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2. Evolução Histórica
No Estado Patrimonial, o empréstimo e o tributo não ocupavam lugar de destaque
nas finanças públicas. O advento do Estado Liberal passa a basear a receita pública
principalmente nos impostos e empréstimos, os quais os governos utilizam para
antecipar a arrecadação tributária e acelerar projetos de longo prazo. Os empréstimos
ganham mais força na década de 1930, quando o Keynesianismo passa a ditar a agenda
política de muitos Estados. As ideias de Keynes recomendavam o aumento da dívida
pública a fim de que se mantivesse o pleno emprego e a intervenção estatal na
economia. A década de 1980, por sua vez, representou uma reação a essa doutrina. A
partir de então, passou-se a repudiar Keynes e pregar a procura pelo equilíbrio
orçamentário e pelo controle do endividamento. No Brasil, tal reação está sinalizada na
Constituição Federal de 1988.
1
LEITE, Harrison. Manual de direito financeiro. 3. ed. Salvador: Juspodium, 2014.
2
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de direito financeiro e tributário. 5. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1999.
3. Funções e Técnicas do Crédito Público
4. Dívida Pública
A dívida pública surge sempre que o governo gasta mais do que arrecada, ou seja,
quando os impostos e demais receitas não são suficientes para as suas despesas.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 29, divide a dívida pública em dois
conceitos: dívida pública consolidada e dívida pública mobiliária. A primeira é o
“montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses”.
Já a segunda é a “dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive
os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios”.
3
LEITE, Harrison. Manual de direito financeiro. 3. ed. Salvador: Juspodium, 2014.