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RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

ROSA DO SOCORRO DE SOUZA CASTRO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Relatório (parcial) apresentado à Universidade


do Estado do Amazonas como requisito para
aprovação na disciplina de Estágio
Supervisionado II, ministrado pela professora
Ma. Dorotea Maria Leal Costa.

ITACOATIARA – AM

2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 04
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 04
2.1 Dados Institucionais da escola 04
2.2 Observação na sala de aula 05
2.3 Atuação ou regência na sala de aula 07

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 08

4 REFERÊNCIAS 08

5 ANEXOS 09

5.1 Documentos comprobatórios 09

5.2 Avaliações e demais materiais utilizados durante o estágio 22


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1 INTRODUÇÃO

O referido trabalho, trata-se do resultado das experiências do Estágio Supervisionado


II da discente Rosa de Castro, aluna da Universidade Estadual do Amazonas, no Centro de
Estudos Superiores de Itacoatiara.
A realização do estágio, baseou-se nas observações e regências desenvolvidas pela
discente na disciplina de Língua Portuguesa, na modalidade de Ensino de Jovens e Adultos
(EJA) para o ensino médio, na Escola Estadual Maria Ivone de Araújo Leite, durante o
período de 14/02/2023 até 15/03/2023.
O objetivo do Estágio Supervisionado é proporcionar ao aluno a oportunidade de
aplicar seus conhecimentos acadêmicos em situações da prática profissional, criando a
possibilidade do exercício de suas habilidades. Espera-se que, com isso, que o aluno tenha a
opção de incorporar atitudes práticas e adquirir uma visão crítica de sua área de atuação
profissional (OLIVEIRA; CUNHA, 2006). Logo, a discente possibilitará relatar não somente
a atuação do profissional, porém a elaboração, execução e avaliação das atividades propostas
no estágio afim de contribuir para a sua formação significativa no curso de Letras - Língua
Portuguesa.
O trabalho estrutura-se em cinco tópicos: a introdução, cuja abordagem cita os dados
básicos da execução do estágio; as atividades desenvolvidas, que abrange a realização
pragmática do estágio a partir da criação de uma sequência didática; as considerações finais,
onde relata o aprendizado e a contribuição do estágio para a formação profissional da
discente.

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.2 Dados institucionais da escola

A Escola Estadual Professora Maria Ivone de Araújo Leite, localizada no bairro São
Jorge da cidade de Itacoatiara, AM, atende mais de 700 (setecentos) alunos oriundos de todos
os bairros do município, inclusive da zona rural. É formado por alunos de todas as camadas
sociais sob a perspectiva de ser um espaço de ampla recepção de culturas, buscando de forma
sistemática e organizada proporcionar conhecimentos e socializar saberes de acordo com a
realidade social do educando.
A Escola Estadual Professora Maria Ivone de Araújo Leite conta com um quadro de
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profissionais qualificados, geridos pelo Regimento das Escolas Estaduais do Amazonas e que
conta com estrutura física de 10 salas de aula, 01 sala de gestão escolar, 01 secretária escolar,
01 supervisão de ensino, 01 refeitório, banheiro inclusivo para PCD, banheiros feminino e
masculino para os estudantes e banheiro para o servidor público, além de cantina, depósito,
sala de arquivo e sala de professores. Sendo os seus professores instruídos pela Instrução
Normativa nº 002/2022 que disciplina sobre à Hora de Trabalho Pedagógico- HTP e os
procedimentos relativos ao cumprimento das atividades laborais.
Sendo a Escola Estadual Professora Maria Ivone de Araújo Leite uma unidade escolar,
a escola conta com o apoio de parceiros locais, bem como os comércios locais, associação de
moradores e a igreja católica São Jorge, que juntos idealizam e promovem uma escola pública
social. A captação de recursos provém em sua grande parte de sua comunidade escolar, do
Programa Dinheiro Direto na Escola, gerenciado pela Associação de Pais, Mestres e
Comunitários (APMC). Ressalta-se que a escola é de grau Fundamental II e EJA noturno e
que não possui Conselho Estudantil, assim, vale destacar que a APMC está em trasição para a
constituição do Conselho Escolar.
Portanto, a Escola Estadual Professora Maria Ivone de Araújo Leite, seu público é
oriundo de bairros mais periféricos, em suma localizados ao leste de Itacoatiara. Assim, trata-
se de uma clientela bastante diversificada.

