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1º regulamentos da UE;
Convenção de Lugano ;
CPC (arts. 62º, 63º e 94º).
Relativamente aos regulamentos:
Distinguimos os 3 em razão da matéria
O que tem o âmbito de aplicação mais amplo- regulamento 1215/2012- começar
sempre por este a menos que o caso prático seja sobre divorcio ou obrigação de
alimentos a crianças. Verifica-se se se aplica o 1215/2012 pelo primado da UE, depois
fazemos só uma ressalva para ver se não são os outros 2.
RESSALVA MAIS IMPORTANTE: se eu concluo que se aplica o regulamento 1215/2012,
aplicar as regras, se os tribunais não são competentes, NÃO SE VAI AO CPC PORQUE JÁ
VI NO PASSO 2 QUE SE APLICA O REGULAMENTO E QUE ESTE PREVALECE SOBRE O
CPC. JÁ NÃO TOCO NO CPC PORQUE REGULAM A MESMA COISA QUE O
REGULAMENTO E ENTRE OS 2 PREVALECE O REGULAMENTO. Um deles tem de
prevalecer.
Quando se aplica o regulamento 1215/2012 e o CPC? CPC aplica-se quando não se
aplica nenhum dos outros. Aplicação do CPC (art. 62º, 63º e 94º) define-se, assim, pela
negativa). Só posso saber se o CPC se aplica depois de afastar todos os outros.
Regulamento 1215/2012:
Para se aplicar têm de se verificar 3 requisitos:
Âmbito material- pela positiva e pela negativa: art. 1º matéria civil ou comercial
e não vem previsto no nº2 (PODEMOS MESMO DIZER QUE É CIVIL OU
COMERCIAL E NÃO DIZER ESPECIFICAMENTE);
Âmbito temporal: art. 66º/1, 76º, 81º- ações intentadas (entrar na secretaria)
depois do dia 10 de janeiro de 2015. 2 ressalvas: Antes de 10 de janeiro de
2015 estava em vigor outro regulamento super parecido; não interessa quando
aconteceram os factos, o que interessa é quando a ação entra;
Âmbito espacial ou âmbito subjetivo : art. 6º/1- uma dor de cabeça este artigo
pois está escrito ao contrário pois em vez de dizer quando o regulamento se
aplica, diz quando este não se aplica. E mesmo assim não diz expressamente
nestes casos o regulamento não se aplica- diz que se aplicam as regras internas
de cada estado. O que resulta deste artigo a contrario é: se o réu tiver domicílio
no EM o regulamento aplica-se; se não tiver não se aplica o regulamento, a
menos que seja uma das matérias enunciadas no art. 6º1, através da remissão
aí operada.
Para ver se regulamento pode ser utilizado vou ver se a matéria é civil ou comercial,
que a ação foi proposta depois de 10 de janeiro de 1015 e que réu tem domicílio num
EM, então o regulamento aplica-se.
Para ver se os nossos tribunais são competentes- até ao art. 26º
Mas o art. 6º/1 fala de 4 artigos e estes últimos têm um problema- são artigos que
respondem à parte 3 do caso pratico- dizem-nos qual o tribunal competente. O art. 1º
diz apenas que o regulamento se aplica. O 6º/1 a mesma coisa: diz que a competência
dos tribunais é regida pela lei- mas não diz onde propor a ação. Mas os referidos no
6º/1 dizem onde a ação deve ser proposta, ou seja, só deviam interessar na parte 3 do
caso prático, MAS o legislador comunitário quando introduziu estes 4 artigos no art.
6º, faz com que estes passam a ter 2 funções:
- se utilizado diretamente- qual o tribunal competente (parte 3 do caso prático);
- se utilizado indiretamente, por remissão do art. 6º/1- (a norma em conjunto com o
6º) dizem qual a lei aplicável (parte 2 do caso prático).
Para o âmbito espacial se preencher há 4 hipóteses: ou o reu tem domicilio em algum
EM, ou nas 3 situações dos arts remissivos do art. 6º.
Exemplo de caso prático: A e B celebram um contrato de CV de um carro. A tem
domicílio no japão, e B em Portugal. A propõe ação contra o B e propõe essa ação em
Portugal. tribunais portugueses são competentes? A pretende que o réu lhe entregue
o carro, portanto o cumprimento do contrato
Os tribunais portugueses são competentes?
- este conflito é plurilocalizado? Se não, pode-se logo dizer que os tribunais
portugueses são competentes; se houver sinais de internacionalidade, elementos
estraneidade temos de ir ver competência internacional.
1º frase do teste- o conflito é plurilozalizado, pelo que tem de se verificar a
competência dos tribunais portugueses, em função da nacionalidade. Para isso, há
vários diplomas potencialmente aplicáveis e temos de ver qual se aplica. Regulamento
215/2012 para ver se se aplica porque, de acordo com o primado da UE, prevalece.
- neste caso, a matéria é civil (contrato);
- depois de 10 de janeiro de 2015
- se o R tiver domicílio num EM- tem, em Portugal logo aplica-se;
Conclui que o regulamento se aplica. Agora vou ao regulamento ver onde a ação deve
ser proposta. Tantas regras, pois, tem regras diferentes consoante o objeto do
processo, consoante o pedido.
Ex. o mesmo caso mas R com domicílio no México. Japonês quer propor ação em
Portugal. pode? Conflito plurilocalizado, temos de ver a competência dos tribunais
portugueses.
Matéria civil, no âmbito temporal a ação é intentada posteriormente a 10 de janeiro
de 2015, e onde foi intentada ação- R tem domicílio no méxico. Ainda não concluo que
não se aplica este art. pois temos de ir ver o 18º/1 (contratos de consumo), 21º/2
(dentro dos contratos de trabalho), 24º (nº1 para ações sobre direitos reais sobre
imóveis, propriedade intelectual, registo, dissolução de sociedades) e 25º (pactos de
jurisdição). Se o R não tem domicílio num EM e não é nenhum caso do art. 6º/1, não se
aplica regulamento e já posso ir ao CPC- art. 62º, 63º e 94º do CPC.
3º passo: depois de já ter escolhido o diploma certo, ler o diploma e ver qual o
tribunal competente?
Necessidade do 2º passo- 1º confronto com questões plurilocalizadas
Ex. para perceber este “processo”, uma analogia com o direito civil- sofri um dano.
primeiro identifico que sofri um dano, depois qual o regime aplicável (normas da
responsabilidade contratual, extra contratual…), antes de saber a solução temos de ver
em qual dos blocos legais este problema se encaixa- VÁRIAS REGRAS
POTENCIALMENTE APLICÁVEIS. Neste caso temos uma competência internacional para
resolver.