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BNCC e os Currículos de Sistemas de Educação – Áreas do
Conhecimento e Hierarquia Comportamental
Liliane Guethe

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo


que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio), de maneira que a eles sejam assegurados seus
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, de acordo com os preceitos do
Plano Nacional de Educação (PNE).
A BNCC é uma referência nacional para a construção dos currículos de
todos os sistemas escolares dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Ela indica que as decisões pedagógicas devem se voltar para o
desenvolvimento de competências, esclarecendo o que os alunos devem
“saber” (conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e o que devem “saber
fazer” (aplicar esses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores na
resolução de demandas da vida diária, cidadania e trabalho), garantindo assim
as aprendizagens essenciais por ela definidas.
Os currículos formulados a partir da BNCC devem assegurar as
aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educação Básica
sempre adequando-se à realidade local, considerando o contexto e as
características dos alunos.
Muitas escolas públicas e particulares utilizam a BNCC para o
desenvolvimento curricular e também para a criação de materiais de apoio ao
currículo e dependendo das suas esferas de autonomia e competência podem
incorporar temas contemporâneos aos currículos. São exemplos de alguns
temas: direitos da criança e do adolescente, educação ambiental, respeito e
valorização do idoso, educação financeira e fiscal, ciência e tecnologia, entre
outros. Esses temas são contemplados nas habilidades da BNCC e cabe às
escolas fazerem a contextualização de acordo com suas especificidades.
O Ensino Fundamental, na BNCC, está organizado em cinco áreas do
conhecimento, correspondentes aos componentes curriculares. A figura abaixo
apresenta as áreas do conhecimento e seus respectivos componentes

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curriculares:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#estrutura

No contexto do nosso curso, os componentes curriculares considerados


serão Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia e História.
Cada componente curricular apresenta um conjunto de habilidades, que
descrevem as aprendizagens essenciais que devem ser garantidas aos alunos
nos diferentes contextos escolares. Segue um exemplo de habilidade, referente
ao componente curricular Ciências do 1º ano:
(EF01CI02) Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de
desenhos) partes do corpo humano e explicar suas funções.
As habilidades de cada ano ou bloco de anos são identificadas com uma
numeração sequencial, mas esta numeração não representa uma ordem ou
hierarquia esperada das aprendizagens. As habilidades vão tornando-se mais
complexas com a mudança de ano ou bloco de anos.
A maneira como a BNCC apresenta as habilidades tem o objetivo de
garantir a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera que os alunos
aprendam na Educação Básica. Além disso, não se caracteriza como um
modelo obrigatório, apenas fornece orientações para a elaboração de

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currículos em todo o País, que sejam adequados aos diferentes contextos.
As habilidades apresentadas pela BNCC podem ser usadas de uma
forma diferente. Além de guiarem a construção de currículos para o ensino,
elas podem ser uma fonte para a elaboração de avaliações psicopedagógicas.
Se elas indicam as competências e habilidades que se espera que os
alunos desenvolvam ao longo de seu processo de escolarização, podemos
utilizá-las no processo avaliativo de dificuldades de aprendizagem de certas
habilidades.
Entretanto, para fazermos o uso das habilidades contidas na BNCC,
criando atividades de avaliação, é necessário que elas estejam descritas em
termos de comportamentos.
Já vimos que ler, escrever, calcular, pensar, etc., são comportamentos e
que para avaliá-los, precisamos observá-los no momento em que estejam
ocorrendo. Para que esta observação seja a mais precisa possível, é
necessário elaborarmos uma boa definição do comportamento.
Quando usamos termos vagos para definir um comportamento,
podemos causar confusão e desacordo sobre se um comportamento está
ocorrendo. Então é necessário uma descrição clara e objetiva do
comportamento, que chamamos de definição operacional. A definição
operacional descreve as características do comportamento que são
observáveis e mensuráveis.
Vamos usar um exemplo de definição de um comportamento:
“reconhecer a diferença entre grande e pequeno”. Como eu consigo observar
se o aluno está reconhecendo a diferença de alguma coisa? Uma definição
mais operacional para este comportamento pode ser: “apontar para o item
maior em uma matriz de 2 itens, quando solicitado a fazê-lo”. Esta ação é
possível de se observar no momento em que ela esteja ocorrendo.
Quando falamos em mudar um comportamento, a primeira coisa a se
fazer é definir o comportamento-alvo, aquele que se pretende mudar. O
comportamento-alvo pode ser escolhido para modificação por se tratar de um
déficit comportamental (poucas habilidades de leitura) ou de um excesso
comportamental (agredir os colegas).

