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E GESTÃO DA QUALIDADE
1
NOSSA HISTÓRIA
2
Sumário
QUALIDADE DE PRODUTOS, QUALIDADE DE SERVIÇOS E GESTÃO DA
QUALIDADE....................................................................................................... 1
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
2.HISTÓRIA DA GESTÃO DA QUALIDADE ...................................................... 4
3.A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE GESTÃO DA QUALIDADE, CONCEITOS
........................................................................................................................... 5
4.PRODUÇÃO.................................................................................................... 7
4.1 Produção contínua ou em linha ................................................................ 8
4.2 Produção intermitente ou descontínua ..................................................... 8
4.3 Organização do trabalho........................................................................... 9
4.4Definição do arranjo físico ....................................................................... 10
4.5 PERT/CPM planejamento da produção .................................................. 11
4.6 Planejamento das necessidades de materiais ........................................ 12
4.7 Planejamento e Controle de Produção (PCP) ........................................ 14
4.8 Just-in-Time ............................................................................................ 15
4.9 Kaisen ..................................................................................................... 16
5. GERENCIAMENTO DO CONTROLE DE QUALIDADE ............................... 18
5.1 Métodos e Ferramentas .......................................................................... 18
5.2 Método PDCA/MASP .............................................................................. 19
6. NORMALIZAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DA QUALIDADE ............................ 24
6.1Padronização ........................................................................................... 25
6.2 Normalização .......................................................................................... 26
7. O PROCESSO DE MELHORAMENTO CONTÍNUO ................................... 28
7.1Focalização no cliente ............................................................................. 29
7.2 Compreensão do processo ..................................................................... 29
7.3 Comprometimento de todos os envolvidos com a qualidade .................. 29
7.4 O gerenciamento de mudanças .............................................................. 30
7.5 Eventos internos ..................................................................................... 30
7.6 Eventos externos .................................................................................... 31
CONCLUSÃO................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 33
3
1. INTRODUÇÃO
4
3.A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE GESTÃO DA
QUALIDADE, CONCEITOS
5
tência mundial. O período pós-guerra trouxe ainda dimensões novas ao plane-
jamento das empresas. Em virtude da incompatibilidade entre seus produtos e
as necessidades do mercado, passaram a adotar um planejamento estratégico,
porque caracterizava uma preocupação com o ambiente externo às empresas.
A crise dos anos 70 trouxe à tona a importância da disseminação de informa-
ções. Variáveis informacionais, socioculturais e políticas passaram a ser fun-
damentais e começaram a determinar uma mudança no estilo gerencial. Na
década de 80, o planejamento estratégico se consolida como condição neces-
sária, mas não suficiente se não estiver atrelado às novas técnicas de gestão
estratégica. A gestão estratégica considera como fundamentais as variáveis
técnicas, econômicas, informacionais, sociais, psicológicas e políticas que for-
mam um sistema de caracterização técnica, política e cultural das empresas.
Tem também, como seu interesse básico, o impacto estratégico da qualidade
nos consumidores e no mercado, com vistas à sobrevivência das empresas,
levando-se em consideração a sociedade competitiva atual. A competitividade
e o desempenho das organizações são afetados negativamente em termos de
qualidade e produtividade por uma série de motivos. Dentre eles destacam-se:
a) deficiências na capacitação dos recursos humanos;
b) modelos gerenciais ultrapassados, que não geram motivação;
c) tomada de decisões que não são sustentadas adequadamente por
fatos e dados; e
d) posturas e atitudes que não induzem à melhoria contínua. As em-
presas perceberam que uma grande forma de se manter a competitividade se-
ria a elaboração de projetos com diminuição de tempo na elaboração, fabrica-
ção e entrega dos produtos, tudo isto sem abrir mão da qualidade, por isto ca-
da dia mais elas investem em novas tecnologias. Tudo isto com o propósito de
superar as expectativas do cliente. Mas de nada adianta ter os melhores equi-
pamentos se não houver pessoas apitas a usá-los, portanto para que exista um
melhor aproveitamento destes a fim de se obter resultados satisfatórios e pre-
ciso investir na qualidade do treinamento dos profissionais da empresa. Se-
gundo Robert Reich, professor da Harvard University, ele argumenta que à
medida que a atividade econômica tornou-se universal, “o elemento competiti-
vo mais importante de um país torna-se a habilidade e o aprendizado cumulati-
vo de sua mão-de-obra”, pois ela muitas das vezes representa algo que não foi
6
imitado com a mesma intensidade em que a tecnologia. Existem várias defini-
ções para o conceito de qualidade, mas em comum temos um termo à base
deste conceito é o cliente e a sua satisfação, segue aqui alguns conceitos so-
bre qualidade e seus autores segundo Juran, para os gerentes nenhuma defi-
nição (de qualidade) é realmente precisa, mas uma dessas definições obteve
larga aceitação: qualidade é adequação ao uso. Mesmo assim ela não fornece
a profundidade necessária aos gerentes para escolherem os rumos de ação. O
norte americano W. Edwards Deming tem a seguinte opinião: um dos grandes
problemas da administração é definir qualidade e perceber que há diversas
facetas. Trata-se de um problema complicado, sem soluções fáceis, uma res-
ponsabilidade da administração. Repare o quanto é conturbado definir qualida-
de. Os autores se encontram num confronto de opiniões, de pontos de vistas.
