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CAP. 01 – Aprendendo a TCC (J.

Wright) Três proposições estão no núcleo das TCC’s:

HISTÓRIA DA TCC a. nossas cognições têm influência controladora sobre nossas


emoções e comportamento;
Aaron Beck, psiquiatra com formação psicanalítica tradicional, com o
objetivo de fazer com que a psicanálise fosse aceita pela comunidade b. o modo como agimos ou nos comportamos pode afetar nossos
médica, iniciou uma demonstração de validação empírica de tais padrões de pensamento e de emoções.
teorias no final de 1960. Em suas pesquisas, Beck decidiu testar o
conceito psicanalítico de que a depressão é resultante de hostilidade c. o comportamento desejado pode ser influenciado mediante a
voltada contra si mesmo. mudança cognitiva.

Porém, Beck percebeu que seus pacientes, ocasionalmente, PRINCÍPIOS TEÓRICOS


relatavam duas vertentes de pensamento: uma de livre associação e 1. MODELO COGNITIVO COMPORTAMENTAL
outra de pensamentos rápidos de qualificações sobre si mesmo.
Começou, então, a ajudar seus pacientes a identificar, avaliar e O modelo cognitivo é a teoria subjacente à TCC, e se baseia na
responder ao seu pensamento irrealista e desadaptativo, ao fazer premissa de que a inter-relação entre cognição, emoção e
isso, os pacientes melhoraram rapidamente. comportamento influencia o funcionamento normal e a
psicopatologia.
A. John Rush e Beck, iniciaram um ensaio clínico controlado
randomizado com pacientes deprimidos, publicado em 1977, o qual *Um evento pode gerar diferentes formas de sentir e agir, mas não é
constatou que a Terapia Cognitiva era tão efetiva quanto a imipramina o evento em si que gera as emoções e os comportamentos, mas o que
(antidepressivo). nós pensamos sobre o evento. Portanto, os eventos ativam os
pensamentos, os quais geram, como consequência, as emoções e os
Os elementos cognitivos apontados na TCC, foram reconhecidos, comportamentos.
dentre outros, pelo filósofo estoico Epíteto. Nas tradições filosóficas
orientais, a cognição é tida como uma força primária na determinação * há uma interação recíproca de pensamentos, sentimentos,
do comportamento. Zoroastro, filósofo persa, baseou seus comportamentos, fisiologia e ambiente. Sabe-se que as emoções
ensinamentos nos seguintes pilares: pensar bem, agir bem e falar podem influenciar os processos cognitivos, assim como os
bem. Filósofos europeus como Kant e Heidegger, continuaram a comportamentos podem influenciar a avaliação de uma situação (seja
desenvolver a ideia da importância dos processos cognitivos pela modificação da situação ou por evocar respostas de outras
conscientes na existência humana. pessoas).

Aaron Beck, foi o primeiro a desenvolver completamente teorias e O processamento cognitivo/informação (que se refere à
métodos para a aplicação de intervenções cognitivas e transformação das representações mentais, observando as regras do
comportamentais a transtornos emocionais. O desenvolvimento de sujeito) recebe um papel central nesse modelo, pois o ser humano
suas teorias e métodos cognitivo-comportamentais, foram avalia a relevância dos acontecimentos internamente e no ambiente
influenciados pelos trabalhos de: que o circunda, estando as cognições frequentemente associadas às
reações emocionais.
> Adler, Horney e Sullivan (analistas pós freudianos) no que concerne
ao desenvolvimento de formulações cognitivo-comportamentais mais O modelo cognitivo é usado para ajudar os terapeutas a conceitualizar
sistematizadas dos transtornos e da estrutura da personalidade; o caso e a implementar métodos específicos da TCC; portanto, auxilia
> Kelly: quanto a teoria dos construtos pessoais (CN ou o terapeuta a verificar as relações entre pensamentos, emoções e
autoesquemas). comportamentos, bem como para orientar as intervenções de
> Ellis: no que diz respeito a terapia racional emotiva. tratamento.

*A abordagem de A. Beck, originalmente, desenvolvida para o Há interações complexas entre processos biológicos, influências
tratamento da depressão é aplicada hoje em uma variedade de ambientais e interpessoais e elementos cognitivo comportamentais
transtornos. Ex.: ansiedade; dependência química; transtornos de na gênese e tratamento de transtornos psiquiátricos. Para direcionar
personalidade etc. o tratamento recomenda-se uma formulação que inclua
considerações cognitivo-comportamentais, biológicas, sociais e
*A TCC é um termo genérico que abrange mais de 20 abordagens interpessoais.
dentro do modelo cognitivo e cognitivo comportamental. Os FIGURA 1.1. modelo cognitivo – Kanapp.
primeiros escritos importantes e as primeiras abordagens cognitivo-
comportamentais surgiram nos anos de 1960 e 1970 com autores
como A. Beck, Albert E., Lazarus, entre outros.

* A TC focaliza seu trabalho em identificar e corrigir padrões de


pensamento conscientes e inconscientes. O levantamento das
possíveis hipóteses de por que as coisas são com são e a testagem
empírica quanto à validade de cada uma dessas hipóteses fazem parte
do processo terapêutico.

