Você está na página 1de 31

É ou não é autista?

Revelando os sinais

Dr. Clay Brites, PhD.


Índice
● Definição dos principais sinais
● DSM-5 : “decifra-me ou te devoro”
● Fatores facilitadores e complicadores para o diagnóstico
● Escalas de triagem e escalas de diagnóstico
DEFINIÇÃO

- Transtorno de neurodesenvolvimento de início precoce


caracterizado por dificuldade de interação social, inabilidade/
déficit de comunicação social e presença de comportamentos
repetitivos e de interesses excessivamente restritos.
- 1% da população mundial; mais em meninos;1:51 nascimentos
CRITÉRIOS PARA O
DIAGNÓSTICO
(DSM-5)
Critério A
Dificuldades de interação e de comunicação
sociais (3 de 3)
Critério B
Comportamentos atípicos (2 de
4) Critério C
Início dos sintomas e aspectos evolutivos
Critério D
Nível de impacto na vida social
Dificuldades de interação e de comunicação sociais
CRITÉRIO A

A1) Déficits na reciprocidade socioemocional

A2) Déficits nos comportamentos não verbais de


comunicação social

A3) Déficit nos processos de desenvolver e manter


relacionamentos
Comportamentos atípicos : padrões repetitvos e restritos
CRITÉRIO B

B1) Fala, movimentos motores e uso de objetos


de forma estereotipada
B2)Adesão excessiva a rotinas/rituais verbais, não
verbais e resistência `a mudanças
B3) Interesses fixos e anormais em intensidade e
foco
B4) Hiper ou hiporreatividade sensorial `a
estímulos ou interesse excessivo
néstico do Transtorno do Espectro Autista
/EA)

• Observa$âo clfnica, desenvolvimental e comportamental


• Nâo depende de exames de sangue, imagem, genéticos ou de
testes laboratoriais
• Deve ser feito até os anos de vida
• Deve envolver famfiia, institui$âes de cuidados infantis,
profissionais nâo médicos e médicos especialistas
• Diagnéstico deve ser feito se pensando de forma dimensional e
e existe mesmo qua hâ “tra$os" transtorno
• Rastreamento ativo na puericultura : 18 e meses de vida
• Fatores de risco presentes na vida progenitores

pp „ j',
0"7 $310bd (iioe ‘a uiopoova «oz ‘xn/scin l
Idade Materna
htt wwwl.foIha.uol.com.br esaude/2019 em-2O-anos-
ravidez-a os-os-35-anos-cresce-65-no-
brasil.shtm l?utm source=newsIetter&utm medium=email&utm cam
aio n=newsfoIha

Folha de SP, 13.01.19


Idade da mâe
10 a 14 1S a 19 20 a 24 2S a 29 30 a 34 3S a 39 40 a 44 4S a 49 50 a S4 SS a S9
anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos
1 milhâo
5 93,1 r›iit
2017 Ao todo, o
800 mil numero de
431,1 mil
mulheres que
1998 deram a luz
600 depois dos 3S
337,7 mil
2017 anos subiu 65%
400 197,3 mi
1998

200 ns il
:‹ 98

0 em %

Variagâo,
-18,84 -34,78 -24,S4 -
1,60 37,55 71,18
S0,23 -4,84
‹s1,S9 153,33 ’’
ROCESSO IAG OSTICO

Rastreamento ativo + Fatores e Risco

SUSPEITA

• Pais e cuidadores CONFIRMA/AO


• Escola
• Centros infantis
• DSM-5 CAD-
• Pediatras
• Escalas
• Profissionais de diagnosticas
saude e :
educa$âo
• ADOS-2 ADD-R
• Escalas de triagem
Poucos sorrisos ou expressées
de entusiasmo até os 6m
Nenhum compartilhamento de Nenhuma palavra simples
sons e/ou sorrisos ( 9m !!
Auséncia de balbucio até 1
ano de vida
Auséncia de gestos
compartilhados até 1 ano DV
Ter um irmâo com autismo
Auséncia de aten$âo
compartilhada

Sinais de Alerta até 2 anos


até 16 meses
Auséncia na fala de frases
de aj:é 2 palavras com
signifjcado (ou sem imitar
ou repetir) até 2 anos
Regressâo ou perda de
linguagem ou habilidade
social em qualquer
idade
Comportamentos atfpicos

(Noguy, 2017) R TEA


Outros sinais peculiares ue devem chamar aten$âo !!!!!
• "Ele nâo fala ainda masjâ reconhece tetras e nñmeros!"

