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1º Reforma Do Sector Publico
1º Reforma Do Sector Publico
Código: 708213852
Ano de frequência: 2⁰
Cidade de Pemba, Agosto, 2022.
Classificação
● Introdução 0.5
● Conclusão 0.5
● Bibliografia 0.5
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● Metodologia 2.0
adequada ao
objecto do
trabalho
● Revisão 2.0
Conteúdo bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área
de estudo
● Contributos 2.0
teóricos práticos
Conclusão
Observações de melhoria:
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Índice
Introdução 5
Conclusão 12
Referências Bibliográficas 14
Introdução
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públicos com maior qualidade, assim como a elevação do desempenho das instituições do
Estado se tornaram de forma rápida e intensa numa "bandeira" fundamental da teoria e da
prática da gestão pública na contemporaneidade.
Por outro, os padrões de gestão são justificados pela necessidade de tornar a organização e o
funcionamento do sector público mais flexíveis e efectivos.
Portanto, a conjuntura socioeconómica e política vivida no país no decurso dos anos 1980, o
quadro de degradação das condições sociais, os desequilíbrios macroeconómicos e a
deterioração do modelo de Estado socialista vigente (Hanlon 1991) tornaram imprescindível
a realização de reformas dentro do Estado e na administração pública nacional.
Para Costa (2004) defende que “a cooperação entre atores públicos e privados e a
participação da sociedade se estabelecem como os caminhos mais adequados para a condução
de processos de gestão de políticas públicas mais inclusivas e interactivas segundo uma nova
lógica voltada para as concepções da governança interactiva no sector público”.
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Nesta categoria, referem que o patrimonialismo é uma herança da era feudal vigente nas
sociedades pré-democráticas. Segundo esta categoria, a Administração Publica deve atender
os interesses do governante.
O aparelho do Estado é uma espécie de uma extensão do poder do soberano, não havendo
distinção entre a res pública e a resprincipis, ou seja, a coisa pública se confunde com a coisa
do governante.
Esta, foi analisado e sistematizado por Max Weber, inicialmente no livro “A ética protestante
e o espírito do capitalismo, publicado em 1904, e teve suas bases bem definidas em 1922,
com a publicação do livro Economia e Sociedade, do mesmo autor”.
Administração Pública burocrática se destaca pela sua ideia de submissão ao direito, ou seja,
apoia-se em competências oficiais, ordenadas por leis ou regulamentos administrativos que
são instituídos por autoridades ou organizações burocráticas.
Impessoalidade, que ordena que os cargos são pertences da organização e não das pessoas
que os ocupam;
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A formalidade, que impõe a documentação dos processos decisórios e das comunicações
internas e externas. Esta, visa garantir a continuidade do trabalho e a padronização dos
serviços prestados, evitando assim, a discricionariedade.
Apesar do modelo burocrático ser funcional para o controlo da corrupção, que era o principal
objectivo a quando a sua criação, a extrema racionalidade e o excesso de regulamentos
acabaram por ocasionar efeitos negativos, tais como a lentidão e redução da eficiência.
Deste modo, a Administração Pública gerencial surge como um novo paradigma de gestão
para a prestação de serviços públicos.
Para Ferlie et al (1999, cit. por Macuane, 2007) a NGP fundamenta-se em pressupostos
básicos para a melhoria da Administração Pública, nomeadamente a preocupação com a
eficiência da acção governamental; orientação para obtenção de resultados; foco no
atendimento às necessidades do cidadão (cliente); fortalecimento do controlo social e;
transparência e gestão responsáveis.
Na perspectiva gerência, as características deste novo paradigma dão maior ênfase na gestão
e não nas políticas, com uma maior orientação para a prestação de serviços, colocando os
cidadãos no centro (como clientes) e não como consumidores; há também maior
descentralização e envolvimento das unidades do governo local na prestação de serviços;
existe maior responsabilização que envolve tentativas dos governos no sentido de substituir
os sistemas de responsabilização do topo para a base, baseados na lei e orientados pelos
resultados.
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O surgimento da designada Nova Gestão Pública (NGP) reflectiu análises teóricas e
empíricas importantes na literatura da administração pública e influenciou intensamente as
profundas reformas administrativas realizadas nas duas últimas décadas do século XX.