PRESSUPOSTOS BÁSICOS COMUNS AS TCC’S

As TCC’s derivam de um modelo cognitivo e compartilham alguns


pressupostos básicos, mesmo quando apresentam diferentes
abordagens conceituais e estratégicas nos diversos transtornos.
* a TC ensina ao paciente a identificar, examinar e modificar as
distorções do pensamento para retomar um processamento de 2.1.1. ESQUEMAS
informações mais preciso e torná-lo mais flexível na avaliação dos
eventos. > Os esquemas são estruturas cognitivas, que por sua vez abrigam os
conteúdos do sujeito (ou seja, suas crenças). O conteúdo de um
* fatores genéticos, ambientais, culturais, físicos, familiares, de esquema começa a ser formado no início da infância, sendo
desenvolvimento e personalidade, predispõe o sujeito à influenciado por diferentes experiências de vida. Esquemas são
vulnerabilidade cognitiva. As interações desses fatores contribuem regras fundamentais para o processamento de informações, ou seja,
para a formação das crenças e pressupostos de si mesmo, das pessoas auxiliam o indivíduo a lidar com as informações com as quais se
e do mundo, determinando quais eventos irão acionar reações mal- depara e o ajuda a tomar decisões oportunas e apropriadas, bem
adaptativas. como provê a estabilidade/estrutura dos sistemas cognitivo, afetivo e
comportamental ao longo do tempo e dos eventos. temos esquemas
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PENSAMENTO com conteúdos (crença) acerca de todas as coisas, nossas e das outras
pessoas.
A TC identifica e trabalha três níveis de cognição: pensamentos
automáticos, crenças subjacentes/intermediárias (pressupostos, > Esquemas primitivos mal adaptativos – Young, Klosko e Weishaar:
regras e atitudes) e crenças nucleares (esquemas) – todos possuem trata-se de um padrão abrangente, composto de cognições, emoções,
os 03 níveis, tanto positivos quanto negativos. memórias e sensações corporais, em relação a si mesmo ou na
Figura 1.2. níveis de cognição-Kanapp. relação com os outros, desenvolvido durante a infância ou
adolescência, elaborado ao longo da vida e disfuncional em grau
significativo. Segundo os autores, esquemas mal-adaptativos são:
a. verdades acerca de si mesmo e/ou ambiente;
b. resistentes à mudança;
c. ligados a altos níveis de afeto;
d. frequentemente desencadeados por mudança ambiental;
e. geralmente resultado de uma interação entre o temperamento do
sujeito e experiências com pessoas significativas;
f. autoperpetuáveis.

2.1. CRENÇAS NUCLEARES > Esquemas mal adaptativos perpetuam-se por três formas principais:

> são as nossas ideias e conceitos mais enraizados e fundamentais a. manutenção do esquema: pensar e se comportar de maneiras que
acerca de nós mesmos, das pessoas e do mundo. São mais abstratas reforçam o esquema;
e gerais, constituindo um nível mais profundo de representação dos b. evitação do esquema: procurar formas de evitar a ativação dos
pensamentos. CN são incondicionais. Portanto, independentemente esquemas e o sofrimento associado;
da situação (evento) que se apresente ao sujeito, ele irá pensar do c. compensação do esquema: agira aparentemente de forma a
mesmo modo consoante com suas crenças. contradizer o esquema.

> CN formam-se a partir das primeiras experiências de aprendizado e 2.2. PRESSUPOSTOS SUBJACENTES / CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS /
se fortalecem ao longo da vida. As CN moldam a percepção e a PRESSUPOSTOS CONDICIONAIS
interpretação dos eventos, modelando o nosso jeito psicológico de
ser. Sem ações corretivas das CN disfuncionais, o sujeito irá cristalizá- > são construções cognitivas, subjacentes aos pensamentos
las como verdades absolutas e imutáveis. automáticos. São regras (é um imperativo: ter que; dever/obrigação),
pressupostos (“se”) e atitudes (envolve ação), que adotamos e que
*para alcançar mudanças duradouras, as CND devem ser modificadas. guiam a nossa conduta (as regras são usualmente expressas na forma
de afirmações tipo: “tenho que”, “devo”).
*CND, são absolutistas, generalizadas e cristalizadas; podem
permanecer latentes (ocultas) todo o tempo, sendo ativadas nos > CI são transituacionais (relativo à situação), encontram-se presentes
transtornos emocionais. Com a ativação, o processamento de em inúmeras situações existenciais. Essas crenças pressupõem que,
informação torna-se tendencioso, no sentido de extrair da realidade desde que determinadas regras, pressupostos e atitudes sejam
apenas as informações que confirmam a crença disfuncional, cumpridas, não haverá problemas e o sujeito se mantém
negligenciando ou minimizando as informações que possam relativamente estável e produtivo. Mas, se, por alguma circunstância
desconfirmar as evidências contrárias. Pela correção das crenças os pressupostos não estão sendo cumpridos, o sujeito torna-se
disfuncionais ou supressão dos fatores precipitantes, as crenças vulnerável ao transtorno emocional quando as crenças nucleares
podem retornar ao seu estado de latência e somente ressurgir negativas são ativadas.
quando e se ocorrem situações semelhantes.
*os pressupostos subjacentes, são construídos como tentativa de
> agrupamentos de CND, de acordo com Judith Beck: lidar com CND, eles as acabam confirmando e reforçando.

