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COMPONENTE CURRICULAR: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO


TURMA: ENSINO MÉDIO

PROF. JEAN ALENCAR

João Pessoa - PB
2022
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APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

O Centro de Ensino Educa Nexus surgiu de sua mantenedora, o Sistema de Ensino


Educa Mais LTDA, que foi criado em 2019 e está localizado à Avenida Piauí, nº 75, Bairro
dos Estados, CEP 58.030-330, Município de João Pessoa-PB. Assim, exprime a cultura
organizacional de um espaço educativo, guiando-se por escolhas teóricas, metodológicas,
concepções de mundo, de homem, de sociedade e de educação, bem como de trabalho,
emprego e desemprego.
A proposta do Sistema de Ensino Educa Mais LTDA é oferecer a Integração da
Educação Profissional com a Educação de Jovens e Adultos, no nível de Ensino Médio, na
modalidade de Educação a Distância (EAD), no Estado da Paraíba e em todo o Território
Nacional, em consonância com os dispositivos constitucionais Federais e Estaduais, com a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394/96, alterada pela Lei nº
11.741/2008, Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006, Art. 4°, § 1°, incisos I e II, do
Decreto n° 5.154, de 2004, Resolução nº 1, de 3 de fevereiro de 2005, Lei nº 11.741, de
16 de julho de 2008, Resolução nº 6, de 20 de setembro de 2012, Resolução nº 200/2018,
do Conselho Estadual de Educação da Paraíba, que consolida e traduz as concepções e
organização das atividades de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica
de Educação de Jovens e Adultos, no nível do Ensino Médio, na modalidade de Educação a
Distância (EAD), que, na atualidade, ganha novas configurações. Esse é o plano global,
entendido como sistemático, mas nunca definitivo, em função das inovações educacionais
e tecnológicas e das perspectivas de Educação presentes em diferentes períodos
históricos e políticos brasileiros.
O Sistema de Ensino Educa Mais LTDA., com relação à Integração da Educação
Profissional e/ou Técnica de Nível Médio com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), no
nível de Ensino Médio, na modalidade de Educação a Distância (EAD), é uma solução aos
que, cada vez mais, não têm possibilidade de estudar em um modelo de educação
tradicional e pautado na presença em sala de aula diariamente e que estão procurando o
EAD como forma de retornar aos estudos atendendo aos interesses do mundo do
trabalho ou mesmo de satisfação pessoal e social, uma vez que a educação, conforme
determina a LDB (BRASIL, 1996), deve estar inserida no contexto do trabalho e da prática
social.
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MISSÃO, VISÃO E VALORES

Missão
Levar educação a todos os níveis com qualidade e acessibilidade, através do ensino a
distância, buscando impactar e transformar o mundo. 
Visão
Integrar o rol das cinco melhores instituições de ensino a distância do país.
Valores

● Respeito e Compromisso Social


Temos compromisso com o sonho das pessoas que estão conosco em todo o
processo, interno e externo. Difundimos o conhecimento de maneira democrática,
visando o impacto perene na educação e formação na sociedade.
● Agir eticamente
Provocamos o bem em todas as nossas atitudes, seguindo sempre os princípios
pré-estabelecidos. Somos justos e prezamos pela beneficência em nosso dia a dia.
● Qualidade e Inovação
Prezamos por um ambiente inovador, sempre nos atualizando e buscando formas
mais ágeis de realizar nosso trabalho. Entendemos que a satisfação e o bom atendimento
das pessoas são nossa tarefa diária e queremos sempre superar as expectativas.
● Transparência
Temos honestidade uns com os outros, pois temos clareza em nosso compromisso
de ter sempre um diálogo aberto com todas as pessoas.
Por fim, valorizamos todas as opiniões pois acreditamos que nossas boas relações
horizontais e diversidade de nossa equipe são o segredo de bons resultados.
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 2
MISSÃO, VISÃO E VALORES 3
Missão 3
Visão 3
Valores 3
SUMÁRIO 4
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 6
Mas o que é organização? 6
Conceito de Organização 7
Empresa 7
Administração e seus Conceitos 7
Eficiência 9
Eficácia 9
Teoria Geral da Administração 10
O que é a Teoria Geral da Administração? 10
Teorias administrativas 11
Administração Científica 12
Característica principal 12
A Teoria Clássica da Administração 12
Característica principal 12
Teoria das relações humanas (1940) 13
Teoria da burocracia (1950) 14
As Funções de um Administrador e seu Papel na Organização 14
Planejar 15
Níveis de Planejamento 16
Planejamento estratégico 16
Planejamento Tático 16
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Planejamento Operacional 17
Organizar 17
Dirigir 18
Controlar 18
Estrutura organizacional 19
Referências 20
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FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

Chiavenato (2003) afirma que as organizações são constituídas por pessoas e por
recursos físicos, materiais, financeiros, tecnológicos, dentre outros. Na sociedade
moderna, as pessoas nascem, crescem, aprendem, se divertem e morrem dentro das
organizações.

