisas por fazer, mas pelo que elas vão trazer
para a aprendizagem dos alunos... é conhecer cada aluno, saber das dificuldades de cada um e atender cada
aluno naquilo que ele precisa, seu nível de aprendizagem...” (sujeito 02)
“é saber mediar a relação da criança com o conhecimento, para que a aprendizagem seja significativa”
(sujeito 03)
“é ser um bom professor, que sabe e domina o que faz... e ainda, ser carinhoso, amigo, responsável (sujeito 04)
“é, de fato, organizar o trabalho em sala de aula de tal forma que, realmente, faça com que os alunos
aprendam, que passem de um nível de conhecimento menor, em termos de qualidade, diga-se de passagem, para
um nível de conhecimento maior... o trabalho de qualidade é aquele que promove a aprendizagem dos alunos”
(sujeito 05)
“realizar um trabalho de qualidade é não aceitar mais passar uma tarde toda fazendo que seus alunos fiquem
cumprindo exercícios de livros e apostilas que devem estar preenchidas no final do ano, senão os pais virão
reclamar... é acreditar que as crianças podem muito mais do que nós adultos acreditamos que ela possa, e ela
pode, meu dia-a-dia me mostra isso o tempo todo, eu não paro de me surpreender com as conquistas dos meus
alunos... é fazer o teu melhor como professor, especialmente se você trabalha com crianças carentes, muitas
vezes sem mediadores em casa... e daí quem ela tem de mediador? neste ano, ela tem você (o professor) e
você!!!” (sujeito 18)
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Considerações finais
REFERÊNCIAS
SADALLA, Ana Maria Falcão de Aragão. Com a palavra, a professora: suas crenças, suas
ações. Campinas, SP: Alínea,1998.