Resumo MEP I

Artur Araújo / @artur.arj

Tipos de Conhecimento Conhecimento Empírico (vulgar; senso-comum) -

Aceitação passiva e acrítica das informações

É obtido ao acaso, no dia-a-dia através de ações

rotineiras e não planejadas; surge a partir da interação do
ser humano com o ambiente que o rodeia.

. É verificável, falível e inexato.

. Valorativo, apoiando-se nas experiências pessoais.

. Assistemático, pois é organizado com base nas

experiências de um sujeito, e não em um estudo para
Conhecer é, internalizar um novo conceito, ou um
observar o fenômeno.
conceito original, sobre um fenômeno ou fato.
Ex: Um agricultor que, mesmo sem nenhum estudo, sabe
exatamente quando plantar e colher cada vegetal. Isto
apenas por observar e aprender com os resultados de
colheitas anteriores.

Conhecimento Religioso ou Teológico: parte do

princípio da infalibilidade das verdades por consistiram
em revelações da divindade, do sobrenatural.

. Não é verificável, infalível e exato.

. Valorativo, apoiando-se nas doutrinas sagradas.

. Conhecimento sistemático do mundo.

Ex: O mundo e os homens foram criados por Deus.

Conhecimento Filosófico: pode ser entendido como

resultado do esforço racional, sistemático e lógico sem
recorrer a experimentação.

Fruto da reflexão e do raciocínio humano. O homem

busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo,
ultrapassando os limites formais da ciência.

. Não é verificável, infalível e exato.

MED FIP | AFYA @artur.arj - 1

. Valorativo, seu ponto de partida consiste em hipóteses
filosóficas que não poderão ser submetidas à
observação, ou seja, não se baseiam em experimentação;
. Sistemático, há a representação coerente da realidade;
. Racional: há lógica e correlação no conjunto de
enunciados;
Ex: O pensamento de que as máquinas um dia irão se
sobrepor aos humanos.
Conhecimento Científico: é racional e
produzido a partir da investigação metódica da
realidade, através de pesquisas, experimentos e busca
sobre a lógica dos fatos e fenômenos naturais e
humanos.
Engloba informações e fatos que foram comprovados,
tendo como base análises e testes científicos.
. Factual - lida com fatos e ocorrências.
. Verificável - pode ser testado;
. Falível e aproximadamente exato.
. Sistemático, pois é um saber ordenado logicamente
Ex: A descoberta de outros planetas, por meio da
observação com telescópios super desenvolvidos.
MÉTODOS UTILIZADOS PELA CIÊNCIA /
MÉTODOS DE ABORDAGEM
Método Dedutivo: parte do geral para o particular,
isto é, através de uma cadeia de raciocínio descendente
com base em teorias ou leis, chega-se a uma conclusão;
• Pesquisador faz uma individualização;
• Regras são chamadas de premissas.
Ex. Todas as frutas têm sementes ➟ as laranjas são
frutas, deduz então, que todas terão sementes.
No método dedutivo as regras gerais são verdadeiras
e todas as conclusão serão verdadeiras:
. Caso uma laranja não tenha sementes ela não será fruta.
. Por isso é utilizado na matemática e na física que as
premissas representam regras gerais e serão sempre
verdadeiras.
Método Indutivo: parte do particular para o geral,
isto é, através de uma cadeia de raciocínio ascendente,
chega-se a uma conclusão;
• Observa-se fatos e fenômenos;
• Em primeiro lugar vem a observação dos fatos
particulares e depois a hipótese a confirmar.
As constatações particulares levam a teorias e leis
gerais;
Ex. O Cachorro tem pêlos; o gato tem pêlos; o cavalo
tem pêlos ➟ Logo todos os mamíferos têm pêlos.
É um método comum nas ciências naturais.
Método hipotético-dedutivo: feito por tentativa e erro
e não busca verdade absoluta;
• É considerado lógico por excelência;
• Funciona a partir de um problema;
• Em primeiro lugar, defende o aparecimento do
problema e da conjectura, que serão testados pela
observação e experimentação.
É o mais aceito, o único método usado na área da saúde.
MED FIP | AFYA @artur.arj - 2