2.2 Observação na sala de aula

O inicio do estágio, perpassou pela apresentação da discente à equipe e aos alunos da


escola, especificamente no período noturno da Escola Estadual Maria Ivone de Araújo Leite,
nas séries do ensino médio na modalidade EJA. O começo ocorreu de forma assistiva, no qual
a aluna pudesse observar como funcionava a interação da professora titular com os alunos da
sala, a metodologia utilizada, as principais ferramentas e a didática da professora para com os
alunos.
Pormenorizando o começo, o estágio nesta escola se deu no mês de fevereiro e o
primeiro contato foi por meio de uma apresentação pessoal ao Gestor Escolar, Senhor Ronny
Vonn Medeiros Guimarães. A ele foi destinado a documentação necessária para a realização
deste estágio, além de rápida explanação sobre a proposta de atividades a ser desenvolvida nas
turmas do Ensino Médio.
Em seguida, houve a recepção pela Professora Maria Dantas, Professora de Língua
Portuguesa que acompanhei durante todo o período de estágio nas turmas em que esta atua, e
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imediatamente fui conduzida às salas para reconhecimento de salas e alunos desta Modalidade
de Ensino.
Assim, este contato inicial foi bastante proveitoso e permitiu ver de forma dinâmica, o
processo de ensino com turmas de Jovens e Adultos no ensino médio. Por se tratar de uma
modalidade de ensino que atende uma clientela especial de alunos com diferentes idades e
que, portanto, contemplam em suas propostas curriculares, especificidades para
desenvolvimento do trabalho pedagógico.
No primeiro momento de estágio, a professora regente se dirigiu à turma da 2ª Etapa,
onde estava sendo trabalhado conceitos sobre o Quinhentismo (Movimento Literário). Essa
prática foi feita ao longo de alguns dias para fixação do conteúdo e sempre com ênfase nas
características, autores e obras deste movimento literário. Para fechamento deste conteúdo, a
mesma realizou atividades escritas para os alunos como forma de avaliação.
Dando continuidade ao período de observação, houve a introdução de um novo
assunto a ser estudado: o Barroco. A forma como a professora usou a linha do tempo para
explicar os movimentos literários a partir de uma sequência temporal, demonstrou uma
formidável forma de integrar os alunos ao contexto relatado. Os alunos a todo momento,
esforçavam-se para acompanhar e compreender a explicação da professora.
Esta prática do Barroco foi desenvolvida em todas as turmas de atuação ao longo de
uma semana. A professora expunha tudo que era pertinente, exemplificando e utilizando
exemplos de artistas nacionais, especialmente Aleijadinho, que é uma das principais
referências da época. Ademais, houve enfaticamente um debate sobre o cenário sociocultural
que influenciou no surgimento e no desdobramento, não somente desta, mas das várias
escolas literárias, possibilitando assim, fundamentar a abordagem sobre o próximo
movimento literário, o Arcadismo.
A professora abordou todo o contexto histórico, social e artístico que influenciou esse
movimento literário. Abriu espaço para diálogos e rodas de conversas com as turmas, porém,
poucos se manifestavam. Apesar disso, a professora construía suas linhas do tempo para
melhorar a compreensão dos conceitos já abordados nas aulas anteriores, montando um
quadro literário fortemente marcado pelos acontecimentos de cada época.
Findando às atividades de observação, a professora continuava abordando os
Movimentos Literários, sempre de forma minuciosa e objetiva, receptiva às indagações sendo
solicita com todos os alunos. Verificou-se também, que ela sempre utilizava da diversidade de
metodologias e recursos que pudessem dinamizar às aulas, possibilitando assim uma ótima
interação não somente com o aluno, porém com a universitária também.
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2.3 Atuação ou regência na sala de aula

