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Disciplina:
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SUMÁRIO
5. ENTIDADES DE CLASSE...................................................................................... 16
5.1 Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn................................................... 16
5.2 Sistema Cofen/Coren’s........................................................................................... 17
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 19
PARTE II - LEGISLAÇÃO DE ENFERMAGEM
1.ÉTICA......................................................................................................................... 20
1.1 Moral...................................................................................................................... 20
2.CÓDIGOS DE ÉTICA.............................................................................................. 21
2.1.Ética profissional.................................................................................................... 22
3. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL DOS TÉCNICOS EM ENFERMAGEM..... 22
4.CEPE........................................................................................................................... 24
5.PERFIL PROFISSIONAL DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM....................... 38
6.ÁREAS DE ATUAÇÃO DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM........................... 39
7.ATRIBUIÇOES DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM........................................ 39
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 40
PARTE III - BIOÉTICA
1.O QUE É BIOÉTICA?.............................................................................................. 41
2.BIOÉTICA x ABORTO............................................................................................ 44
3.BIOÉTICA x EUTANÁSIA...................................................................................... 46
4.BIOÉTICA E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS...................................................... 46
5.BIOÉTICA x PENA DE MORTE............................................................................ 47
6.BIOÉTICA x TRANSGÊNICOS............................................................................. 48
7.BIOÉTICA x BIOPIRATARIA............................................................................... 49
CARTA DOS DIREITOS AOS USUÁRIOS DA SAÚDE........................................ 50
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 59
APRESENTAÇÃO
Este Manual pedagógico aborda temas específicos da formação do Técnico em
Enfermagem integrado ao Ensino Médio. Esta disciplina possui uma carga horária de 60
horas. Elaborado no intuito de qualificar o processo de formação, este Manual é um
instrumento pedagógico que se constitui como um mediador para facilitar o processo de
ensino-aprendizagem em sala de aula, embasado em um método problematizador e
dialógico que aborda os conteúdos de forma lúdica, participativa tornando o aluno
protagonista do seu aprendizado facilitando a apropriação dos conceitos de forma crítica
e responsável. Espera-se através deste material contribuir para consolidação do
compromisso e envolvimento de todos (professores e alunos) na formação desse
profissional tão importante para os serviços de saúde.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final da disciplina os alunos devem ser capazes de...
1. Descrever o processo histórico da profissão de enfermagem e sua participação na
saúde brasileira;
2. Identificar o perfil profissional do Técnico em enfermagem;
3. Identificar as áreas de atuação do Técnico em enfermagem;
4. Relacionar o papel das instituições representativas da categoria de enfermagem;
5. Discutir os princípios do Código de Ética da Enfermagem em sua prática
profissional;
6. Reconhecer as implicações do trabalho em saúde para o trabalhador da saúde.
7. Entender os fundamentos da Bioética e sua relação com a Enfermagem.
ser realizada exclusivamente pela Igreja e a falta de fervor religioso, que ocorreu em meados
da Revolução Protestante, levou-a a uma parcial decadência (PAIXÃO, 1979).
As práticas de saúde pós-monásticas evidenciam a evolução das ações de saúde e, em
especial, do exercício da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da
Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do
século XVI. A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a
evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem.
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Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito
tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das
conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre
depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças utilizam as mesmas dependências,
amontoados em leitos coletivos.
Sob exploração deliberada, considerada um serviço doméstico, pela queda dos padrões
morais que a sustentava, a prática de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativos para as
mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a
Enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que
alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e
sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.
As práticas de saúde no mundo moderno analisam as ações de saúde e, em especial, as
de Enfermagem, sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista.
Ressaltam o surgimento da Enfermagem como atividade profissional institucionalizada. Esta
análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da
Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.
A Enfermagem é concebida como parte integrante da prática médica e como prática
social, mediada pela estrutura das sociedades e, portanto determinada econômica, política e
ideologicamente. Possui seu caráter histórico, pois se transforma e é determinada socialmente
(MELO et al.,1987).
1.1. A Evolução da Assistência à Saúde nos Períodos Históricos
- Período Pré-Cristão
Neste período as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder
do demônio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e
enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por
meio de sacrifícios. Usavam-se: massagens, banhos de água fria ou quente, purgativos,
substâncias provocadoras de náuseas. Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos
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operações de lábio. Tratamento: anemias indicavam ferro e fígado; doenças da pele aplicavam
o arsênico. Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A
cirurgia não evoluiu devido a proibição da dissecação de cadáveres.
- Japão
Os japoneses aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a única
terapêutica era o uso de águas termais.
- Grécia
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As primeiras teorias gregas se prendiam à mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da
saúde e da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e
retiravam corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina
era exercida pelos sacerdotes-médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento:
banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral. Dava-se valor à beleza
física, cultural e a hospitalidade. O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos
anatômicos. O nascimento e a morte eram considerados impuros, causando desprezo pela
obstetrícia e abandono dos doentes graves. A medicina tornou-se científica, graças a
Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram causadas por maus espíritos.
Hipócrates é considerado o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagnóstico,
prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças como: tuberculose, malária, histeria,
neurose, luxações e fraturas. Seu princípio fundamental na terapêutica consistia em "não
contrariar a natureza, porém auxiliá-la a reagir". Tratamentos usados: massagens, banhos,
ginásticas, dietas, sangrias, ventosas, vomitórios, purgativos e calmantes, ervas medicinais e
medicamentos minerais.