a. CN de desamparo: crenças sobre ser impotente, frágil, vulnerável, > estratégias de enfrentamento ou compensatórias são os
carente; desamparado necessitado. comportamentos que o sujeito utiliza para lidar com as suas crenças.
b. CN de desamor: crenças sobre ser indesejável, incapaz de ser Os comportamentos de enfrentamento têm correlação direta com as
gostado, não amado, sem atrativos, imperfeito, rejeitado, regras e pressupostos disfuncionais e acabam por reforçar as crenças.
abandonado e sozinho. As CI modelam a relação entre as estratégias comportamentais e as
c. CN de desvalor: crenças sobre ser incapaz, incompetente, crenças nucleares. (meus pressupostos condicionais irão influenciar
inadequado, ineficiente, falho, defeituoso, fracassado, sem valor. minhas estratégias de enfrentamento/compensatórias a fim de não
tornar real minha crença nuclear, por ex., de desamor).
2.3. PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS a. melhorar o resultado do tratamento, auxiliando o terapeuta e o
paciente na obtenção de uma concepção mais ampla e profunda dos
> temos milhares de pensamentos diariamente; a maioria não é mecanismos cognitivos e comportamentais do paciente.
percebido conscientemente, pois acontece de forma rápida, b. auxiliar o terapeuta na escolha das intervenções terapêuticas e das
involuntária e automática. PA, exagerados, distorcidos, equivocados, tarefas a serem realizadas.
irrealistas ou disfuncionais têm um papel importante na c. reforça o entendimento da relação terapêutica.
psicopatologia, porque moldam/influenciam tanto as emoções e d. ajuda a entender e lidar com potenciais problemas e fracassos do
ações do sujeito em resposta aos eventos da vida. tratamento.

*a modificação de PA melhora o humor do paciente. Já a modificação > aspectos que devem ser questionados e investigados na
da CN, melhora o transtorno. conceitualização cognitiva:

> PA podem ser ativados por eventos externos ou internos. PA são as a. diagnóstico clínico;
cognições mais fáceis de acessar e modificar. Podem ocorrem em b. problemas atuais e fatores estressores precipitantes que
forma de imagens (além do próprio pensamento). contribuíram para seus problemas psicológicos ou interferiram em
sua habilidade para resolvê-los;
*havendo dificuldade de identificar PA, uma forma de evoca-los é por c. as aprendizagens e experiências antigas que contribuem para seus
aquilo que se está imaginando (pensando em imagens). Ex. imagem problemas atuais;
da plateia rindo. d. as predisposições genéticas e familiares;
e. pensamentos automáticos; crenças subjacentes e nucleares;
> validade e utilidade dos PA, conforme J. Beck, podem ser: f. mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais que
desenvolveu como estratégias para enfrentar suas crenças
a. distorcidos, apesar das evidências em contrário; disfuncionais;
b. acurados (apurado), mas com conclusão distorcida; g. como o paciente percebe a si mesmo, os outros e o mundo.
c. acurado, mas totalmente disfuncional.
*após mapear esses primeiros aspectos, terapeuta levanta hipóteses
> características dos PA: sobre como o paciente desenvolveu o transtorno que o motivou a
a. coexistem com o fluxo de pensamentos manifestos; buscar tratamento.
b. aparecem espontaneamente;
c. comumente aceitos como verdadeiros, sem avaliação crítica; > o terapeuta inicia a construção da conceitualização cognitiva desde
d. se não monitorados passam despercebidos. A emoção associada é seu primeiro contato com o paciente e continua complementando
mais fácil de reconhecer; esse processo até a última sessão. À medida que aparecem novos
e. associados com emoções específicas; dados, terapeuta e paciente colaborativamente modificam e refinam
f. podem ocorrem de forma verbal ou em imagens; a formulação, confirmando algumas hipóteses e abandonando
g. pode-se aprender a identificá-los; outras.
h. pode-se avaliar a sua validade e/ou utilidade.
> a conceitualização cognitiva é o fundamento do plano terapêutico e
PRINCÍPIOS PRÁTICOS a base para selecionar os alvos de intervenção mais produtivos e as
intervenções técnicas mais apropriadas.
1. Afeto, Comportamento, Pensamento.
PRINCIPAIS MÉTODOS DA TCC
> A visão cognitiva de psicopatologia adota o modelo de interações
entre cognição, humor e comportamento e sugere as seguintes 1. DURAÇÃO E FORMATO DA TERAPIA
intervenções: modificação de afeto; mudança comportamental;
mudança nas cognições. O afeto é necessário para a reestruturação A TCC é voltada para o problema e geralmente aplicada em um
cognitiva. Os padrões de comportamento desadaptativos formato de curto prazo. Entretanto, cursos mais longos podem ser
retroalimentam a disfunção emocional e cognitiva, logo, também necessários se houver condições comórbidas ou se o paciente possuir
precisam ser trabalhados. sintomas crônicos ou resistentes ao tratamento. Normalmente as
sessões têm duração de 45 a 50 min. No entanto, pode-se
* A cognição tem papel importante e é o foco fundamental (mas não individualizar a duração para atender às necessidades do paciente,
é o único) para a intervenção. melhorar a eficiência do tratamento e/ou resultado.