Ao admitir a indefinição da palavra, administradores como Juran e Deming
chegam à conclusão que cada empresa deve encontrar a definição de qualida-
de mais adequada para a situação em que se encontra a organização.
4.PRODUÇÃO
Ato ou efeito de produzir, criar, gerar, elaborar ou realizar, em uma or-
ganização fabril. Produção é a fabricação de um objeto material, mediante a
utilização de mão de obra, materiais e equipamentos.
Um sistema de produção é um processo planejado pelo qual elementos
são transformados em produtos úteis, ou seja, um procedimento organizado
para conseguir a conversão de
insumos em produtos acabados.
Os sistemas de produção são
processos organizados que
transformam insumos em produ-
tos de maior valor, devendo se
apresentarem dentro de padrões
de qualidade e preço e terem
procura efetiva. A produção industrial tem uma classificação que é dependente
das suas características operacionais: contínua (ou em linha) e intermitente
(repetitiva ou não).
7
4.1 Produção contínua ou em linha
8
4.3 Organização do trabalho
9
a persuasão ou incentivo ao operário só poderia ter efeito quando se tivesse o
controle do trabalho.
4.4Definição do arranjo físico
10
Quanto ao tipo de arranjo físico o processo produtivo pode ser posicio-
nal (de posição fixa) ou por processo.
b) Por processo
As necessidades e conveniências dos recursos transformadores que
constituem o processo na operação dominam a decisão sobre o arranjo físico.
Processos similares, ou processos com necessidades similares são localizados
juntos um do outro.
Os principais objetivos da melhoria do arranjo físico dão-se pela elimi-
nação ou redução do transporte, pois este não agrega valor ao produto; do ex-
cesso de locomoção de pessoas; da movimentação de matérias-primas; de
produtos semiacabados e produtos acabados. A melhor forma de reduzir o
transporte entre dois postos de trabalho é a de aproximar os dois postos o má-
ximo possível. A distância mínima entre eles deve seguir uma norma de segu-
rança do Ministério do Trabalho chamada Norma Regulamentadora NR 12.
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• Duração otimista.
• Duração mais provável.
• Duração pessimista.
Cada atividade desenvolvida apresenta uma duração única. O caminho
crítico é a sequência de atividades entre o início e o término de um projeto que
leva mais tempo para ser completada. As atividades críticas, aquelas que com-
põem o caminho crítico, determinam o tempo de duração do projeto. Se uma
atividade tiver um atraso, todo o projeto ficará atrasado. Com a elaboração de
um diagrama de rede se considera o projeto como um conjunto de atividades
interrelacionadas que podem ser mostradas visualmente através de nós (círcu-
los) e linhas (setas) que indicam a relação entre as atividades. Esta visualiza-
ção pode ser obtida pelo MS Project, software para gerenciamento de projetos,
que realiza as atividades de determinação do caminho crítico, cálculo de recur-
sos e custos, data final de projeto, análises estatísticas e PERT, entre outras.
