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Material de apoio de Educação Física e Desporto

I. INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO


FÍSICA E DESPORTO
Objectivos

- Desenvolver as capacidades físicas;

- Desenvolver o hábito de postura correcta;

- Desenvolver os hábitos de higiene, de pática de actividade física e de conservação da


saúde;

- Fortalecer os sistemas cardio-vascular, respiratório, circulatório e locomutor;

- Desenvolver a criatividade, o valor, a audácia, a consciência, o espírito desportivo,


iniciativa e o espírito de grupo;

- Desenvolver atitudes que revelam princípios de ética, renúncia à violência, respeito


às regras e de solidaridade;

- Aprender as habilidades motoras básicas e específicas;

- Aperfeiçoar as habilidades motoras básicas e específicas;

- Desenvolver as qualidades morais e volitivas da personalidade.

- Desenvolver as capacidades físicas, psicológicas, motoras e habilidades desportivas


dos estudantes;

- Conhecer os fundamentos teóricos da Educação Física e Desporto.

Finalidade

Contribuir para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos estudantes, atráves de


actividades físicas, desportivas, recreativas, e ajudar desta forma a educação de um
estudante capaz de conduzir-se activa e conscientemente nas tarefas da reconstrução
da sociedade.

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DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

A gradual evolução da actividade física prendeu-se com três aspectos:

a) Carácter/aspecto natural: marchar, correr, saltar, arremessar, trasportar);

b) Carácter/aspecto utilitário: quando aperfeiçou o manusiamento dos instrumentos


que criara a fim de obter maior rendimento no seu trabalho;

c) Carácter/aspecto guerreiro: teve que preparar-se para defender as suas culturas, os


seus rebanhos, as suas propriedades.

Destacam-se as civilizações orientais: A Chinesa, e a Hindu, que deram maior


relevância ao exercício físico. A corrida, a esgrima, a equitaçõa, o tiro ao arco, a luta, a
caça, as danças e alguns jogos de bola que mais representaram o sector da Educação
Física.

Mas foi na Grécia que os jogos desportivos alcançaram o seu apogeu, chegando
mesmo a constituir o acontecimento mais importante da vida dos gregos.

Hoje, a prática de actividde física é tida como essencial para uma boa saúde e um bem-
estar físico e psicológico.

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Conceitos básicos

A Educação Física – é um processo pedagógico orientado para o aperfeiçoamento


morfológico e funcional do organismo, a formação e o melhoramento de hábitos e
destrezas (que tem geito) de importância vital (respiração), assim como, o
desenvolvimento das qualidades volitivas (que depende da vontade).

Desporto – é toda a forma de praticar actividade física que, através de participação


ocasional ou organizada, visa equilibrar a saúde ou melhorar a aptidão física e/ ou
mental e proporcionar entretenimento aos participantes. Também pode ser a
actividade física sujeita a determinadas regras e que visa a competição.

Obs.: Ainda que, por vezes, sejam confundidos os conceitos de desporto e actividades
física, estes não são sinónimos. A actividade física é uma mera prática, ao passo que o
desporto implica uma competência sempre com vista num resultado.

Jogo – é uma actividade natural do homem. Caracteriza-se pela presença de regras


acolhidas pelo grupo, buscando durante o desenrolar da actividade um vencedor.

Desenvolvimento Físico – é um processo natural de formação e de desenvolvimento


das formas e funções do organismo sob influência da hereditariedade e do meio (físico
e social).

Preparação Física – é o processo de desenvolvimento das capacidades físicas.

Treinamento Desportivo – é o processo pedagógico de preparação do organismo


humano à esforços físicos e psíquicos internos, dirigidos, desenvolvidos e graduados
de forma sistemática e contínua com o objectivo de obter altos resultados
competitivos num determinado desporto.

Capacidade Física – são condições orgánicas básicas para a aprendizagem e


aperfeiçoamento de acções motoras físico-desportivas.

Exercício Físico – é a acção motora sistematicamente repetida que constitui o meio


principal para realizar as tarefas da Educação Física e do desporto e que se materializa
em forma de Ginástica, Jogo e Desporto.