O período de regência foi iniciado com a apresentação da proposta de Sequência


Didática com o conto Judas Ahsverus do Autor Euclides da Cunha. Esse primeiro momento
foi importante para sinalizar aos alunos que ao longo desse período, o conto e seu autor
seriam a base de todo o trabalho acadêmico a ser desenvolvido naquela turma do 2º Ano.
A primeira aula abordou diretamente o autor e sua obra. O conto foi apresentado aos
alunos por meio de textos impressos, lidos pelos alunos. Os alunos, renovamente, foram
pouco participativos, contudo, mostraram-se interessados na leitura produzida.
As aulas seguintes foram acontecendo de forma gradativa, buscando despertar no
leitor um sentimento de resgate histórico de nossas raízes através dos vários elementos
utilizados para para aprofundar conhecimentos sobre o conto e especialmente, para
reconhecimento do autor.
O conto apresentou ainda, o contexto social amazônico daquele momento, chamando a
atenção por falar do ciclo da borracha e a saga dos seringueiros no seio da floresta. Essa
dimensão retratou um pouco da história local e evidenciou graves conflitos sociais presentes
nos dias de hoje.
Durante esse breve período de regência, os alunos estiveram participando de modo
reservado, contudo estavam atentos às explicações e exemplos dados em diversos momentos
das aulas. Como sugestão de atividade, foi proposto aos alunos a leitura mais aprofundada
para construção de um resumo do conto.
As aulas seguintes exploraram os conceitos sobre elementos da narrativa, conteúdo
importante que mostra em sequência como os textos são produzidos e os personagens
integrantes. Por algumas aulas estes conceitos foram abordados utilizando o próprio conto
Judas Ashverus para ilustrar como estes elementos estão presentes em todas as narrativas.
Para finalizar a atividade desenvolvida na turma, foi proposto uma atividade de
releitura pelos alunos e a identificação dos elementos da narrativa presentes no conto. A
construção do trabalho foi redefinida para exposição de trabalhos com a finalidade de
incentivar a apresentação de grupos e individuais em salas de aula.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho docente pode ser encarado como desafiador. O estágio detecta dentro de
nossas escolas grande lacunas entre objetivos propostos pela educação e os resultados obtidos.
Vale mencionar que, ao adentrar no espaço privilegiado de ensino, podemos visualizar uma
recorrente prática de conquista e permanência, uma vez que as turmas de EJA, são com
frequência, fadadas ao abandono. Por sua vez, o espírito motivador dos docentes, favorece um
trabalho que busca não apenas incluir, mas oportunizar conhecimentos aos seus alunos.
Logo, trabalhar um conto como Judas Ashverus, com alunos de diferentes idades e
conhecimentos, é no mínimo permitir a identificação de nossa essência e talvez pior, a
perpetuação desta triste realidade de homens e mulheres que pouco espaço de fala possuem,
ponto muito evidente em todo momento de estágio.
Acredito que incentivar a fala, a exposição de pensamentos dos alunos, favorece o
crescimento humano, dando certo ar de liberdade e motivação para quem busca no magistério,
melhorar a aprendizagem.

4 REFERÊNCIAS
Escola Estadual “Maria Ivone de Araújo Leite”. PPP, Projeto Político Pedagógico da
Escola Maria Ivone de Araújo Leite.. Itacoatiara, AM. 2022.

OLIVEIRA, E.S.G.; CUNHA, V.L. O estágio Supervisionado na formação continuada


docente à distância: desafios a vencer e Construção de novas subjetividades. Revista de
Educación a Distancia. Ano V, n. 14, 2006. Disponível em http://www.um.es/ead/red/14/.
Acesso em: 31 ago. 2023.

5 ANEXOS
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5.1 Documentos comprobatórios

1) Termo de compromisso de estágio (anexo 1);

2) Dados Pessoais (anexo 2);


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3) Mapa Demonstrativo de Tempo Utilizado (anexo 3);

4) Ficha de Avaliação de Desempenho do Estagiário (anexo 4);


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5) Declaração (Anexo 5).

