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Aula 3 Transmissão serotonérgica – parte 4

A serotonina é um neurotrans.. do SNC; potente estimulante das vias de dor


e coceira.
Distribuição fisiológica da serotonina
10% dela está no SNC; 90% está no trato gastrointestinal, principalmente
nas células enterocromafins, e 10% nos neurônios.
Síntese de Serotonina
Semelhante à da dopamina. Começa pela captação do triptofano (a.a.
essencial), q é captado pela dieta, sofre ação da enzima triptofano-
hidroxilase, q transforma o triptofano em 5-hidroxi-triptofano, depois sofre
ação de uma descarboxilase, q a transforma em 5-hidroxi-triptamina, ou 5-
HT ou serotonina.
Depois a serotonina entra na vesícula sináptica por um transportador
vesicular (VMAT). Depois é liberada na fenda sináptica e atua em
diferentes receptores (mais de 15).
Receptores de serotonina: Todos são ligados a ptn G, todos são
metabotrópicos, exceto a 5-HT3, que é um receptor ionotrópico (é um canal
de Na+, sendo excitatório).
O receptor 5-HT1A está relacionado com a inibição da adenilil-ciclase; o 5-
HT2A e C estão ligados a fosfolipase C, IP3 e Ca2+, sendo excitatórios.
O 5-HT1A é inibitório e pré-sináptico, ele inibe a atividade dos neurônios
serotonérgicos, ele é um autorreceptor inibitório, quando ele está ativado,
ele inibe a transmissão serotonérgica.
Serotonina nas plaquetas
Ela induz a vasoconstrição dos vasos sanguíneos, aumentando a agregação
plaquetária, relacionada a hemostasia. A própria presença da serotonina
induz uma ligação plaquetária, chamado de serotonilação.
Serotonina no sistema cardiovascular
Esta relacionada com a vasoconstrição, aumento da frequencia cardíaca e
da contratibilidade, aumentando a atividade cardíaca.
Vasoconstrição esplanica renal e pulmonar; a serotonina amplifica ações
constritoras da noradrenalina, da angitecina 2 e da histamina.
Serotonina no trato gastrointestinal (entérico)
A serotonina atua com hormônio e como neurotrans.. O aumento da
concentração de serotonina leva a um quadro de diarreia; tmb está
relacionada com uma atividade protetora gástrica; relacionada com as vias
do vômito; relacionada com distúrbios gastrointestinais (náusea, doença
selíaca). Os antagonistas 5-HT3 são usados pra inibir náuseas e diarreia.
A microbiota intestinal, entra em contato com o alimento, e o triptofano da
dieta vai ser um mecanismo trófico pra microbiota produzir sinais e
estimular os neurônios sensoriais do SN entérico (céls enterocromafins),
que vai produzir serotonina, e ela vai atuar nos neurônios aferentes, que são
captados pelo SN simpático ou pelo parassimpático. Os sinais são captados
pelo cérebro e vai ter vários efeitos.
A serotonina atua na microbiota, e atua no intestino, e ele atua no SNC.
INTERAÇÕES CÉREBRO-INTESTINO-MICROBIOMA
Existe uma rede de neurônios de sinalização no intestino, a microbiota se
comunica com essa rede intestinal por meio de metabólitos e microbianos,
e mudanças modulam o comportamento microbiano. Ou seja, o q se come
interfere na microbiota, no intestino.
As conexões do intestino, do sistema nervoso entérico, são captados pelo
SN autônomo e chegam no encéfalo, e regula diferentes fatores, como a
reatividade ao stress, sono, humor...
E dps.. as funções cerebrais são enviadas novamente pelo SN autônomo e
pro intestino, pelo SN entérico, regulando a motilidade, secreção e
permeabilidade do SN entérico, interferindo na microbiota.
O q se come interfere na microbiota, no intestino e no encéfalo
(psicobióticos).
Serotonina no SNC
A serotonina é produzida em pequenos núcleos da região mediana do
encéfalo, chamada de núcleos da Rafe: o núcleo linear caudal, dorsal da
rafe e mediano da rafe. E mandam projeções prosencefálicas, e os núcleos
caudais que mandam projeções pra medula espinhal e tronco encefálico,
mandando projeções serotonérgicas pra todo o encéfalo e pra medula
espinhal.