* Para resultados duradouras, além de trabalhar as cognições de nível 2. FOCO NO “AQUI E AGORA”
mais superficial (PA), é importante modificar as CN e CI que o
predispõe o paciente aos problemas e ajudá-lo a planejar estratégias Esta abordagem enfatiza que a atenção às questões atuais ajuda a
eficazes para lidar com situações futuras que podem precipitar um estimular o desenvolvimento de planos de ação para combater os
recaída. sintomas, como por ex., a desesperança. Ademais, respostas
cognitivas e comportamentais a eventos recentes são mais acessíveis
2. CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA e verificáveis que as reações as ocorrências no passado distante. No
entanto, a perspectiva longitudinal (desenvolvimento na primeira
> Trata-se do entendimento cognitivo do paciente; o foco primário são infância, histórico familiar, traumas, experiências evolutivas positivas
os fatores cognitivo-comportamentais que mantêm as dificuldades e negativas, educação, história de trabalho e influências sociais)
emocionais; as crenças; as vulnerabilidades da personalidade; os auxilia a entender melhor o paciente e a planejar o tratamento.
traumas; e, as experiências que predispuseram o sujeito a vivenciar
seus problemas atuais.

> objetivos da Formulação Cognitiva:


3. RELAÇÃO TERAPÊUTICA b. terapeuta como professor:

Há aspectos comuns e específicos na relação terapêutica estabelecida transmitirá conhecimento de uma maneira colaborativa, utilizando o
na TCC. método socrático para incentivar o paciente a se envolver no processo
de aprendizagem. Apresenta as seguintes características, durante a
3.1. ASPECTOS COMUNS a qualquer processo terapêutico são: a relação terapêutica: é amigável; é engajado; é criativo; usa os pontos
empatia, afeto e autenticidade. fortes do paciente para trabalhar no enfrentamento dos problemas; é
capacitante; é orientado para ação.
a. a empatia envolve a capacidade de colocar-se no lugar do paciente
de modo a ser capaz de intuir/perceber o que ele está sentindo e c. humor na TCC
pensando e, ao mesmo tempo, manter a objetividade para discernir
possíveis distorções, raciocínio ilógico ou comportamento > É necessário mensurar a capacidade do paciente em se beneficiar
desadaptativo que possam estar contribuindo para o problema. com a utilização do humor na terapia. Contudo, pode trazer efeitos
Comentários empáticos precisam ser feitos em momentos oportunos. positivos na capacidade do paciente de reconhecer suas distorções
cognitivas, expressar emoções saudáveis e sentir prazer.
*empatia na TCC inclui busca por soluções que reduzam o sofrimento
do paciente e o ajude a lidar com os problemas da vida. Para tanto, > As razões para utiliza o humo na TCC, consistem: na capacidade do
deve mesclar comentários empáticos com questões socráticas e humor normalizar e humanizar a aliança terapêutica; em ajudar a
outros métodos da TCC que incentivem o pensamento racional e o promover o caráter amigável e colaborativo da TCC; e, na
desenvolvimento de comportamentos de enfrentamento saudáveis. possibilidade de que habilidades para o humor, no paciente, surjam e
sejam fortalecidas como um recurso para combater os sintomas e
b. a autenticidade, é uma das chaves para demonstrar empatia. O lidar com o estresse.
terapeuta autentico é capaz de se comunicar verbal ou não
verbalmente de uma maneira honesta, natural e emocionalmente d. flexibilidade e sensibilidade
conectada para demonstrar ao paciente que de fato entende a
situação; é diplomático ao dar feedback construtivos ao paciente; > O terapeuta precisa estar em sintonia com as diferenças individuais
apesar de evento e resultados de fato negativos, o terapeuta tenta do paciente, à medida que tentam desenvolver uma relação de
encontrar no paciente, pontos fortes que o ajudará a enfrentar trabalho eficaz. Portanto, é necessário ter um estilo flexível e
melhor os desafios da vida; possui um senso de otimismo, e acredita personalizado, que seja sensível às características situacionais;
na resiliência e potencial de crescimento do seu paciente. socioculturais; e, aquelas relacionadas ao diagnóstico e sintomas ao
personalizar uma aliança terapêutica.
3.2. CARACTERÍSTICA ESPECÍFICA NA TCC
ATT: TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA NA TCC
3.2.1. empirismo colaborativo
> os fenômenos de transferência são vistos como uma reedição, na
> é o termo mais usado para descrever a relação terapêutica na TCC, relação terapêutica, de elementos-chave de relacionamentos prévios
uma relação simples e voltada para a ação. Durante o tratamento o importantes, mas na TCC, o foco está nas maneiras habituais de
terapeuta envolve o paciente em um processo colaborativo, no qual pensar e agir que são repetidas no ambiente terapêutico. A
existe uma responsabilidade compartilhada pelo estabelecimento de transferência não é vista como um mecanismo necessário para a
metas e agendas, dar e receber feedback e, por colocar em prática os aprendizagem ou a mudança.
métodos de TCC na vida cotidiana.
> Ao avaliar a transferência na TCC, o terapeuta observa os esquemas
> terapeuta e paciente focam em pensamentos e comportamentos e os padrões associados de comportamento que provavelmente
problemáticos, que são explorados empiricamente quanto a sua foram desenvolvidos no contexto de relacionamentos importantes do
validade ou utilidade. Quando detectado déficit real, são planejadas passado. Assim, o terapeuta poderá analisar a relação terapêutica
e praticadas estratégias de enfrentamento para essas dificuldades. para identificas as crenças nucleares do paciente e examinar in vivo
os efeitos dessas cognições no comportamento do paciente em
> a principal função da relação terapêutica é enxergar as distorções relacionamentos importantes, além de planejar intervenções para
cognitivas e os padrões comportamentais improdutivos, por meio de reduzir os efeitos negativos da transferência no vínculo terapêutico
uma lente empírica que pode revelar oportunidades para o ou no resultado da terapia.
desenvolvimento de mais racionalidade, alívio dos sintomas e melhor
eficácia pessoal. 4. QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO

