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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do trabalho: Análise das Especificardes da Administração Pública em


Moçambique

Nome do Estudante: Guillermo America Makuba

Código: 708213852

Curso: Administração Pública

Disciplina: Reforma do Sector Público

Ano de frequência: 2⁰
Cidade de Pemba, Agosto, 2022.

Classificação

Categoria Indicadores Padrões Pontuação Nota Subtotal


máxima do
Tutor

Aspectos ● Capa 0.5


Organizacion
ais ● Índice 0.5

● Introdução 0.5

Estrutura ● Discussão 0.5

● Conclusão 0.5

● Bibliografia 0.5

Introdução ● Contextualizaçã 1.0


o (Indicação
clara do
problema)

● Descrição dos 1.0


objectivos

2
● Metodologia 2.0
adequada ao
objecto do
trabalho

Análise e ● Articulação e 2.0


discussão domínio do
discurso
académico
(expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)

● Revisão 2.0
Conteúdo bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área
de estudo

● Exploração dos 2.0


dados

● Contributos 2.0
teóricos práticos
Conclusão

Formatação ● Paginação, tipo 1.0


e tamanho de
letra,
Aspectos parágrafos,
Gerais espaçamento
entre linhas

Normas APA ● Rigor e 4.0


6ª edição em coerência das
Referência citações e citações/referên
Bibliográfica bibliografia cias
bibliográficas

Observações de melhoria:

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Índice
Introdução 5

1. Análise das Especificardes da Administração Pública em Moçambique 6

1.1. As especificidades da administração pública 6

1.2. As Categorias da administração do Estado 7

1.2.1. Categoria Patrimonialista 7


4
1.2.2. Categoria Burocrática 8

1.2.1. Características da administração Pública Burocrática 8

1.3. Categoria Gerencial 9

2. A nova gestão pública no contexto do debate 10

3. A administração pública em sentido material 11

4. A administração pública em sentido orgânico 11

Conclusão 12

Referências Bibliográficas 14

Introdução

Um enfoque, deste trabalho, é que as reformas que a administração pública em Moçambique


tem conhecido desde os anos 1980 e as mudanças nos modelos de gestão pública adoptados
em vários países do mundo inteiro repercutem em análises teóricas e práticas administrativas
consideradas inovadoras para as formas de organização e funcionamento da administração
pública. Deste modo, há necessidade de se constituir uma administração pública cada vez
mais capacitada para responder às solicitações da sociedade e a prestação de serviços

5
públicos com maior qualidade, assim como a elevação do desempenho das instituições do
Estado se tornaram de forma rápida e intensa numa "bandeira" fundamental da teoria e da
prática da gestão pública na contemporaneidade.

Por um lado, estiveram voltadas às críticas ao modelo do estado de bem-estar e à


administração pública baseada nos princípios da racionalidade burocrática, sugeriram novas
formas de gestão, que se faz promovendo dessa forma novos valores resultantes de um
conjunto de técnicas e padrões de gestão pública”.

Por outro, os padrões de gestão são justificados pela necessidade de tornar a organização e o
funcionamento do sector público mais flexíveis e efectivos.

Esta pesquisa, tem como objectivo geral de Analisar a especificidade da Administração


Pública em Moçambique.

E temos os seguintes objectivos específicos:

✔ Entender as especificidades da administração pública;


✔ Identificar as três da administração do Estado;
✔ Explicar de forma concisa do funcionamento da administração pública Moçambicana.

Esta pesquisa baseou-se na revisão da literatura sobre o tema em alusão e na análise de


documentos que expressam a realidade institucional e estrutural da administração pública em
Moçambique. E o trabalho tem a seguinte estrutura: a introdução, desenvolvimento,
conclusão e referências bibliográficas.

1. Análise das Especificardes da Administração Pública em Moçambique

Quando se fala da Administração pública, tem-se presente todo um conjunto de necessidades


colectivas cuja satisfação é assumida como tarefa fundamental do Estado através da provisão
de serviços públicos.

