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Para Determinar qual o tipo de criação de valor existente na empresa, deve-se observar aquilo
que, efetivamente, os clientes pagam à empresa;
Cadeia de valor – os clientes pagam pela qualidade total do produto;
Network de valor – os clientes pagam pelo acesso à interação com outros clientes;
Compras – os clientes pagam pela solução dos seus problemas.
O Marketing Relacional
Sendo assim, as empresas devem desenvolver e implementar estratégias para os clientes
orientados para a transação, que não querem uma relação e procuram comprar ao mais baixo
preço unitário.
Contudo, as empresas não devem contar com esses clientes para um desenvolvimento a longo
prazo e, por isso, devem desenvolver estratégias orientadas para a relação procurando baixar
custos totais a longo prazo, para ambas as partes, em lugar de custos unitários só a curto prazo.
Porter (2001) acrescenta que devido à pressão competitiva das TIC, é fundamental que as
empresas atinjam uma vantagem competitiva sustentável, operando através de baixos custos,
diferenciando-se sem perder de vista os preços, ou fazendo ambas as coisas.
No contexto atual, a persecução de uma estratégia de marketing relacional requer uma
estratégia competitiva mista com o foco, simultaneamente, nos baixos custos e preços e na
diferenciação através de altos níveis relacionais.
Um modelo integrativo de estratégias de indústria
Estratégias relacionais
A habilidade da empresa para pôr o marketing relacional em prática depende da sua vontade e
habilidade em dirigir recursos em 4 áreas: cultura, processo, organização e estratégia (Larson,
1996).
Cultura: um programa de MR robusto requer investimentos consideráveis em tempo de gestão,
assim como em tecnologia e em pessoas que a usam.
Estratégia: o marketing aumenta a eficiência do investimento, ele precisa de ser olhado,
principalmente, como um meio para crescer e desenvolver e não como um meio de reduzir
custos.
Processo: os objetivos de negócio devem conduzir a tecnologia e não o contrário. A flexibilidade
é mais importante que a perfeição.
Organização: os incentivos do staff e da gestão precisam promover a rendibilidade global
juntamente com a longevidade das relações com clientes.
Deste modo, a prática do marketing relacional total, salta os limites funcionais, diz
respeitoa toda a organização, requer uma reformulação estratégica e consequentemente uma
reorganização da empresa. Representa assim um importante desafio de convergência entre a
estratégia de marketing e a estratégia empresarial e corporativa.
Deste modo conseguem compatibilizar custos de produção baixos com flexibilidade estratégica,
coisa que o Porter nos anos 80 considerava impossível.
Assim, apostando nas relações de cooperação, por vezes formalizadas através de alianças
estratégicas, é possível prosseguir uma estratégia de especialização flexível, conseguindo ser
duplamente competitivas: via preço e via diferenciação (Brito e Lencastre, 2000).
Se tivermos em conta que a atividade principal do marketing passou a ser a gestão dos
relacionamentos, então tudo começa nos aprovisionamentos. Uma boa gestão do
relacionamento com os fornecedores pode ser a chave do sucesso comercial. Igualmente
importante é a relação com os clientes, com intermediários que podem ser clientes e com os
próprios colaboradores, podendo mesmo envolver os concorrentes.
Os exemplos citados mostram que o marketing não se pode confinar à área das vendas. Se tivermos em conta
que a atividade principal do marketing passou a ser a gestão de relacionamentos, então tudo começa nos
aprovisionamentos. Uma boa gestão de relacionamento com os fornecedores pode ser a chave do sucesso
comercial. Igualmente importante é a relação com os clientes, com intermediários que podem ser clientes e
com os próprios colaboradores (figura 6), podendo mesmo envolver os concorrentes.
Atividade: Reflexão e Discussão
Quais são os fatores de competitividade de uma estratégia relacional?
Através da técnica de tomada de decisão “Grupo Nominal”, identifique os fatores de
competitividade de uma estratégia relacional.
Muitas estratégias de marketing falham devido à sua implementação e não devido á sua
formulação.
Importa desenvolver ferramentas de gestão que permitam em tempo real a avaliação e controlo
da estratégia para identificar e corrigir desvios.
A cultura organizacional
Os valores organizacionais compartilhados afetam significativamente a implementação das
estratégias de marketing.
A implementação do conceito de marketing pode representar a cultura corporativa, ou seja, um
conjunto de valores e crenças que coloque o cliente no centro da organização, em relação às
estratégias e operações adotadas. A ideia de comprometimento com crenças e valores remete,
para uma noção de orientação para o cliente, como parte da cultura organizacional.
A cultura organizacional virada para o cliente suporta a implementação da estratégia relacional
ao colocar em toda a organização a responsabilidade de obter clientes satisfeitos, de aprender
com sucessos e fracassos e pensar soluções que criem constantemente valor para os clientes.