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No contexto da Psicopedagogia, os comportamentos-alvo que
pretendemos mudar, geralmente, são comportamentos ligados às habilidades
acadêmicas. Mudar o comportamento, neste caso, implica em tornar algumas
aprendizagens mais acessíveis para o aluno que esteja com alguma dificuldade
e, consequentemente, criar condições para promover a aprendizagem de
outras habilidades mais complexas.
Podemos aqui então, introduzir o conceito de ensino segundo a Análise
do Comportamento, discutido amplamente por Skinner. Segundo ele, ensinar
significa mudar o seu próprio comportamento, criando as contingências para o
aprendizado do outro. Criar as contingências para o aprendizado requer
compreender como os comportamentos se relacionam com as situações que
os antecedem (antecedentes) e com as situações que se apresentam após a
sua ocorrência (consequências) e planejar estas situações para que o
aprendizado ocorra.
O oposto do conceito de ensino segundo Skinner, seria compreender a
aprendizagem como um processo natural e espontâneo, com base no acaso.
Realmente é possível que o aluno aprenda de forma assistemática,
natural e espontânea, através da “experiência”, por “tentativa e erro” ou
“observando como o outro faz”, mas não há dúvidas de que o ensino planejado,
baseado no arranjo de contingências, facilita o aprendizado do aluno, tanto
considerando a instalação de novos comportamentos como as mudanças
daqueles já existentes para novas direções.
E se, ensinar é facilitar, possibilitar a aprendizagem, somente quando as
modificações planejadas são produzidas no repertório do aluno é que dizemos
que ele foi ensinado. Portanto, segundo o conceito de ensino de Skinner, pode
haver aprendizagem sem ensino, mas não pode haver ensino sem a ocorrência
da aprendizagem.
A partir deste conceito, podemos pensar em uma relação
psicopedagógica ideal quando as ações do profissional e do aluno estão
interligadas, sempre considerando os objetivos propostos para a intervenção.
Desse modo, pensamos nas ações emitidas pelo profissional para facilitar a
aprendizagem (antecedentes), nas ações do aluno (comportamento)
provocadas pelas ações do profissional e nas ações do profissional atribuindo

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consequências às ações do aluno (consequências). As consequências são
fundamentais, pois são elas que alteram a probabilidade de ocorrência do
comportamento.
Como atuamos com alunos com dificuldades de aprendizagem, como
participamos ativamente dos processos de ensino e aprendizagem, também é
importante discutirmos sobre outros dois conceitos, o de pré-requisito e
hierarquia comportamental.
Existem comportamentos mais simples ou iniciais que são pré-requisitos
para aprendizagens mais complexas. Por exemplo, contato visual é uma
habilidade básica que é pré-requisito para comportamentos mais elaborados,
como falar e interagir com outras pessoas. Em outras palavras, para que um
aluno aprenda a falar e interagir com outras pessoas ele precisa, primeiro,
aprender a estabelecer contato visual.
Pensando em aprendizagens de habilidades acadêmicas, podemos
exemplificar o conceito de pré-requisito em uma determinada área do
conhecimento. Em matemática, por exemplo, inicialmente aprendemos as
operações matemáticas elementares como adição, subtração, multiplicação e
divisão. A seguir, as aprendizagens vão se tornando cada vez mais complexas
e começamos a aprender a resolver problemas que envolvam estas operações,
depois a utilizarmos estas operações para a resolução de equações de 1º grau,
depois de 2º grau e assim vamos ampliando nossas aprendizagens. Se houver
falhas na aprendizagem de algum pré-requisito, provavelmente enfrentaremos
dificuldades nas aprendizagens mais complexas.
Devemos programar o ensino do nosso aluno de maneira que
habilidades menores e mais simples sejam ensinadas antes das habilidades
mais complexas, seguindo uma hierarquia comportamental.
Alguns comportamentos, quando ensinados, expõem o aluno a novos
ambientes, estímulos diferentes e podem gerar mudanças no seu repertório
comportamental. Estas mudanças podem ser comportamentos mais complexos
que podem levar a novas oportunidades de aprendizagem.
Para exemplificar a hierarquia existente entre os comportamentos,
utilizamos um dos itens de avaliação do protocolo VB-MAPP, referente à
habilidade de imitação motora no nível 2, que contempla habilidades que

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devem estar presentes no repertório de crianças com idades entre 18 e 30
meses. Observem que a habilidade de imitação torna-se cada vez mais
complexa nos marcos subsequentes, respeitando uma hierarquia:

Imitação Motora – Nível 2 (Transcrito de MARTONE, 2017)


6-M
Imita 10 ações que exigem selecionar um objeto específico de um arranjo (e.
g., seleciona uma baqueta de um arranjo que também contém uma corneta e
um sino e imita o adulto batendo tambor com a baqueta).