Habilidade Motora – é a capacidade do indivíduo para realizar com êxito operações de


tipo prático.

Cultura Física – é a parte da cultura geral da humanidade que representa o conjunto


de todos os valores materiais e espirituais, criados na sociedade, no processo histórico-
social no ramo da Educação Física.

A Força – é a capacidade de um sujeito para vencer ou suportar uma resistência,


através da contração muscular.

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Representa-se em 3 formas:

- A Força máxima – é a maior força que o sistea neuro-muscular pode exercer numa
máxima contracção voluntária.

- A Força rápida – é a capacidade do sistema neuro-muscular para vencer uma


oposição com uma elevada rapidez de contracção.

- A Resistência da Força – é a capacidade de resistir ao cansaço do organismo durante


um rendimento de força de longa duração.

A Rapidez – é a capacidade de realizar uma acção motora num período mínimo, em


determinadas condições.

Manifestam-se em 3 formas fundamentais:

- Rapidez de reacção – é a capacidade de um indivíduo (organismo) de responder de


forma rápida a um estímulo determinado.

- A Rapidez de um movimento isolado – é a capacidade de executar uma acção motora


(gesto unitário) com a máxima rapidez de contracção muscular.

- A Rapidez Frequência de movimentos – é a capacidade de executar acções motoras


com a maior rapidez possível por unidade de tempo.

A Resistência – é a capacidade que o indivíduo tem para realizar esforços de longa


duração, sem perder a eficácia motora, permitindo-lhe ao mesmo tempo recuperar o
mais rápido possível de um esforço.

A Velocidade – é a capacidade de realizar uma actividade no mínimo tempo possível.

A Flexibilidade – é a capacidade de realizar movimento com a máxima amplitude


possível. É o grau de mobilidade a nível das diferentes articulações do aparelho neuro-
muscular que depende da forma e estruturação das articulações e da elasticidade dos
músculos e ligamentos.

A Agilidade – é a capacidade de dominar acções motoras complexas e utilizá-las de


acordo com as exigências das situações que se apresentam. Ou ainda, a capacidade de
reagir rápido e eficazmente, realizando o movimento desejado.

Coordenação – é faculdade de utlizar conjuntamente as propriedades dos sistemas


nervoso e muscular, sem que umas interfiram nas outras.

Equilíbrio – é a capacidade de adaptar uma posição, contrariando a força da gravidade.

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OBS.:

O Exercício Físico produz os seguintes efeitos:

- O coração torna-se mais forte e volumoso, aumentando as dimensões das suas


cavidades-aurículos e ventrículos. Põe maior quantidade de sangue em circulação em
cada contração realizada;

- Aumento dos capilares dos músculos, melhorando a sua irrigação sanguínea e


aumentando a resistência à fadiga;

- Aumento do número de glóbulos vermelhos e da quantidade de hemoblobina,


indispensáveis ao transporte do oxigénio e do dióxido de carbono;

- Aumento da capacidade vital dos pulmões. Em cada inspiração, recebem maior


volume de ar, o que permite o transporte de maior capacidade de oxigénio para as
células e a expulsão de mais dióxido de carbono.

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II- ATLETISMO

2.1- Introdução

O Atletismo é um conjunto de desportos constituídos por três modalidades: Corridas,


Lançamentos e Saltos. De modo geral, o Atletismo é praticado em estádios, com
excepção de algumas corridas de longa distância, praticadas em vias públicas ou no
campo, como a maratona.

O Atletismo surge com a aparição do ser humano, isto é, devido aos gestos naturais
como: gatinhar, fazer tentem, levantar, marcar passos, andar, correr, atirar pedras,
saltar obstáculos, etc.

O Atletismo, sob forma de competição, teve a sua origem na Grécia. A palavra


Atletismo foi derivada da raiz grega, “ATHI, competição”, o princípio do heroísmo
sagrado grego, o espírito de disputa, o ideal do belo etc. – o que se chamou de espírito
agonístico (referente aos combates).

