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Argentina Mutine
Fátima Iva Tembe

Glória Alexandre Cumbane

Isabel Bruno Come

Quim Alfredo

A Relação entre Ética do Professor e o Regulamento Interno da Escola Privada:


Um olhar sobre a Teoria de Kohlberg

Licenciatura em Ensino Básico

4° Ano

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
iv

Argentina Mutine
Fátima Iva Tembe

Glória Alexandre Cumbane

Isabel Bruno Come

Quim Alfredo

A Relação entre Ética do Professor e o Regulamento Interno da Escola Privada:


Um olhar sobre a Teoria de Kohlberg

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo
v

2022

Índice
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS..............................................................................iii

0. INTRODUÇÃO..................................................................................................................4

0.1. Problematização..............................................................................................................4

0.2. Justificativa.....................................................................................................................5

0.3. Definição dos Objectivos................................................................................................5

0.3.1. Objectivo Geral...........................................................................................................6

0.3.2. Objectivos Específicos................................................................................................6

0.4. Desenho metodológico....................................................................................................6

1. REVISÃO DA LITERATURA..........................................................................................7

1.1. Discussão de conceitos....................................................................................................7

1.1.1. Conceito de Ética.........................................................................................................7

1.1.2. Conceito de Moral.......................................................................................................7

1.1.3. Conceito de Ética Profissional.....................................................................................8

1.1.4. Conceito de Deontologia Profissional.........................................................................8

1.2. Resumo da Teoria do Desenvolvimento Moral em Piaget e Kohlberg...........................8

1.3. Conceito de ética em Paulo Freire................................................................................11

2. ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL


DO PROFESSOR E O REGULAMENTO INTERNO DA ESCOLA PRIVADA.................13

2.1. Compromisso Com os Alunos......................................................................................13

2.2. Compromisso Com os Pais e Encarregados de Educação............................................14

2.3. Compromisso com a Sociedade....................................................................................15

2.4. Compromisso para com a Profissão..............................................................................16

2.5. Compromisso de Integridade........................................................................................17

Considerações finais.................................................................................................................20
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Referências bibliográficas........................................................................................................21

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EP1 – Ensino Primário do Primeiro Grau

EPE - Educação Pré-Escolar

INDE - Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação (MINED)

MINEDDH - Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano

ONP – Organização Nacional dos Professores

PEE - Plano Estratégico da Educação

PPAP - Planificação e Programação na Administração Pública

SDEJT – Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

SNPM - Sindicato Nacional dos Professores Moçambicanos

SNE – Sistema Nacional de Educação


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0. INTRODUÇÃO

De acordo com o Código de Conduta Profissional dos Professores, os Professores em


Moçambique, representados pela Organização Nacional dos Professores (ONP), têm duas
responsabilidades fundamentais: ensinar e promover a divulgação do conhecimento
científico. A par destas responsabilidades assumidas, os professores em Moçambique crêem
no valor e na dignidade do homem; reconhecem a importância suprema da procura da
verdade; encorajam o saber e defendem a promoção da cidadania.

O trabalho do professor, principalmente o de nível primário constitui-se em um multifacetado


conjunto de actividades que são tradicionalmente reconhecidas por preparar aulas; participar
de equipas de planificação e organização de aulas e avaliação; observar e aconselhar alunos;
dentre outras. Apesar da amplitude das funções de um professor, nem sempre, os
profissionais, gestores, alunos e a comunidade escolar em geral estão esclarecidos sobre as
situações dos contextos escolar que podem causar, no professor, incertezas, dúvidas,
divergências e controvérsias.

Partindo desta linha de raciocínio, procuramos conduzir a análise das reflexões atinentes à
relação entre Ética do Professor com o Regulamento Interno da Escola, enquanto
instrumentos normativos que discutem a responsabilidade moral e social inerente ao trabalho
educativo, sem nos descurar da Teoria de Kohlberg.

0.1. Problematização

A falta de capacidade do professor de conviver com os colegas de trabalho tem se agravado


ainda mais, principalmente para aqueles que actuam nas escolas privadas, desqualificando o
seu profissionalismo.

Por um lado acredita-se que esta falta de capacidade de conviver com os colegas, com a
direcção, até com os pais e encarregados de educação, esteja alicerçada na falta do
entendimento dos instrumentos normativos que vinculam o código de ética e deontologia
profissional, mas também pela falta de comunicação entre este código com o regulamento
interno da escola privada.