Conforme a evolução do projeto, ou seja, os atrasos que ocorrem, as ativida-
des que encerram previamente e outros eventos não previstos na elaboração
do mesmo, é possível, com a utilização do software, gerenciá-las para que se
tenha o menor comprometimento do prazo final.
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gramação de produção. O sistema MRP I é um sistema computadorizado de
controle de estoque e produção que se tornou popular a partir dos anos 60 e
70, e que ajuda na otimização da gestão industrial, minimizando os custos e
mantendo os níveis de materiais adequados. De modo geral, a implantação de
um sistema MRP I visa:
• Reduzir custos de aquisição de materiais e estocagem e de movimen-
tação e transporte.
• Diminuir a improdutividade devido à falta de materiais, tempo de pre-
paração, quebra de máquina e horas extras.
• Ampliar o tempo de vida e validade de produtos perecíveis.
• Aumentar a capacidade da instalação e de atendimento ao cliente.
• Aumentar a previsibilidade de compras, de manutenção dos equipa-
mentos e de produção.
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b) Liberação de ordens – esta atividade envolve compra, produção e
suas definições, alterações ou revisões, sendo decisões tomadas a todo o ins-
tante, independentemente do número de itens envolvidos. A liberação das or-
dens está ligada ao plano-mestre, sendo ele o responsável pelas decisões to-
madas para o produto final.
c) Follow-up ou planejamento de prioridade – após a liberação das or-
dens para compra ou produção, existem, normalmente, dois tipos de encami-
nhamentos: o de compras, com as ordens de compra, e o de controle de pro-
dução, com as ordens de produção.
d) Planejamento da capacidade – o planejamento da capacidade é a
função do MRP I que consiste em constatar se existem altos e baixos ou ainda
sobrecarga de capacidade, podendo-se tomar as decisões necessárias.
e) Manutenção dos registros – além do controle do estoque, é impor-
tante manter atualizada a lista de material. Através da contagem cíclica ou in-
ventário rotativo, podemos conseguir proximidade à realidade do estoque.
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No PCP é feito o planejamento, a direção e o controle do suprimento
de material e das atividades de processamento de uma indústria, de modo que
os produtos especificados sejam produzidos por métodos preestabelecidos pa-
ra conseguir um programa de vendas aprovado. Essas atividades são desem-
penhadas de tal maneira que recursos humanos, facilidades industriais e de
capital disponíveis sejam usados com a máxima vantagem. O PCP envolve,
geralmente, a organização e o planejamento dos processos de fabricação,
constituindo-se no planejamento da sequência de operações, da programação
da movimentação, da coordenação da inspeção e no controle de materiais, mé-
todos, ferramentas e tempos operacionais. O objetivo final do PCP é a organi-
zação do suprimento e a movimentação dos recursos humanos, a utilização de
máquinas e atividades relacionadas, de modo a atingir os resultados de produ-
ção desejados, em termos de quantidade, qualidade, prazo e lugar.
4.8 Just-in-Time
O JIT tem como proposta, produzir bens por meio de um conjunto inte-
grado de atividades, projetado para obter uma produção de alto volume em um
fluxo balanceado e sincronizado, conforme as necessidades do consumidor,
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absorvendo o mínimo absoluto de matérias-primas, estoques em processos e
produtos acabados. Tem como lógica de que nada será produzido até que seja
necessário. O JIT se baseia em diversos preceitos que possibilitam sua execu-
ção, tais como o preparo rápido das máquinas, a disposição física celular, a
redução de estoques, a produção puxada, os círculos de controle da qualidade,
os lotes de produção pequenos, a qualidade absoluta e a manutenção preven-
tiva. A filosofia das operações JIT é apoiada por três fatores básicos:
a) Eliminação de desperdícios – a eliminação de desperdícios é fo-
cada em sete tipos de perdas: Superprodução Tempo de espera Transporte
Processo Estoque Movimentação Produtos defeituosos
b) Envolvimento dos funcionários na produção – o envolvimento de
todos se baseia na cultura organizacional; resolução de problemas por equi-
pes; inclusão de tarefas de manutenção e set-up; rotação de cargos; multi-
habilidades; responsabilidade pessoal e engajamento.
c) Esforço de aprimoramento contínuo – o aprimoramento contínuo
(Kaizen) é feito através da comparação do desempenho real x ideal, buscando
uma aproximação com o tempo o critério da medida de desempenho é verifica-
do nos quesitos da qualidade, da confiabilidade, da flexibilidade e do custo.