Surgiram então as competições que foram perdendo o carácter de religiosidade e


assumindo exclusivamente o carácter desportivo.

O romano Juvenal sintetizou na expressão “mens sana in corpore sano” – uma mente
sã num corpo são, a própria filosofia do desporto.

2.2. HISTÓRIA

Os romanos continuaram celebrndo as provas olímpicas, depois de conquistar a Grécia


no ano 146 a.c.

O Atletismo é a forma organizada mais antiga de desporto e vem se destacando há mil


anos.

A primeira competição de Atletismo organizada ocorreu na Grécia, em 776 a.c., nos


primeiros jogos olímpicos da antiguidade. Durante anos, o principal evento olímpico foi
o pentatlo (cinco provas): salto em comprimento, lançamentos do dardo, corrida de
velocidade-200m, lançamento do disco e corrida de meio fundo-1500m.

No ano 394, da nossa era, o imperador romano TEODÓSIO aboliu os jogos. Durante
oito séculos não se celebraram competições organizadas de Atletismo. Restauram-se
na Inglaterra em meados da metade do século XIX, e então as provas atléticas
converteram-se gradualmente no desporto favorito dos ingleses.

Em 1834, um grupo de entusiastas desta nacionalidade alcançou os mínimos exigíveis


para competir em determinadas provas. Também, no século XIX, se realizaram as

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primeiras reuniões atléticas universitárias entre as universidades de Oxford e


Cambridge (1864), o primeiro encontro nacional em Londres (1866) e o primeiro
encontro amador celebrado nos E.U.A. em pista coberta (1868). O Atletismo,
posteriormente adquiriu um grande seguimento na Europa e América.

Em 1896, iniciaram-se em Atenas os jogos olímpicos da era moderna. Uma modificação


restaurada dos antigos jogos que os gregos celebravam em Olímpia. E desde essa data
até agora as competições do sector masculino não sofreram grandes alterações. No
sector feminino, temos assistido à integração progressiva de provas no calendário
olímpico, que inicialmente só estavam destinadas ao sector masculino. Mais tarde, os
jogos celebraram-se em vários países com intervalos de quatro (4) anos, excepto em
tempo de guerra.

Em 1912, forma-se a IAAF (Associações das Federações Internacionais de


Atletismo/Federação Internacional de Atletismo Amador). Com sede central em
Londres; a associação é o organismo reitor das competições de Atletismo a escala
internacional, estabelecendo as regras e dando oficialmente as melhores marcas
mundiais obtidas pelos atletas.

A Inglaterra é o país que mais desenvolveu o Atletismo.

A história do Atletismo é muito bonita, pois que se inicia com a própria história da
humanidade, quando o homem primitivo praticava suas actividades naturais para a
sobrevivência. Chega mesmo a se confundir com a mitologia, quando observamos o
período da antiguidade clássica, com os jogos olímpicos que deram origem aos actuais
jogos olímpicos da era moderna, que trazem como reminiscência cultural mais
marcante a figura de Discóbolo de Miron.

2.3. CARACTERIZAÇÃO

O Atletismo tem sido praticado ao longo da história do homem, porque baseia-se em


movimentos naturais como: correr, saltar e lançar.

Trata-se de uma modalidade multidisciplinar com cariz individual (com excepção das
corridas de estafetas).

Podemos dividir as várias disciplinas em três (3) grupos fundamentais: as corridas, os


concursos (saltos e lançamentos) e as provas combinadas (corridas, saltos e
lançamentos).

As provas que integram o calendário olímpico são as seguintes:

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1- CORRIDAS
Velocidade
- 100m – masc. e fem.
- 200m – masc. e fem.
- 400m – masc. e fem.
Meio Fundo
- 800m- masc. e fem.
- 1500m – masc. e fem.
- 3000m – masc. e fem.