- Roma
A medicina não teve prestígio em Roma. Durante muito tempo era exercida por
escravos ou estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro. O indivíduo
recebia cuidados do Estado como cidadão destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e
vigoroso. Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas, água pura e
abundante e redes de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via Ápia. O
desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influência do povo grego. O cristianismo
foi a maior revolução social de todos os tempos. Influiu positivamente através da reforma dos
indivíduos e da família. Os cristãos praticavam a caridade, que movia os pagãos: "Vede como
eles se amam". Desde o início do cristianismo os pobres e enfermos foram objeto de cuidados
especiais por parte da Igreja.
2. ENFERMAGEM MODERNA
O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. É na
reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal
responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplina e
seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então.
Naquela época, estiveram sob piores condições, devido à predominância de doenças
infecto-contagiosas e a falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos
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continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem
esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior
conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada.
É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é
convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em
combate na Guerra da Criméia.
2.1. Período Florence Nightingale
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía
inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe
permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias.
Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim.
No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma,
estudando as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e
decide servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.
Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda
insuficiente. Visita o Hospital de Dublin dirigido pelas Irmãs de Misericórdia, Ordem
Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de Caridade de São
Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris.
Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em 1854, a Inglaterra, a
França e a Turquia declaram guerra à Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se
no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.
Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de
diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e
principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem
dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de
lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo
e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de inválida.
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ser formada uma Seção. Em 1955, esse número foi elevado a 10 (dez). Em 1952, a
Associação foi considerada de Utilidade Pública pelo Decreto nº 31.416/52. Em 21 de agosto
de 1964, foi mudada a denominação para Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn, com
sede em Brasília, funciona através de Seções formadas nos Estados, e no Distrito Federal, as
quais, por sua vez, poderão subdividir-se em Distritos formados nos Municípios das Unidades
Federativas da União.
- Finalidades da ABEn: Congregar os enfermeiros e técnicos em enfermagem, incentivar o
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espírito de união e solidariedade entre as classes; Promover o desenvolvimento técnico,
científico e profissional dos integrantes de Enfermagem do País; Promover integração às
demais entidades representativas da Enfermagem, na defesa dos interesses da profissão.
- Estrutura ABEn (É constituída pelos seguintes órgãos, com jurisdição nacional): a)
Assembléia de delegados; b) Conselho Nacional da ABEn (CONABEn); c) Diretoria Central;
d) Conselho Fiscal.
- Realizações da ABEn:
- Congresso Brasileiro em Enfermagem: Uma das formas eficazes que a ABEn utiliza para
beneficiar a classe dos enfermeiros, reunindo enfermeiros de todo o país nos Congressos para
fortalecer a união entre os profissionais, aprofundar a formação profissional e incentivar o
espírito de colaboração e o intercâmbio de conhecimentos.
- Revista Brasileira de Enfermagem: A Revista Brasileira de Enfermagem é Órgão Oficial,
publicado bimestralmente e constitui grande valor para a classe, pois trata de assuntos
relacionados à saúde, profissão e desenvolvimento da ciência. A idéia da publicação da
Revista surgiu em 1929, quando Edith Magalhães Franckel, Raquel Haddock Lobo e Zaira
Cintra Vidal participaram do Congresso do I.C.N. em Montreal, Canadá. Numa das reuniões
de redatoras da Revista, Miss Clayton considerou indispensável ao desenvolvimento
profissional a publicação de um periódico da área. Em maio de 1932 foi publicado o 1º
número com o nome de "Anais de Enfermagem", que permaneceu até 1954. No VII
Congresso Brasileiro de Enfermagem foi sugerida e aceita a troca do nome para "Revista
brasileira de enfermagem"- ABEn (REBen). Diversas publicações estão sendo levadas a
efeito: Manuais, Livros didáticos, Boletim Informativo, Resumo de Teses, Jornal de
Enfermagem.
5.2 Sistema Cofen/Coren’s
- Histórico: Criação- Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados os
Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias
Federais, vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. O Conselho Federal e os
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identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral
comum.
A Moral tem por objeto o comportamento humano regido por regras e valores morais,
que se encontram gravados em nossas consciências, comportamento resultante de decisão da
vontade, que torna o homem, por ser livre, responsável por sua culpa quando agir contra as
regras morais, tem relações muito próximas com o Direito. A Justiça, valor jurídico
fundamental é valor moral.
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Por exemplo, a forma concreta como a ética é vivida, depende de cada cultura que é
sempre diferente da outra. Um indígena, um chinês, um africano vivem do seu jeito o amor, o
cuidado, a solidariedade e o perdão. Esse jeito diferente chamamos de moral. Ética existe uma
só para todos. Moral existem muitas, são as maneiras diferentes como os seres humanos
organizam a vida. Exemplificando: Importante é ter uma casa (ética). O estilo e a maneira de
construí-la pode variar (moral). Pode ser simples, rústica, moderna, colonial, gótica, contanto
que seja casa habitável. Assim é com a ética e a moral (LEONARDO BOFF).
