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divã. periodicidade das sessões: podem ser
várias semanais ou, em situações de
crise, sessões semanais ou
quinzenais.
Atitude do Neutralidade e abstinência, bem como Neutralidade e abstinência e, também, • Cuidada selecção dos pacientes
Terapeuta não deve ter relações pessoais com os uma atitude mais suave, gratificante, para este tipo de intervenção;
pacientes fora das sessões e ter uma activa e centrada sobre o real. • Esclarecimento do tipo de contrato
atenção flutuante. terapêutico;
• Neutralidade e abstinência e,
também, eminentemente activa
podendo por vezes ser confrontativa.
Indicações • Psicopatologia: neurose (angústia, • Todas as neuroses; • Estruturas neuróticas;
fóbica, obsessiva, sendo que a • Doenças psicossomáticas; • Úteis em situações de crise e em
histérica não é quadro de primeira • Personalidades borderline; situações institucionais.
escolha); • Com algumas reservas (sobre a
• Organizações da personalidade: do experiência do terapeuta), psicoses.
tipo neurótico:
• Idade ≤ 50 anos;
• Ego suficientemente forte e
estruturado.
Contra-indicações • Ausência de Ego integrado e • Situações onde haja a impossibilidade • Indivíduos com Ego muito frágil,
cooperativo (e.g. psicóticos); do estabelecimento da aliança de que não lidem bem com a perda,
• Problemas de natureza aguda que trabalho; abandono ou a rejeição devido à
requerem solução urgente; • Estrutura de personalidade anti-social; limitação temporal assumida neste
• Situações de vida que não podem ser • Ganho secundário que exceda o tipo de terapia.
modificadas; sofrimento;
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• Idade ≥ 50 anos. • Relutância ou incapacidade para
comparecer regularmente às sessões;
• Graves perturbações da comunicação
verbal;
• Q.I. muito baixo;
• Pacientes cujo acting out sistemático
seja do tipo autodestrutivo e cujo meio
não seja apoiante;
• Pacientes mitómanos.
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energia à disposição do self, e capaz de resolver os seus
para que o organismo possa problemas;
crescer e utilizar o seu - Maior acordo entre o Eu e
potencial de forma o Eu-ideal, tal como entre o
adequada. Eu e a experiência → menos
tensão física e psíquica;
- Mais consideração em
relação a si próprio;
- Mais amplitude e
variabilidade de
comportamento, sendo mais
competente a este nível.
Desenvolvimento • O objecto da abordagem • Primeiro momento: • O trabalho do terapeuta é • Condições necessárias e
Terapêutico terapêutica é duas pessoas logodiagnóstico, através de em função da experiência suficientes:
existindo num mundo, ou técnicas fixas e vivida, na situação - Contacto de duas pessoas,
seja, o mundo é o preestabelecidas como o pil- terapêutica, das suas gestalt e que cada pessoa produza
consultório do terapeuta; test, ou perguntas de sentido inacabadas, através de uma diferença implícita ou
• A análise existencial não logoterapêutico. sentimentos de impasse, do explícita no campo de
é uma técnica terapêutica: Posteriormente, são que deseja e evita; experiência de outra;
a presença do terapeuta é a recolhidos dados de avaliação • Procura-se que: - Que o cliente esteja em
questão mais importante e geral e eventuais avaliações - Os conflitos sejam estado de incongruência que
anterior a qualquer técnica; psicológicas disponíveis; actualizados no “aqui e se traduz na vulnerabilidade
• É pretendida uma • Relação começa pela análise agora”; e ansiedade;
reconstrução das vivências existencial e evoluiu para a - Que o paciente - Que o terapeuta seja
e uma reconstrução mental logoterapia, no caso de se compreenda o “como” do congruente, que seja ele
da biografia anterior, tratar de uma neurose seu estar físico e mesmo e que esteja presente
sendo um trabalho noógena (provocada por psicológico; na relação, não seja
totalmente criativo para o problemas éticos, existenciais - Dá-se grande importância defensivo com os seus
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terapeuta e paciente, sendo ou espirituais). ao trabalho corporal e nesse próprios sentimentos;
essencialmente construído sentido o terapeuta vai - Que o terapeuta dê valor
por actos bilaterais de constantemente perguntando positivo a todas as
experiência, compreensão o que o paciente sente em manifestações da
e interpretação; cada momento; personalidade do cliente;
• A análise existencial é - A atitude do terapeuta - Que o terapeuta
uma experiência catártica, pretende ser encorajante e experimente uma
em que a pessoa afronta os responsabilizante de todos compreensão empática do
conflitos interiores e tenta, os “vividos” e “sentidos” no quadro de referência interna
com a ajuda do terapeuta, decorrer da sessão do cliente;
alargar a sua consciência terapêutica. - Que o paciente perceba as
de si própria e o seu duas condições precedentes:
próprio funcionamento. a atenção
incondicionalmente positiva
e a compreensão empática
do terapeuta a seu respeito.