6) Sequência didática

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

INFORMAÇÕES GERAIS

Escola: Estadual Maria Ivone de Araújo

Professores/as:

Alessandra Barbosa Oliveira, Alzenira Ribeiro dos Santos, Cleudivan de


Araújo Souza, Maria Zenildes Soares de Souza

Componente: Língua Portuguesa


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Série:

1 ano do Ensino Médio

Turma (s): A

Campo (s) de atuação: Artístico-literário

Prática (s) de linguagem: Leitura, escrita, produção de textos (orais, escritos,


multissemióticos) e análise linguísticas/semiótica

Competência Específica: 1

Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas (artísticas,


corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção
de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas, mídias
para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as
possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para
continuar aprendendo.

Competência Especifica: 6

Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais,


considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus
conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e (re)
construir produções autorais individuais e coletivas, de maneira crítica e
criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

Habilidade(s):

(EM13LP45) Compartilhar sentidos construídos diferença e eventuais tensões


entre as formas pessoais e as coletivas de apreensão desses textos para
exercitar o diálogo cultural e aguçar a perspectiva crítica.

(EM13LP48) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes


gêneros literários (a apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a
manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante do mundo nos poemas, a
múltipla perspectiva da vida humana e social dos romances, a dimensão
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política e social de textos da literatura marginal e da periferia etc.) para


experimentar os diferentes ângulos de apreensão do indivíduo e pela
literatura.

Duração:

5 aulas (de 50 minutos)

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta sequência didática foi baseada nos princípios teóricos dos artigos,
“Judas, Ahsverus e Sísifo na Amazônia, por Euclides Cunha” Carlos Antônio
Magalhães Guedelha e Iná Isabel de Almeida Rafael e “Judas Ahsverus e a
sociedade esquecida” de Aline D´Paula Miranda Silva. A partir do conto “Judas
Ahsverus” de Euclides da Cunha. Desse modo, a partir da apreensão desse
texto literário de forma coletiva e pessoal exercitam o diálogo cultural e
perspectiva histórico-crítica, assim, percebe-se as peculiaridades estruturas e
estilística do gênero literário: conto.

O conto intitulado: “Judas Ahsverus” relata sob a ótica social,


colocando em destaque a contradição da sociedade da Amazônia no período
do ciclo da borracha, que composta por burgueses e coronéis de barranco,
viviam de forma dispendiosa, cheios de luxo e ostentação. Enquanto os
seringueiros viviam em uma grande prisão, esquecidos na floresta, doentes e
em solidão.

O autor ressalta o momento do ciclo da borracha, ele retoma uma


situação ocorrida durante esse período. Curiosamente, o título escolhido pelo
autor faz sugerir a relação entre a situação sofrida dos seringueiros com a via
dolorosa, fazendo alusão ao Judas Iscariote e a lenda do Ahsverus conhecido
como “Judeu Errante”.

A narrativa contém traços dos gêneros lírico, épico e dramático em um


diálogo impressionante.

No traço dramático “ O rude seringueiro é duramente explorado,


vivendo despeado do pedaço de terra em que pisa longos anos e exigindo,
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pela situação precária e instável, urgentes providências legislativas que lhe


garantam melhores resultados a tão grandes esforços...” (CUNHA, 2003).

É dessa forma que “judas feito Ahsverus vai avançando vagarosamente


para o meio do rio” (CUNHA, 2003, p. 121). Euclides recorre a lenda do
Ahsverus, associada à figura do Judeu Errante”, “condenado ao eterno
degredo, ...por ter blasfemado contra o Cristo a caminho do Calvário”
(HARDMAN, 2009, p. 74).

É um texto-síntese. Está delineado, em letras garrafais, o martírio do


seringueiro em sua via crucis materializada na “via dolorosa” das estradas de
seringueiras. O texto elege o espaço, os seringais do Alto Purus, e o tempo, o
sábado de aleluia. Segundo Hardman (2009), “Euclides atinge o ápice da
representação do sublime ante o flagelo da a paisagem amazônica. É uma
mescla entre crônica e conto (...)”

