Este documento é uma resposta a embargos de declaração propostos pela reclamada. Argumenta que os embargos claramente visam atacar o mérito da decisão e não se enquadram nos objetivos legais dos embargos de declaração. Pede que os embargos sejam negados e a reclamada condenada a pagar multa de 2% sobre o valor da causa por uso manifestamente protelatório dos embargos.
Este documento é uma resposta a embargos de declaração propostos pela reclamada. Argumenta que os embargos claramente visam atacar o mérito da decisão e não se enquadram nos objetivos legais dos embargos de declaração. Pede que os embargos sejam negados e a reclamada condenada a pagar multa de 2% sobre o valor da causa por uso manifestamente protelatório dos embargos.
Este documento é uma resposta a embargos de declaração propostos pela reclamada. Argumenta que os embargos claramente visam atacar o mérito da decisão e não se enquadram nos objetivos legais dos embargos de declaração. Pede que os embargos sejam negados e a reclamada condenada a pagar multa de 2% sobre o valor da causa por uso manifestamente protelatório dos embargos.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA 1ª VARA
DO TRABALHO DA COMARCA DE SANTA MARIA – RS
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos em epígrafe, vem, mui respeitosamente a presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua Advogada constituída, manifestar-se sobre os Embargos de Declaraçã o propostos pela Reclamada. Em primeiro lugar, os embargos de declaraçã o visam ao aperfeiçoamento do julgado, com o fim de suprir omissã o ou eliminar contradiçã o (art. 897-A da CLT), bem como de esclarecer obscuridade e corrigir erro material (art. 1.022 do CPC, de aplicaçã o subsidiá ria). Quando esse recurso é utilizado com fins manifestamente protelató rios, o Có digo prevê a aplicaçã o de multa de 2% sobre o valor da causa, que pode ser elevada em caso de reiteraçã o, a 10% desse montante (§§ 22º e 3º): “Art. 1.026 § 2º Quando manifestamente protelató rios os embargos de declaraçã o, o juiz ou o tribunal, em decisã o fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa nã o excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.” No caso, as alegaçõ es da embargante claramente configuram ataque ao mérito da decisã o, nã o se inserindo nas hipó teses de cabimento dos embargos de declaraçã o. A sentença está fundamentada com os artigos de lei que o Juízo entende aplicá veis. Portanto, eventual inconformidade em relaçã o ao resultado do julgamento deve ser objeto de recurso apropriado, nã o se prestando os embargos de declaraçã o para o reexame da matéria litigiosa. Um sério equívoco é considerar que o reconhecimento do cará ter protelató rios dos embargos importe em restriçã o de seu uso. Ora, os embargos de declaraçã o sã o de uso restrito, se as partes resolvem utilizá -lo de forma indiscriminada, como ocorre com muita frequência, estã o fazendo mal uso dessa garantia. Os advogados tem a obrigaçã o de compreender a sentença dinamicamente (isso se presume); dú vidas estapafú rdias, obtusas, desprovidas de um mínimo de razoabilidade fazem presumir, portanto, nã o o despreparo técnico do causídico, mas sim o intuito protelató rio do recurso. O poder judiciário tem de ser célere, e não tem mais espaço para esse tipo de atitude! Por mais que a reclamada tenha interposto os Embargos de Declaraçã o e o Recurso Ordiná rio quase ao mesmo tempo, os embargos interpostos irã o atrasar o andamento do processo, demostrando claramente a intençã o da manobra. Ante o exposto, requer: -Seja negado provimento aos embargos de declaraçã o interpostos pela Reclamada. -Seja a Reclamada condenada ao pagamento de multa de 2% sobre o valor da causa, conforme prevê o art. 1.026, § 2º do CPC. cidade, 20 de abril de 2019. Paulo Henrique L. Lourenço OAB/GO