Modalidades • Sessões semanais; • A técnica da cadeira vazia: • Terapia individual;
Práticas • Face-a-face; - Confrontação de • Face-a-face, amigável e
• ≈ 50 minutos, podendo polaridades opostas coloquial;
prolongar-se em função da presentes na pessoa ou nos • Técnicas: paráfrase e
necessidade do paciente. sentimentos de exploração, podendo
ambivalência; também ser utilizadas outras
- O diálogo com uma pessoa técnicas desde que não
ausente ainda que morta e contradigam o pressuposto
com quem o paciente tem a de não directividade.
“tarefa aberta”, quer dizer
problemáticas não
elaboradas e portanto não
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resolvidas.
Atitude do • O terapeuta considera a • O logoterapeuta rege-se • Confiança, respeito e
Terapeuta pessoa como uma pessoa pelo princípio da centração no processo
viva que procura um autenticidade, sendo suposto terapêutico do cliente;
significado para a sua que seja sincero e mantenha a • Atitude global do
existência; coerência pessoal, não terapeuta, diferente de
• O terapeuta funciona em analisando nem qualquer técnicas
termos de potencialidades aconselhando; enunciáveis e da
do paciente. • Relação terapêutica é importância da qualidade da
considerada como da relação estabelecida;
responsabilidade de ambos os • Importância concebida ao
participantes; presente.
• Terapeuta e paciente estão
em pé de igualdade, pois
ambos estão à procura de
sentido: o terapeuta encontra
o sentido da sua vida
ajudando outras pessoas a
encontrarem o sentido da vida
delas;
• Humanamente são iguais e
procuram a humanidade.
Indicações Tendo em conta que a • Neuroses noógenas, Praticamente todas as
tónica é posta no “si essencialmente; situações podem ser
mesmo”, esta terapia • Também pode ser usada nas consideradas como de
assume-se como sendo útil neuroses psicogéneas e nas indicação para as diferentes
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para qualquer sujeito em pseudoneuroses somatógenas. terapias que cabem neste
qualquer situação que a designação.
procure.
Contra-indicações • Personalidades limite;
• Situações psicóticas.
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discriminação das
emoções;
- Comportamentais:
confronto das novas
aquisições com novas e
mais complexas situações.
Desenvolvimento Modelo ABC (A –
Terapêutico Acontecimento activante;
B – Beliefs racional ou
irracional; C - Crenças)
que diz que o sujeito é
responsável pelas suas
acções e emoções e que
pode adquirir crenças mais
realistas e incorporá-las na
sua vida.
Modalidades Dirige-se, sobretudo, ao que é • Técnica de fixed role Processo de debate que • Primeira entrevista:
Práticas sentido como sintoma (e.g. therapy: propor ao cliente inicia e pontua toda a - Recolher informação
fobias, compulsões, distúrbios que faça uma intervenção terapêutica e biográfica e informação
sexuais): autodescrição na terceira que tem sempre com o sobre o sintoma;
• Intervenções breves, ou seja, pessoa, ou seja, “busca de objectivo final a aquisição - Avaliar o risco de
20 sessões/6 meses, com carácter”, depois era de crenças racionais. Uso suicídio (casos de
excepções como neuroses solicitado que descrevesse de todas as formas de depressão);
obsessivas e as depressões; uma outra pessoa terapia individual e de - Avaliar a motivação para
• Utilização de técnicas (e.g. imaginária ou pretendida, grupo, praticamente. a terapia;
dessensibilização sistémica, “busca do papel fixo” a - Dar algum feedback do
flooding, implosão, aversão e partir de role playing em encontro.
treino de auto-afirmação). consultório e, por último,
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era solicitado o • Segunda entrevista:
desempenho permanente, - Completar os dados em
durante uma ou duas falta;
semanas, desse novo - Fornecer algumas
papel. Posteriormente, informações sobre o
reiniciava-se o processo processo terapêutico;
com outra figura - Atribuir uma tarefa para
imaginária. a entrevista seguinte,
habitualmente recolher
ideias anteriores a uma
sensação desagradável.