 Segundo Brito (2009), considera que, “a especificidade administrativa em Moçambique, está


relacionada ao tema da reforma, que adquiriu uma centralidade crescente no debate sobre as
condições para o enfrentamento dos problemas estruturais e das fragilidades institucionais da
6
gestão pública, caracterizada por uma burocracia excessiva e inoperante, pouco flexível e
dinâmica, e, sobretudo, pela necessidade de ampliação da presença e representação do Estado
ao nível das comunidades locais”( p. 17).

Portanto, a conjuntura socioeconómica e política vivida no país no decurso dos anos 1980, o
quadro de degradação das condições sociais, os desequilíbrios macroeconómicos e a
deterioração do modelo de Estado socialista vigente (Hanlon 1991) tornaram imprescindível
a realização de reformas dentro do Estado e na administração pública nacional.

Assim, o sentido das mudanças efetuadas recentemente com a implementação da Estratégia


Global de Reforma do Sector Público pode ser encarado em duas vertentes importantes, que
são:

✔ Uma primeira que considera a aplicação de um conjunto de práticas e de princípios de


gestão pública, com a promoção de práticas voltadas à responsabilização
ou accountability, a gestão por objectivos e a avaliação por resultados.
✔ Uma segunda que encara a reforma como um mecanismo para melhorar a satisfação
dos interesses colectivos das comunidades.

Para Costa (2004) defende que “a cooperação entre atores públicos e privados e a
participação da sociedade se estabelecem como os caminhos mais adequados para a condução
de processos de gestão de políticas públicas mais inclusivas e interactivas segundo uma nova
lógica voltada para as concepções da governança interactiva no sector público”.

1.1. As especificidades da administração pública

A Administração Pública se apresentar como o poder do Estado de coordenar, ou seja, é por


ela que o Estado faz valer a sua autoridade de legislar e tributar, fiscalizar e regulamentar. De
acordo com a doutrina, a Administração Pública pode ser diferentemente conceituada a
depender do prisma a qual se é analisada.

Porem, o modelo de administração adoptado em Moçambique, segundo Macuacua (2021)


“baseia-se no princípio da descentralização administrativa, materializado nas seguintes
diretrizes:
✔ Criação de unidades administrativas territoriais com os seguintes níveis: provincial
(correspondente à província), distrital (correspondente ao distrito) e local (bairro do
distrito);
✔ Criação de órgãos administrativos para o nível provincial, distrital e local,
designadamente, as comissões;
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✔ Criação em cada órgão provincial de aparelho administrativo, compreendendo a
existência de secções;
✔ O orçamento provincial dependia essencialmente da produção da província, o que
evidencia uma filosofia de uma descentralização financeira e uma autonomia financeira;
✔ Criação de um sistema de tutela ou de fiscalização da legalidade administrativa através
das comissões jurídicas de fiscalização de execução das leis e um mecanismo de
controlo dos órgãos provinciais e de realização de visitas regulares;
✔ Criação de órgãos colegiais para superintender em tarefas gerais, as comissões populares
de gestão;
✔ Eleição dos membros das comissões populares de gestão pelo povo.
Deste modo, na tomada desta decisão, confrontam-se duas necessidades:
A de uniformidade, que permite implantar de maneira uniforme uma mesma estrutura e que
permite uma fácil rotação dos funcionários, por cada transferência não implicar a necessidade
de reinserir o funcionário em novo universo organizativo. Tem também como vantagem
facilitar a relação vertical, pois o escalão provincial sabe, em regra, como lidar com a
estrutura distrital, por o modelo organizativo ser idêntico em todos os distritos.
A da especificidade, que tem a vantagem de adequar melhor a estrutura a determinados fins.
Esta solução, porém, por estar dependente da decisão de uma assembleia, cuja composição
varia ao longo do processo eleitoral, comporta a possibilidade de mudanças sucessivas após
cada eleição.
1.2. As Categorias da administração do Estado

A Administração Publica é sempre influenciada pelo regime político vigente num


determinado país numa determinada época. Daí derivam os diferentes categorias da
administração pública. De um modo geral, destacam-se três modelos essenciais,
nomeadamente o categoria patrimonialista, categoria burocrática e categoria gerêncial.

1.2.1. Categoria Patrimonialista

A compreensão do modelo patrimonialista remete a retomada de um fundamento da


dominação tradicional.