O texto inicia assim:

No sábado de Aleluia os seringueiros do Alto Purus desforram-se de


seus dias tristes. É um desafogo. Ante a concepção rudimentar da
vida santificam-se-lhes, nesse dia, todas as maldades. Acreditam
numa sansão litúrgica aos máximos deslizes. Nas alturas, o Homem-
Deus, sob o encanto da vinda do filho ressurreto e despeado das
insídias humanas, sorri, completamente, à alegria feroz que arrebata
cá em baixo. (CUNHA, 2003,

O conto selecionado tem como temática central experiências vinculadas


ao período do ciclo da borracha e serão analisando sob a hipótese de que, em
seus enredos, há um vínculo entre a situação que os seringueiros viviam e a
via dolorosa, também a figura do Judas e o judeu errante. A análise tem como
base a compressão de que os contos de Euclides da Cunha possuem um teor
testemunhal, ou seja, há uma implicação do conteúdo, histórico sobre o
conteúdo literário.

A única revolta que consegue esboçar é contra si mesmo. Por causa da


"ambição maldita”

Euclides busca na religião uma series de símbolos para dar referência


ao sofrimento dos seringueiros. Segundo Rubem Alves (1984) pode ser “uma
teia de símbolos, rede de despejos, confissão da espera, horizonte dos
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horizontes, a mais fantástica e pretenciosa tentativa de transubstanciar a


natureza”.

Portanto, a utilização do conto “Judas Ahsverus” de Euclides da Cunha,


pois sabemos que a leitura é uma excelente ferramenta de aprendizagem
utilizada por todas as disciplinas escolares. No entanto, levar os estudantes a
adotarem hábitos de leitura no dia a dia é uma tarefa difícil, que requer por
parte dos educadores a adoção de certas práticas estratégicas. Nesse sentido,
esta sequência didática se propõe a apresentar um plano de aula interativa, a
partir da leitura de texto literário e atividades.

ETAPAS

Etapa 1: Diagnóstico

 No primeiro momento: Será apresentado um vídeo sobre o período do


ciclo da borracha.
 Vídeo: Viagem pela Amazônia – Apogeu e Queda da Borracha na
Amazônia – Parte 2. https://youtu.be/1txwh-CHU18
 Após a apresentação do documentário será feito o debate sobre o
vídeo assistido. O professor fará a pergunta referente ao vídeo.

1. Elabore um resumo do documentário assistido?

Etapa 2: Atividades

Conto

O conto é um gênero literário  que possui narrativa curta e tem sua origem da
necessidade humana de contar e ouvir histórias. Passa por narrativas orais de
povos antigos, trilhando pelos gregos e romanos, pelas lendas orientais,
parábolas bíblicas, novelas medievais, até chegar a nós como é conhecido hoje.
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A estrutura do conto é formada por situação inicial, desenvolvimento e


situação final. Essa divisão é parte importante para composição do enredo.
Dessa forma, na construção do conto, ocorrem os elementos da narrativa, que
são: foco narrativo, espaço, tempo e verossimilhança. Devido à necessidade de
contextualizar a narrativa, o conto sofreu diversas transformações ao longo
da história, originando tipos:

Estrutura do conto

Ao escrever um conto, é necessário observar sua estrutura e as partes que


compõem o enredo. Enredo também é conhecido como trama ou intriga e tem
a função de dar sequência à narrativa e localizar o leitor em relação à sucessão
de acontecimentos, dando ênfase à causalidade.

Perceba a ocorrência de uma sequência temporal e a ênfase que se dá à


sequência de acontecimentos, dando ao leitor a percepção de como a princesa
sentiu-se diante da morte do príncipe. Dessa forma, o leitor fica na expectativa
do que virá adiante na narrativa. Essa construção — que conduz o leitor à
imaginação e ao estabelecimento de novos sentidos no texto — constitui
enredo.

O conto é composto basicamente por situação inicial, desenvolvimento e


situação final. Veja:

 Situação inicial: evidencia a situação que dará início à narrativa, apresentando


os personagens, o tempo e o espaço descrevendo-os. Trata-se de um trecho
essencial para localizar e captar a atenção do leitor. Na introdução também se
apresenta a situação inicial, que será desenvolvida ao longo do texto por meio
do conflito, clímax e desfecho. Esses termos serão explicados mais adiante.
 Desenvolvimento: é nesse momento que surge a quebra do aspecto
predominantemente descritivo  e o conflito começa a ser percebido pelo leitor.
Esse conflito resultará no clímax, o momento de maior tensão da narrativa.