Mas afinal, o que é uma organização?

Segundo Maximiniano (1992), a palavra organização pode expressar dois sentidos.


Vamos conhecê-los?
● O primeiro caracteriza organização como uma função administrativa e parte do
processo administrativo: preparar os materiais para o desenvolvimento de uma
tarefa é um exemplo.
● O segundo refere-se à organização como uma entidade social, a combinação de
esforços individuais que tem por finalidade alcançar propósitos coletivos,
independente do tipo, tamanho ou objetivo, seja com ou sem fins lucrativos.
Uma igreja, escola, sindicatos e academias, são exemplos de organização. Todo
ser humano está ligado a uma organização desde o seu nascimento. Elas são tão
comuns para a gente que, às vezes, nem percebemos que elas existem.

Mas o que é organização?


Para Megginson et al (1998), existe uma organização todas as vezes que duas ou
mais pessoas interagem para alcançar certo objetivo. Segundo Maximiano (2006a), uma
organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou
conjunto de objetivos). (Ver Fig. 1.1). Para Chiavenatto (2006, p. 110), “uma organização é
um conjunto de cargos funcionais e hierárquicos, a cujas prescrições e normas de
comportamento todos os seus membros devem ser sujeitos”. Peter Drucker (1994) apud
Caravantes (1998) define organização como um grupo humano, composto por
especialistas que trabalham em conjunto em uma atividade comum.
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Conceito de Organização
Fonte: Adaptado de Maximiano (2006a)

Enfim, a administração é a condução racional dos recursos de uma organização,


imprescindível para existência e sobrevivência dela, tratando do planejamento, direção e
controle de todas as atividades. Sem ela as organizações jamais teriam condições de
existir.

E por que será que as organizações são necessárias? Simples! Elas servem à
sociedade, realizam objetivos, preservam o conhecimento, proporcionam carreiras, lutam
com os atuais desafios da diversidade da força de trabalho e produzem sinergia.

Empresa
Você aprendeu que existem dois conceitos diferentes para a palavra administração:
um referente à estrutura e o outro aos processos. Além disso, elas podem existir nos mais
variados tipos. Empresas são tipos de organização que se diferenciam de outras, como por
exemplo, igrejas e escolas. Vamos saber o porquê?

Chiavenato (2003) afirma que uma empresa é orientada para


o lucro e dirigida por uma filosofia de negócios devendo
justificar sua existência atendendo uma necessidade da
sociedade. Para tal, é necessário manter a vitalidade
econômica. Produzem bens e serviços e às vezes assumem
riscos que não são ingredientes de seu negócio.

Essa vitalidade a que Chiavenato se refere é o que dá força e energia para que as
empresas sobrevivam em meio à acirrada concorrência. Em muitos casos, as empresas
precisam arriscar, seja para não perderem seu cliente, para aumentarem seu mix de
produtos ou agregarem valor aos serviços prestados.

Administração e seus Conceitos


Após ter conhecido o significado da palavra organização e entender por que as
empresas se diferem de outras organizações, vamos conhecer o significado da palavra
administração.
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A palavra administração vem do latim ad (direção,


tendência para) e minister (subordinação ou obediência).
Segundo Chiavenato (2003) significa aquele que realiza uma
função sob o comando de outrem, isto é, aquele que presta
um serviço a outro.