4.9 Kaizen
Nos anos 50, os japoneses retomaram as ideias da administração
clássica de Taylor e as críticas delas decorrentes para renovar sua indústria,
criando o conceito de Kaizen, do japonês mudança para melhor, que significa
aprimoramento contínuo, gradual, na vida pessoal, familiar, social e laboral.
Essa prática, que exprime uma forte filosofia de vida oriental, visa o bem não
somente da empresa, como do homem que traba-
lha nela e a municia com ferramen-
tas para se organizar e buscar
sempre resultados melhores. Partindo
do princípio de que “hoje é melhor
do que ontem e amanhã será me-
lhor do que hoje” e definindo o tempo como o
me- lhor indicador isolado de competitividade, a
metodologia Kaizen atua de forma ampla para reconhecer e eliminar os des-
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perdícios existentes na empresa, tanto em processos produtivos já existentes
ou em fase de projeto, em produtos novos, na manutenção de máquinas como,
ainda, nos processos administrativos. Ao adotar o método Kaizen de aprimo-
ramento contínuo como processo integrado de controle de qualidade e fomen-
tar a ideia do controle de qualidade total como um processo integrado, os japo-
neses enfatizaram a importância da interação constante entre pesquisa, proje-
to, produção e vendas para a empresa chegar à melhor qualidade, satisfazen-
do os consumidores, o que é a essência da administração japonesa. A impor-
tância da utilização da melhoria contínua integrada ao resultado que se busca
é demonstrar que o meio é tão importante quanto o fim, sendo tão importante
ter eficiência, fazendo bem feito quanto ter eficácia, obtendo o resultado certo.
A filosofia kaizen encontra-se atrás de muitos conceitos da gerência, como o
controle de qualidade total, e seus elementos-chave são a equipe de trabalho,
a disciplina pessoal, a moral elevada, os círculos de qualidade e as sugestões
para melhoria. Além desses elementos chave de sua fundação, outros três fa-
tores-chave destacam-se:
O 5S é o bom-senso que pode ser ensinado, aperfeiçoado e praticado
para o crescimento humano e profissional. Convém que se torne hábito, cos-
tume e cultura.
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1. SEITON significa providenciar a arrumação e deixar em ordem todos
os materiais para que possam ser encontrados de imediato e que estejam
prontos para uso sempre que necessários. Deixar as coisas no lugar certo, pa-
ra não se perder tempo e gastar energia desnecessária, procurando-as.
2. SEIRI significa evitar o desnecessário, separar o desnecessário do
necessário e guardar em lugar que lhe seja próprio, para que não atrapalhe a
rotina de trabalho ou qualquer outra atividade, ou disponibilizar, porque aquilo
que é desnecessário para um, pode ser útil para outro.
3. SEISO significa manter sempre limpo o local de trabalho ou qualquer
outro lugar, com tudo em ordem e somente com o necessário, para que a sujei-
ra não atrapalhe a produtividade nem provoque má qualidade na produção.
4. SEIKETSU significa manter a higiene, tornando o ambiente saudável
e agradável para todos.
5. SHITSUKE significa disciplina, não só aprender e seguir os princí-
pios anteriores como hábitos salutares e invioláveis, como também se educar
com caráter reto, firme e honrado, para vencer na vida. Geralmente, a utiliza-
ção do Kaizen deve ser feita em situações de mudanças incrementais e gradu-
ais, que requerem mudanças a longo prazo e em culturas coletivas. O método
KAISEN produz resultados concretos, tanto qualitativa quanto quantitativamen-
te, em um curto espaço de tempo e a um baixo custo, apoiados na sinergia ge-
rada por uma equipe reunida para alcançar metas estabelecidas pela alta dire-
ção da empresa.
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problemas nos processos produtivos e operacionais é o método, e não a
ferramenta ou as ferramentas.
Embora tenhamos tido o cuidado de apontar a diferença entre método
e ferramenta, nossa intenção neste capítulo é criar o elo que potencializa a
utilização adequada da qualidade e propicia o uso integrado do método e das
ferramentas para garantir a qualidade.