3.2.1.1. PAPEL DO TERAPEUTA NO EMPIRISMO COLABORATIVO > é um questionamento sistemático, orientado para a descoberta;
estimula o exame, a ponderação, avaliação e síntese de diferentes
a. grau de atividade do terapeuta na tcc: fontes de informação; o objetivo é a avaliação independente e
> o terapeuta estrutura a terapia, dá compasso às sessões, desenvolve racional dos problemas e de suas soluções; é utilizado para trazer
a formulação de caso (sempre em evolução) e implementa os informações à consciência do paciente (insight).
métodos da TCC. O seu grau de atividade é maior nas primeiras fases
de tratamento, quando o paciente está mais sintomático e se > Na TC, o terapeuta não provê as soluções nem persuade o paciente
familiarizando com o modelo cognitivo comportamental, assim, da incorreção dos pensamentos; mas guia o paciente para a
durante esse período, o terapeuta assume maior parte da descoberta.
responsabilidade por direcionar o fluxo das sessões e passa um tempo *Por meio de questionamentos (perguntas com respostas abertas) o
considerável explicando e ilustrando os conceitos básicos da TCC. À terapeuta vai orientando o paciente de forma que ele entenda seus
medida que a terapia progride, o terapeuta irá observar, demonstrar problemas, explore possíveis soluções e desenvolva um plano para
empatia e seguir adiante com a terapia com menos palavras em lidar com as dificuldades.
menos esforço.
> Uma forma especial de questionamento socrático é a descoberta 9. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
guiada, por meio da qual o terapeuta faz uma série de perguntas
indutivas para revelar padrões disfuncionais de pensamento ou As técnicas comportamentais usadas na TCC destinam-se a ajudar as
comportamento. A descoberta guiada maximiza o envolvimento do pessoas a: aumentar a participação em atividades que melhorem o
paciente nas sessões e no processo terapêutico e minimiza a humor; mudar os padrões de esquiva ou desamparo; enfrentar
possibilidade de o terapeuta impor suas próprias ideias e conceitos. gradualmente as situações temidas; desenvolver habilidades de
enfrentamento; e, reduzir emoções dolorosas ou excitação
5. LISTA DE PROBLEMAS E METAS DO TRATAMENTO autônoma. As intervenções mais utilizadas em transtornos de
ansiedade e depressão, são a ativação comportamental; exposição
> concomitantemente à avaliação inicial e formulação cognitiva hierárquica; prescrição gradual de tarefas; programação de atividades
inicial, o terapeuta trabalha com seu paciente para especificar as prazerosas; treinamento de respiração e treinamento de
metas para a terapia e a prioridade de cada uma delas. relaxamento.

> lista de problemas dever ser objetiva e clara. Grandes problemas 10. DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE TCC PARA AJUDAR A
devem ser divididos em partes menores e explicitado de forma PREVENIR A RECAÍDA
específica. Uma lista objetiva de problemas facilita a seleção de
intervenções adequadas e permite monitorar o progresso do A aquisição de habilidades pode reduzir o risco de recaída. Aprender
tratamento. como reconhecer e mudar pensamentos automáticos, utilizar
métodos comportamentais comuns, podem ajudar os pacientes a
> após estabelecer as metas, a dupla terapêutica decidirá qual meta lidar futuramente com ativadores dos sintomas. Durante as fases
será trabalhada primeiro. A decisão deve considerar fatores como a finais da TCC, o terapeuta se concentra especificamente na prevenção
preferência do paciente sobre qual meta se empenhar, a de recaída, ao ajudar o paciente a identificar problemas em potencial,
conceitualização cognitiva do caso, problemas que parecem ser mais os quais têm uma alta probabilidade de causar dificuldades. Depois,
passíveis de responder às primeiras intervenções. são utilizadas técnicas de treinamento para práticas maneiras eficazes
de enfrentamento.
6. FAMILIARIZAÇÃO COM O MODELO COGNITIVO –
PSICOEDUCAÇÃO. 11. AVALIAR CRITICAMENTE AS DISTORÇÕES COGNITIVAS