7-M
Imita 20 ações motoras finas diferentes ao receber a dica “Faça isso” (e.g.,
balançar dedos, beliscar, fazer punho, imitar uma borboleta).

8-M
Imita 10 sequências de ações de três componentes diferentes ao receber a
dica “Faça isso”. (e. g., bater palmas, saltar e tocar dedos do pé; pegar uma
boneca, colocá-la no berço e balançar o berço).

9-M
Espontaneamente imita 5 habilidades funcionais em ambiente natural (e.g.,
comer com uma colher, colocar casaco, tirar sapatos).

10-M
Imita (ou tenta imitar de forma aproximada) qualquer ação motora nova
modelada por um adulto com ou sem objetos (i.e., apresenta repertório
imitativo generalizado).

A apresentação de definições operacionais das habilidades, o respeito à


presença de pré-requisitos para o ensino de habilidades e a observação das
hierarquias entre as habilidades, favorecem a realização de avaliações e
intervenções de qualidade pelo Psicopedagogo, respeitando a individualidade
dos alunos.

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Operacionalizando Habilidades da BNCC (Operacionalização, Construção
da Folha de Registro, da Atividade de Avaliação e Possíveis Adaptações)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo
que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino
Médio, assegurando seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento. É
utilizada como referência em todo o território nacional para a construção dos
currículos de todos os sistemas escolares.
A BNCC orienta as decisões pedagógicas, indicando que as decisões
devem ser pautadas no desenvolvimento de competências e esclarecendo o
que os alunos devem “saber” (conhecimentos, habilidades, atitudes e valores)
e o que devem “saber fazer” (aplicar esses conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores na resolução de demandas da vida diária, cidadania e
trabalho), garantindo assim as aprendizagens essenciais por ela definidas.
As habilidades apresentadas pela BNCC, além de guiarem a construção
de currículos para o ensino, podem ser uma fonte para a elaboração de
avaliações psicopedagógicas.
Se elas indicam as competências e habilidades que se espera que os
alunos desenvolvam ao longo de seu processo de escolarização, podemos
utilizá-las no processo de avaliação de dificuldades de aprendizagem de certas
habilidades.
Ao recebermos um aluno com dificuldades de aprendizagem em
habilidades acadêmicas na clínica psicopedagógica, podemos recorrer às
habilidades da BNCC para realizar a avaliação. Podemos selecionar uma
habilidade que vá de encontro à queixa da família e/ou escola e que seja do
ano em que o aluno esteja matriculado. Acontece que, eventualmente, o
problema com a aprendizagem pode ter ocorrido em anos anteriores, com a
falha em alguma habilidade que seja um pré-requisito. Neste caso, é
importante retornar às habilidades dos anos anteriores para localizar com mais
precisão a origem da dificuldade.
Para fazermos o uso das habilidades contidas na BNCC, criando
atividades (tarefas) de avaliação, é necessário que elas estejam descritas em
termos de comportamentos. Ler, escrever, calcular, pensar, etc., são

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comportamentos e para avaliá-los, precisamos observá-los no momento em
que estejam ocorrendo. Para que esta observação seja a mais precisa
possível, é necessário elaborarmos uma boa definição do comportamento.
Ao usarmos termos amplos para definir um comportamento (habilidade),
podemos causar confusão e desacordo sobre se um comportamento está
ocorrendo. Então é necessário uma descrição clara e objetiva da habilidade,
que a torne factível de ser verificada, o que chamamos de definição
operacional. A definição operacional descreve as características do
comportamento que são observáveis e mensuráveis.
Quando usamos uma definição de comportamento como, por exemplo:
“reconhecer a diferença entre grande e pequeno”, fica difícil observar se o
aluno está reconhecendo a diferença de algo. Uma definição mais operacional
para este comportamento poderia ser: “apontar para o item maior em uma
matriz de 2 itens, quando solicitado a fazê-lo”. Agora estamos diante de uma
ação possível de ser observada no momento em que ela esteja ocorrendo.
Muitas vezes, uma única habilidade da BNCC abrange, de fato, mais de uma
habilidade. Segue um exemplo:
(EF01CI02) Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de
desenhos) partes do corpo humano e explicar suas funções.
No caso do exemplo da habilidade acima, temos descritas as habilidades de
localização, nomeação e representação gráfica das partes do corpo humano,
além da explicação das funções, ou seja, 4 habilidades no total. Quando
estivermos diante de habilidades como estas, será necessário, além de realizar
a operacionalização, separar as habilidades.
Para a operacionalização das habilidades da BNCC faremos uma
descrição da habilidade considerando:

1. Definir a habilidade:
• Descrever em detalhes o comportamento que deve ser observado
durante a avaliação;
• Deixar o mais claro possível o comportamento a ser observado para
evitar confusões sobre a ocorrência do comportamento;

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• Tornar o comportamento o menor possível, para facilitar a sua
observação;
• Minimizar as diferentes interpretações do mesmo comportamento;
• Ex. Identificar. Como? (apontando, grifando, circulando, etc.).

