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UNIVERSIDADE FEDERAL

DA GRANDE DOURADOS

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE MEDICINA
DISCIPLINA DE PEDIATRIA BÁSICA

PROF.DR. ADAUTO TSUTOMU IKEJIRI


Pediatria Básica
O PEDIATRA NA SALA DE
PARTO
CIRCULAÇÃO ADULTA
CIRCULAÇÃO FETAL
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ADAPTAÇÕES DO RN A VIDA
EXTRA-UTERINA
• Início da Respiração
• Causas da respiração ao nascimento:
• 1)- respira dentro de poucos segundos
• -a) estado de asfixia moderada inerente ao parto
• -b) impulsos sensitivos, que originam na pele
súbitamente resfriada
• 2)- não respira imediatamente – hipóxia e
hipercapnia- estímulo adicional ao centro
respiratório – provoca a respiração dentro de 1
minuto ou mais
RESPIRAÇÃO ANORMAL
• A)Traumatismo craniano ou parto prolongado
• 1) hemorragia intracraniana
• 2) contusão cerebral
• B) Hipóxia fetal 1)compressão do cordão
• 2)descolamento prematuro da
• placenta
• 3)hipertonia uterina
• 4)anestesia excessiva da mãe

• 🡪 levam a depressão do centro respiratório


EXPANSÃO DOS PULMÕES
• As paredes do alvéolos estão colapsadas
• Em geral são necessárias mais de 25 cm/
água de pressão inspiratória negativa para
abrir os alvéolos
• Uma vez abertos, a respiração pode ser
efetuada com movimentos respiratórios
fracos
• Primeiras inspirações do RN => 60 cm/água
EXPANSÃO DOS PULMÕES
• Curva de complacência:
• -O volume de ar nos pulmões permanece
zero até que a pressão atinja -40 cm H2O
• - a medida que aumenta para -60 cm, cerca
de 40 ml de ar penetra nos pulmões
• -para desinsuflar, é necessária pressão
positiva de cerca de 40cm, devido a
resistência viscosa do líquido nos
bronquíolos
EXPANSÃO DOS PULMÕES
• A segunda respiração é muito mais fácil
• Volume de 30ml são atingidos com pressão
negativa de -30 ou -40cm
• São necessários cerca de +20cm para
desinsuflar os pulmões
EXPANSÃO DOS PULMÕES
• Após 40 minutos,a respiração
torna-se normal: -10 a -15 cm para um
volume de 40 ml de ar e p = 0 para
desinsuflar
CIRCULAÇÃO PÓS NATAL
Alterações primárias da
resistência vascular sistêmica e
pulmonar:

• - Perda do fluxo sanguíneo placentário


🡪 duplica a resistência vascular
sistêmica, aumentando a pressão
aórtica, no ventrículo e átrio esquerdo
CIRCULAÇÃO PÓS NATAL
• A expansão dos pulmões 🡪diminui
resistência vascular pulmonar
• Os vasos deixam de ser comprimidos
🡪e a resistência vascular diminui
várias vezes
• Aeração elimina a hipóxia🡪 levando
vasodilatação
CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
• Todas essas alterações reduzem a
resistência ao fluxo sanguíneo
pulmonar em até 5 vezes, diminuindo a
pressão arterial pulmonar, ventricular
e atrial D
CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
• Fechamento do Forame Oval:
• - A baixa pressão atrial D e elevada
na E que ocorrem devido às alterações
nas resistências sistêmica e pulmonar,
fazem o sangue tentar fluir de forma
retrógrada da E para a D
• A pequena válvula situada sobre o
forame oval do lado E do septo atrial,
fecha –se sobre a abertura, impedindo
o fluxo
CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
• Fechamento do FO:
• - 2/3 dos indivíduos a válvula adere
ao forame em poucos meses ou anos
• - mesmo não havendo fechamento
permanente a pressão atrial E é 2 a 4
mmHg maior que a D, mantendo a
válvula fechada
CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
• Fechamento do Canal Arterial
• a) aumento da pressão aórtica e
diminuição da pressão arterial
pulmonar, leva a fluxo retrógrado no
c.a.
CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
• Constricção do canal arterial –
fechamento funcional do c.a.
• Após 1 a 4 meses o c.a. é ocluído com
crescimento de tecido fibroso no
lúmen
CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
• Causa do fechamento C.A.
• 🡪 aumento da oxigenação do sangue
que flui pelo canal
• - PO2 fetal no sangue do canal = 15 a
20
• - PO2 pós natal = 100mmHg
CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
• - Persistência do C.A.
• 🡪dilatação excessiva do canal por
excesso de prostaglandinas
vasodilatadoras em sua parede
CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
• Fechamento do Canal Venoso:
• - Feto = o sangue porta do abdome se
une ao sangue umbilical, e juntos
passam pelo canal venoso, diretamente
para a cava, abaixo do coração, porém
acima do fígado
CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
• - pós natal = cessa o fluxo umbilical,
porém a maior parte do sangue porta
flui pelo CV
• - 1 a 3 hs, a parede muscular do CV
tem forte contração fechando a via
de fluxo
• - a pressão venosa porta passa de 0
para 6 a 10 mmHg, forçando o fluxo
porta a passar pelos seios hepáticos
Assistência na Sala de Parto
• Conhecimento da história materna
• Dados do trabalho de parto
• Equipamento e material preparado e
testado antes do nascimento
• Paramentado - ambiente cirúrgico
Assistência ao RN Normal

• RN em boas condições de vitalidade:


- respiração espontânea ou choro
- FC maior de 100bpm
- cor rósea ou apenas cianose de
extremidades
Assistência ao RN Normal
• Boletim de APGAR com 1 minuto:
- Freqüência cardíaca
- Esforço respiratório
- Tônus muscular
- Resposta a estímulos
- Cor
Assistência ao RN Normal
• Laquear o cordão - 2 a 3 cm do anel
umbilical
• Verificar a presença de 2 a. e 1 v.
• Curar o coto com álcool a 70%
• Profilaxia da doença hemorrágica - Vit
K 1mg IM
• Credetização - nitrato de prata a 1%
Assistência ao RN Normal
• Detecção precoce da atresia de
esôfago e obstrução intestinal alta -
uso de sonda gástrica 8
• Anomalias anorretais - sonda 3cm
• Boletim de apgar no 5º minuto
• Exame físico simplificado
• Identificar o RN
Assistência ao RN Normal
• Pesar placenta e examinar ; sorologia
para sífilis
• Coletar sangue do RN para tipagem
• Apresentar o RN para a mãe
• Manipular o RN com luvas até o banho
Assistência ao RN Normal
• Alojamento conjunto
• Prescrição ao RN:
• -Alimentação, curativo no coto umbilical,
• -Vacinas, Vit K, Nitrato de prata,
• -Teste do olhinho, do coraçãozinho
• -TAN, teste da linguinha
• -Tipagem sanguinea. : ABO e RH
• Primeiro exame físico minucioso
• Alta hospitalar - só após 48 hs no
mínimo*
Assistência ao RN Normal
• Exame do pèzinho (teste de Guthrie)
• Fornecer a Declaração de Nascido
Vivo
• Obrigatório fornecer o relatório
médico
• Cartão de alta (identificação da mãe e
RN)
FIM

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