Segundo Sanabio et al (2013), “na dominação tradicional a reverência ao soberano garante a


legitimidade das regras por ele instituídas. Mais ainda, prevalece nos subjugados a ideia de
que tal autonomia não é limitada, o que possibilita o exercício pessoal e arbitrário do poder.

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Nesta categoria, referem que o patrimonialismo é uma herança da era feudal vigente nas
sociedades pré-democráticas. Segundo esta categoria, a Administração Publica deve atender
os interesses do governante.

O aparelho do Estado é uma espécie de uma extensão do poder do soberano, não havendo
distinção entre a res pública e a resprincipis, ou seja, a coisa pública se confunde com a coisa
do governante.

1.2.2. Categoria Burocrática

Esta, foi analisado e sistematizado por Max Weber, inicialmente no livro “A ética protestante
e o espírito do capitalismo, publicado em 1904, e teve suas bases bem definidas em 1922,
com a publicação do livro Economia e Sociedade, do mesmo autor”.

Matias-Pereira (2008), “a Administração Pública burocrática nasce com o objectivo de


combater a corrupção e o nepotismo patrimonialistas, pregando os princípios de
desenvolvimento, impessoalidade e formalismo, tudo emanado do poder legal”.

Administração Pública burocrática se destaca pela sua ideia de submissão ao direito, ou seja,
apoia-se em competências oficiais, ordenadas por leis ou regulamentos administrativos que
são instituídos por autoridades ou organizações burocráticas.

Em Moçambique, observa-se, nesse contexto: uma distribuição de actividades e poderes que


visa à execução regular e contínua de certos fins, uma hierarquia de cargos que ordena
sistemas de mando e subordinação, registos sob a forma de documentos, o emprego pleno da
força de trabalho dos funcionários de escritório em actividades antes consideradas acessórias
e, por fim, a administração do corpo funcional segundo regras que podem ser transmitidas e,
assim, colocadas sob controlo de parte desse próprio grupo.

1.2.1. Características da administração Pública Burocrática

Existem as características fundamentais da Administração Pública burocrática as seguintes:

A profissionalização, a qual atribui um grande valor ao mérito do funcionário


(meritocracia), sendo que os funcionários chegam ao cargo por meio de competição justa, e
sua sucessão baseia-se nos critérios de experiencia (antiguidade) e desempenho;

Impessoalidade, que ordena que os cargos são pertences da organização e não das pessoas
que os ocupam;

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A formalidade, que impõe a documentação dos processos decisórios e das comunicações
internas e externas. Esta, visa garantir a continuidade do trabalho e a padronização dos
serviços prestados, evitando assim, a discricionariedade.

Apesar do modelo burocrático ser funcional para o controlo da corrupção, que era o principal
objectivo a quando a sua criação, a extrema racionalidade e o excesso de regulamentos
acabaram por ocasionar efeitos negativos, tais como a lentidão e redução da eficiência.

As principais críticas à Administração Pública burocrática foram formuladas por Robert


Merton em 1949. Sinteticamente, as falhas do modelo burocrático são a desmotivação dos
funcionários, a resistência à mudanças, o abuso da senioridade como critério da ascensão
profissional, a grande separação entre o cidadão e o funcionalismo público, que acaba por
não atender as necessidades e anseios dos seus destinatários.

1.3. Categoria Gerencial

Deste modo, a Administração Pública gerencial surge como um novo paradigma de gestão
para a prestação de serviços públicos.

“Com inspiração nas práticas de gestão privada, substituiu os modelos hierárquicos


convencionais baseados na gestão de processos, com recurso a regras e regulamentos para
manter a autoridade centralizada, pelo modelo de gestão voltado para resultados” (Peters,
2010; Silvestre & Araújo, 2013).

Para Ferlie et al (1999, cit. por Macuane, 2007) a NGP fundamenta-se em pressupostos
básicos para a melhoria da Administração Pública, nomeadamente a preocupação com a
eficiência da acção governamental; orientação para obtenção de resultados; foco no
atendimento às necessidades do cidadão (cliente); fortalecimento do controlo social e;
transparência e gestão responsáveis.