2. Descrever o antecedente:
• Descrever o contexto em que a habilidade, o comportamento devem
ocorrer, ou seja, diante de qual antecedente;
• Antecedentes podem ser instruções, materiais, configuração do
ambiente e também os tipos de assistência (modelo, ajuda) disponíveis para o
aluno;
• Ex. Instruções vocais ou escritas, materiais (maquetes, figuras, objetos,
etc.) E assistência (ajuda física, gestual, vocal, etc.).

Após a operacionalização da habilidade, precisamos construir a tarefa


avaliativa para aplicar com o aluno e verificar se ele apresenta ou não a
habilidade.
A construção da tarefa vai depender da maneira como o Psicopedagogo
quer apresentá-la, se mais estruturada ou lúdica, usando brincadeiras, etc.
Neste momento pode-se usar a criatividade, lembrando sempre de considerar
as características e preferências do aluno.
Ainda sobre a construção da tarefa de avaliação, devemos nos
preocupar também com o arranjo dos estímulos antecedentes e distratores,
caso haja necessidade, em tarefas que envolvam discriminação, por exemplo.
Neste caso, são definidos o número de estímulos a serem apresentados e
também a ordem ou a posição em que devem ser apresentados.
Construir uma folha de registro da atividade (tarefa) de avaliação
também é essencial, já que o registro:
• Contém as informações detalhadas sobre a avaliação;
• Apresenta o número de tentativas da avaliação;
• Nos mostra se é necessário intervir naquela habilidade;
• Permite controlar, de certa forma, o processo de avaliação;
• Auxilia na tomada de decisões para a intervenção.

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A folha de registro deve conter os símbolos a serem utilizados para
marcar se o aluno acertou ou errou.
Devemos lembrar de não informar ao aluno, assim que ele responder à
tarefa, se está certo ou errado, para evitar que acertos aleatórios sejam
repetidos e acabem interferindo com o resultado da avaliação.
Precisamos estabelecer o critério mínimo de desempenho para a
avaliação das habilidades, ou seja, o número de respostas corretas necessário
para considerarmos se o aluno sabe ou não determinada habilidade. O critério
mínimo de desempenho pode ser representado como porcentagem de
tentativas corretas.
Já consideramos aqui como operacionalizar as habilidades da BNCC
para usá-las na avaliação psicopedagógica, como construir a tarefa que será
utilizada na avaliação e preparar a folha de registro.
A última consideração a ser feita, diz respeito às possíveis adaptações
que sejam necessárias, dependendo das características do aluno a ser
avaliado. Em alguns casos podem ser necessárias adaptações instrucionais
(instruções com ou sem variação, que exijam ou não o conhecimento de outros
conceitos, etc.) em outros, adaptações de estímulos (diferenças sutis entre
estímulos que podem dificultar a discriminação; quantidade de informação
visual por página; tamanho de letras, números e figuras) e ainda adaptações
relacionadas a questões motoras.
Para as adaptações relacionadas a questões motoras, quando se tratar
de alunos com paralisia cerebral ou síndromes, por exemplo, profissionais da
Fisioterapia e Terapia Ocupacional devem ser consultados para melhor orientar
sobre quais respostas motoras podem ser exigidas dos alunos, de acordo com
suas características.
Em resumo, a operacionalização das habilidades da BNCC para o uso
na avaliação psicopedagógica, requer os seguintes passos:
1. Operacionalização: definição da habilidade e descrição do antecedente
(instruções, materiais, etc.), descrição clara e objetiva da habilidade, que a
torne factível de ser verificada;
2. Construção da tarefa avaliativa: estruturada, lúdica (considerar neste
passo o arranjo dos estímulos antecedentes e distratores e sua ordem ou

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posição);
3. Construção da folha de registro: tentativas para a avaliação e como
registrar (símbolos utilizados), além do critério de desempenho;
4. Possíveis adaptações: instrucionais, de estímulos, questões motoras.

Referências Bibliográficas

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2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#estrutura.
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