> a primeira intervenção usada na TC é ensinar o paciente a identificar > o próximo passo é a correção dos PA e crenças, bem como construir
os PA que ocorrem em situações problemáticas, a reconhecer os pensamentos alternativos mais funcionais, capazes de gerar uma
efeitos que eles produzem em suas emoções e comportamentos, bem melhora no estado de humor do paciente. Normalmente, as
como a responder de forma eficaz a esses pensamentos que causam distorções cognitivas têm intersecções e sobreposições, por isso o
dificuldade. paciente poderá apresentar, concomitantemente, mais de uma
distorção numa mesma situação
*Uma maneira eficaz para a apresentação do modelo cognitivo é a
descoberta guiada e basear a explicação dos pensamentos, 11.1. LISTA DE DISTORÇÕES COGNITIVAS
sentimentos, comportamentos e suas correlações em uma situação
vivida pelo paciente. a. catastrofização: pensar que o pior de uma situação irá acontecer,
*O trabalho psicoeducativo também pode ser feito por meio do sem levar em consideração a possibilidade de outros desfechos. O
Registro de Pensamentos Disfuncionais. paciente acredita que esse evento negativo que pode ocorrer será
terrível e insuportável, em vez de ser visto em perspectiva. Ex.: não
7. ESTRUTURAÇÃO vou suportar o desemprego, é o meu fim.

> Métodos de estruturação comuns são o estabelecimento de agenda b. raciocínio emocional/emocionalização: presumir que sentimentos
e feedback, para maximizar a eficiência das sessões, ajudar o paciente são fatos. É deixar os sentimentos guiarem a interpretação da
a organizar seus esforços em direção à recuperação e intensificar o realidade. Presumir que uma reação emocional reflete a situação
aprendizado. Contudo, o terapeuta tem espaço para desviar-se da verdadeira. Ex.: eu sinto que meus colegas estão rindo nas minhas
agenda se novos tópicos ou ideias importantes forem identificados ou constas.
se o fato de permanecer na agenda atual não estiver produzindo
resultados desejados. Paciente e terapeuta dão e recebem feedback c. polarização/pensamento tudo ou nada, dicotômico: ver a situação
para confirmar a compreensão e para moldar o direcionamento da em duas categorias, mutuamente exclusivas. Perceber eventos ou
sessão. pessoas em termos absolutos. Ex.: ou algo é perfeito, ou não vale a
pena.
8. REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA
d. abstração seletiva/visão em túnel/ filtro mental/filtro negativo: um
> A TCC ajuda o paciente a reconhecer e modificar esquemas e aspecto de uma situação complexa se torno o foco da atenção,
pensamentos automáticos desadaptativos. Os métodos mais enquanto outros aspectos relevantes da situação são ignorados. Uma
utilizados são: o questionamento socrático; os registros de parte negativa/neutra da situação é realçada, enquanto todo o
pensamento (pode incitar um estilo mais racional de pensamento); restante positivo não é percebido/ignorado. Ex.: paciente foca apenas
identificar distorções cognitivas; examinar as evidências (análise dos no comentário negativo do chefe e ignora os elogios.
prós e contras), reatribuição, listar alternativas racionais e ensaio
cognitivo (praticar uma nova maneira de pensar por meio da geração e. adivinhação: prever o futuro. A expectativa negativa é estabelecida
de imagens ou de role play). A estratégia geral, no entanto, é como fato. Ex.: tenho certeza que dará tudo errado na viagem.
identificas os pensamentos automáticos e esquemas nas sessões,
ensinar habilidades para mudar cognições, por fim fazer os pacientes f. leitura mental: presumir, sem evidências, que sabe o que os outros
realizarem exercícios entre as sessões, pois expandem os estão pensando e desconsidera outras hipóteses possíveis. Ex.: fulano
aprendizados da terapia às situações do mundo real. não gostou do meu trabalho.
g. rotulação: colocar um rótulo global e rígido em si, em uma pessoa 15. TÉRMINO DO TRATAMENTO
ou situação, em vez de rotular a situação ou o comportamento
específico. Ex.: fulana é uma pessoa má. > quando o paciente atingiu seus objetivos da lista de problemas
montada colaborativamente no início da terapia, tendo sido
h. desqualificação do positivo: experiências positivas e qualidades que verificado do seu progresso em diversas situações de vida e por
conflituam com a visão negativa são desvalorizadas porque são tempo suficiente. Feito o trabalho de prevenção da recaída, a dupla
triviais/banais/comuns. Ex.: eles so elogiou o meu trabalha porque terapêutica decide ir diminuindo o número de sessões semanal para
ficou com pena. bimestral, depois mensal, e assim por diante. Permitindo a dupla uma
oportunidade de descobrir quão bem o paciente lida com os
i. minimização e maximização: características e experiências positivas problemas sem a ajuda direta do terapeuta, além de possibilitar a
e si, no outro ou em situações, são minimizadas, enquanto o negativo revisão de alguma questão adicional que ainda precisa ser trabalhada
é maximizado. Ex.: eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo
tem. ESTRUTURA DA SESSÃO
> a estrutura na TC é desenhada para maximizar a colaboração entre
j. personalização: assumir a culpa ou responsabilidade por paciente e terapeuta enquanto trabalham eficientemente na
acontecimentos negativos, falhando em notar que outras pessoas e resolução dos problemas listados. Beck, sugere o seguinte modelo:
fatores também estão envolvidos nos acontecimentos. Ex.: não
consegui manter o meu casamento, ele acabou por minha culpa. 1. revisão do humor e revisão da semana
k. hipergeneralização: uma característica específica numa situação
específica é avaliada como acontecendo em todas as situações. > na prática clínica diária, pode-se registrar as evoluções do paciente
fazendo uma rápida revisão do humor, por meio de medidas objetivas
l. imperativos (deveria e tenho que): interpretar eventos em termos como o inventário de Depressão Beck ou por simples pergunta (em
de como as coisas deveriam ser, em vez de considerar como as coisas relação a semana passada, está se sentindo melhor, pior ou na
são. Demandas feitas a si, ao outro e ao munda para evitar as mesma?). Após, realizar a revisão dos acontecimentos desde a última
consequências do não cumprimento dessas demandas. Ex.: eu tenho sessão. Esta etapa possibilita ao terapeuta o monitoramento do
que ser perfeito em tudo que faço. progresso terapêutico e a identificação de alguma questão mais
prioritária a ser trabalhada na agenda.
m. vitimização: considerar-se injustiçado ou não entendido. A fonte
dos sentimentos negativos é algo ou alguém, havendo 2. ponte com a sessão anterior
recusa/dificuldade de se responsabilizar pelos próprios sentimentos
ou comportamentos. Ex.: faço tudo pelos meus amigos e eles não me > cada sessão está associada e interligada com as outras, dando um
agradecem. sentido de continuidade ao trabalho. Fazer perguntas que auxiliem na
noção de seguimento a um plano terapêutico continuado. Pode-se
n. questionalização (e se): focar o evento naquilo que poderia ter sido perguntar ao paciente, por exemplo, o que ele lembra de importante
e não foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se por da última sessão; para ajudar, pode-se pedir para que o paciente
escolhas futuras. Ex.: se eu tivesse aceitado outro emprego estaria anote o que de mais importante foi trabalhado e descoberto durante
melhor agora. a sessão.