 Situação final: é o momento de desfecho do conto, quando o conflito é


resolvido, resultando na quebra ou confirmação de uma expectativa. Nesse
trecho, o conflito passou e os personagens são inseridos em uma nova situação.

Após evidenciar a estrutura básica do conto, é preciso considerar os elementos


fundamentais que dão a ele boa estruturação da narrativa. Veja:

 Conflito: trata-se do momento em que ocorre uma oposição entre os


elementos da narrativa, resultando em uma tensão que organiza os fatos. O
conflito instiga o leitor em relação à narrativa.
 Clímax: é quando a narrativa alcança a tensão máxima. É o ponto culminante
do conflito. Trata-se também de uma técnica muito utilizada para despertar a
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curiosidade do leitor.

 Desfecho: trata-se da situação final, ou seja, a solução do conflito.

Elementos da narrativa

Apesar de o conto ser uma narrativa curta, esse gênero apresenta elementos


como foco narrativo, espaço, tempo e verossimilhança.

Foco narrativo

É a posição que o narrador assume para relatar os acontecimentos. O conto


pode ser narrado em 1ª pessoa ou 3ª pessoa.

 Narrador em 1ª pessoa: trata-se do narrador personagem. Com esse foco


narrativo, o conto ganha mais subjetividade, pois o narrador está
emocionalmente envolvido na narrativa.
 Narrador em 3ª pessoa: o narrador não participa ativamente dos
acontecimentos, com isso, a narrativa ganha mais objetividade. Nesse foco
narrativo, o narrador pode ser onisciente ou observador.

 Narrador onisciente: é o narrador que conhece profundamente a história e


relata, inclusive, os pensamentos dos personagens.

 Narrador observador: não está a par de toda a história e relata apenas os fatos
que vão acontecendo. Esse narrador não faz antecipações nem intervenções no
relato da história.

Espaço

Trata-se da composição espacial da narrativa em que ocorre a ação do


enredo, espaço onde os personagens movimentam-se. Normalmente, o espaço
é apresentado por meio de recursos descritivos que caracterizam o lugar. Esse
elemento da narrativa pode ocupar dois níveis: espaço físico, também
conhecido como geográfico, e espaço social.

 Espaço físico: é literalmente o espaço físico em que ocorre a narrativa. O


espaço pode ser descrito detalhadamente ou suas características podem ser
evidenciadas ao longo do texto.
 Espaço social: é o espaço que condiz com as condições socioeconômicas,
morais ou psicológicas dos personagens. Esses espaços podem determinar a
vida dos personagens ou servir apenas de parte da composição da narrativa.
Dessa forma, um espaço descrito como macabro, por exemplo, pode referir-se à
tristeza do personagem, a uma lembrança de morte etc.
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Tempo

O tempo compõe as marcas cronológicas na narrativa, expressas por meio de


construções como dia, mês, ano, estações do tempo etc. Também pode ocorrer
por meio de marcas psicológicas do personagem ou narrador. Esse elemento
da narrativa possui três níveis: tempo cronológico, tempo psicológico e a
técnica do flashback.

 Tempo cronológico: o tempo transcorre de forma linear em relação aos fatos,


do começo para o final. Trata-se de um tempo que pode ser medido em horas,
meses, anos, séculos.
 Tempo psicológico: é o tempo “interior”, aquele que ocorre com base na
imaginação ou memória do narrador ou personagem e é marcado pelas
sensações experimentadas por ele em relação a um determinado momento.
Não é linear, pois os acontecimentos não ocorrem de forma natural.

 A técnica do flashback: trata-se de uma marca que consiste em voltar no


tempo em relação ao que está sendo narrado. Ocorre quando o personagem ou
narrador relembra um fato ou compartilha esses acontecimentos relembrados.

Verossimilhança

Verossimilhança  possui o significado daquilo que é “provável”, ou seja, um


universo possível de ser realizado dentro de uma narrativa ficcional, dando ao
leitor a ideia de que tais acontecimentos são perfeitamente possíveis no mundo
real.

Em seguir o professor fará atividade para os alunos.