2.CÓDIGOS DE ÉTICA
Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Num país, por
exemplo, sacrificar animais para pesquisa científica pode ser ético. Em outro país, esta atitude
pode desrespeitar os princípios éticos estabelecidos de não utilização de animais para estes
fins. Aproveitando o exemplo, a ética na área de pesquisas biológicas é denominada bioética.
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética
de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica,
ética profissional (trabalho), ética empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética
jornalística, ética na política, etc.
Num contexto geral, podem ser citados aqui alguns pontos importantes para o dia a dia
da organização e ao ambiente do trabalho no sentido ético que buscam melhor e maior
aproveitamento do profissional:
- Maior nível de produção na empresa;
- Favorecimento para a criação de um ambiente de trabalho harmonioso, respeitoso e
agradável;
- Aumento no índice de confiança entre os funcionários.
Importante destacar ainda alguns exemplos de atitudes éticas que todo trabalhador
deve ter o cuidado e praticar o ambiente de trabalho, mais especificamente:
- Educação e respeito entre os funcionários;
- Cooperação e atitudes que visam à ajuda aos colegas de trabalho;
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RESOLVE:
Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, conforme o anexo
desta Resolução, para observância e respeito dos profissionais de Enfermagem, que poderá ser
consultado através do sítio de internet do Cofen (www.cofen.gov.br).
Art. 2º Este Código aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de
Enfermagem, Obstetrizes e Parteiras, bem como aos atendentes de Enfermagem.
Art. 3º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem.
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Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por proposta
de 2/3 dos Conselheiros Efetivos do Conselho Federal ou mediante proposta de 2/3 dos
Conselhos Regionais.
Parágrafo Único. A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a
categoria, coordenada pelos Conselhos Regionais, sob a coordenação geral do Conselho
Federal de Enfermagem, em formato de Conferência Nacional, precedida de Conferências
Regionais.
Art. 5º A presente Resolução entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias a partir da data de sua
publicação no Diário Oficial da União, revogando-se as disposições em contrário, em especial
a Resolução Cofen nº 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007.
Brasília, 6 de novembro de 2017.
ANEXO DA RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017
PREÂMBULO
O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem – CEPE, norteou-se por princípios fundamentais, que representam imperativos
para a conduta profissional e consideram que a Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática
social, indispensável à organização e ao funcionamento dos serviços de saúde; tem como
responsabilidades a promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e doenças e o
alívio do sofrimento; proporciona cuidados à pessoa, à família e à coletividade; organiza suas
ações e intervenções de modo autônomo, ou em colaboração com outros profissionais da área;
tem direito a remuneração justa e a condições adequadas de trabalho, que possibilitem um
cuidado profissional seguro e livre de danos. Sobretudo, esses princípios fundamentais
reafirmam que o respeito aos direitos humanos é inerente ao exercício da profissão, o que
inclui os direitos da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança pessoal, à
livre escolha, à dignidade e a ser tratada sem distinção de classe social, geração, etnia, cor,
crença religiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença, identidade de gênero, orientação
sexual, nacionalidade, convicção política, raça ou condição social.
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Inspirado nesse conjunto de princípios é que o Conselho Federal de Enfermagem, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de 12 de julho de
1973, aprova e edita esta nova revisão do CEPE, exortando os profissionais de Enfermagem à
sua fiel observância e cumprimento.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão do cuidado prestado nos
diferentes contextos socioambientais e culturais em resposta às necessidades da pessoa,
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família e coletividade.
O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em consonância com os
preceitos éticos e legais, técnico-científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades com
competência para promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os Princípios
da Ética e da Bioética, e participa como integrante da equipe de Enfermagem e de saúde na
defesa das Políticas Públicas, com ênfase nas políticas de saúde que garantam a
universalidade de acesso, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da
autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização
político-administrativa dos serviços de saúde.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento próprio da profissão e nas
ciências humanas, sociais e aplicadas e é executado pelos profissionais na prática social e
cotidiana de assistir, gerenciar, ensinar, educar e pesquisar.
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS
Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental,
autonomia, e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e
pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos.
Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e
psicológica à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção dos direitos
dos profissionais de enfermagem.
Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, do
exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência, trabalho e
remuneração, observados os parâmetros e limites da legislação vigente.
Art. 4º Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar com
responsabilidade, autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e legais da profissão.
Art. 5º Associar-se, exercer cargos e participar de Organizações da Categoria e Órgãos de
Fiscalização do Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais.
Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe, a responsabilidade será atribuída na
medida do(s) ato(s) praticado(s) individualmente.
Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade
profissional, exceto nos casos previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com o
consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante ou responsável legal.
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de
falecimento da pessoa envolvida.
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§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de ameaça à vida e à dignidade, na
defesa própria ou em atividade multiprofissional, quando necessário à prestação da
assistência.
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer perante a
autoridade e, se for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção do sigilo profissional.
§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de responsabilização criminal,
independentemente de autorização, de casos de violência contra: crianças e adolescentes;
idosos; e pessoas incapacitadas ou sem condições de firmar consentimento.
§ 5º A comunicação externa para os órgãos de responsabilização criminal em casos de
violência doméstica e familiar contra mulher adulta e capaz será devida, independentemente
de autorização, em caso de risco à comunidade ou à vítima, a juízo do profissional e com
conhecimento prévio da vítima ou do seu responsável.
Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão quanto ao conteúdo e imagem
veiculados nos diferentes meios de comunicação e publicidade.
Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o aperfeiçoamento técnico-científico, ético-
político, socioeducativo e cultural dos profissionais de Enfermagem sob sua supervisão e
coordenação.
Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, socioeducativos e
culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.
Art. 56 Estimular, apoiar, colaborar e promover o desenvolvimento de atividades de ensino,
pesquisa e extensão, devidamente aprovados nas instâncias deliberativas.
Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa envolvendo seres humanos.
Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos autorais no processo de pesquisa, em todas
as etapas.
Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e
legalmente apto para o desempenho seguro para si e para outrem.
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou fatos, e inserir imagens que possam
identificar pessoas ou instituições sem prévia autorização, em qualquer meio de comunicação.
Art. 87 Registrar informações incompletas, imprecisas ou inverídicas sobre a assistência de
Enfermagem prestada à pessoa, família ou coletividade.
Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir
que suas ações sejam assinadas por outro profissional.
Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos a terceiros que não estão
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diretamente envolvidos na prestação da assistência de saúde ao paciente, exceto quando
autorizado pelo paciente, representante legal ou responsável legal, por determinação judicial.
Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício profissional
quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão de Ética de
Enfermagem.
Art. 91 Delegar atividades privativas do(a) Enfermeiro(a) a outro membro da equipe de
Enfermagem, exceto nos casos de emergência.
Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas a outros membros da equipe de
saúde.
Art. 92 Delegar atribuições dos(as) profissionais de enfermagem, previstas na legislação, para
acompanhantes e/ou responsáveis pelo paciente.
Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica nos casos da atenção domiciliar para o
autocuidado apoiado.
Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da assistência prestada aos pacientes sob seus
cuidados realizados por alunos e/ou estagiários sob sua supervisão e/ou orientação.
Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular, que
esteja sob sua responsabilidade em razão do cargo ou do exercício profissional, bem como
desviá-lo em proveito próprio ou de outrem.
Art. 95 Realizar ou participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, em que os direitos
inalienáveis da pessoa, família e coletividade sejam desrespeitados ou ofereçam quaisquer
tipos de riscos ou danos previsíveis aos envolvidos.
Art. 96 Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa, família e
coletividade.
Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como usá-los para fins diferentes
dos objetivos previamente estabelecidos.
Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o participante do estudo e/ou
instituição envolvida, sem a autorização prévia.
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47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62, 65, 66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82,
83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos
artigos: 28, 29, 30, 31, 32, 35, 36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63,
64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88,
89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos
39
artigos: 31, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67,68, 69, 70, 71,
73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100,
101 e 102.
Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao
que está estabelecido nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62, 63, 64, 68, 69,
70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 82, 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.
Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de
infrações ao que está estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82, 83, 94, 96 e 97.
5.PERFIL PROFISSIONAL DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
De acordo com dados do COFEN, é uma profissão que possui maioria feminina,
embora nos últimos anos o número de homens atuando na área tenha aumentado. A classe dos
Técnicos em Enfermagem apresenta maioria em relação aos enfermeiros. A maior parcela dos
profissionais tem entre 31-35 anos de idade. A região sudeste do Brasil concentra o maior
número desses profissionais. Há forte identificação dos profissionais com sua área de atuação,
vendo nela a origem de seu crescimento pessoal e intelectual. Ser técnico, portanto, é o
mesmo que ser auxiliar e, ocasionalmente, desempenhar algumas funções do enfermeiro. A
diferença apontada entre o auxiliar e o técnico é apenas no nível de conhecimentos teóricos, o
que faz com que este último seja consequentemente, mais qualificado.
6.ÁREAS DE ATUAÇÃO DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O Técnico em Enfermagem é o profissional que atuará, em conjunto com o
enfermeiro, na prestação de cuidados aos pacientes em situações críticas e emergenciais, em
todas as unidades hospitalares como: Centro obstétrico, Centro cirúrgico, UTI e sala de
emergência. Esse profissional é responsável ainda pelo apoio a tarefas administrativas, como
por exemplo, elaboração de escalas de trabalho. Os campos de atuação são: Hospitais,
clínicas, redes ambulatoriais, Unidades Básicas de Saúde, consultórios médicos, laboratórios
de análises clínicas e unidades de diagnóstico, creches, SPA’s, instituições de ressocialização,
abrigos, casas de repouso, dentre outros.
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onde o profissional de enfermagem deve ir com o intuito de salvar vidas?” ou ainda, “Que
fazer diante de pacientes que recusam determinados tratamentos ou medicamentos?”.
A Bioética possui como uma de suas características principais a de ser uma ciência na
qual o Homem é sujeito e não somente objeto. Funda-se em quatro princípios: autonomia,
beneficência, justiça e não-maleficência.
Beneficência: trata-se do critério mais antigo da ética médica. Resume-se em fazer o
bem ao paciente. Este princípio impõe ao profissional da área da saúde o dever de promover
42
o bem ao paciente por meio do desempenho de suas funções. Pautado nesse princípio o
profissional deve promover atitudes, práticas e procedimentos em benefícios do outro.