12. EXERCÍCIOS, EXPERIMENTOS E TAREFAS 3. revisão da tarefa de casa

> a TC é um tratamento pró ativo em que a consolidação das > a consolidação do aprendizado se dá pelas tarefas e exercícios extra-
mudanças se dá pelo constante monitoramento de pensamentos, sessão. A revisão permite a confirmação de que a direção e a marcha
emoções e comportamentos e pela consequente modificação. O do trabalho terapêutico estão adequadas ou que é necessário
paciente exercita seus aprendizados nas sessões e, principalmente, incrementar as habilidades de autoeficácia do paciente. Uma tarefa
entre as sessões, na vida real. que não deu o resultado esperado é uma excelente fonte de
informações. A não aderência à tarefa pode ser um importante item
> A maior parte das tarefas objetiva o aprendizado das estratégias e a ser trabalhado na agenda.
habilidades necessárias para o enfrentamento das situações
disfuncionais, para tanto precisa aumentar a sua auto eficácia 4. agenda
(percepção de que pode desempenhar com sucesso determinada
tarefa). > o objetivo é manter o foco nos problemas a serem trabalhados e nas
suas possíveis soluções. A agenda é feita pela dupla no início de cada
> A tarefa deve ser uma prescrição colaborativa. No decorrer da sessão com os tópicos que ambos consideram mais importantes para
sessão, a dupla terapêutica vai construindo exercícios e tarefas que serem trabalhados naquele momento específico, o que possibilita
são percebidos como uma possibilidade de aprendizado. A não extrair o máximo proveito de cada sessão. Quando um tópico
adesão a tarefa pode constituir uma possibilidade de aprendizado, importante, que não é emergencial, aparece no final da sessão, o
quando se busca colaborativamente as possíveis razões para o assunto é anotado para ser lembrado na elaboração da agenda na
comportamento. próxima sessão.

14. PREVENÇÃO DA RECAÍDA 5. feedback


> ao solicitar regularmente o feedback do paciente de como foi para
> na fase final de tratamento, a TC trabalha na preparação do paciente ele a sessão, o terapeuta aumenta as chances de identificar algum
para possíveis problemas. O trabalho consiste e ajudar o paciente a problema em curso na relação terapêutica. Pode ser solicitado a
tornar-se ciente de situações de risco, a identificar sinais de recaída e qualquer momento da sessão. Além disso, regularmente deve-se
a desenvolver planos explícitos para lidar com as situações de risco. É obter o feedback quanto ao que o paciente está sentindo e pensando
importante explorar as expectativas relacionadas com futuros acerca do processo e progresso terapêutico, essas informações
problemas e trabalhar quaisquer expectativas irrealistas. podem corrigir o rumo da terapia.
TÉCNICAS intencional dos sintomas utilizando-se de exercícios físicos. s
exercícios de exposição interoceptiva podem funcionar como uma
A TC efetiva envolve construir habilidades, e isso somente ocorre pelo preparação para a exposição in vivo.
treinamento. O objetivo da TC é identificar, examinar e modificar as
cognições distorcidas ou disfuncionais em seus três níveis: f. ensaio cognitivo
primeiramente os PA; em seguida as CI (pressupostos, regras e
atitudes); por fim, as CN (esquemas). > é uma técnica desenvolvida para auxiliar os pacientes a
experimentarem as situações temidas imaginando que elas estão
A TC utiliza procedimentos originados em outras abordagens. ocorrendo naquele exato momento. No consultório ou como tarefa
Frequentemente adapta métodos comportamentais para alcançar a entre as sessões, os pacientes são solicitados a "vivenciar " a situação
mudança cognitiva. temida na imaginação e construir as melhores estratégias de
enfrentamento para superá-la com sucesso. Da mesma forma, através
* a mudança na cognição produz a mudança no comportamento e de imagens mentais, os pacientes podem ensaiar a solução dos
vice e versa. Assim, as intervenções cognitivas intentam promover problemas e o treinamento da assertividade conforme necessário
alterações na cognição e, por conseguinte, no comportamento; e as para superar situações problemáticas.
técnicas comportamentais visam a alterações no comportamento que
levem a mudanças na cognição. g. ensaio comportamental