Pensamos ser de extrema importância compreendermos que, como
mencionamos anteriormente, o que soluciona problemas não são as
ferramentas, mas, sim, a observância do método com a correta utilização das
ferramentas, ou seja, dos recursos utilizados no método.
Temos então, paradoxalmente, um divisor, considerando que apre-
sentaremos inicial- mente e de modo rápido os métodos para o controle da
qualidade e, a partir da próxima seção, as ferramentas para o controle da quali-
dade. Trata-se de um paradoxo porque, na realidade, esse divisor transformar-
se-á em uma soma sinérgica, já que a composição método + ferramentas
traz resultados muito maiores do que simples somas matemáticas.
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Como um dos elementos mais difundidos em gestão da qualidade, o
ciclo PDCA, utilizado como base para o Masp, realiza nas organizações uma
transformação direcionada à melhoria contínua e ao controle da qualidade
total.
Consideremos então que o PDCA, como método de melhoria contínua,
não esgota sua apli- cabilidade com uma única utilização no processo, visto
que implementa, na organização, uma cultura de melhoria que permeia todos
os processos. O método está dividido, para melhor compreensão, em quatro
partes, descritas a seguir:
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Se o ciclo PDCA segue em direção à melhoria contínua, o Masp o
utiliza para realizar a análise do problema e para validar a solução proposta,
quando de sua formulação.
1 identificação do problema
2 observação
P
3 análise para descobrir causas
4 plano de ação
método de análise
D 5 ação para eliminar as causas
e solução de problemas
6 verificação da eficácia da ação
C
? bloqueio foi efetivo
7 padronização
A
8 conclusão
21
3a fase: Análise para descobrir as causas – Todas as sugestões são
importantes, pois podem contribuir para a identificação das causas. Nesse
caso, as ideias devem ser aceitas e registradas. Algumas ferramentas, tais
como o diagrama de Ishikawa e as cinco perguntas instigadoras (os cinco
“porquês”), auxiliam nessa descoberta. Passa-se então para a escolha das
causas mais pro- váveis, momento em que se dá a formulação de hipóteses
que possam justificar a ocorrência do problema.
Na verificação das hipóteses mais prováveis, algumas delas são
confirmadas e outras não, e estas últimas, por sua vez, são descartadas. As
primeiras devem receber aprofundamento, sendo testadas para que se
verifique se as causas escolhidas realmente são as responsáveis pelo proble-
ma, ou seja, se, quando se atua sobre elas, seus efeitos são eliminados ou
minimizados.
4a fase: Plano de ação – A partir da identificação, da observação e da
análise do problema, são planejadas as contramedidas que deverão ser
colocadas em prática para eliminar ou minimizar o problema. É preciso também
reservar os materiais, o tempo e o dinheiro necessários para a ação, os quais
serão utilizados para a execução do plano e a obtenção do resultado
satisfatório. O plano de ação, com o uso da ferramenta 5 Ws e 2 Hs, é muito
útil nessa fase.
5a fase: Ação para eliminar as causas – Significa atuar para eliminar
as causas principais dos problemas. É necessário, primeiramente, treinar todos
os envolvidos na ação que realizará o bloqueio das causas. Os funcionários
estão acostumados a cumprir procedimentos e o fazem quase automaticamen-
te. O treinamento colabora para que realizem uma mudança nos procedimen-
tos antigos e se acostumem com os novos. As atividades previstas no plano de
ação devem ser executadas de forma cuidadosa e a observação dos resultados
precisa ser detalhada.
6a fase: Verificação da eficácia da ação – Uma modificação em um
processo deve trazer alteração no resultado, o qual se espera que seja positi-
vo. É averiguado também se existem efeitos secundários desejados ou não.
Caso os resultados sejam positivos, devem ser registrados para utilização e
padronização; se negativos ou irrelevantes, as causas devem ser novamente
analisadas para obtenção de novas hipóteses. A verificação instaura a existên-
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cia de um histórico do ocorrido, para que seja possível medir a eficácia da
ação.