Implica a substituição do foco no produto para o foco no cliente. Implica: rever crenças, valores, símbolos,
linguagens, rituais, princípios e regras que influenciam comportamentos e atitudes na organização. A
implementação de uma estratégia relacional requer uma cultura organizacional orientada para o cliente
e para a aprendizagem. O elemento comum e central à prática dos conceitos apresentados são as
pessoas.
O marketing interno
O marketing interno envolve:
• Desenvolver programas com a finalidade de ganhar o apoio da gerência de linha para
novas estratégias
• Modificar as atitudes e os comportamentos dos funcionários que trabalham em pontos
de contacto fundamentais com os clientes.
• Conquistar o compromisso daquelas cujas habilidade para resolver problemas são
importantes para a execução da estratégia com um nível de qualidade superior.
Um aspeto crescente do marketing interno é a oportunidade de negociar ativamente planos e
estratégias não somente dentro da organização, mas também com organizações parceiras e
seus funcionários.
O perfil dos gestores sofre alterações. Ao nível das competências e do reforço de áreas técnicas
de base, juntam.se novas áreas de conhecimento, particularmente as associadas às
possibilidades oferecidas pelas tecnologias (data-mining, marketing relacional, marketing
digital).
Consequentemente, é necessária uma reorganização da empresa que passa pela adoção de
estruturas organizacionais que facilitem o funcionamento de networks de contactos pessoais,
de alianças estratégicas e de atividades de outsourcing.
A implementação de uma estratégia relacional implica, por isso, a eliminação das barreiras à
convergência, ou seja, das divisões organizacionais requer maior flexibilidade estrutural, no
sentido de contribuir para a criação de valor.
A avaliação estratégica
A avaliação estratégica, apesar de ser a última etapa do processo de estratégia de marketing é,
de facto, o ponto de partida para o planeamento. Trata-se de uma etapa muito importante que
requer um bom sistema de informação.
É a partir da avaliação que se podem
1. Encontrar novas oportunidades e evitar ameaças
2. Manter o desempenho alinhado com as expetativas da equipa de gestores e/ou
3. Resolver problemas específicos que porventura existam
Fases da Avaliação estratégica
1. Auditoria de marketing estratégico. Análise da situação da estratégia de marketing e do
desempenho de marketing;
Desempenho/ performance
A avaliação de performance das organizações é amplamente utilizada como um referencial para
evidenciar os resultados das estratégias competitivas adotadas, particularmente da estratégia
de marketing.
A literatura sobre estratégia, marketing e economia tem vindo a demonstrar que a rentabilidade
de uma empresa, a longo prazo, está relacionada com a sua orientação estratégica para o
mercado e para a aprendizagem e com a sua capacidade de inovar. Estes aspetos não são
independentes.
Desempenho
Um bom desempenho deve considerar os diferentes pontos de vista das diferentes partes
interessadas que se relacionam com as empresas, quer em termos reais quer em termos
potenciais.
Uma questão relevante para o marketing é a sua capacidade de demonstrar que contribui para
a criação de valor para o acionista, para os colaboradores, para os clientes e para a sociedade
em geral.
O objetivo da organização, em particular do marketing, é a satisfação simultânea de todos os
stakeholders.
Para além dos implementos habilidosos, há outros fatores que facilitam o processo de
implementação e que já foram abordados. Salientam-se:
• Um desenho organizacional adequado
• Um sistema de incentivos baseado em padrões de desempenho justos, que estimulem
algo mais do que desempenho normal;
• E comunicações eficientes. Reuniões, relatórios e discussões informais ajudam a
transmitir a informação a toda a organização. Sistemas de informação e de apoio à
decisão computorizados, como as intranets, ajudam a melhorar a velocidade e a eficácia
das comunicações.
Balanced Scorecard
Inicialmente o balanced scorecard foi apresentado como
um modelo de avaliação da performance empresarial,
sendo posteriormente desenvolvido e aplicado como
metodologia de gestão estratégica, da qual fazem parte as
componentes: análise estratégica, formulação da estratégia
e avaliação e implementação da estratégia.
Indicadores vs métricas
O indicador indica como deve ser medido e acompanhado o sucesso do alcance dos objetivos.
O balanced scorecard apresenta dois tipos de indicadores:
• Os relacionados com resultados (perspetiva financeira e dos clientes)
• Os que determinam os resultados (perspetiva dos processos internos e de aprendizagem e
crescimento)
Para os indicadores devem ser indicadas as metas. Estas representam os níveis de desempenho
ou taxas de melhoria necessárias para considerarmos os objetivos atingidos. As metas refletem
os resultados desejados ou previstos e devem ser definidas de forma mais concreta possível.
Podemos usar como instrumento de gestão para fixar as metas o Benchmarking.