Método dialético: caracteriza-se no confronto de ideias,
método mais antigo.
Qualquer conceito tido como verdadeiro deve ser
testado, a fim que se obtenha uma nova teoria;
1. Tese: ideia inicial (verdadeira);
2. Antítese: teoria proposta pelo pesquisador que é
contrária a tese;
3. Síntese: resultado da ponderação - nova tese que
deverá ser o ponto de partida para novos
confrontos.
CONCEITOS PRELIMINARES
Método de pesquisa: estratégia usada pelo pesquisador
para coletar informações precisas para desenvolver seu
estudo (projeto);
Organização sistemática dos princípios racionais e dos
processos que devem guiar a investigação científica.
Método ou metodologia, cuidados, caminhos,
procedimentos e formas de fazer ciência.
Preocupação instrumental na construção do saber.
Espírito Científico: é a atitude do pesquisador em busca
de soluções para o problema que enfrenta;
O pesquisador deve ter:
● Consciência crítica: saber distinguir o essencial
do acidental, o importante do secundário;
● Consciência Objetiva: é o rompimento com
todas as posições subjetivas pessoais e mal
fundamentadas do conhecimento vulgar;
● Objetividade: o trabalho científico é impessoal.
Não aceita meias-soluções ou soluções apenas
pessoais.
● Racionalidade: a razão deve ser o "único juiz"
nas decisões de pesquisa.
Pesquisa Científica: Procedimento sistemático de
investigação que visa:
Rever ou ampliar conhecimentos existentes;
Descobrir novos fatos, discutir novas formas de pensar;
Devem ser sistematicamente planejadas e levadas a
efeito segundo critérios rigorosos de processamento das
informações.
Objetivo: encontrar soluções para problemas propostos,
mediante utilização de métodos científicos.
Ensino, Pesquisa e Extensão
Art. 207 - estabelece a indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão.
Pesquisa: ações desenvolvidas com o objetivo de
fomentar as atividades de pesquisa dentro das
Universidades. Geralmente acontecem através da
monografia, TCC ou Iniciação Científica;
Ensino: corresponde às atividades voltadas ao
aprendizado dos alunos, como as horas destinadas às
aulas em sala de aula, laboratório, monitoria, etc;
Extensão: atividade indissociável do ensino e da
pesquisa, com a finalidade de dar cumprimento ao seu
papel educacional, cultural, científico e social junto à
comunidade, numa perspectiva de interação, intercâmbio
e de contribuição mútuas, objetivando criar uma relação
entre a comunidade e a Universidade.
PROJETO DE EXTENSÃO
Ação que vai além da sala de aula, promovendo
interação entre a faculdade e a sociedade.
Estrutura:
1.Tema/ Título,
2. Problema(s),
3. Justificativa,
4. Objetivo(s),
6.Revisão de literatura,
7.Metodologia - Ação,
8.Orçamento,
9.Cronograma,
10.Anexos / apêndice.
MED FIP | AFYA @artur.arj - 3
OBJETIVOS:
Devem ser claros, precisos e concisos.
Devem iniciar com verbos no infinitivo
Devem expressar apenas uma ideia. Em termo
gramatical, deve incluir apenas um sujeito e um
complemento.
O número de objetivos devem ser restritos - cada
objetivo representa uma conclusão no final do trabalho.
JUSTIFICATIVA:
É um convencimento de que o trabalho de pesquisa é
fundamental para ser efetivado.
Na elaboração da justificativa deve-se ter cuidado para
não tentar justificar a hipótese levantada, ou seja,
responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho
de pesquisa.
Exalta a importância da escolha do tema a ser estudado.
Utilizar justificativa, sobretudo de ordem teórica, que
legitimam o projeto como trabalho científico.
METODOLOGIA:
Modo como a ação será feita - a descrição deve ser
suficientemente completa para que outro pesquisador
possa reproduzir o estudo.
Artigos científicos
Artigos científicos: parte de uma publicação com autoria
declarada, que apresenta e discute ideias, métodos,
técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do
conhecimento;
Fontes de informação científica
Primárias: constituídas por textos que comunicam em
primeira mão resultados de pesquisas, por artigos
científicos originais e atuais, por teses e dissertações de
mestrado;
Secundárias: formadas por textos clássicos da literatura
da área, enciclopédias, artigos de revisão da literatura;
Terciárias: compostas por catálogos (base de dados),
que permitem o acesso a fontes primárias e secundárias.
Tipos de Artigos
Artigo original (paper)
O pesquisador deposita para a comunidade novos
resultados de novos estudos.
Todos os artigos originais que estudam os seres
humanos tem que passar pelo comitê de ética.
Um artigo científico pode provir de uma pesquisa
experimental ou pesquisa observacional.
Tipos de Artigos de Revisão
Artigo de revisão: autor não vai ao campo buscar
informações, estuda publicações científicas já
publicadas: resumindo, analisando e discutindo
informações já conhecidas;
Estudo aprofundado de um tema, objetivando a
discussão de ideias e conhecimentos, para propor novos
procedimentos, contestar conclusões, afirmar novos
caminhos;
Elaboração:
1. Estabelecimento de um problema a ser resolvido;
2. Identificação do objetivo da pesquisa;
3. Seleção de informações bibliográficas;
4. Redação de resumo dos textos pesquisados, análise
das informações;
5. Interpretação;
6. Comunicação (publicação do texto) à comunidade
científica.
MED FIP | AFYA @artur.arj - 4
Revisão Narrativa: busca descrever ou discutir o papers), e os resultados são selecionados e avaliados
estado atual do tema pesquisado; conforme os critérios pré-estabelecidos;