Autonomia: um dos norteadores da Bioética. Trata-se da capacidade de decisão do
paciente. Decidir em não aceitar determinado tratamento ou mesmo medicação. Também
pode decidir o melhor horário para o seu banho no leito. A autonomia dá ao ser humano a
capacidade para agir de acordo com sua vontade por meio de escolhas que estão ao seu
alcance e diante de objetivos por ele estabelecidos. Para que os profissionais de saúde
exerçam esse principio é necessário respeitar o indivíduo, sua cultura, ideias e crenças. Nós
da enfermagem, temos o dever de sermos educadores. A proximidade que temos com o
paciente propicia a criação de elo e confiança, o que nos ajuda nesse processo. Cabe a nós
a responsabilidade de fornecer informações claras e consistentes para auxiliar na tomada de
decisão. Estamos diretamente envolvidos no processo de empoderamento dos pacientes para
que os mesmos possam exercer cada vez mais sua autonomia.
Justiça: todo ser humano merece atenção e cuidado e deve ser tratado com igualdade,
imparcialidade e toda atenção a atenção necessária nos serviços de saúde. Precisa-se de muita
cautela para que não haja injustiça social. Este conceito fundamenta-se na premissa de que as
pessoas têm direito a terem suas necessidades de saúde atendidas livres de preconceitos ou
segregações sociais. O princípio da justiça fortalece- se na lei 8080 que dispõe: “a saúde é
um direito fundamental do ser humano, devendo o estado prover condições indispensáveis ao
seu pleno exercício”.
Não-maleficência: ou a obrigação de não causar danos, e beneficência ou a obrigação
de prevenir danos, retirar danos e promover o bem. Esse princípio determina a obrigação de
não infligir dano intencionalmente. Ou seja, o desempenho das atribuições dos profissionais
de saúde não devem ocasionar nenhum dano ao paciente assistido.
Ao profissional de enfermagem cabe prestar assistência individualizada e holística,
respeitando as peculiaridades de cada ser. Nas ações em saúde, respeitar ao outro, significa
2.BIOÉTICA x ABORTO
De acordo com estudos realizados no contexto da Bioética, o aborto é um dos temas
que absorve maior atenção no sentido das produções científicas, dos debates e dos congressos
realizados, a fim de manifestar a diferença entre moral e ética.
Mas o que vem a ser um aborto? É a interrupção da gravidez antes do seu término
natural, com a morte do concepto.
Tipos de Aborto:
44
Espontâneo: Acontece sem intervenção humana.
Provocado: Desencadeado por atitude humana intencional ou não.
Abortamento direto: É toda ação ou intervenção que tenha como fim ou como meio a
expulsão do concepto inviável.
Abortamento indireto: É toda intervenção que indiretamente tenha como efeito a expulsão do
concepto inviável.
Abortamento criminoso: É a expulsão voluntária, provocada, do concepto inviável.
Aspecto subjetivo: Intenção de provocar o aborto.
Aspecto objetivo: Expulsão e a morte do concepto.
O aborto e o código penal brasileiro
Art. 124: Provocar aborto em si mesma ou consentir que outro lho provoque. Pena: Detenção
de 1 a 3 anos.
Art. 125: Provocar aborto sem o consentimento da gestante. Pena: Reclusão de 3 a 10 anos.
Art. 126: Provocar aborto com o consentimento da gestante. Pena: Reclusão de 1 a 4 anos.
Parágrafo único: Aplica-se a pena dos 2 artigos anteriores se a gestante não é maior de 14
anos ou é alienada ou débil mental ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave
ameaça ou violência.
Art. 127: As penas cominadas nos 2 artigos anteriores são aumentadas de 1/3 se, em
conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão
corporal de natureza grave, e são duplicadas se por qualquer dessas causas lhe sobrevêm a
morte.
Art. 128: Não se pune aborto provocado por médico: 1) se não há outro meio de salvar a vida
da mãe; 2) se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
O aborto e o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
Art. 45: “É proibido provocar aborto ou cooperar em prática destinada a interromper a
gestação.”
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“Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de acordo com sua consciência,
sobre sua participação ou não no ato abortivo.”
Basicamente, pode-se reduzir as situações de aborto a quatro grandes tipos:
1. Interrupção eugênica da gestação (IEG): são os casos de aborto ocorridos em nome
de práticas eugênicas, isto é, situações em que se interrompe a gestação por valores racistas,
sexistas, étnicos, etc. Comumente, sugere-se o praticado pela medicina nazista como exemplo
de IEG quando mulheres foram obrigadas a abortar por serem judias, ciganas ou negras.
45
Regra geral, a IEG processa-se contra a vontade da gestante, sendo esta obrigada a abortar;
2. Interrupção terapêutica da gestação (ITG): são os casos de aborto ocorridos em
nome da saúde materna, isto é, situações em que se interrompe a gestação para salvar a vida
da gestante. Hoje em dia, em face do avanço científico e tecnológico ocorrido na medicina, os
casos de ITG são cada vez em menor número, sendo raras as situações terapêuticas que
exigem tal procedimento;
3. Interrupção seletiva da gestação (ISG): são os casos de aborto ocorridos em nome
de anomalias fetais, isto é, situações em que se interrompe a gestação pela constatação de
lesões fetais. Em geral, os casos que justificam as solicitações de ISG são de patologias
incompatíveis com a vida extra-uterina, sendo o exemplo clássico o da anencefalia;
4. Interrupção voluntária da gestação (IVG): são os casos de aborto ocorridos em nome da
autonomia reprodutiva da gestante ou do casal, isto é, situações em que se interrompe a
gestação porque a mulher ou o casal não mais deseja a gravidez, seja ela fruto de um estupro
ou de uma relação consensual. Muitas vezes, as legislações que permitem a IVG impõem
limites gestacionais à prática.