Em sua actividade profissional, o professor, em inúmeras vezes, se encontra em situações


problemáticas em que precisa tomar uma decisão, porém esta decisão sempre envolve o
questionamento sobre a moralidade de determinado comportamento, o que cria uma reflexão
sobre como agir nestas situações problemáticas.
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Ter a conduta ética adequada evita a responsabilidade por danos na relação educacional,
danos em relação às pessoas envolvidas, bem como dano à própria educação, que é o
objectivo maior da actividade da docência. Mas o que é ética? E, ainda, como descobrir qual
é a conduta ética para um caso concreto? Neste trabalho, procurou-se estabelecer um conceito
de ética, mais especificamente uma ética que reconheça a condição do ser humano e sua
complexidade. Em seguida foi pesquisado um sentido de ética profissional e as virtudes
necessárias para o exercício de uma profissão com ética. Por fim, reconhecendo na Pedagogia
da Autonomia de Paulo Freire uma linha de saberes que levam a uma reflexão sobre a ética
do comportamento do professor, foram catalogados os saberes propostos por Paulo Freire
realizando, uma interpretação por parte dos autores deste artigo, com o objectivo, não de
resolver todas as questões formuladas no início, mas de estabelecer um padrão de
comportamento e de reflexões que indiquem uma conduta ética.

Estes pressupostos abrem espaço para vários estudos com o objectivo de buscar entendimento
sobre a importância da ética na vida profissional, e o facto de esta estar directamente
relacionada ao nosso comportamento e nosso relacionamento com as pessoas, visando o
melhor convívio.

0.2. Justificativa

O interesse por esta área problemática decorre de duas circunstâncias concomitantes: a


primeira é o facto de constituir-se uma área de interesse, tanto para os professores em
exercícios, assim como para aqueles que se encontram em formação; a outra tem a ver com a
decorrência da disciplina de Ética e Deontologia Profissional do Professor, como parte
integrante do curso de Licenciatura em Ensino Básico.

A conjugação de ambas as tarefas, obrigam a uma reflexão mais sistemática sobre a natureza
do desenho das normas de ética do professor e dos regulamentos internos da escola privada, à
luz das teorias de desenvolvimento moral, com enfoque para a Teoria de Kohlberg, alicerçada
nos fundamentos de Piaget, e com maior realce para Paulo Freire quando discute saberes
necessários a pratica educativa na pedagogia da autonomia.

0.3. Definição dos Objectivos

Por meio dos objectivos, indicam-se a pretensão com o desenvolvimento da pesquisa e quais
os resultados que se buscam alcançarem. “A especificação do objectivo de uma pesquisa
responde às questões para que? E para quem?” (LAKATOS & MARCONI, 1992, p. 102).
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Fazendo alusão ao pensamento das autoras, apresentamos como objectivos da pesquisa os


seguintes:

0.3.1. Objectivo Geral

 Analisar a relação entre a Ética do Professor e o Regulamento Interno da Escola


Privada.

0.3.2. Objectivos Específicos

 Definir os conceitos básicos;


 Identificar os princípios legais, éticos e deontológicos no Regulamento Interno da
escola Privada;
 Demonstrar capacidade de argumentação e de decisão ética na análise de situações
concretas no regulamento interno;

0.4. Desenho metodológico

Para elaboração deste trabalho usou-se como metodologias a revisão bibliográfica, que de
acordo com Gil, (2010, p. 50), é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos. Para tal vincamos a análise exploratória de
obras que versam sobre o tema em alusão, com principal enfoque para os instrumentos
normativos e programáticos que orientam o exercício profissional do professor.

Outrossim, privilegiaremos as discussões dos membros do grupo, trazendo reflexões de cada


um sobre a forma como identificam a relação existente entre a ética e deontologia
profissional do professor com o regulamento interno da escola privada.
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1. REVISÃO DA LITERATURA

Nesta parte do trabalho propõe-se a discutir alguns conceitos que são considerados
fundamentais para a análise e compreensão do tema em alusão, como forma também de
aclarar algumas zonas de penumbra atinentes ao que é um plano estratégico, quais são os
elementos de um plano estratégico.

1.1. Discussão de conceitos

Propomo-nos a discutir os conceitos que servirão de base para a compreensão das discussões
que serão desenvolvidas ao longo do trabalho. Para desenvolver um estudo sobre a ética
profissional do docente, primeiro é necessário estabelecer o que se entende por ética.

1.1.1. Conceito de Ética

Ética é uma palavra de origem grega com duas interpretações possíveis. A primeira é a
palavra grega éthos, com “e” curto, que pode ser traduzida por costume. A segunda também
se escreve éthos, porém com “e” longo, que significa propriedade do carácter. A primeira
serviu de base na tradução pelos romanos para a palavra latina mores e que deu origem à
palavra Moral, enquanto que a segunda orienta a utilização actual que damos à palavra Ética.