• Qualitativa; Responde a uma pergunta específica sobre um

problema específico da área da saúde.
• Critérios de busca não especificados; Seleção arbitrária
dos artigos; Elaboração:

• Análise crítica pessoal do pesquisador; Evidência 1. Construção do protocolo de pesquisa para que a
científica a ser questionada. revisão siga o mesmo rigor de uma pesquisa primária;

Revisão Integrativa: é um método que tem como 2. Formulação da pergunta utilizando o acrônimo PICO,
finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas em que P corresponde ao paciente ou população, I é a
sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, intervenção, C a comparação ou controle e O é o
ordenada e abrangente; desfecho ou resultado;

Pode ser utilizada para a definição de conceitos, revisão 3. Busca dos estudos com a definição de descritores,
de teorias ou análise metodológica dos estudos estratégias de busca em cada uma das diversas bases de
incluídos de um tópico particular. dados;

Permite a inclusão simultânea de pesquisa 4. Seleção e revisão dos estudos com a aplicação dos
quase-experimental e experimental, combinando dados critérios de inclusão e exclusão predeterminados;
de literatura teórica e empírica; permite a combinação
5. Avaliação crítica de cada um dos artigos;
de fontes primária e secundária.
6. Coleta de dados utilizando instrumentos que analisem
Elaboração:
em pares a validade metodológica.
1. Identificação do tema e seleção da hipótese ou
7. Finalmente, a síntese dos resultados/dados, onde os
questão de pesquisa para a elaboração da revisão
estudos deverão ser agrupados baseados na semelhança
integrativa;
entre os estudos.
2. Estabelecimento de critérios para inclusão e
Uma vez publicada, a revisão receberá sugestões e
exclusão de estudos/amostragem ou pesquisa de
críticas, que devem ser incorporadas às edições
literatura;
subsequentes, caracterizando uma publicação
3. Definição das informações a serem extraídas dos dinâmica que deve ser atualizada cada vez que surjam
estudos selecionados / categorização dos estudos; novos estudos sobre o tema.

4. Avaliação dos estudos incluídos na revisão Meta-análise: é uma técnica estatística especialmente
integrativa; desenvolvida para integrar os resultados de dois ou mais
estudos independentes, sobre uma mesma questão de
5. Interpretação dos resultados; pesquisa, combinando os resultados de tais estudos.
6. Apresentação da revisão / síntese do conhecimento. Tanto a revisão sistemática quanto a meta-análise são
estudos de revisão que resumem, analisam e
Revisão Sistemática: se preocupa em selecionar
sintetizam temas relacionados especificamente a uma
estudos experimentais (artigos originais) a partir de
intervenção ou protocolo terapêutico. São geralmente
uma análise criteriosa. São considerados trabalhos
consideradas de melhor qualidade científica e mais
originais, por possuírem rigor metodológico.
conclusivas.
O levantamento das publicações é realizado em bases de
dados de maneira planejada e controlada (geralmente
utilizam escalas ou formulários que definem critérios
críticos de qualidade da evidência científica dos