Na perspectiva gerência, as características deste novo paradigma dão maior ênfase na gestão
e não nas políticas, com uma maior orientação para a prestação de serviços, colocando os
cidadãos no centro (como clientes) e não como consumidores; há também maior
descentralização e envolvimento das unidades do governo local na prestação de serviços;
existe maior responsabilização que envolve tentativas dos governos no sentido de substituir
os sistemas de responsabilização do topo para a base, baseados na lei e orientados pelos
resultados.

2. A nova gestão pública no contexto do debate

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O surgimento da designada Nova Gestão Pública (NGP) reflectiu análises teóricas e
empíricas importantes na literatura da administração pública e influenciou intensamente as
profundas reformas administrativas realizadas nas duas últimas décadas do século XX.

Dessas reflexões, Hood (1994), considera que, “pode ser entendido como resultado das
dificuldades enfrentadas pelo modelo de administração pública progressiva, cuja ênfase se
centrava na aplicação de controles processuais e regras burocráticas que norteavam o
funcionamento do sector público”.

Porém, a administração pública progressiva se mostrou ineficaz para lidar com os desafios
dessa época, relacionados com a expansão do sector público e do crescimento da taxa de
despesas públicas, bem como com a dificuldade para controlar uma administração que se
tornara mais dispendiosa e ineficiente.

Segundo Mozzicafreddo (2002) argumenta que “ela representa o surgimento de uma visão ou
de um movimento que encara a administração pública por meio de doutrinas e práticas que se
assentam na aplicação de princípios e técnicas da gestão empresarial, na perspectiva de
superar as limitações administrativas impostas pela estrutura hierárquica da burocracia”.
Portanto, nessa perspectiva, a NGP implica necessariamente modernização e reforma nos
métodos e formas de gestão capazes de responder aos problemas surgidos com a redução da
capacidade de resposta de o Estado e as suas instituições prestarem serviços de forma
efectiva e com a qualidade desejada pelos cidadãos.

Portanto, com a emergência desse movimento reformista pretendeu-se conduzir mudanças na


gestão de políticas públicas e nas áreas relacionadas com os métodos organizacionais,
prestação de serviços públicos e relações de trabalho, planificação e despesa, gestão
financeira, prestação de contas, gestão pela iniciativa privada, auditoria, avaliação
e procurement.

Em Moçambique, verifica-se com frequência, as mudanças administrativas efetuadas têm


como pressuposto a obtenção de melhores resultados na organização e no funcionamento da
administração pública e a adopção de uma série de mecanismos para alterar os valores
essenciais da cultura administrativa do ideal típico burocrático, como a legalidade,
imparcialidade e equidade, por princípios renovados de eficiência, efectividade e qualidade.

3. A administração pública em sentido material

Em sentido material, a administração pública é uma actividade, ou seja, é a actividade de


administrar. Entenda-se administrar como conjunto de decisões e operações mediante as
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quais alguém procura prover à satisfação regular das necessidades humanas, obtendo e
empregando para o efeito recursos adequados.

Alexandrino e Paulo (2012), “a administração pública em sentido material, objectivo ou


funcional, representa o conjunto de actividades que costumam ser consideradas próprias da
função administrativa, isto é, o que é realizado, e não quem realiza”.

Nesta perspectiva, a administração pública é uma actividade regular, permanente e contínua


dos poderes públicos com vista à satisfação das necessidades colectivas, ou seja, é uma
actividade típica dos órgãos instituídos para o efeito.

4. A administração pública em sentido orgânico

Para Amaral (2014), “a ideia corrente entre os leigos na matéria é a de que a Administração
Pública consiste fundamentalmente na organização dos serviços centrais do Estado, tais
como o Governo, os ministérios, as Direcções-Gerais, etc”.

Todavia, importa ressaltar que, a Administração Pública não se limita ao Estado, mas sim
inclui-o, comportando também muitas outras entidades e organismos.

Assim, pode-se definir Administração Pública como “sistema de órgãos, serviços e agentes
do Estado, bem como das demais pessoas colectivas públicas, que asseguram em nome da
colectividade a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas”.

Fazendo uma analise do pape da administração publica, percebe-se que, a administração


pública não é uma actividade exclusiva do Estado, ou seja, ao seu lado ou sob a sua égide, há
muitas outras instituições administrativas que não se confundem com ele, com personalidade
própria, e que constituem por isso entidades política, jurídica e sociologicamente distintas. É
o caso das Universidades, dos Institutos Públicos, das Empresas Públicas, das Fundações, e
todas pessoas colectivas de utilidade pública.