Para Cotrim (2002) a ética é um estudo reflexivo das diversas morais, no sentido de explicitar
os seus pressupostos, ou seja, as concepções sobre o ser humano e a existência humana que
sustentam uma determinada moral.

Segundo Cordi (2003, p.62), “ética é uma reflexão sistemática sobre o comportamento moral.
Ela investiga, analisa e explica a moral de uma determinada sociedade”.

Podemos afirmar que o conceito de Ética é mais amplo e rico do que o de Moral. Ética
implica em reflexão teórica sobre moral e revisões racionais e críticas sobre a validade da
conduta humana, sendo o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorrecto, justo ou
injusto, adequado ou inadequado, independentemente das práticas culturais.

1.1.2. Conceito de Moral

Segundo Cotrim (2002) a Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que orientam
o comportamento humano, tendo como base os valores próprios a uma dada comunidade ou
grupo social.
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Para Cordi (2003, p.64), “a moral é tanto um conjunto de normas que determinam como deve
ser o comportamento quanto acções realizadas de acordo ou não com tais normas”.

A moral é normativa a partir de um conjunto de regras, valores, proibições e tabus que


provêm de fora do ser humano, ou seja, que são cultivados ou impostos pela política,
costumes sociais, religiões ou ideologias.

1.1.3. Conceito de Ética Profissional

A reflexão sobre as acções realizadas no exercício de uma profissão, ou seja, sobre a ética
profissional, deve iniciar bem antes da prática profissional.

Segundo Glock e Goldim (2003) a fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência
muitas vezes, já deve ser permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa,
mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório.

1.1.4. Conceito de Deontologia Profissional

E a ciência dos deveres ou regras que devemos cumprir no exercício da profissão.


Deontologia e um termo criado por Jeremy Benthan para designar ciência da moralidade, o
ápice das ciências deontológicas seria então a ética. (MEUCCI, 2008)

1.2. Resumo da Teoria do Desenvolvimento Moral em Piaget e Kohlberg

Piaget e Kohlberg foram os primeiros psicólogos a se interessar pelo desenvolvimento da


moralidade na criança e no homem adulto, passamos a apresentar o resumo do pensamento de
cada um deles no tocante aos pressupostos que defendem sobre o desenvolvimento moral.

Piaget viu que crianças de 0 a 12 anos passam por duas grandes orientações da moralidade: a
autonomia e a heteronomia. As crianças menores estão no estádio de heteronomia moral, isto
é, as regras são leis externas, sagradas, imutáveis, por que são impostas pelos adultos. As
crianças maiores passam aos poucos para um estágio de autonomia, em que as regras são
vistas como resultado de uma decisão livre e digna de respeito, aceitas pelo grupo. (REGO,
2003)

Para Piaget, conforme refere o autor, toda a moral é formada por um sistema de regras e a
moralidade consiste no respeito que o indivíduo nutre por estas regras. Partindo desse
princípio, Piaget propôs estudar esse problema em dois níveis: a consciência (intelecção) que
se tem das regras, e a sua colocação em prática. Piaget queria encontrar o grau de
correspondência existente entre consciência (conhecimento) e a prática das regras.
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De acordo com Piaget citado por Rego (2003), existem três questões fundamentais para a
moralidade:

 Conhecimento da lei
 Origem ou fundamento da lei
 Mutabilidade ou não da lei

Segundo Rego (2003), Piaget destaca quatro estágios do desenvolvimento, que passamos a
destacar a seguir.

1º Estádio - crianças até 2 anos

Neste estágio as crianças simplesmente jogam, não há nenhuma regra ou lei, é puramente
uma actividade motora, não há nenhuma consciência de regras.

2º Estádio - crianças de 2 a 6 anos

Neste estádio a criança observa os maiores jogarem e começa a imitar o ritual que observa. A
criança percebe que existem regras que regulam a actividade e considera as regras sagradas e
invioláveis. Ainda que nesse estádio a criança saiba as regras do jogo, ela não joga "com os
outros", ela joga como que sozinha, é uma actividade egocêntrica, ainda que esteja a jogar
com outros companheiros. É uma actividade que produz prazer psicomotor.