PRINCIPAIS TÉCNICAS COGNITIVAS COMPORTAMENTAIS USADAS NA > prepara o paciente para uma ação futura. São realizadas
TC dramatizações na sessão, nas quais o paciente pratica a execução do
novo comportamento em uma variedade de situações possíveis.
1. Relaxamento: Durante a dramatização, o terapeuta fornece treinamento na forma
de feedback corretivo, reforço e encorajamento por tentativas de
a. respiração diafragmática: realizar o comportamento alvo.

> eficiente nos transtornos de ansiedade. O objetivo é restabelecer o h. role play


equilíbrio entre oxigênio e gás carbônico no organismo, o que fará
com que sintomas físicos da ansiedade sejam reduzidos. Durante a > dramatização da situação que o paciente narra em sessão, com o
execução, o diafragma deve expandir na inspiração e diminuir na objetivo de fazer com que o paciente veja a situação como um todo e
expiração, fazendo com que o pulmão absorva mais ar. A técnica deve possa interpretá-la de formas diferentes. Uma experiência já
ser feita lentamente, usando uma contagem de 03 segundos para vivenciada pelo paciente é utilizada nessa técnica.
inspirar e até 6 segundos para expirar.
i. questionamento socrático
b. relaxamento muscular progressivo de Jacobson:
> tem o objetivo de ajudar o paciente a reconhecer e modificar um
> ensina o paciente a alternadamente tensionar e relaxar grupos pensamento desadaptativo, por meio de perguntas que o levem a
musculares de forma sistemática. O objetivo principal é reduzir pensar.
estresse, sintomas de ansiedade, insônia etc. Durante a execução, o
exercício de tensão dura 5 segundos e o de pausa 10 segundos. > é um questionamento sistemático, orientado para a descoberta;
estimula o exame, a ponderação, avaliação e síntese de diferentes
fontes de informação; o objetivo é a avaliação independente e
c. dessensibilização sistemática/exposição hierárquica racional dos problemas e de suas soluções; é utilizado para trazer
informações à consciência do paciente (insight).
> a maioria das terapias de exposição utiliza a dessensibilização
sistemática. Trata-se de um conjunto de técnicas de exposição e j. registro de pensamentos disfuncionais
aproximação à experiência traumática, evolvendo: treinamento de
relaxamento físico; estabelecimento de uma hierarquia de ansiedade > o objetivo é ajudar o paciente a identificar seus pensamentos,
em relação ao estímulo fóbico; e, contracondicionamento do emoções e comportamento disfuncionais, bem como a estimular
relaxamento como uma resposta ao estímulo temido, iniciando-se respostas mais adaptativas.
com o elemento mais baixo na hierarquia de ansiedade, até chegar ao
ponto mais alto. Prepara o paciente para a exposição in vivo. k. inundação

d. exposição in vivo/situacional > paciente é colocado em contato direto com a situação temida sem
que tenha possibilidade de fuga ou esquiva e é encorajado a enfrentar
> trata-se da exposição direta e gradual a situação temida pelo o estímulo temido pelo terapeuta, por exemplo, por meio da
paciente. A hierarquia de exposição consiste em uma variedade de modelagem.
situações da vida real que evocam graus variados de evitação.
l. economia de fichas
e. exposição interocpetiva
> é utilizado para motivar a emissão de comportamentos desejáveis,
> objetiva corrigir as interpretações catastróficas dos sintomas físicos ausentes ou presentes em baixa frequência. Fichas são usadas
sentidos pelos pacientes como parte da ansiedade antecipatória ou como reforços contingentes, ou seja, o reforço só será liberado
de um ataque de pânico. A técnica submete o paciente a uma quando o indivíduo emitir o comportamento desejável e,
exposição gradual, que fará com que se sinta confortável com certas posteriormente, essas fichas serão trocadas por recompensas.
sensações físicas e permite que a identificação de PA e as
interpretações catastróficas associadas às sensações físicas, ajudando
a corrigi-las. Essa exposição é feita por meio da provocação
m. seta descendente

> utilizada para identificar as crenças subjacentes e evocar crenças


nucleares; é implementada por uma série de perguntas com o
objetivo de descobrir as CI. A partir dos pensamentos de nível mais
superficial pode-se identificar a crença central.

n. biblioterapia

> indicação de obra com o objetivo de reforçar o assunto abordado na


terapia ou algum conteúdo que será importante no decorrer do
tratamento.

p. cartão de enfrentamento

> utilizado para escrever afirmações com o objetivo de promover a


mudança de pensamento do cliente. Sugere-se ao paciente que
escreva em um cartão a ideai principal que fundamenta a mudança
de regras e pressupostos.

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