Dessas reflexões, Hood (1994), considera que, “pode ser entendido como resultado das
dificuldades enfrentadas pelo modelo de administração pública progressiva, cuja ênfase se
centrava na aplicação de controles processuais e regras burocráticas que norteavam o
funcionamento do sector público”.
Porém, a administração pública progressiva se mostrou ineficaz para lidar com os desafios
dessa época, relacionados com a expansão do sector público e do crescimento da taxa de
despesas públicas, bem como com a dificuldade para controlar uma administração que se
tornara mais dispendiosa e ineficiente.
Segundo Mozzicafreddo (2002) argumenta que “ela representa o surgimento de uma visão ou
de um movimento que encara a administração pública por meio de doutrinas e práticas que se
assentam na aplicação de princípios e técnicas da gestão empresarial, na perspectiva de
superar as limitações administrativas impostas pela estrutura hierárquica da burocracia”.
Portanto, nessa perspectiva, a NGP implica necessariamente modernização e reforma nos
métodos e formas de gestão capazes de responder aos problemas surgidos com a redução da
capacidade de resposta de o Estado e as suas instituições prestarem serviços de forma
efectiva e com a qualidade desejada pelos cidadãos.
Para Amaral (2014), “a ideia corrente entre os leigos na matéria é a de que a Administração
Pública consiste fundamentalmente na organização dos serviços centrais do Estado, tais
como o Governo, os ministérios, as Direcções-Gerais, etc”.
Todavia, importa ressaltar que, a Administração Pública não se limita ao Estado, mas sim
inclui-o, comportando também muitas outras entidades e organismos.
Assim, pode-se definir Administração Pública como “sistema de órgãos, serviços e agentes
do Estado, bem como das demais pessoas colectivas públicas, que asseguram em nome da
colectividade a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas”.
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✔ A segunda é formada por indivíduos, que põem a sua inteligência e a sua vontade
ao serviço das organizações administrativas para as quais trabalham.
Conclusão
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Contudo, a apreciação dos pressupostos e práticas que têm estado a ser adoptadas indica que
a implementação dessa reforma tem sido marcada por algumas limitações de natureza
estrutural e funcional que são, na prática, impostas pelo próprio modelo adoptado. Os
grandes dilemas se colocam em relação às metas de eficiência e ao alcance de resultados e
processos participativos.
Finalmente, para que os objectivos da criação de um novo serviço público modernizado e
interactivo sejam alcançados de forma efectiva, torna-se fundamental que a administração
pública nacional encare esse desafio sob o prisma da aplicação de padrões de gestão que
sugerem maior transparência, participação pública, prestação de contas e com uma
preocupação constante em atender aos anseios e às necessidades da sociedade com maior
qualidade.
Referências Bibliográficas
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Amaral, D. F. do. (2014). Curso de direito administrativo. (3ª Edição). vol. 1. Coimbra,
Portugal: Almedina.
Brito, L. (2009). Uma dimensão crítica da representação política em Moçambique. In:
BRITO, Luís et al. (Org.). Desafios para Moçambique 2010 Maputo: Iese. p. 17-29.
Caetano, M. (2010). Manual de Direito Administrativo. (10.ªEdição). Volume 1. Coimbra,
Portugal: Almedina.
Costa, F. L. da. (2004). Avaliação de programas públicos: desafios conceituais e
metodológicos. Rio de Janeiro, Brasil: Revista de Administração Pública
Hanlon, Joseph. (1991). Mozambique: who calls the shots? Londres: Indiana University
Press,.
Hood, Christopher. Explaining economic policy reversals Buckingham: Open University
Press, 1994.
Macuácua, E. G. F. (2021). Especificidades do modelo de descentralização em
moçambicano: Génese, evolução e desafios. Disponievel em: http://julgar.pt/especificidades-
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23 de Agosto de 2022.
Macuane, J. J. (2007). A gestão da reforma do sector público: política, capacitação e nova
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(ed.) Perspectivas africanas sobre a nova gestão pública: implicações para a formação de
recursos humanos. Maputo: Ciedima.
Matias-Pereira, J. (2008). Curso de Administração Pública: foco nas instituições e acções
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Mozzicafreddo, J. (2002). A responsabilidade e cidadania na administração pública. Oeiras:
Celta Editores.
Peters, B. G. (2010). Meta-governance and public management. London: Routledge.
Silvestre, H. C. & Araújo, J. F. (2013). Metodologia para a investigação social. Lisboa:
Escolar.
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