Para Maximiano (2006a), a palavra administração é frequentemente usada no


dia-a-dia, como também organização, administrador, gerente, eficiência, eficácia, entre
outras. E são esses termos que vamos procurar compreender de forma teórica e prática.
Chiavenatto (2006, p. 2) ressalta que a Administração é fundamental em qualquer tipo ou
escala de utilização de recursos, tecnologias e competências devidamente integrados e
alinhados para alcançar objetivos.
A Administração conduz as organizações de forma integrada, de modo que as áreas
como finanças ou gestão de pessoas, por exemplo, possam convergir para os objetivos
comuns, o que, no final das contas, significa contribuir com o desenvolvimento
socioeconômico do país, produtos e serviços de qualidade. O desempenho das
organizações no mundo contemporâneo é motivo para avaliar o impacto no
desenvolvimento de uma sociedade. Como afirma Maximiano (2006a), as organizações
assumiram importância sem precedentes na sociedade e na vida das pessoas.

Quando algo é administrado, existem dois papéis: o de quem faz a gestão e o de


quem assume a execução.

Administração é a tomada de decisões a partir dos recursos disponíveis. Sua tarefa


básica é alcançar objetivos por meio das pessoas, de maneira eficiente e eficaz.

Você sabia que existe uma grande diferença entre essas duas palavras?

Embora para língua portuguesa essas palavras sejam sinônimas (Houaiss (2003)
define o termo como: eficiência: poder, capacidade de ser efetivo; efetividade, eficácia;
Aurélio: [Do lat. efficientia.] Substantivo feminino. Ação, força, virtude de produzir um
efeito; eficácia. ), a administração costuma tratá-la de maneira diferente. Vamos ver
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como são conceituadas segundo a administração:

Eficiência: Determina o quanto uma organização usa corretamente seus recursos.


Quanto mais alto o grau de produtividade na utilização de seus recursos, mais eficiente é
a organização.

Eficácia: Determina o quanto uma organização realiza os seus objetivos. Quanto mais
alto o grau de realização dos objetivos, mais a organização é eficaz. Uma pessoa pode
ser eficaz e não ser eficiente.

Mas o que significa eficiência e eficácia? Quais as suas diferenças?

Eficiência é a capacidade de “fazer as coisas direito”, é um conceito matemático: é a


relação entre insumo e produto (input e output). Um administrador eficiente é o que
consegue produtos mais elevados (resultados, produtividade, desempenho) em relação
aos insumos (mão-de-obra, material, dinheiro, máquinas e tempo) necessários à sua
consecução. (MEGGINSON et al 1998). Para Maximiano (2006a), eficiência é a palavra
usada para indicar que a organização utiliza produtivamente, ou de maneira econômica,
seus recursos. Em outras palavras, significa usar menor quantidade de recursos para
produzir mais. Pode ser definida pela equação E
= P/R, em que P são os recursos resultantes e R os recursos utilizados.
Eficácia é a capacidade de “fazer as coisas certas” ou de conseguir resultados. Isto
inclui a escolha dos objetivos mais adequados e os melhores meios de alcançá-los.
(MEGGINSON et al 1998). Segundo Maximiano (2006a), eficácia é a palavra usada para
indicar que a organização realiza seus objetivos. Quanto mais alto o grau de realização
dos objetivos, mais a organização é eficaz.
A Figura mostra a relação entre eficiência, eficácia e desempenho organizacional.
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Relação Entre Eficiência, Eficácia e Desempenho Organizacional

Fonte: Jones et al (2000) apud Silva (2005, p. 21).

Teoria Geral da Administração


O que é a Teoria Geral da Administração?

Chamada de TGA, a Teoria Geral da Administração estuda a gestão das organizações e


sua relação com as variáveis: tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia, ambiente e
competitividade. Cada uma das teorias administrativas que surgiram ao longo dos tempos
trata de alguma dessas variáveis.

A TGA, segundo Chiavenatto (2006, p. 12), estuda a administração das organizações


do ponto de vista da interação e da interdependência entre seis variáveis principais:
tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia, ambiente e competitividade.

As Variáveis Básicas

Fonte: Chiavenato (2006, p. 11).

Essas variáveis atuam de maneira sistêmica e integrada, considerando as partes


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internas e externas das quais a organização faz parte. Estudar TGA possibilita
compreender as teorias que explicam o funcionamento sistemático das empresas em
busca do alcance dos objetivos. No tempo dos primeiros teóricos da Administração como
Frederick Taylor e Henry Fayol, as organizações ainda eram predominantemente fechadas
em suas estruturas. Pensadores modernos apresentam teorias com foco na visão
sistêmica e holística, como a quinta disciplina, de Peter Senge, em 1990. Por exemplo, as
indústrias do final do século XIX e começo do século XX apresentavam uma estrutura
organizacional estável em função da baixa influência do ambiente em sua volta, o que
levava a tarefas rotineiras, processos e produtos padronizados. Hoje, início do século XXI,
as indústrias, por exemplo, inovam com frequência, modificam estruturas, lançam
produtos diferenciados para cada mercado-alvo e são influenciadas de forma significativa
pelos seus concorrentes diretos, fornecedores, governo, cultura, recursos naturais.