ATIVIDADE

1. O que é conto?
2. Qual é a estrutura de um conto?

Etapa 3: Atividades

 Em seguida, será apresentado o vídeo: Judas Ahsverus, de Euclides


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da Cunha. https://youtu.be/gAfG5LfKd10
 Após tomar notas para elaborar uma síntese reflexiva do conto,
formular e responder perguntas referentes ao texto.
1. Enredo da obra:
2. Contexto histórico:
3. As personagens e suas características:
4. Quais reflexões a obra propiciou? Comente-as.

Avaliação (visando a identificar os avanços pelos alunos) será processo


contínuo. Considerar-se-á participação dos estudantes nas aulas. E a
produção textual que serviram como nota avaliativa.

Recursos e materiais a serem empregados:

 Xerocopiado, caneta, caderno, lápis, papel A4, notebook, celular,


quadro branco, pincel, apagador.

REFERÊNCIAS

CUNHA, E. da. Amazônia – um paraíso perdido. Manaus: Valer; Governo do


Estado do Amazonas; EDUA, 2003

GUEDELHA, Carlos Antônio Magalhães; RAFAEL, Iná Isabel de Almeida.


Judas, Ahsverus e Sísifo na Amazônia, por Euclides da Cunha. RevLet –
Revista Virtual de Letras, v. 11, nº01, jan/jul, 2019.

SILVA, Aline D´Paula Miranda. Judas Ahsverus e a sociedade esquecida. v.


25 N.19 (2021); EDITORIAL BIUS JULHO/2021 V. 25/N.º:19.

SILVA, M. L.S. A batalha da borracha: os migrantes nordestinos – memória e


imaginário. 2018. 150 f. Dissertação (Mestrado em geografia), Programa de
Pós-Graduação em Geografia (PPGG), Fundação Universidade Federal de
Rondônia (Unir), Porto Velho, 2018.
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7) Critérios de avaliação

8) Fotos

Escola Estadual Professora Maria Ivone de Araújo Leite


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5.2 Avaliações e demais materiais utilizados durante o estágio

QUESTIONÁRIO COM A PROFESSORA REGENTE

Nome do Entrevistador: Rosa Do Socorro de Souza Castro

1. Há quanto tempo você é professor?


Prefeitura, 20 anos e na SEDUC, 17 anos.

2. Qual sua formação profissional?


Língua Portuguesa e Ensino na Literatura – Ufam

3. Fale um pouco do Projeto Político Pedagógico da escola. Você sabe o que significa? Você
participou da construção?
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O Projeto Político Pedagógico, ou seja, o PPP, norteia e ajuda nas ações não apenas
pedagógicas e metodológicas como também nas áreas financeiras, compras de materiais e na
manutenção predial, e, foi construído com a participação de todos (da escola).

4. Qual sua opinião sobre a Gestão Escolar Democrática? Na escola em que atua, a gestão é
democrática?
É de fundamental importância, visto o momento em que vivemos, precisamos estar
preparados para compartilhar responsabilidades e viver a democracia no ambiente escolar.

5. Para você, o que é uma escola de qualidade?


“Isso é relativo! Pois, esta palavra ‘qualidade’ é muito ampla e gera muitos significados,
porém uma escola de sucesso é aquela em que professores são comprometidos com o ensino e
a aprendizagem de seus alunos, intigar a pesquisa, a dúvida, o questionamento, para que o
próprio seja capaz de construir o conhecimento.”

6. Qual sua relação com outros professores em relação a abordagens interdisciplinares? Como
a gestão escolar e pedagógica atua nesse processo?
“Conversamos e buscamos resolver da melhor forma possível, visto que não temos pedagoga,
tomamos as decisões junto ao gestor e traçamos metas e buscamos alcançá-las, somos uma
equipe unida.”

7. Como você procura resolver os problemas de falta/baixo rendimento dos alunos(as)? Você
obtém auxílio para criar estratégias para superar esses problemas? Se caso positivo, detalhe
sua resposta.
“Nossa relação é ótima. Temos o MEC que é o Movimento Educacional Cultural que
acontece a cada 2 meses em que abordamos temos que possam ajudar, estimular e incentivar o
aluno na sua vida, no seu cotidiano, como também no seu aprendizado.”

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