• Processo terapêutico:
- Treino de tarefas de auto-
registo;
- Uso de estratégias de
activação do
comportamento;
- Treino de identificação
de cognições;
- Focalização de crenças
valorizadas e a exploração
dos pressupostos
subjacentes;
- Preparação para o fim da
terapia e o evitar de
recaídas.
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Atitude do • Mais directivo e activo que em Directiva, activa e com
Terapeuta qualquer outra terapia; uma componente
• Define com precisão e com o educacional forte.
paciente o problema, propõe uma
hipótese de trabalho que serve
simultaneamente de contrato e
de predição dos resultados;
• Centra-se sobre o aqui e agora,
tenta criar um clima relacional
positivo;
• Tenta avaliar tão rigorosamente
quanto possível os efeitos do
processo terapêutico.
Indicações Cada técnica tem as suas
indicações específicas:
• Dessensibilização sistemática –
fobia, problemas sexuais,
obsessões ou falta de
assertividade;
• Flooding e implosão – fobias e
obsessões;
• Aversão – Situações de adição
e parafilias;
• Treino da Auto-afirmação –
casos de timidez, inibição social,
medo de contactos, sentimento
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de inferioridade.
Contra-indicações Situações em que não existem
sintomas ou comportamentos
disfuncionais.
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participantes uma
experiência de grupo no
decurso da qual as suas
relações com as figuras de
autoridade pudessem
evoluir e tornarem-se mais
autónomas.
Desenvolvimento • Terapia familiar
Terapêutico estrutural;
• Terapia familiar
estratégica;
• Terapia familiar
psicanalítica;
• Terapia familiar
comportamental;
• Terapia familiar
transferacional.
Modalidades Práticas • Grupo de indivíduos • 10 a 20 participantes; • Duração ≥ 5 anos; É necessário:
entre os 8 e os 15; • 2 animadores; • Até 9 membros; - Um primeiro momento
• Presença de um • Experiências intensivas, • 3 ou 4 vezes por semana; de conforto dos membros
animador, não actuante. de 3 a 6 dias consecutivos. • Sessão dura entre 1h15 e da família entre si, na
1h30; presença do terapeuta;
• Grupo lentamente - Uma acção directa sobre
abertos. as interacções no seio da
família a partir do
reconhecimento dos
padrões de funcionamento
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e disfuncionamento;
- Reforço das
competências da família
no sentido de utilizar os
seus próprios recursos no
confronto com novos
problemas que surgirão
posteriormente.
• Sessões semanais;
• Duração de 1h ao longo
de, pelo menos, 6 meses;
• Terapeuta e/ou co-
terapeuta;
• Salas com espelho
unidireccional;
• Técnicas utilizadas
depende do quadro teórico
e dos objectivos
específicos do terapeuta:
- Técnicas activas e
confrontativas;
- Prescrições de tarefas e
rituais e prescrições
paradoxais;
- Role-playing,
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modelagens, esculturas, a
“cadeira vazia”, mapas e
genogramas familiares.
Atitude do Terapeuta Abstinência e neutralidade
do terapeuta.
Indicações Indicações individuais:• Quando no todo ou em
• Inteligência média parte a família está
• Insight; envolvida num problema
• Força do Ego
psicossocial;
(minimamente • Perturbações emocionais
estruturado). da infância e da
adolescência (neuróticas
Indicações ou psicóticas);
Psicopatológicas: • Dificuldades relacionais
• Neuroses; do casal;
• Algumas perturbações • Fobias escolares;
borderline. • Anorexias;
• Esquizofrenias;
• Toxicodependências;
• Alcoolismo;
• Prevenção primária em
saúde mental.
Contra-indicações • Psicose;
• Perversões;
• Algumas neuroses de
carácter.
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