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RELATÓRIO DE PRÁTICA:
TESTE DE RECONHECIMENTO DE ODORES DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
TESTE DE RECONHECIMENTO DE GOSTOS BÁSICOS
Salvador
2019
1.1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
- Produtos alimentícios (folha de louro, mel, canela, alecrim, cravo, café, orégano,
baunilha, chocolate, anis-estrelado) e café em grãos;
- Potinhos de porcelana e folha de alumínio;
- Ficha para teste de reconhecimento de odores (Figura 1).
Nome: Data:
Por favor, avalie o odor das amostras. Em seguida, identifique o odor destas amostras.
Amostra Descrição
563
973
328
842
437
196
218
630
519
709
Comentários:
As dez amostras (folha de louro, mel, canela, alecrim, cravo, café, orégano, baunilha,
chocolate e anis-estrelado) foram colocadas em potinhos de porcelana cobertos com papel
alumínio com furos e enumeradas com um número de três dígitos aleatórios. Os julgadores
(alunos) receberam uma folha (Figura 1) contendo os números das amostras e um espaço
destinado para a descrição das mesmas e foram orientados de como proceder à prática de
forma a aproximar a amostra à narina, evitando inaladas longas para não causar fadiga ou
adaptação, identificar o odor correspondente e preencher a ficha de teste (Figura 1).
Nome: Data:
Por favor, avalie as amostras da esquerda para a direita. Em seguida, descreva o gosto básico
destas amostras.
Amostra Descrição
534
968
318
892
467
134
380
721
615
219
Comentários:
1.4 RESULTADOS
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Legenda: 563 - folha de louro, 973 - mel, 328 - canela, 842 - alecrim, 437 - cravo, 196 - café,
218 - orégano, 630 - baunilha, 519 – chocolate, 709 - anis-estrelado.
11.11
87.5
615 219
Amostras
Legenda: 534 – Água, 968 – Sacarose 0,8%, 318 - Cafeína 0,03%, 892 - Cítrico 0,04%, 467 - NaCl 0,15%,
134 - Cítrico 0,02%, 380 - Sacarose 0,4%, 721 - Cafeína 0,02%, 615 - Cítrico 0,03%, 219 – NaCl 0,08%.
1.5 DISCUSSÃO
número de acerto pelos alunos, e outros que foram mais complicados de serem identificados,
apresentando baixo número de acertos, como as amostras 563 (folha de louro) e 709 (anis-
estrelado). Sendo ainda que a amostra número 842 (alecrim) não apresentou nenhum acerto.
Através do gráfico de acerto por julgador (Gráfico 1), pode-se notar que apenas dois
deles podem ser considerados um provador selecionado ou treinado, pois tiveram um acerto
percentual igual a 80%.
Ao analisar os dados pode-se perceber que a semelhança entre odores muitas vezes
dificulta a percepção dos julgadores, bem como a distinção entre as amostras.
No Gráfico 3, que representa o percentual de acertos por provador, pode-se notar que
dentre uma equipe de 24 provadores apenas 1 provador obteve 100% de acertos. Entretanto,
21 provadores podem ser considerados um provador selecionado ou treinado, pois tiveram um
acerto percentual igual ou superior a 50%.
No Gráfico 4, notou-se que o gosto mais perceptível ao paladar dos provadores foi o
doce, proveniente da sacarose 0,8% encontrada na amostra 968, isto pode ter acontecido, pois
as substâncias doces são percepcionadas como agradáveis, possivelmente refletindo as
pressões evolutivas para selecionar os alimentos ricos em energia (HLADIK et al., 2002). Em
contrapartida, a amostra 380 que continha sacarose a 0,4% obteve o menor reconhecimento
entre os provadores. Desse modo, apesar do sabor doce ser o mais apreciado pelos seres
humanos, a quantidade de sacarose influencia nesta percepção, pois provadores que não
possuem o hábito de ingerir doce tem uma percepção mais aguçada em comparação àqueles
que cotidianamente fazem uso da sacarose. Além disso, as amostras de cafeína a 0,02% (721),
cafeína 0,03% (318) e ácido cítrico 0,02% (134) obtiveram menor reconhecimento, isto pode
ter acontecido devido a porcentagem de concentração destas substâncias na amostra. Por fim,
a água (534) também obteve um menor reconhecimento devido aos provadores acreditarem
que este gosto não seria analisado.
1.6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
HLADIK, C. M. et al. New perspectives on taste and primate evolution: the dichotomy
in gustatory coding for perception of beneficent versus noxious substances as
supported by correlations among human thresholds. Am J Phys Anthropol. 2002.