7a fase: Padronização – É o registro documentado dos procedimentos
a serem seguidos por todos os participantes, com vistas à garantia de que a
causa bloqueada não mais retorne. Assim, é assegurado que os resultados
obtidos pelo cumprimento dos procedimentos garantam que os resultados se-
jam sempre os mesmos e previsíveis. Uma organização com procedimentos
padronizados evita o giro de pessoal, melhorando a satisfação no trabalho. As
seguintes etapas podem ser consideradas na padronização:
1. elaboração ou alteração do padrão;
2. comunicação da existência do novo padrão e treinamento de
todos os envolvidos;
3. arquivamento das cópias dos antigos padrões;
4. realização do acompanhamento da utilização do novo padrão e
dos resultados alcançados.
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6. NORMALIZAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DA QUA-
LIDADE
Eli Witney, no final do século XVIII, introduziu o conceito de
padronização de componentes nas indústrias, após se deparar com as
exigências impostas pela Revolução Industrial, ocorrida na mesma época,
dada a descoberta da máquina a vapor. Juntamente com o conceito de padro-
nização de componentes, surgiu o conceito de padronização de processos e o
de padronização de ferramentas.
A mudança no ambiente de trabalho, com ênfase no ambiente
industrial, direcionou as organi- zações a produzirem de forma padronizada.
Assim, o modo de produção artesanal enfraqueceu, abrindo espaço para a
produção seriada.
Mais tarde, em 1907, com Ford, teve início a produção em massa. A
partir de então, eviden- ciou-se a necessidade de as organizações
estabelecerem padrões para seus processos e produtos. Desse modo,
historicamente, nota-se que o padrão fez com que a organização gerenciasse
seus recursos de forma mais eficiente, visto que, ao executar o processo de
produção dentro do padrão, as variações são controladas e, quanto menores
elas forem, também menores serão os consumos de recursos para a obtenção
de um produto esperado.
Muitos não fazem distinção entre padronização e normalização.
Entretanto, a padronização pode ser entendida como a unificação dos
processos de fabricação ou de prestação de um serviço, ou seja, existe
somente uma forma escolhida para sua realização. Já a normalização é a
aplicação do padrão reconhecidamente aceito, nesse caso, pelo mercado e
pelas organizações.
Podemos considerar, então, que a norma, independentemente de outro
processo, obriga a organização a seguir o padrão determinado. No entanto,
para que tenhamos a evolução da qualidade, o padrão não deve ser imutável,
mas sim permitir ajustes para incorporar novas ferramentas, novas técnicas e
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novos processos. Compreendemos, assim, que a norma estabelece os padrões
mínimos de aceitação e ordenação.
6.1Padronização
25
4. ser democrático: quando possível, o padrão deve ser estabele-
cido em conjunto com quem executa a atividade padronizada, permitindo uma
especialização em sua execução;
5. ser baseado na prática: o padrão que apresenta essa caracte-
rística tem como base o ensaio, a realização na prática e tem sua eficácia
comprovada;
6. ser passível de revisão: o padrão deve permitir que as organi-
zações possam realizar ações de melhoria sem comprometer as atividades em
execução;
7. possuir autoridade: o padrão deve ser revestido de autoridade
por ser a melhor forma de se atingirem os objetivos;
8. possuir informação de vanguarda: o padrão deve ser o “estado
da arte” do processo, aquilo que de mais avançado existe;
9. ser voltado para o futuro: o padrão deve permitir a evolução pa-
ra processos que levem a um resultado que não possa ser atingido atualmente;
10. fazer parte de um sistema de padronização: o padrão deve
atender às normas específicas para cada caso.
Podemos exemplificar a padronização pelo projeto e desenvolvimento
de uma nova ferramenta ou dispositivo destinado a atender ao processo
produtivo. Este, por sua vez, necessita que se escolham, dentre uma grande
quantidade de esferas (podem ser laranjas), aquelas que tenham diâmetro
igual ou menor do que “a”. O padrão, nesse caso, é o diâmetro, de modo que
um dispo- sitivo representado por uma esteira com furos de diâmetro “a” faz a
seleção das esferas de tama- nho padrão, através da passagem da esfera pelo
furo padrão “a”. Também podemos aumentar ou diminuir os furos,
determinando um novo padrão.