Com exceção da IEG, todas as outras formas de aborto, por princípio, levam em
consideração a vontade da gestante ou do casal em manter a gravidez. Para a maioria dos
bioeticistas, esta é uma diferença fundamental entre as práticas, uma vez que o valor-
autonomia da paciente é um dos pilares da teoria principialista, hoje a mais difundida na
Bioética. Assim, no que concerne à terminologia, trataremos mais especificamente dos três
últimos tipos de aborto, por serem os que mais diretamente estão em pauta na discussão
bioética.
3.BIOÉTICA x EUTANÁSIA
Definição de eutanásia:1) Morte serena, sem sofrimento. 2) Prática, sem amparo legal, pela
qual se busca abreviar sem dor ou sofrimento a vida dum enfermo incurável e
terminal. Fonte: Míni Aurélio, 6ª edição revista e atualizada (2004).
Suicídio assistido: Ocorre quando uma pessoa, que não consegue concretizar sozinha sua
intenção de morrer, solicita o auxílio de outro indivíduo. Tal prática é feita, geralmente, por
atos, como prescrição de doses altas de medicação e/ou indicação de uso.
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A eutanásia é praticada por terceiros, e geralmente em casos nos quais o indivíduo está
inconsciente. Ela e o suicídio assistido não são aceitos no Brasil. Outros termos importantes
são:
- Ortotanásia, que se refere à morte que ocorre de forma natural. Em alguns casos, ela está
relacionada à suspensão de procedimentos em casos de pacientes terminais permitindo, por
exemplo, que voltem para casa.
- Distanásia, que seria o prolongamento do momento da morte, por meio da utilização de
fármacos e aparelhagens.
Sugestão de filme para assimilação dos conhecimentos: “You Don't Know Jack”, sobre a vida
de Jack Kevorkian: o famoso doutor morte.
4.BIOÉTICA E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
A obtenção de órgãos de doador vivo tem sido muito utilizada, ainda é útil, porém é
igualmente questionável desde o ponto de vista ético. Este tipo de doação somente tem sido
aceito quando existe relação de parentesco entre doador e receptor. A utilização de órgãos de
doadores cadáveres tem sido a solução mais promissora para o problema da demanda
excessiva. O problema inicial foi o estabelecimento de critérios para caracterizar a morte do
indivíduo doador. A mudança do critério cardiorrespiratório para o encefálico possibilitou um
grande avanço neste sentido. Os critérios para a caracterização de morte encefálica foram
propostos, no Brasil, pelo Conselho Federal de Medicina através da resolução CFM 1480/97.
Na doação de órgãos por cadáver muda-se a discussão da origem para a forma de
obtenção: doação voluntária, consentimento presumido, manifestação
compulsória ou abordagem de mercado.
Em 16 de janeiro de 1997, foi aprovada, pelo Congresso Nacional, após uma longa
discussão, a nova lei de transplantes ( Lei 9434/97), sancionada pelo Presidente da República
em 4 de fevereiro de 1997, que altera a forma de obtenção para consentimento presumido. A
legislação anteriormente vigente (Lei 8489/92 e o Decreto 879/93) estabeleciam o critério da
doação voluntária. Em março de 2001 houve uma nova mudança, através da lei 10211, que dá
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plenos poderes para a família doar ou não os órgãos de cadáver. Todas as manifestações de
vontade constantes em documentos foram tornadas sem efeito.
Ao longo de poucos anos, houve uma mudança muito grande na abordagem desta
questão no Brasil . No período de 1968 a 1997 era válida a vontade do individuo, na sua
ausência a família poderia se manifestar. A partir de 1997 houve a mudança para a
possibilidade da utilização dos cadáveres sem a participação da família, salvo manifestação
individual em contrário. Desde março de 2001, apenas a família tem poderes para permitir ou
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não a doação, sem que haja espaço legal para a manifestação do indivíduo. Recentemente foi
apresentada uma proposta inusitada. Um projeto de lei, de junho de 2004, propõe a utilização
intervivos de órgãos de condenados a penas superiores a 30 anos de reclusão.
A alocação dos órgãos para transplante, assim como de outros recursos escassos deve
ser feita em dois estágios. O primeiro estágio deve ser realizado pela própria equipe de saúde,
contemplando os critérios de elegibilidade, de probabilidade de sucesso e de progresso à
ciência, visando a beneficência ampla. O segundo estágio, a ser realizada por um Comitê de
Bioética, pode utilizar os critérios de igualdade de acesso, das probabilidades estatísticas
envolvidas no caso, da necessidade de tratamento futuro, do valor social do indivíduo
receptor, da dependência de outras pessoas, entre outros critérios mais.