3º Estádio - entre os 7 e 10 anos

Neste estádio a criança passa do prazer psicomotor dos estádios anteriores ao prazer da
competição segundo uma série de regras e um consenso comum. Esse estádio está ainda
dominado pela heteronomia moral, as regras são sagradas mas já são reconhecidas como
necessárias para bem dirigir o jogo. Há um forte desejo de entender as regras e de jogar
respeitando o combinado. As crianças vigiam-se mutuamente para se certificarem de que
todos jogam respeitando as regras.

4º Estádio - entre 11 e 12 anos

É a passagem para a autonomia moral. O adolescente desenvolve a capacidade de raciocínio


abstracto e as regras já são bem assimiladas. Há um grande interesse em estudar as regras em
si mesmas, discutem muitas vezes sobre quais as regras que vão ser estabelecidas para o jogo.

Para Piaget o desenvolvimento da moralidade dá-se principalmente através da actividade de


cooperação, do contacto com iguais, da relação com companheiros e do desenvolvimento da
inteligência (REGO, 2003).
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Para Kohlberg existem seis estágios no desenvolvimento moral, dividido em três níveis.


Piaget estudou somente a vida moral até a adolescência e Kohlberg até o desabrochar pleno
da maturidade e da vida moral. Kohlberg não dá muita importância ao comportamento moral
externo. Por exemplo, um adulto e um adolescente que roubam uma maçã, o comportamento
externo é o mesmo, mas as razões, a moralidade interna, o nível de maturidade moral é
diferente nesses casos. Kohlberg baseia a sua classificação no nível de consciência que se tem
das regras e normas, das suas razões e motivações, da consciência da sua utilidade e
necessidade (REGO, 2003).

1º Nível Pré-convencional

A moralidade da criança é marcada pelas consequências dos seus actos: punição ou


recompensa, elogio ou castigo, e baseia-se no poder físico (de punir ou recompensar)
daqueles que estipulam as normas.

 Estádio 1  –  Orientação para a punição e obediência

O que determina a bondade ou maldade de um acto são as consequências físicas do acto


(punição). Respeita-se a ordem apenas por medo à punição, e não se tem consciência
nenhuma do valor e do significado humano das regras.

 Estádio 2  –  Individualismo e troca instrumental

A acção justa é aquela que satisfaz as minhas necessidades, a que me gera recompensa e
prazer, e, ocasionalmente aos outros. As relações humanas são vistas como trocas comerciais.
Mais ou menos assim “Tu gratificas-me e eu gratifico-te”. A pessoa tenta obter recompensas
pelas suas acções.

2º Nível Convencional

Neste nível a manutenção das expectativas da família, do grupo, da nação, da sociedade é


vista como válida em si mesma e sem muitos questionamentos ou porquês. É uma atitude de
conformidade com a ordem social, mas também uma atitude de lealdade e amor à família, ao
grupo, ao social.

 Estágio 3 - Expectativas interpessoais mútuas, relacionamento e conformidade


interpessoal

É bom aquele comportamento que agrada aos outros e por eles é aprovado. De certa forma, é
bom o que é socialmente aceito, aquilo que segue o padrão. O comportamento é muitas vezes
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julgado com base na intenção, e a intenção torna-se pela primeira vez importante. É a busca
do desejo de aprovação familiar e social.

 Estágio 4 – Sistema e consciência social, manutenção da lei e da ordem

Há o desenvolvimento da noção de dever, de comportamento correto, de cumprir a própria


obrigação. Há o desejo de manter a ordem social especificamente pelo desejo de mantê-la,
isto é, por que isso é justo.

3º Nível Pós-convencional

Há um esforço do indivíduo para definir os valores morais, para definir consciente e


livremente o que é certo e o que é errado, e porquê... Prescinde-se muitas vezes da autoridade
dos grupos e das pessoas que mantém a autoridade sobre os princípios morais.

 Estágio 5 – Contrato social ou direitos individuais democraticamente aceites

É a tomada da consciência da existência do outro, da maioria, do bem comum, dos direitos


humanos... A acção justa é a acção que leva em conta os direitos gerais do indivíduo, isto é, o
bem comum. Valores pessoais são claramente considerados relativos, é a lei da maioria e da
utilidade social.