Para compreendermos o significado da teoria da administração e das organizações,


vamos definir o que é teoria.
Segundo Maximiano (2006a), a teoria é, essencialmente, uma representação abstrata
do que se percebe como realidade. A teoria é um conjunto de afirmações ou regras feitas
para enquadrar alguma parte do mundo real.

As teorias da administração, segundo Maximiano (2006a), são conhecimentos


organizados, produzidos pela experiência prática das organizações.

Chiavenato (2003) afirma que a TGA surgiu no momento em que as organizações


alcançaram certo tamanho e complexidade. Formada por idéias e hipóteses, trata da
Administração como sendo ciência, técnica e arte. À medida que as organizações evoluem
e a Administração se defronta com novas situações que surgem no decorrer do tempo, as
teorias administrativas também evoluem e precisam adaptar ou até mudar sua
abordagem.

Teorias administrativas
A moderna administração representa o início das Teorias Administrativas ou
Escolas que registram as experiências oriundas da Revolução Industrial. A se- guir
apresento a você algumas das escolas/teorias da administração:
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Administração Científica
Característica principal: busca determinar cientificamente os melhores métodos para
a realização de qualquer tarefa e para selecionar, treinar e motivar os funcionários. Ênfase
na eficiência dos processos produtivos.

Segundo Chiavenato (2003, p. 54), a Escola da Administração Científica tem sua


ênfase nas tarefas e defendia a aplicação de métodos científicos para analisar a realização
de um trabalho de modo a encontrar a forma mais eficiente de conduzi-lo. Taylor, pai da
Administração Científica, descobriu que as empresas da época possuíam um grande
potencial não utilizado. Taylor acreditou que a organização e a Administração deveriam
ser tratadas cientificamente e que o que planejamento não deveria dar lugar aos métodos
de improviso para realização de qualquer atividade.

Foi a partir desses pressupostos que Taylor fez uma análise completa do trabalho no
nível dos operários, incluindo os tempos e movimentos necessários à execução de uma
tarefa. A esse método foi dado o nome de Organização Racional do Trabalho – ORT. O
estudo de Taylor tentou mostrar que o trabalhador poderia fazer mais em menos tempo,
sem aumentar o custo de produção. A ORT foi apenas o início. Toda a preocupação em
analisar, racionalizar e indicar regras de conduta fez com que Taylor e outros engenheiros
da época definissem alguns princípios que poderiam ser aplicados a qualquer situação
como o planejamento, preparo dos trabalhadores, controle e execução.
A Teoria Clássica da Administração

Característica principal: identificar os princípios e as habilidades que servem de base


para a administração eficaz através das funções administrativas.

Estudaremos agora os fundamentos da Teoria Clássica da Administração. O


personagem maior dessa história foi Henri Fayol (1841-1925). Diferente da Administração
Científica, a Teoria Clássica deu ênfase à estrutura que a organização deveria possuir para
alcançar a eficiência. A Teoria Clássica da Administração partiu de uma abordagem
universal da empresa.
Fayol, em sua teoria, define algumas funções básicas que a empresa deveria ter:
técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas que, quando
trabalhadas em conjunto, formam o que hoje conhecemos por Administração. Se fizermos
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um paralelo com os dias atuais, o que Fayol chamou de Administração, hoje conhecemos
por áreas ou mesmo departamentos de
uma empresa, certo? Nessa época, apresentou ainda as funções do administrador como
sendo cinco específicas: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
Fayol definiu ainda 14 Princípios Gerais de Administração:

1. Divisão do trabalho;
2. Autoridade e responsabilidade;
3. Disciplina;
4. Unidade de comando;
5. Unidade de direção;
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais;
7. Remuneração do pessoal;
8. Centralização;
9. Cadeia escalar;
10. Ordem;
11. Equidade;
12. Estabilidade do pessoal;
13. Iniciativa;
14. Espírito de equipe.