5.BIOÉTICA x PENA DE MORTE
É bastante comum sermos surpreendidos com algum relato de pena de morte nos
meios de comunicação, sobretudo quando a sentença está prestes a acontecer. Recentemente
nos deparamos com a execução do brasileiro Rodrigo Goulart (foi preso em julho de 2004
após tentar entrar no país com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe) na
Indonésia. A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, pediu clemência diante do caso, mas não
foi atendida. Esse fato desencadeou mais uma vez a discussão sobre a legitimidade da pena de
morte. Todavia desde tempos primórdios o ser humano pretendendo fazer justiça tira a vida
seu semelhante. Cenas como a crucificação de Cristo, a morte de Sócrates e até a execução de
Tiradentes surgem imediatamente no campo da memória do povo. O assunto já foi debatido
no mundo todo na medida em que se aparecem novas execuções. Alguns países ainda hoje
não abrem mão desta prática letal. Estados Unidos, Indonésia e China são os mais citados.
Realizam tais atos por acharem que essa pedagogia diminui a criminalidade.
No Brasil a pena de morte foi definitivamente banida pelo Imperador Dom Pedro II,
em virtude do enforcamento equivocado de um fazendeiro. Para crimes comuns, porém,
apenas a partir da Proclamação da República a pena capital foi definitivamente abolida. Para
crimes de caráter militar a pena de morte ainda continuou a vigorar, nos casos de guerra
declarada, até hoje.
6.BIOÉTICA x TRANSGÊNICOS
Os organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, são aquele que
tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo inseridos em seu código genético. O
processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada
característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar estas
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características, por exemplo:“ Salmão, truta e arroz que contêm um gene humano introduzido;
batatas com um gene de galinha; pepino e tomates com genes de vírus e bactérias.”
Quando surgiram os primeiros transgênicos?
As primeiras plantas transgênicas, ou seja, obtidas por engenharia genética,
começaram a ser testadas em campo no início da década de 80. relata-se que os estudos em
biotecnologia se desenvolveram a partir do final do século XVIII e do início do século XIX.
Mas já na Antiguidade o homem utilizava microoganismos para fazer pão, cerveja e vinho.
Este é o início da utilização de microorganismos para criar novos e diferentes alimentos. A
partir do século XIX, com o progresso da técnica e da ciência, especialmente da
microbiologia, aconteceram grandes avanços na tecnologia das fermentações.
Principais alimentos transgênicos
Os principais cultivos de transgênicos hoje são o de soja, milho, algodão e batata.
Entretanto já existem em fase de testes banana, brócolis, café, cenoura, morango e trigo. No
Brasil, a Embrapa estuda os transgênicos desde 1981. O primeiro projeto introduziu genes da
castanha-do-pará no feijão para aumentar seu valor nutricional. Hoje a Embrapa trabalha com
soja, banana, algodão, abacaxi, batata, entre outros.
Rótulo para transgênicos
Os produtos que contenham mais de 1% de matéria-prima transgênica não devem ser
consumidos. A rotulação, além de possibilitar ao cidadão o direito de saber o que está
consumindo, permite identificar com mais facilidade a causa de problemas de saúde, caso
venham a ocorrer após o consumo.
“Alimento Seguro” x “Segurança Alimentar”
Esta talvez seja a questão mais importante quando falamos de bioética. Frente a isto,
há duas incômodas questões: a primeira é a de que, como aprendizes, poderemos sofrer as
consequências de um conhecimento parcial, ao superestimar nossa capacidade de prever e
controlar as cadeias causais que se iniciarão a partir da aplicação das novas biotecnologias. A
outra questão está no âmbito dos valores que guiam nossas ações. Ou seja, mesmo que
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Todos os cidadãos têm direito ao acesso às ações e aos serviços de promoção, proteção
e recuperação da saúde promovidos pelo Sistema Único de Saúde:
I. O acesso se dará prioritariamente pelos Serviços de Saúde da Atenção Básica
próximos ao local de moradia.
II. Nas situações de urgência/emergência, o atendimento se dará de forma incondicional,
em qualquer unidade do sistema.
III. Em caso de risco de vida ou lesão grave, deverá ser assegurada a remoção do usuário
52
em condições seguras, que não implique maiores danos, para um estabelecimento
de saúde com capacidade para recebê-lo.
IV. O encaminhamento à Atenção Especializada e Hospitalar será estabelecido em função
da necessidade de saúde e indicação clínica, levando-se em conta critérios de
vulnerabilidade e risco com apoio de centrais de regulação ou outros mecanismos
que facilitem o acesso a serviços de retaguarda.
V. Quando houver limitação circunstancial na capacidade de atendimento do serviço de
saúde, fica sob responsabilidade do gestor local a pronta resolução das condições
para o acolhimento e devido encaminhamento do usuário do SUS, devendo ser
prestadas informações claras ao usuário sobre os critérios de priorização do acesso
na localidade por ora indisponível. A prioridade deve ser baseada em critérios de
vulnerabilidade clínica e social, sem qualquer tipo de discriminação ou privilégio.
VI. As informações sobre os serviços de saúde contendo critérios de acesso, endereços,
telefones, horários de funcionamento, nome e horário de trabalho dos
profissionais das equipes assistenciais devem estar disponíveis aos cidadãos nos
locais onde a assistência é prestada e nos espaços de controle social.
VII. O acesso de que trata o caput inclui as ações de proteção e prevenção relativas a riscos
e agravos à saúde e ao meio ambiente, as devidas informações relativas às ações
de vigilância sanitária e epidemiológica e os determinantes da saúde individual e
coletiva.