 Estágio 6 – Princípios éticos universais

O justo e o correto são definidos pela decisão da consciência de acordo com os princípios
éticos escolhidos e baseados na compreensão lógica, universalidade, coerência, solidariedade
universal. Guia-se por princípios universais de justiça, de reciprocidade, de igualdade de
direitos, de respeito pela dignidade dos seres humanos, por um profundo altruísmo, pela
fraternidade. Os padrões próprios de justiça têm mais peso do que as regras e leis existentes
na sociedade. (REGO, 2003)

1.3. Conceito de ética em Paulo Freire

Paulo Freire, em suas obras Educação como prática da liberdade, Pedagogia do oprimido e
Pedagogia da autonomia, demonstra claramente que sua preocupação transcende a sala de
aula, com o objectivo de viabilizar a transformação do indivíduo em sujeito que está no
mundo. Tal visão se concretiza a partir do momento em que Freire percebe a importância de
observar de perto os processos de educação existentes na época, e conclui que somente com
um processo emancipador e de intervenção seria possível uma pedagogia realizada não
somente para os educandos, mas fundamentalmente com os educandos. O processo de
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transformação na educação, para Paulo Freire, concretiza-se pela práxis. Portanto, o objectivo
iniciado na década de 50 era dar um sentido real à teoria (pedagogia) em relação à prática
(educação), pois quando a teoria não se compromete com a prática e não nasce no processo
de educação, junto aos educandos, não há comprometimento.

Essa postura educativa tem como ato fundante a pedagogia do aprender e a do ensinar,
decorrente de um movimento histórico de educar e civilizar como paidéia, possibilitando que
o ato educativo seja a arte de apreender, de ser mais humano, e a cada passo, a cada salto,
transforma-se em um ato de esperança.

Nesse processo de aprendizagem, o conhecimento se constrói na relação, que é ocasionada


por oportunidades e experiências históricas. Partindo dessa constatação da importância da
“educação e do ser mais humano” que aflora nas obras de Paulo Freire, buscou-se depreender
nas obras citadas, o que é ética para o educador, já que está directamente relacionada ao
propósito da educação. Freire não tratou do assunto em uma obra específica, mas observou-se
que ele consegue, até hoje, gerar uma reflexão a respeito do assunto. Procurou-se, portanto,
identificar pontos básicos e comuns em seus textos.

O ponto de partida para a análise do que é ética para Paulo Freire é perceber e assumir a
liberdade e a crítica como o modo de ser do homem. Foi possível perceber, nas obras
investigadas, que Paulo Freire trabalhou e viveu para que a ética pudesse nascer do exercício
livre da consciência com o método que denominou de “cultura popular”, que “conscientiza e
politiza” (FREIRE, 2003). Decorre daí que, um ato pedagógico, antes de ser um ato
educacional, é um ato político (FREIRE, 2003; RIOS, 1999)
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2. ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A ÉTICA E DEONTOLOGIA


PROFISSIONAL DO PROFESSOR E O REGULAMENTO INTERNO DA
ESCOLA PRIVADA

Nesta parte do trabalho abordaremos de forma genérica algumas questões atinentes a relação
existente entre a Ética e Deontologia Profissional do Professor com o Regulamento Interno
da Escola Privada, privilegiando leituras que articulam matrizes teóricas de teorias de
Kohlberg e interpretações dos princípios que devem guiar e inspirar a prática profissional dos
professores moçambicanos, procurando estabelecer um diálogo com os princípios emanados
pelo Regulamento Interno da Escola Privada.

Para tal, estabelece-se como dimensões de análise, o Princípio de Compromisso com os


alunos; Compromisso Com os Pais e Encarregados de Educação; Compromisso com a
Sociedade; Compromisso para com a Profissão e terminamos com o Compromisso de
Integridade.

2.1. Compromisso Com os Alunos

Começamos a análise buscando o posicionamento do primeiro princípio, que refere que a


primeira obrigação profissional dos professores moçambicanos é para com aqueles a quem
ensinam, razão de fundo do Ser Professor. Neste sentido, os professores devem:

a) Promover o crescimento dos alunos, explorando, de uma forma integrada, as suas


potencialidades ao nível intelectual, físico, emocional e cívico;
b) Respeitar a dignidade e a personalidade individual dos alunos;
c) Ajudar os alunos a desenvolverem a sua identidade própria, a aprenderem mais sobre
a herança cultural dos moçambicanos, respeitando a diversidade cultural, linguística e
étnica que caracteriza o nosso país;
d) Engajar os alunos na busca de soluções honestas para os diferentes problemas;
e) Manter e desenvolver relações profissionais com os alunos baseadas nos melhores
interesses destes;
f) Basear a sua acção na aprendizagem constante e tirarem maior partido dos conteúdos
programáticos estabelecidos;
g) Não avaliar os alunos com base em considerandos de ordem étnica, regional e racial;
h) Encorajar os alunos a pensarem criticamente os assuntos sociais e culturais;
i) Proteger a confidencialidade da informação sobre os alunos.
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Como se pode depreender dos compromissos do professor à luz da sua relação com os alunos,
percebe-se que este compromisso coincide com os deveres dos professores consagrados no
Artigo 51 da REGEB, para além dos previstos no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes
de Estado. Portanto, a alínea b) do artigo 51 do REGEB acrescenta que é dever do professor,
educar os alunos e ser exemplar no amor à pátria, na defesa pela unidade nacional, na
manutenção da paz e no combate ao racismo, tribalismo, regionalismo e discriminação com
base no sexo.