6.2 Normalização
26
Essa figura representa a estrutura de nível das normas utilizadas em
organizações. Conforme Ambrozewicz (2003), os níveis podem ser entendidos
como:
27
Para as organizações, a adoção das normas internacionais significa
que os fornecedores podem desenvolver e oferecer produtos e serviços que
reúnem especificações com ampla aceitação inter- nacional, permitindo que a
organização atue em diversos mercados.
Além disso, a uniformidade da tecnologia mundial, alcançada quando
os produtos e os serviços são baseados em normas internacionais, permite aos
clientes uma comparação mais clara entre os produtos. A conformidade dos
produtos e dos serviços às normas internacionais oferece ga- rantias relativas à
sua qualidade, segurança e confiabilidade.
Para os governos, as normas internacionais fornecem as bases
científicas e tecnológicas relati- vas à saúde, à segurança e à legislação
ambiental.
Por outro lado, a existência de diferentes normas nacionais ou
regionais podem criar barreiras técnicas ao comércio. Por isso, as normas
internacionais são os meios técnicos pelos quais os go- vernos podem realizar
acordos comerciais independentemente de conflitos internos ou situações
casuísticas. Tais situações se configuram quando se trata de países em
desenvolvimento, cujos produtos estão sujeitos a diversos tipos de barreiras de
entrada, sob as mais variadas alegações. Nesse caso, as normas
internacionais representam um consenso sobre o estado da arte e são im-
portantes fontes de know-how tecnológico, por definirem as características do
que se espera nos produtos e nos serviços pelos mercados de exportação.
É importante observarmos ainda que as normas internacionais
referentes ao ar, à água e à qualidade do solo, às emissões de gases e
radiação e aos aspectos ambientais dos produtos con- tribuem para a melhoria
de qualidade de vida do ser humano, com vistas a preservar o meio ambiente
de danos maiores e irreversíveis.
28
De acordo com Oakland (1994), existem três princípios básicos de me-
lhoramento contínuo:
(i) focalização no cliente;
(ii) compreensão do processo; e
(iii) comprometimento de todo o pessoal com a qualidade.
7.1Focalização no cliente
A organização deve reconhecer, em todos os seus níveis hierár-
e feedback, como está o desempenho dos seus produtos aos olhos do cliente.
tados da qualidade.
duzir desperdícios.
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As pessoas são fonte de ideias e inovação. Suas perícias, experi-
que podem ser utilizadas para determinar pontos fortes e fracos, ou o estilo de
gerenciamento da organização.
Uma mudança pode ser definida como uma alteração feita de maneira
direta ou indireta, por iniciativa interna ou externa, imposta por lei ou por con-
trato, ou até opcional, que amplia ou reduz o escopo de um projeto ou produto,
modifica políticas ou procedimentos, altera custos ou o orçamento e que for-
çam a revisão do cronograma.
Assim, o processo de gerenciamento de mudanças é responsável por
as- segurar que, independente da mudança, o projeto ou produto atinjam os
resultados esperados, e atendam os requisitos básicos da qualidade.
7.5 Eventos internos
30
Evento de apresentação da implantação da rotina na seção.
31
CONCLUSÃO
A dinâmica do mundo empresarial tem exigido, cada vez mais, a ob-
servação de níveis de excelência na produção de produtos e serviços. Tanto
que, atualmente, oferecer qualidade já não é mais um modismo: é uma neces-
sidade contínua.
Para atender a esse requisito, a qualidade de produtos serviços e ges-
tão da qualidade, ressalta a importância da implantação sinérgica de métodos
e ferramentas de gestão empresarial.
O uso integrado desses recursos apresenta algumas vantagens, como,
por exemplo, a diminuição de custos, a fidelização de clientes e o surgimento-
de ações de responsabilidade social.
32
REFERÊNCIAS
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oks, 1995. JURAN. J.M. Controle da Qualidade. São Paulo, Makron Books,
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SLACK, N.; et al. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
33
WOMACK, J. P.; JONES, D. T.; ROOS, D. A Máquina que Mudou o Mundo. Rio
de Janeiro: Campus, 1992.
34
GALGANO, A. Calidad Total: llave estratégica para la competitividad de la em-
pre- sa. Madrid: Díaz de Santos, 1993.
35