Ela regula a temperatura, hipertermina; no apetite, em que a liberação de
serotonina no hipotálamo inibe a ingestão de alimento, enquanto q a
depleção de serotonina aumenta o ganho de peso, hiperfagia; a ativação do
receptor serotonérgico diminui o comportamento sexual, enquanto que a
inibição aumenta, o antidepressivo faz diminuir a libido.
A serotonina tmb esta relacionada com a enxaqueca, a liberação de
serotonina relacionada com os triptans (parecidas com o triptofano), sendo
usada no tratamento da enxaqueca pra levar a vasodilatação.
Depressão e monoaminas
Caracterizada pela psiquiatria como tristeza generalizada e desespero.
Hipótese monoaminérgica da depressão
Essa hipótese sugere que se tem níveis baixos de noradrenalina, dopamina,
adrenalina e serotonina no cérebro. A reserpina esgota as catecolaminas no
SNC, levando a sintomas depressivos. Os pacientes tmb tem níveis baixos
do metabólito de serotonina (5-HIAA).
As drogas usadas pra tratar a depressão, aumentam os níveis sinápticos de
dopamina, noradrenalina e serotonina.
Porém essa teoria tem algumas controvérsias, pq tem drogas pra tratar a
depressão como o bupropion, q não melhora a depressão; existe um tempo
de atraso pro fármaco fazer efeito; a depressão não envolve apenas as
monoaminas, envolve outros neurotrans.. como o glutamato.
Tratamentos pra depressão
FARMACOTERAPIA: inibidores da MAO; antidepressivos que são
receptadores de serotonina, outros de noradrenalina; e a ketamina tmb é
usada;
Terapia comportamental cognitiva;
Estimulação cerebral: do nervo vago.
Nos terminais noradrenérgicos e serotonérgicos, as drogas q atuam nesses
terminais, atuam sobre a inibição da recaptação da NOR e da serotonina;
Inibidores da recaptação seletiva de serotonina ou de NOR;
Inibidores da MAO, atuando sobre a serotonina ou sobre a noradrenalina;
A trazadona em altas doses pode inibir a recaptação de serotonina;
O efeito do medicamento antidrepressivo n é só aumentar a disponibilidade
de serotonina e noradrenalina na fenda sináptica, e sim os efeitos q esse
aumento vai determinar, provocando mecanismos celulares ativados,
ativando a ptn G, e outros processos intracelulares que dão um efeito
antidepressivo.
Formas de alterar a transmissão serotonérgica
Tem uma subst... q inibe a síntese da triptofano-hidroxilase, q é a
paraclofenilalamina, q bloqueia a transmissão serotonérgica;
Inibindo o transportador vesicular, se impede q o neurotrans.. entre na
vesícula, diminuindo a neurotransmissão;
A estimulação do autorreceptor inibe a neurotransmissão, inibindo a 5-
HT1A, se inibe a transmissão serotonérgica;
Também pode estimular diretamente os receptores serotonérgicos, no caso
o LSD q é um agonista parcial de serotonina;
Os inibidores da MAO inibem a degradação enzimática da serotonina;
E tmb pode inibir a recaptação da serotonina ou da noradrenalina
(antidepressivos).
Histamina
É uma monoamina que é produzida a partir da histidina, q sofre ação de
uma descarboxilase, dando origem a histamina. É liberada pelos
mastócitos, nas céls.. gástricas atuando na secreção gástrica.
Existem diferentes receptores histaminérgicos: H1, H2, H3 e H4, cada um
com uma função. O H1 está relacionado com a alergia, no SNC; o H2 está
relacionado com a função gástrica; o receptor H3 tem funções no SNC; e o
H4 tem funções inflamatórias.
Funções da histamina
O receptor H1 está relacionado com a imunidade;
O receptor H2 está relacionado com a secreção gástrica;
O receptor H3 e o H1 está relacionado com a função de vígilia do SNC.
O núcleo tuberomamilar do hipotálamo posterior tem funções de excitação,
controle da secreção do hormônio hipofisário. E essa via tmb promove
vigília. E é ativada por receptores H1 e H3. Se bloquear com antagonistas
do receptor H1 ou H3 se tem perda da vigília, ficando dormindo, com sono.
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