Em sala de aula, os problemas práticos morais acontecem constantemente na relação


professor/aluno, bem como na relação professor/instituição de ensino, e as soluções ocorrem
caso a caso, e para se determinar uma conduta ética, tal conduta, como solução para o caso,
deve estar dentro dos princípios estabelecidos para aquele comportamento, mas
principalmente passando pela compreensão da condição de ser humano dos envolvidos.

2.2. Compromisso Com os Pais e Encarregados de Educação

Os professores reconhecem que o seu trabalho sairá mais enriquecido se houver uma
colaboração com os Pais e Encarregados de Educação, encorajando, por isso, a sua
participação na educação dos seus filhos. Na sua relação com os Pais e os Encarregados de
Educação, os professores devem:

a) Envolvê-los na tomada de decisões sobre as matérias extra-curriculares relacionadas


com a educação dos alunos;
b) Estabelecer com os encarregados de educação relações honestas e baseadas no
respeito mútuo;
c) Respeitar a sua privacidade;
d) Respeitar o seu direito de informação sobre os seus educandos, exceptuando nos casos
em que o professor julgar que essa informação não será no melhor interesse dos
alunos;

Na alínea f) do Regulamento Geral do Ensino Básico (2003), define-se a postura que o


professor deve assumir face a sua relação com os seus superiores hierárquicos, alunos,
colegas, pessoal administrativo, auxiliares e encarregados de educação. É a relação do
professor com os encarregados de educação que consubstancia-se um compromisso do
professor consagrado no Código de Conduta Profissional dos Professores Moçambicanos.
15

2.3. Compromisso com a Sociedade

Os professores consideram a sua profissão, um compromisso de confiança e responsabilidade


para com Sociedade, sobretudo porque a sua missão consiste na preparação do Homem para a
vida na Sociedade. Neste sentido, os professores têm obrigações para com a Sociedade e, por
isso, devem:

a) Apoiar activamente as políticas e programas que promovem a igualdade de


oportunidades para todos;
b) Trabalhar de forma conjunta para o desenvolvimento das escolas e dos centros de
ensino e formação, promovendo as ideias democráticas;
c) Ensinar e promover os valores comummente aceites na Sociedade e encorajar os
alunos a aplicá-los e a apreciarem criticamente o seu significado.

Sobre o compromisso do professor com a sociedade, o REGEB (2003) refere que o professor
deve colaborar com a comunidade, pais e encarregados de educação estimulando a sua
participação no processo educativo.

No domínio do compromisso do professor com a sociedade, a luz das constatações feitas na


ética da autonomia de Paulo Freire, depreende-se que o profissional que trabalha somente
para ter seu salário não tem a consciência de que sua actuação profissional faz parte de um
sistema social, e, que, ao final, cada profissional é um participante da construção do bem
comum. Importante lembrar que o trabalho é um dos instrumentos de realização da dignidade
do ser humano, mas não somente pelo factor económico, e sim pelo social, ou seja, por ser
instrumento de realização da construção de uma sociedade.

Assim, o actuar profissionalmente, com ética, significa dar a importância necessária ao plano
social da profissão, mas tal consciência tem sido difícil, ainda mais em um mundo
imediatista, com uma cultura individualista e influenciada pelo consumismo, o que faz que os
conceitos sociais das profissões fiquem em segundo plano.

A educação tem papel importante no meio social, mas é necessário saber como atua a
educação conforme sua concepção. Para Cipriano Carlos Luckesi (1994, p.37), a educação
pode ser concebida como redenção da sociedade, como reprodução da sociedade ou como
transformação da sociedade.
16