• "Eu tenho conversar com ele mas ele nâo olha para mim"

• "Vejo que quando vou almo$ar na casa da avé, ele nâo brinca nem se
interessa pelos primos. Ele quer sé ñcar brincando com um brinquedo"

• "Ele quer ñcar olhando somente para os movimentos dos brinquedos


e deita até no châo para isto. Fica ali por horas, se deixar..."

• "Ele falava de tudo e cumprimentava direitinho até J ano e meio e, de


repente, parou!"

• Ele tern 3 anos e ainda nâo fala quase nada e nâo sabe conversar mesmo
eu tentando”
TEA : problemas iagnéstico

• Ausfincia de marcador biolégico


• Dismitifica$âo do momento do diagnéstico
• Desenvolvimento normal anormal
• Pais descrentes ou temerosos
• Falta de conhecimento especializado
• Poucos preparados
• Ausfincia de politicas pfiblicas : protocolos e leis
na prâtica
• Falta de rastreamento ativo nas institui$âes e
consultérios
Podemos confundir mbém com:

• Fobia Social
• Transtorno de Déficit de Atengâo e
iperatividade (TDAH)
• Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)
• Transtornos de Linguagem
• Transtornos de Personalidade
• utismo Eletivo (Transtornos de Comunicagao
Social)
NEUROLOCICAS COMPORTAMENTAIS MEDICAS
Epilepsia Esquizofrenia Problemas visuais

Tiques TOD Problemas Auditivos

Paralisia Cerebral Fobia Social Obesidade

Deficiéncia Intelectual TAG Alergias

Apraxia de fala T ›C Intolerâncias

TDC Transtornos Alimentares Malforma$ées

TDAH Enurese S!ndromes genéticas


Distñrbios de Encoprese Altas Habilidades
processamento sensorial

Transtornos do Sono
Fatores facilitadores e complicadores para o diagnéstico
COMPLICADORES

Experifincia e interesse dos Inexperifincia e


desinteresse profissionais e cuidadores Primeiro fiIho(a)
Segundo fiIho(a) crian$a inteligente e precoce
Presen$a de atrasos de em algumas coisas
desenvo1vimento Presen$a de Comorbidades
PresenSa de Pais parecidos com a crian$a
especialistas
ou equipes capacitadas @uadros muito leves
@uadros moderados ou Pais separados ou em litigio
severos
Vídeos
Fotos
Declarações de parentes
Relatório escolar
Relatórios
clínicos
ESCALAS DE
TRIAGEM
ESCALAS DE TRIAGEM

POPULAÇÃO APLICAÇÃO DA
TOTAL OBSERVAR ATIPIAS
ESCALA

Crianças de uma Crianças “diferentes” Crianças positivas :


creche ou “estranhas”
Criancas de risco para
autismo
Escalas de
Triagem 3
ASQ : questionário de
1
ATA : escala de traços triagem de autismo
autísticos
4

2 M-CHAT Uso de escalas de


neurodesenvolvimento
típico
Escalas
Diagnósticas
Escalas Diagnósticas
1
ADI-R 3
CAST

2
ADOS-2 4 Associar com sintomas
comportamentais, relatórios
escolares e relatos de pais e
familiares
É ou não é autismo ?
AUTISMO

DSM/5

SINAIS CLINICOS ESCALAS

Reunião dos sinais Resultados positivos

PAIS ou CUIDADORES ESCOLA PROFISSIONAIS TRIAGEM DIAGNÓSTICAS

Relatos e impressões Relatório Relatórios


Obrigado!
Dr. Clay Brites, PhD.

Você também pode gostar