Fundo
- 5000m – masc.
- 10.000m – masc. e fem.
- Meia Maratona (21km) – masc. e fem.
- Maratona (42,195km) – masc. e fem.
Estafetas
- 4x100m – masc. e fem.
- 4x400m – masc. e fem.
Barreiras
- 100m – fem.
- 110m – masc.
- 400m – masc. e fem.
Obstáculos
- 2000m – masc. e fem.
- 3000m – masc. e fem.
Marcha
- 10km – fem.
- 20km – masc. e fem.
- 50km – masc.
As corridas são feitas em pistas. Elas têm a forma ovária. Possui 400m e é
praticada por 6/8 corredores.
2- SALTOS
a) Horizontais:
- Comprimento
- Triplo Salto
b) Verticais:
- Altura
- Com Vara.

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3- Lançamentos

a) Ligeiros:

- Dardo

- Disco

b) Pesados:

- Peso

- Martelo.

Os saltos e lançamentos são feitos em campos.

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2.4- CORRIDAS DE VELOCIDADE

A corrida é a faculdade natural que o homem possui para se deslocar rapidamente de


um lado para o outro. Ela constitui um hábito que está intrínseco na relação
Homem/meio, desde que a necessidade transformou o seu deslocamento em
quadrupedia a uma forma superior de organização motórica, o movimento bípede.
Podemos conceber desta análise, que o homem sabe correr há muitos séculos, daí que
todas as pessoas se apropriem desta faculdade desde os primeiros anos de vida,
apesar de que o domínio das formas motóricas mais económicas efectivas neste tipo
de deslocamento, em outras palavras, o domínio da técnica da corrida só se alcança
com a aprendizagem especializada.

De forma geral, as corridas são em certo sentido, as formas de expressão atlética mais
pura que o Homem já desenvolveu. Embora exista algo de estratégia e uma técnica
implícita, a corrida é uma prática que envolve basicamente o bom condicionamento
físico do atleta.

Nas corridas de velocidade, a exploração muscular na partida é determinante no


resultado obtido pelo atleta. Por isso, existe um posicionamento especial para a
partida, que consiste em apoiar os pés sobre um bloco de partida (fixado na pista) e
apoiar o tronco sobre as mãos encostadas no chão (posição de quatro apoios). São
frequentes as falsas partidas, quando o atleta sai antes do tiro de partida, que é o sinal
dado para começar a prova. Qualquer atleta que dê uma falsa partida será
desclassificado.

2.4.1. CARACTERIZAÇÃO

São corridas, cuja distância a percorrer é curta e o objectivo de todas elas é: partir de
uma posição agachada nos blocos de partida, percorrer a distância definida o mais
rapidamente possível.

A corrida é a forma de locomoção de velocidade ilimitada que o Homem possui, e nela


se alterna o apoio simples com o voo. A frequência e longitude dos passos não estão
ilimitadas por factores de regulamentos, senão pelas características fisiológicas e o
nível de preparação física do atleta.

Na corrida de velocidade os movimentos são cíclos, porque o final de um cíclo é o


princípio de outro.

Na corrida alterna-se em Apoio e Suspensão/Voo.

No apoio há: apoio à frente e impulsão e na suspensão há: recuperação e balanço à


frente.

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Quer dizer, na sequência completa da corrida existem dois (2) momentos: apoio e
suspensão. Também encontramos quatro (4) fases: Apoio à frente, Impulsão,
Recuperação e Balanço à frente.

Há também dois (2) factores que determinam a velocidade na corrida que são:
Longitude dos passos e Frequência dos passos.

Ainda, a corrida apresenta as seguintes características como:

1. Cíclo – está formado por dois (2) passos ou apoio duplo, um com a esquerda outro
com a direita.

2. Período – caracteriza o cíclo, está formado por dois (2) período de duplo apoio e
apoio simples.

3. Fase – estão formadas por duas fases de apoio e duas de deslocamento.

2.4.2. Partida

Na corrida de velocidade encontramos as técnicas de: partida, aquisição de velocidade,


manutenção de velocidade e perda da velocidade.

Nas corridas de velocidade utiliza-se a partida baixa, destacando-se nela três (3)
factores fundamentais, dos que derivam aplicações práticas:

a) Separação longitudinal dos blocos;

b) Distância do primeiro bloco da linha de partida;

c) Separação lateral dos blocos.