2.4. Compromisso para com a Profissão

Tendo em conta que a qualidade dos seus serviços influencia a Nação e os seus cidadãos, os
professores devem envidar todos os esforços para manterem e promoverem altos padrões
profissionais, promovendo um clima que encoraja o julgamento da qualidade profissional e
contribuindo para atrair os mais inteligentes para a profissão. Neste sentido, os professores
devem:

a) Colocar em primeiro plano o seu papel como Educador Profissional, através de uma
prática responsável;
b) Considerarem-se como aprendizes e engajarem-se no seu desenvolvimento
profissional;
c) Serem honestos e verdadeiros quando tiverem que fazer declarações relativamente às
suas qualificações e competências;
d) Contribuir para o desenvolvimento e promoção de boas políticas de Educação;
e) Contribuir para o desenvolvimento de uma cultura profissional aberta;
f) Tratar os colegas com respeito, trabalhando com eles de forma cooperativa e colegial,
sempre em benefício do aluno;
g) Apoiar os novos colegas que chegam à profissão, sejam eles professores de carreira
ou professores contratados;
h) Proteger a informação confidencial sobre os seus colegas, exceptuando quando ela é
requerida pelas autoridades competentes e quando tem em vista propósitos meramente
profissionais.

À luz do compromisso com a sua profissão, o regulamento geral do ensino básico refere que
o professor deve guardar o segredo profissional relativamente aos factos de que tenha
conhecimento em virtude do exercício das suas funções e que não se destinam a ser do
conhecimento publico.

Portanto, no exercício profissional ético, as virtudes profissionais básicas são indispensáveis


para a formação de uma base para que o profissional tenha sucesso no desempenho da
profissão. Nos estudos de António Lopes de Sá (2001, p.175), estas virtudes básicas
profissionais, imprescindíveis a qualquer profissão, são as seguintes:

Exercício do Zelo – o zelo representa a responsabilidade do profissional com o objecto do


trabalho. Mais ainda, é uma questão da própria imagem do profissional, pois demonstra a
qualidade de seu serviço. O zelo requer que, mesmo em situações extremas, em que
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aparentemente a solução é muito difícil, o profissional tem que primar pelo empenho e a
responsabilidade profissional.

Honestidade – o profissional recebe a confiança daquele que utiliza seus serviços, por isso ser
honesto significa ter responsabilidade perante o bem e a felicidade de terceiros.

Virtude do sigilo – quando o profissional tem conhecimento de um fato, por meio de suas
actividades, ele tem o dever de manter o sigilo. Isso determina um comportamento moral
sobre fatos de terceiros.

Virtude da Competência – ter competência significa estar habilitado para a prática de uma
determinada profissão, ou seja, conhecer as técnicas do exercício da profissão, bem como
toda a parte científica sobre o tipo de profissão que exerce.

Estas virtudes encontram-se reflectidas no regulamento, porem, acredita-se que mais


reflexões ainda devem ser desenvolvidas no âmbito da construção dos regulamentos, à luz da
abordagem ética da autonomia de Paulo Freire, assim como de Kohlberg inspirado na teoria
de desenvolvimento moral de Piaget.

2.5. Compromisso de Integridade

Em Moçambique, mesmo que não se possa generalizar, os professores são conotados com
práticas desviantes como a cobrança de subornos e rendas, o comércio de notas e ingressos, o
assédio sexual das alunas, muitas das quais acabam tendo gravidezes precoces e ficam
sujeitas, também, à contracção do HIV. Os professores moçambicanos sabem que essas
práticas minam a qualidade de ensino em Moçambique, comprometendo os esforços de
desenvolvimento socioeconómico em curso. Por isso, os professores devem:

a) Absterem-se de usar a sua profissão para obterem vantagens ilícitas e imorais;


b) Absterem-se de cobrar aos alunos, Pais e Encarregados de Educação, valores em
dinheiro ou em espécie e favores sexuais, em troca de passagens de classe ou de
ingresso no sistema de ensino;
c) Absterem-se de manipularem as notas com o objectivo de tirar vantagens ilegais;
d) Absterem-se de assediar sexualmente as alunas;
e) Recusar e denunciar as tentativas de suborno que sejam da iniciativa dos alunos, Pais
e Encarregados de Educação;
f) Declarar junto dos seus dirigentes nas escolas os presentes recebidos por ocasião de
datas festivas como o Dia do Professor.
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Neste compromisso do professor consagrado no Código de Conduta Profissional dos


Professores Moçambicanos, reside o cerne da sua conduta como profissional comprometido
com a causa, isto é, se este age dentro dos padrões convencionais de conduta ética.

Como se pode depreender dos compromissos apresentados, que nos remetem ao


entendimento da abordagem dos deveres em si, procura dar conta do modo como os
professores se posicionam relativamente às tarefas e aos comportamentos que julgam
próprios do bom desempenho profissional e às respectivas regras orientadoras.