VIII. A garantia à acessibilidade implica o fim das barreiras arquitetônicas e de
comunicabilidade, oferecendo condições de atendimento adequadas,
especialmente a pessoas que vivem com deficiências, idosos e gestantes.
O SEGUNDO PRINCÍPIO assegura ao cidadão o tratamento adequado e efetivo para
seu problema, visando à melhoria da qualidade dos serviços prestados.
IX. Ter liberdade de procurar segunda opinião ou parecer de outro profissional ou serviço
sobre seu estado de saúde ou sobre procedimentos recomendados, em qualquer fase do
tratamento.
X. Ser prévia e expressamente informado quando o tratamento proposto for experimental
ou fizer parte de pesquisa, decidindo de forma livre e esclarecida, sobre sua
participação.
XI. Saber o nome dos profissionais que trabalham nas unidades de saúde, bem como dos
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gerentes e/ou diretores e gestor responsável pelo serviço.
XII. Ter acesso aos mecanismos de escuta para apresentar sugestões, reclamações e
denúncias aos gestores e às gerências das unidades prestadoras de serviços de saúde e
às ouvidorias, sendo respeitada a privacidade, o sigilo e a confidencialidade.
XIII. Participar dos processos de indicação e/ou eleição de seus representantes nas
conferências, nos conselhos nacional, estadual, do Distrito Federal, municipal e
regional ou distrital de saúde e conselhos gestores de serviços.
O QUINTO PRINCÍPIO assegura as responsabilidades que o cidadão também deve ter
para que seu tratamento aconteça de forma adequada.
Todo cidadão deve se comprometer a:
I. Prestar informações apropriadas nos atendimentos, nas consultas e nas internações sobre
queixas, enfermidades e hospitalizações anteriores, história de uso de medicamentos
e/ou drogas, reações alérgicas e demais indicadores de sua situação de saúde.
II. Manifestar a compreensão sobre as informações e/ou orientações recebidas e, caso
subsistam dúvidas, solicitar esclarecimentos sobre elas.
III. Seguir o plano de tratamento recomendado pelo profissional e pela equipe de saúde
responsável pelo seu cuidado, se compreendido e aceito, participando ativamente do
projeto terapêutico.
IV. Informar ao profissional de saúde e/ou à equipe responsável sobre qualquer mudança
inesperada de sua condição de saúde.
V. Assumir responsabilidades pela recusa a procedimentos ou tratamentos recomendados
e pela inobservância das orientações fornecidas pela equipe de saúde.
VI. Contribuir para o bem-estar de todos que circulam no ambiente de saúde, evitando
principalmente ruídos, uso de fumo, derivados do tabaco e bebidas alcoólicas,
colaborando com a limpeza do ambiente.
VII. Adotar comportamento respeitoso e cordial com os demais usuários e trabalhadores da
saúde.
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VIII. Ter sempre disponíveis para apresentação seus documentos e resultados de exames
que permanecem em seu poder.
IX. Observar e cumprir o estatuto, o regimento geral ou outros regulamentos do espaço de
saúde, desde que estejam em consonância com esta carta.
X. Atentar para situações da sua vida cotidiana em que sua saúde esteja em risco e as
possibilidades de redução da vulnerabilidade ao adoecimento.
XI. Comunicar aos serviços de saúde ou à vigilância sanitária irregularidades relacionadas
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ao uso e à oferta de produtos e serviços que afetem a saúde em ambientes públicos e
privados.
XII. Participar de eventos de promoção de saúde e desenvolver hábitos e atitudes saudáveis
que melhorem a qualidade de vida.
O SEXTO PRINCÍPIO assegura o comprometimento dos gestores para que os
princípios anteriores sejam cumpridos.
Os gestores do SUS, das três esferas de governo, para observância desses
princípios, se comprometem a:
I. Promover o respeito e o cumprimento desses direitos e deveres com a adoção de medidas
progressivas para sua efetivação.
II. Adotar as providências necessárias para subsidiar a divulgação desta carta, inserindo
em suas ações as diretrizes relativas aos direitos e deveres dos usuários, ora
formalizada.
III. Incentivar e implementar formas de participação dos trabalhadores e usuários nas
instâncias e nos órgãos de controle social do SUS.
IV. Promover atualizações necessárias nos regimentos e estatutos dos serviços de
saúde, adequando-os a esta carta.
V. Adotar formas para o cumprimento efetivo da legislação e normatizações do
sistema de saúde.
I – RESPONSABILIDADE PELA SAÚDE DO CIDADÃO Compete ao município
“prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do estado, serviços de
atendimento à saúde da população” – Constituição da República Federativa do Brasil,
art. 30, item VII.
II – RESPONSABILIDADES PELA GESTÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE –
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 A. DOS GOVERNOS MUNICIPAIS
E DO DISTRITO FEDERAL:
1 – Gerenciar e executar os serviços públicos de saúde.
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REFERÊNCIAS
Article printed from Cofen – Conselho Federal de Enfermagem: http://www.cofen.gov.br
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FONTES DE LEITURA SUGERIDAS
Revista Bioética
Cadernos de Bioética
www.ufrgs.br/bioetica
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!