Na Administração Pública Moçambicana, compreende duas realidades completamente


distintas. Por um lado, compreende as pessoas colectivas públicas e os serviços públicos,
por outro lado compreende aos funcionários os agentes administrativos. Entretanto, essas
realidades vividas no nosso país são:

✔ A primeira é constituída por organizações, umas dotadas de personalidade jurídica


(as pessoas colectivas públicas), outras em regra não personificadas (os serviços
públicos).

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✔ A segunda é formada por indivíduos, que põem a sua inteligência e a sua vontade
ao serviço das organizações administrativas para as quais trabalham.

Conclusão

Nesta pesquisa, concluiu-se que, ao se analisar a forma de actuação da administração pública


ao longo do tempo, é possível notar que ela foi evoluindo e adoptando diferentes modelos.
Para o caso da administração pública Moçambicana, é possível notar que esta por sua vez
vem adoptando diferentes modelos desde o período colonial até à actualidade.
Quanto ao contexto moçambicano, as novas práticas de gestão pública orientadas para a
elevação da GI ganharam maior centralidade no início da década de 2000, com o surgimento
da reforma administrativa traduzida pela Estratégia Global de Reforma do Sector Público
(EGRSP), que visa a modernização do sector público. Essas reformas focalizam a
implementação de novas práticas de gestão para melhorar a eficiência, a efectividade, o
controle, a participação pública e boa governança no sector público em todos os níveis,
central, provincial, distrital e dos municípios.

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Contudo, a apreciação dos pressupostos e práticas que têm estado a ser adoptadas indica que
a implementação dessa reforma tem sido marcada por algumas limitações de natureza
estrutural e funcional que são, na prática, impostas pelo próprio modelo adoptado. Os
grandes dilemas se colocam em relação às metas de eficiência e ao alcance de resultados e
processos participativos.
Finalmente, para que os objectivos da criação de um novo serviço público modernizado e
interactivo sejam alcançados de forma efectiva, torna-se fundamental que a administração
pública nacional encare esse desafio sob o prisma da aplicação de padrões de gestão que
sugerem maior transparência, participação pública, prestação de contas e com uma
preocupação constante em atender aos anseios e às necessidades da sociedade com maior
qualidade.

Referências Bibliográficas

Alexandrino, M. & Paulo, V. (2012). Direito administrativo descomplicado. (20ª Edição)


Riode Janeiro, Brasil: revista e actualizada, Método.

14
Amaral, D. F. do. (2014). Curso de direito administrativo. (3ª Edição). vol. 1. Coimbra,
Portugal: Almedina.
Brito, L. (2009). Uma dimensão crítica da representação política em Moçambique. In:
BRITO, Luís et al. (Org.). Desafios para Moçambique 2010 Maputo: Iese. p. 17-29.
Caetano, M. (2010). Manual de Direito Administrativo. (10.ªEdição). Volume 1. Coimbra,
Portugal: Almedina.
Costa, F. L. da. (2004). Avaliação de programas públicos: desafios conceituais e
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Hanlon, Joseph. (1991). Mozambique: who calls the shots? Londres: Indiana University
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Hood, Christopher. Explaining economic policy reversals Buckingham: Open University
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Macuácua, E. G. F. (2021). Especificidades do modelo de descentralização em
moçambicano: Génese, evolução e desafios. Disponievel em: http://julgar.pt/especificidades-
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Macuane, J. J. (2007). A gestão da reforma do sector público: política, capacitação e nova
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(ed.) Perspectivas africanas sobre a nova gestão pública: implicações para a formação de
recursos humanos. Maputo: Ciedima.
Matias-Pereira, J. (2008). Curso de Administração Pública: foco nas instituições e acções
governamentais. (2ª Edição actualizada). São Paulo: Atlas.
Mozzicafreddo, J. (2002). A responsabilidade e cidadania na administração pública. Oeiras:
Celta Editores.
Peters, B. G. (2010). Meta-governance and public management. London: Routledge.
Silvestre, H. C. & Araújo, J. F. (2013). Metodologia para a investigação social. Lisboa:
Escolar.

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