A Abordagem Clássica foi muito criticada por esse enfoque de dizer ao administrador
o que fazer e como fazer, através de esquemas lógicos. Apesar de ter sido vista como uma
abordagem incompleta, mecanicista e fechada, ainda é a abordagem mais usada para
apresentar conceitos iniciais em Administração. Encerramos aqui a nossa primeira
abordagem. Vamos conhecer uma teoria que surgiu da necessidade de humanizar a
administração.

Teoria das relações humanas (1940)

A Teoria das Relações Humanas foi criada em 1940 e a sua maior preocu- pação eram as
pessoas que trabalhavam nas organizações. Esta Teoria pre- coniza que a administração é
o estudo das relações entre as pessoas (SILVA, 2009). Essa é a primeira vez que o
elemento humano é ponto de estudo e valorização nas empresas. Nessa escola, a
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preocupação não é somente com processos, ações ou funções administrativas, e sim com
as pessoas e suas con- dições de trabalho. Nesse momento, o funcionário é entendido
como parte integrante da administração, ou seja, ele adquire participação na empresa.
Através dos estudos de Elton Mayo foi possível afirmar que cuidados com os aspectos
sociais tinham influência positiva na produção dos funcionários.
Mais recentemente, a Teoria das Relações Humanas foi novamente retoma- da com a
Teoria do Comportamento Organizacional.

Teoria da burocracia (1950)

Segundo Chiavenato (2002), esta Teoria traz as ideias do cientista alemão Max Weber
sobre como a estrutura e as características burocráticas norteiam as empresas.
Atualmente, recebeu nova roupagem e passou a ser evidencia- da como Teoria
Estruturalista. Essa teoria focou a formalização de docu- mentos, regras e procedimentos
de trabalho. Demonstrou a necessidade de estabelecer cargos e funções nas empresas e
tudo deve ser normatizado de acordo com a lei. Dentre suas principais características
estão:

● Objetivos explícitos e estrutura formalizada;

● Autoridade racional-legal.

● Funções definidas e competências estabelecidas por lei;

● Definições de hierarquia e especialização de funções;

● Impessoalidade nas relações;

● Direitos e deveres baseados no princípio da igualdade burocrática, evitando o


clientelismo;

Assim, Max Weber definiu a burocracia como um sistema de leis. Afirmava que essa
burocracia era necessária para o funcionamento das empresas, pois somente com leis,
funções e cargos bem definidos, objetivos claros e com uma única autoridade no
comando era possível administrar.

As Funções de um Administrador e seu Papel na Organização


Estamos iniciando nossa quarta aula. Além de conceitos, você teve a oportunidade de
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conhecer um pouquinho da história da Administração e sua trajetória até se tornar uma


teoria. Puxa! Percebeu quantas informações chegaram até você? É importante fazer uma
leitura de tudo o que foi estudado até o momento para não se perder no meio do
caminho... Vamos conhecer agora aquilo que é conhecido hoje por “funções do
administrador”. Observe a história abaixo:
Quando num belo sábado de sol, João, descansando em casa, sua mãe bate na porta
do seu quarto e diz:

“João! Acorda! Viu a sujeira que você deixou meu carro? Levanta depressa e vai lavar!”

João furioso logo responde:

Minha? A Aninha também estava comigo ontem à noite. Inclusive, foi ela quem escolheu
o lugar que iríamos e ainda pediu para buscarmos as amigas dela.

Sua mãe, na maior tranquilidade, responde:

Não quero saber. Quem pediu o carro emprestado foi você. Além disso, é sua função lavar
o carro todo o final de semana!
Situações corriqueiras como essa acontecem na rua, em casa, no trabalho e em
qualquer outro lugar. Quando alguém lhe disser que algo é sua função, significa que é sua
responsabilidade, seu papel realizá-la. Em todas as organizações existe alguém
responsável por quatro atividades básicas e vitais dentro dela. Essas atividades são o que
chamamos de planejamento, organização, direção e controle.
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Planejar
Vamos começar com o planejamento! Antes de realizar qualquer atividade, seja uma
viagem, a programação de um dia de trabalho, onde você estará daqui 10 anos... Parece
tanto tempo, não é? De fato é! Difícil é quando os 10 anos se passam e você olha para trás
com aquele sentimento de que não fez nada. O seu dia de trabalho acaba e você está com
uma sensação que deveria ter realizado tanta coisa e que ele foi curto para isso. Para
realizar qualquer tipo de atividade, planejar é fundamental.