Freire (2003, p. 15), ao tratar especificamente da ética, afirma que é preciso deixar claro que
a ética de que falo não é a ética menor, restrita, do mercado, que se curva obediente aos
interesses do lucro.

Sua preocupação com relação à ética é consequência de uma reflexão sobre o contexto
histórico, que identifica as causas de alguns comportamentos, valores e a moral da sociedade.
Falar de ética inserida num contexto de valores históricos burgueses, sabendo das limitações
decorrentes dos interesses de mercado, podendo essa relação ser mais justa e digna para a
humanidade. Todo esse processo decorre de momentos históricos que, naturalmente, tendem
a se modificar, gerando transformações que fazem com que tanto os indivíduos quanto a
própria sociedade, percebam a necessidade de enxergarem-se como sujeitos e não objectos da
história, incitando-os, assim, a assumir a responsabilidade e o compromisso com a ética.

O propósito de Paulo Freire é que, pela educação, é possível uma mudança de


comportamento e da prática da ética, que nasce na relação dialógica, em que educador e
educando aprendem juntos, objectivando a prática de uma ética universal.

Freire (2003, p. 18) busca, portanto, reflectir a respeito da ética enquanto ética universal,
afirmando que quando, porém, falo da ética universal do ser humano estou falando da ética
enquanto marca da natureza humana, enquanto algo absolutamente indispensável à
convivência humana. Na verdade, falo da ética universal do ser humano da mesma forma
como falo de sua vocação ontológica para o ser mais.

Por fim, ética, para Freire, é a necessidade de viabilizar a liberdade pela educação, pela
possibilidade de enxergar o mundo com os seus próprios olhos e, assim, ser agente de
transformação social, ressaltando que educar é mais que ensinar, é educar para a ética, para a
consciência crítica, para a reflexão transformadora e para a formação do cidadão.

Na obra Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire (2006), há uma proposta de prática


educativa reflectindo sobre o compromisso e a responsabilidade do educador, pois a relação
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em sala de aula, os limites da ética, do que é “ser ético”, do reconhecer um sujeito do outro
lado e não um objecto dos interesses do docente é parte de uma complexidade em que o
despreparo para exercer a função pode resultar em um verdadeiro desastre na tentativa de ser
professor, mas Paulo Freire consegue enfrentar o tema com responsabilidade e com
habilidade, chamando o leitor para uma reflexão.

Na introdução do tema, Paulo Freire chama a atenção para o comportamento ético do


professor, o que motivou este trabalho, relacionando os saberes propostos por ele e que são
necessários à prática educativa, e a obrigatoriedade de que o docente observe estas virtudes.

Somente por esta passagem já se percebe todo o comprometimento sugerido por Paulo Freire
numa conduta ética, mas não qualquer ética e sim aquela que revela um comportamento
transformador, aquela que preserva e valoriza a condição do ser humano e seu contexto
social, o que inclui seus direitos e seus deveres enquanto cidadão.
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Considerações finais

Em jeito de conclusão, importa ressaltar que o desenvolvimento do presente trabalho permitiu


reorientar as minhas preocupações neste domínio, até então quase exclusivamente intuitivas e
vivenciais.

A moralidade humana e o seu desenvolvimento são essencialmente dialécticos. Tanto no


modelo de Piaget como no de Kohlberg e na ética da autonomia de Paulo Freire, a
moralidade de um indivíduo depende tanto de factores psicológicos e biológicos. Torna-se
claro que diferentes situações sociais, culturais, psicológicas e biológicas irão propiciar
diferentes comportamentos, diferentes moralidades.

Por este trabalho percebe-se que não existem modelos de comportamentos éticos para cada
tipo de problema que possa ocorrer nas relações de ensino, que nos dê uma solução ética caso
a caso, mas que a base da ética no processo educacional, e principalmente na relação
professor-aluno, está no reconhecimento de que, nos dois pólos, existe a figura de um sujeito,
ou seja, nesta relação um não pode colocar o outro como um objecto de seus interesses.
Assim, o professor não pode exercer sua profissão com arrogância ou diminuindo a
capacidade de seu aluno, a ponto de reduzi-lo como ser humano.

O professor deve, com humildade e inteligência, respeitar a condição de que seu aluno é
alguém localizado neste mundo e que possui uma história de vida, pois sua história de vida,
mesmo que tenha formação cultural diferenciada importante lembrar que a vida é a
representatividade da diversidade, nada é igual, nem mesmo a repetição gera igualdade, por
isso é relevante sabermos respeitar o diferente tem uma potencialidade para intervir em sala
de aula, proporcionar reflexões, trazer o novo e com isso possibilitar transformações
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