2.4.3. VARIANTE DE COLOCAÇÃO DE BLOCOS

1. Partida Curta – separação entre os bocos, de 1 pé humano, do primeiro bloco à linha


de partida, 2 pés.

2. Partida Média – separação entre os blocos de 1 ¼, 1 ½ pé, e da linha de partida do


primeiro bloco 1 ½ ; 1 ¾ pé.

3. Partida Longa – separação entre os blocos, 2 pés, e do primeiro bloco à linha da


partida, 1 pé.

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2.4.4. TÉCNICA DE COLOCAÇÃO NOS BLOCOS

Aos seus lugares

- Cinco (5) apoios no chão;

- Mãos ligeiramente mais afastadas do que a largura dos ombros;

- Polegar e indicador afastados, colocados lateralmente e atrás da linha de partida;

- Joelho da perna de trás no chão e o da perna da frente na direcção da linha de


partida.

Prontos

- Quatro (4) apoios (elevação da bacia acima da linha dos ombros);

- Membros inferiores flectidos, exercendo pressão nos dois (2) blocos;

- Os ombros avançam ligeiramente para frente da linha das mãos, deslocando o peso
do corpo para frente.

Tiro de Partida

- As mãos deixam o solo em simultâneo;

- Forte impulsão dos membros inferiores com extensão da perna da frente;

- Avanço rápido do joelho da perna de trás;

- Os membros superiores iniciam uma acção enérgica.

2.4.5. TÉCNICA DE CHEGADA

A chegada realiza-se quando dois ou vários desportistas chegam juntos à meta.

Actualmente existem três (3) tipos de variantes de chegada: Turbilhão, Torsão e


Normal.

Turbilhão: Denomina-se deste modo porque há um adiantamento brusco do peito a


frente, junto com uma flexão pronunciada do tronco, os braços são levados atrás para
permitir o dito movimento a 2,00 a 2,50 metros da meta e desde o apoio, não no ar,
pois conduzirá a uma queda.

Torsão: Recebe esta denominação pelo adiantamento brusco e rápido do ombro para
frente. Esta chegada é às vezes perigosa, pois a sua técnica exige que se adiante o

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ombro oposto à perna em passo anterior, já que, de contrário rompe-se o equilíbrio e


há uma velocidade superior a 10m/segundo, significa uma queda fatal.

Normal: Como o seu nome indica, executa-se com a chegada do atleta na meta sem
fazer variações na estrutura do movimento da corrida, é dizer uma forma natural.

2.4.6. REGRAS

- As corridas são efectuadas em pistas individuais e os atletas devem permanecer na


sua pista até ao final da prova;

- O atlete que ultrapassa as linhas da sua pista, tirando alguma vantagem para a sua
corrida ou prejudicando outro atleta, é desclassificado;

- Nas provas oficiai, é obrigatório realiar uma partida agachada, utilizando os blocos de
partida;

- Na posição de partida, o atleta não pode tocar ou ultrapassar a linha de partida;

- É considerada falsa partida se o atleta iniciar o movimento de partida, antes do tiro;

- Após a primeira falsa partida, o atleta é avisado. Qualquer segunda falsa partida (seja
de que atleta for) é penalizada com uma desclassificação.

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3. CORRIDA DE RESISTÊNCIA

3.1. CARACTERIZAÇÃO

São corridas, cuja distância a percorrer é longa e o seu objectivo é: Partir de uma
posição de pé, percorrer a distância definida no menor tempo possível.

Na corrida de resistência enquadramos as de meio fundo, fundo, meia maratona e


maratona.

São corridas que envolvem grande resistência física.

Neste tipo de corrida é importante:

- Utilizar uma técnica de corrida económica;

- Desenvolver a noção de que é necessário correr regularmente, e com precisão,


respeitando os rítmos definidos;

- Encontrar um equilíbrio ao nível do sistema respiratório e circulatório.

3.2. DETERMINANTES TÉCNICAS

- Apoio quase completo do pé;

- Membros superiores ligeiramente flectidos e descontraídos;

- Passadas curtas.