Planejamento é a tarefa de traçar as linhas gerais do que deve ser feito e dos métodos
de fazê-lo, a fim de atingir os objetivos da empresa. (CHIAVENTATO, 2003, p.87).

O ato de planejar requer que você saiba aonde quer chegar, quais resultados deseja
alcançar e escolher a melhor maneira para chegar lá. O planejamento permite que você
alcance seus objetivos com uma maior rapidez.

Dentro de uma organização, o planejamento inclui, além dos objetivos, as diretrizes, o


plano de trabalho, metas, métodos e ferramentas para realização do que foi traçado.

Níveis de Planejamento
O planejamento pode ser realizado nos três níveis da organização: nível estratégico,
nível tático e nível operacional. Vamos conhecer cada um deles? Observe os conceitos
abaixo:

Planejamento estratégico: esse tipo de planejamento ocorre no topo da organização.


É no nível estratégico que as decisões são tomadas a respeito dos objetivos e estratégias
de longo prazo. A responsabilidade de executar o plano estratégico é da alta
administração. Você deve estar-se perguntando: “O que é alta administração?”. Esse
conceito refere-se aos altos gestores e executivos da organização.

Para Kotler (2008), o planejamento estratégico é o processo de desenvolvimento que


mantém um equilíbrio entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças de
oportunidades de mercado.

Planejamento Tático: a palavra “tática” é um elemento que está dentro de uma


estratégia. A estratégia pode ser definida como um conjunto de ações ou os caminhos
percorridos para que você consiga alcançar seus objetivos. As “diretrizes estratégicas são
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os grandes caminhos adotados para melhor interagir com o ambiente, dada a missão a ser
cumprida”. Mosimann (1999, p. 48)

Esse tipo de planejamento faz um desdobramento dos objetivos e ações que são
tomadas no planejamento estratégico, buscando meios para atingi-los. Normalmente, são
de curto ou médio prazo e sua função é otimizar parte do que é planejado
estrategicamente. Além disso, o planejamento tático faz a mediação entre os
planejamentos estratégico e operacional.

Planejamento Operacional: a própria palavra já diz: é a operacionalização


daquilo que é desdobrado no planejamento tático. O foco desse planejamento está em
como fazer, ou seja, nos métodos operacionais e alocação de recursos necessários.

Muito bem! Você conheceu a primeira função de um Administrador. Mas... Será que
planejar é algo realmente simples? Significa colocar um monte de idéias num papel e
tentar cumpri-las? É claro que o planejamento envolve muito mais do que isso. Para
planejar é preciso saber sobre missão, visão, metas, diretrizes e outras informações que
você estudará nas próximas aulas. Conheça agora mais uma função do administrador.
Organizar
Pois bem! Você se lembra do João, o personagem da história inicial dessa aula?
Vamos retomá-lo. Uma vez que não teve jeito de o João fugir de sua responsabilidade de
lavar o carro que havia pedido emprestado a sua mãe, restava-lhe agora preparar os
materiais necessários para obter o maior resultado possível. Ah! E ainda convencer sua
irmã a ajudá-lo. A essa atividade damos o nome de organização. Você se lembra que
durante a primeira aula conhecemos dois conceitos para organização, um referente a um
sistema ou uma estrutura e o outro como função administrativa?

A organização nada mais é do que a forma como recursos humanos e materiais


necessários à execução de um plano serão obtidos. Você sabe o que são recursos
humanos e recursos materiais? Vou tentar explicar. Recursos humanos é o mesmo que
pessoas. As pessoas que foram designadas para executar uma determinada tarefa devem
ter consciência dos métodos, materiais e procedimentos necessários para executá-la. É
função do administrador atrair para a organização pessoas com o maior potencial possível
para exercer o cargo para o qual foram designadas. Já os recursos materiais são todas as
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ferramentas, máquinas e equipamentos necessários à execução do trabalho. Até a forma


como tudo isso está disponibilizado, o que podemos chamar de layout do local, interfere
na execução das atividades. Logo,

"[...] organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em uma estrutura


que facilite a realização de objetivos. O processo de organizar tem como resultado o
ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um todo em partes ordenadas."
(MAXIMIANO, 2002, p. 111).