3.3. REGRAS

- As corridas são efectuadas na pista de atletismo, na estrada ou no campo;

- A partida é feita de pé, não podendo o atleta ultrapassar a linha de partida.

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4. CORRIDA DE ESTAFETAS

Um pequeno historial de como os mensageiros, antigamente, antes da aparição de


telefones se deslocavam:

Ex.: Se o destino é Luanda.

Calulo Dondo Catete Luanda

Com este exemplo, deduzimos que se trata de corrida de Estafetas.

Esta modalidade exige a todos participantes dedicação e espírito colectivista. Graças as


suas características de suspense, é fonte de grande entusiasmo e interesse no público
assistente.

Nos jogos olímpicos e nas competições internacionais de Atletismo, as estafetas


competem-se nas distâncias de 400 e 1.600 metros e denominam-se estafetas 4x100 e
4x400m. A corrida de estafetas consta essencialmente de duas partes: A corrida do
atleta e o câmbio (troca ou transmissão na zona).

4.1. CARACTERIZAÇÃO

São as únicas provas de Atletismo que se disputam por equipas, constituídas por qutro
(4) elementos. O objectivo desta corrida é transportar um testemunho desde o
primeiro ao último atleta, realizando a sua transmissão dentro de uma zona
determinada e perdendo o menor tempo possível.

O testemunho tem de ser passado dentro de uma zona de transmissão de 20m de


comprimentos. Esta zona começa a 10m da linha dos 100m e termina 10m adiante
dela. O atleta que recebe o testemunho pode começar a correr 10m antes da entrada
da zona de transmissão.

Depois da transmissão do testemunho o corredor que faz a entrega tem de continuar


no seu corredor até que todas as entregas tenham terminado. Se deliberadamente
impedir a actuação de algum membro de outro grupo por abandonar a pista.

Durante toda corrida o testemunho tenha que ser levado na mão. O testemunho deve
ser entregue na zona de transmissão. A zona de transmissão é feita 10m antes e 10m
depois.

A entrega do testemunho tenha que ser numa distância curta.

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4.2. PEGA DO TESTEMUNHO

- Segurar o testemunho na extremidade mais próxima do corpo do atleta;

- O dedo polegar e o indicador ficam colocados atrás da linha e os restantes dedos


seguram o testemunho. O testemunho pode, e deve ultrapassar a linha de partida.

4.3. TÉCNICA DO PASSE E RECEPÇÃO DO TESTEMUNHO COM SUAS VARIANTES

Na recepção temos duas variantes:

1- Visual: Que se vê.


2- Não Visual: Que não se vê.
Duas variantes na entrega/passe do testemunho:

1- Por cima: de cima para baixo.


2- Por baixo: movimento de baixo para cima.

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4.4. EXECUÇÃO TÉCNICA

- Colocar-se no início da zona de balanço com os pés virados para frente, olhando por
cima do ombro para observar a aproximação do companheiro;

- Iniciar a corrida, quando o companheiro ultrapassar uma marca previamente


combinada;

- Continuar a corrida, olhando para frente, de forma que a transmissão se faça com os
dois (2) executantes na sua máxima velocidade;

- Ao sinal do companheiro «toma/hop/já» estender o braço com a palma da mão


voltada para trás, o polegar virado para o solo e afastado do indicador;

- Entregar o testemunho com o movimento de baixo para cima (técnica ascendente). O


receptor deve passar o testemunho para a outra mão.

Existe ainda outra forma de transmissão ou recepção do testemunho em que a palma


da mão está virada para cima e o movimento de entrega é efectuado de cima para
baixo (técnica descendente).