Dirigir
Depois que o administrador planejou aquilo que é necessário realizar e organizou as
ferramentas que serão utilizadas na execução, ele precisará garantir a execução do plano
por meio das pessoas. É isso mesmo! Podemos dizer que dirigir é o mesmo que liderar.

James Hunter (2004, p. 15) traz o conceito de liderança como sendo “a habilidade de
influenciar pessoas para que trabalhem entusiasticamente visando atingir os objetivos
identificados como sendo para o bem comum”.

Quando existem duas ou mais pessoas reunidas com objetivos comuns, existe a
possibilidade de exercer a liderança. Já o autor Maximiano ao invés de liderar, define o
terceiro passo como executar, ou seja, "o processo de execução consiste em realizar as
atividades planejadas que envolvem dispêndio de energia física e intelectual"
(MAXIMIANO, p. 119, 2002).

Veja que, no primeiro conceito, liderança aparece como sendo uma habilidade. Você
conhece o significado da palavra habilidade? Segundo o Houaiss (2003, p. 354), habilidade
é uma capacidade, uma competência.

De acordo com esse conceito, a habilidade pode ser desenvolvida ao longo do tempo.
Vamos retornar a história principal. Se João designou que sua irmã ficasse responsável por
ajudá-lo a lavar o carro de sua mãe, era necessário que ele garantisse que realmente ela o
fizesse. João separou todas as ferramentas necessárias, ensinou como fazer o trabalho e
acompanhou de perto aquilo que era realizado.

É claro que, muitas vezes, o Administrador não poderá acompanhar de perto o que
seu colaborador faz, porém, ele pode designar pessoas para ajudá-lo nessa atividade. É
por isso que existem os gerentes de área que respondem pelo o que acontece no setor.
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Conheça agora mais uma função do Administrador.

Controlar
Controlar... Essa palavrinha às vezes soa de uma forma muito negativa para a maioria
das pessoas. O fato é que ninguém gosta de ser controlado. E se substituirmos essa
palavra controle por acompanhamento? Você não acha que ela fica mais leve? Então!
Existem várias formas de se realizar o controle de uma atividade: através de relatórios de
produção, gráficos, comparativo de metas, índices de redução de custos, uma infinidade
de situações.

O controle é uma forma de assegurar que tudo ocorre dentro de padrões normais, de
acordo com aquilo que foi planejado.

A mãe de João verificou tudo o que ele e sua irmã realizavam e, de longe, exclamava
“A roda do carro ainda está cheia de barro!!!”... Imagine qual foi o resultado final: um
carro brilhante, pronto para uma próxima aventura!

Estrutura organizacional

Segundo Chiavenato (2002), a estrutura organizacional ou estrutura formal é a


maneira pela qual os cargos estão distribuídos em diversos níveis hierárqui- cos. Todas as
empresas precisam estar organizadas em seu arranjo institucio- nal, ou seja, precisam
estabelecer uma estrutura formal de cargos e funções. Assim, a chamada estrutura
organizacional se refere à disposição dos órgãos e funções existentes na empresa. Essa
estrutura formal ou oficialmente, defi- nida pela direção da empresa é representada pelo
organograma.

Para melhor entender- mos a estrutura organizacional das empresas será


exemplificado, na Figura, os cargos e ór gãos que podem existir dentro de uma estrutura
empresarial:
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A estrutura apresentada na Figura acima, não é uma estrutura fixa, engessada que
deve ser seguida por todas as empresas, pelo contrário, a estrutura organizacional vai ser
constituída para cada tipo de empresa, respeitando suas necessidades, cultura e
funcionalidade.

Referências
ASSUNÇÃO, Profa. Ms. Maria Aparecida de. Modelos de gestão no contexto da
globalização. UNIEURO, Cadernos de Administração Nº 3, Brasília, 2003.

BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: construindo vantagem


competitiva. Editora Atlas, 1998.

CHIAVENATO, Idalberto, Introdução a Teoria Geral da Administração, 7ª edição. Editora


Campus, 2003.

CHIAVENATO, I. Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da


administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

CARAVANTES, G. R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre:


AGE, 1998.

CRAINER, Stuart. Os revolucionários da administração. São Paulo, Editora Futura, 2000.

HOUAISS, Antônio; VILLAR, Sales de Mauro; FRANCO, Mello de Manoel Francisco.


Dicionário Houaiss: sinônimos e antônimos. Editora Objetiva, 2003.

HUNTER, James C. O monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança.


Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2004.

KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e


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