4.5. REGRAS

- Todos os percusos são realizados em pistas individuais;

- A transmissão do testemunho tem de ser feita dentro da zona de transmissão, caso


contrário a equipa é desclassificada;

- Se o testemunho for entregue fora da zona de transmissão, a equipa será


desclassificada e, por isso, deixa de participar na prova;

- Antes da zona de transmissão, existe uma zona de balanço dentro da qual os atletas
podem começar a correr;

- Se o testemunho cair ao chão, só o atleta que o transportava o pode apanhar,


podendo para o efeito abandonar o seu corredor, desde que não prejudique a corrida
dos adversários;

- Os atletas depois de transmitirem o testemunho, devem manter-se nos seus


corredores até que a pista esteja livre, para não prejudicarem outros corredores;

- No momento da transmissão, os dois (2) atletas devem estar em movimento;

- Após receber o testemunho, a estafeta pode passá-la para outra mão;

- Não é permitido atirar o testemunho. A sua pega deve ser feita entre o polegar e o
indicador, na extremidade mais próxima do atleta.

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HISTÓRIA E ORIGEM DO FUTEBOL

Não é certa nem incerta da polémica a atribuição a uma cultura ou país da invenção do
Futebol. Sabe-se, entretanto que as primeiras manifestações do chamado football (do
inglês foot, pé; e ball, bola) surgiram entre 3000 e 2500 a.c, na China.

Assim vamos mencionar alguns países onde se denominavam de forma diferente:

NA CHINA: Chamava-se TSU-CHU. Foi criado para fins militares. Era costume chutar os
crânios ou cabeças dos inimigos derrotados.

JAPÃO: Chamava-se KEMARI (Ke-chutar, mari-bola). Era proibido qualquer contacto


corporal. O campo (kakari) era quadrado e cada lado havia uma árvore. Os jogadores
eram oito (8). Esse jogo era mais um ritual religioso do que um desporto.

NA GRÉCIA: Chamava-se EPYSKIROS. Consistia disputar com os pés uma bola de


beixiga de boi cheia de ar, com 15 jogadores.

NA ITÁLIA: Chamava-se CÁLCIO/HARPASTUM. Duas equipas de 27 jogadores de cada


lado. O objectivo era conduzir a bola com os pés e as mão até os dois postes situados
na extremidade da imensa praça Della Signoria.

NA FRANÇA: Chamava-se SOULE ou CHOULE. Era passa tempo pela nobreza e pelos
populares.

NO MÉXICO: Chamava-se POK-A-TOK. Utilizavam uma bola de borracha. Para eles a


bola simboliza o sol. O capitão da equipa perdedora tinha uma tarefa bastante ingrata:
a de não deixar a sua equipa ser derrotada, pois no caso de um revés de seu time, o
capitão era oferecido em sacrifício aos Deuses.

NA INGLATERRA: Chamava-se football. As partidas eram verdadeiras batalhas. O jogo


durava vários dias. Havia socos e pontapés. Era uma modalidade muito violenta e até
poderia acontecer mortes.

Futebol

Objectivo: Introduzir a bola na baliza adversária e evitar que a outra equipa marque
golo.

Material: Bola

Terreno do jogo: Campo. Os jogos podem realizar-se em superfícies naturais ou


artificiais, de acordo com o regulamento da competição.

Número de jogadores: 18 jogadores por equipa (11 efectivos e 7 suplentes).

Duração do jogo: 2 x 45 minutos e 15 minutos de intervalo.

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Número de árbitros: 4 árbitros:

- um central

- dois juizes-de-linha

- um elemento oficial.

Caracteristícas universais de uma bola de Futebol

- Peso: 396 a 453g

- Circunferência: 68 a 71 cm

- A Pressão: 1kg/cm quadrado

- Tamanho: nº 5.

FUTSAL
É uma modalidade desportiva que foi adaptada do Futebol de campo para as quadras,
na década 30, do século XX.

Foi criado na cidade de Montevidéu (Uruguai) no ano de 1930. O criador foi o


professor de Educação Física da Associação Cristã de Moços de Montevidéu, Juan
Carlos Ceriani Gravier.

As equipas são formadas por 5 jogadores em campo e 7 suplentes ou reservas.

O jogo para a categoria de adultos tem a duração de 40 minutos, sendo 20 minutos em


cada parte e um intervalo de 10 minutos.

É praticado numa quadra rectangular de piso liso, com medidas que variam de acordo
as categorias. De 38 e 42 metros de comprimentos por 18 a 25 metros de largura.

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