MED FIP | AFYA @artur.arj - 5

 . Ecológico
Tipos de Estudos Epidemiológicos
Analisa não o indivíduo, mas um grupo populacional
(escolas, países, etc);

Informações sobre doença e exposição; quase sempre

avalia dados colhidos rotineiramente (censos, serviços
de saúde e fontes do governo – SINAC, IBGE)

. Coorte (longitudinal)

Acompanha-se um grupo de pessoas com algo em

comum ao longo de um período de tempo para observar
a ocorrência de um desfecho;

Calcula a incidência;

Pode ser retrospectivo (exposição no passado) ou

prospectivo (exposição atual);
OBSERVACIONAIS
Indivíduos selecionados a partir da exposição.
O investigador só observa, não interfere na situação.
. Caso - Controle
Descritivos
Compara grupo de indivíduos com a doença e outro
Não compara, apenas descreve. sem indivíduos selecionados a partir da doença, não
fornece incidências;
Objetivo é responder: quem, quando e onde adoece
Busca analisar etiologias, tratamentos e eficácia vacinal
. Relato de Caso - Descrição detalhada de um ou alguns
casos clínicos, geralmente de um evento clínico raro ou
EXPERIMENTAIS
uma nova intervenção.
O objeto investigado sob condições controladas, onde o
. Série de casos - A série de casos é um estudo com
pesquisador interfere.
maior número de participantes (mais de 10) e pode ser
retrospectivo ou prospectivo. Os grupos são acompanhados por um período de tempo
e analisados por desfechos específicos, definidos no
Não tem grupo de comparação, o que pode gerar
início do estudo.
conclusões errôneas.
. Ensaio experimental, quase experimental, Ensaio
Analiticos clínico, Estudo clínico randomizado ( ECR).
Pressupõem a existência de um grupo de referência,
possibilitando estabelecer comparações.

. Transversal

A doença e a exposição são medidas simultaneamente

ou em curto período de tempo;

Mede a prevalência;

É rápido e barato.

Ex: analisar quantos usuários de álcool apresentam

lesões de mancha branca na mucosa oral.

MED FIP | AFYA @artur.arj - 6

Tipos de Pesquisa Tem suas raízes no pensamento positivista lógico, tende
a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e
os atributos mensuráveis da experiência humana.
QUANTO À ABORDAGEM:

Pesquisa Qualitativa
Abordagem de pesquisa que estuda aspectos subjetivos
de fenômenos sociais e do comportamento humano.

Os objetos de uma pesquisa qualitativa são fenômenos

que ocorrem em determinado tempo, local e cultura;

Na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo

sujeito e o objetivo de suas pesquisas;

As características da pesquisa qualitativa são:

objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de
descrever, compreender, explicar, precisão das relações
entre o global e o local em determinado fenômeno;
observância das diferenças entre o mundo social e o
mundo natural; busca de resultados os mais fidedignos
possíveis.

Pesquisa Quantitativa
A pesquisa quantitativa recorre a dados estatísticos para
descrever as causas de um fenômeno, relações entre
variáveis, entre outras aplicações.

MED FIP | AFYA @artur.arj - 7

QUANTO À NATUREZA:
Pesquisa Básica
Objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço
da Ciência, sem aplicação prática prevista. Envolve
verdades e interesses universais.
Pesquisa Aplicada
Objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática,
dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve
verdades e interesses locais.
Entrevista
As entrevistas implicam que uma pessoa qualificada
(entrevistador) aplique o questionário aos participantes;
a pessoa faz as perguntas para cada entrevistado e anota
as respostas. Seu papel é crucial, é uma espécie de filtro.
Entrevista qualitativa é mais íntima, flexível e aberta
- é definida como uma reunião para conversar e trocar
informação entre uma pessoa (o entrevistador) e outra (o
entrevistado) ou outras (entrevistados).

QUANTO À OBJETIVOS: (INCOMPLETO) *

Resumos Veteranos

Coleta de Dados
Coletar os dados implica elaborar um plano detalhado de
procedimentos que nos levem a reunir dados com um
propósito específico.

Plano: inclui determinar quais são as fontes e onde elas

estão, é definido de acordo com:

. As variáveis, conceitos ou atributos a serem

mensurados;

. As definições operacionais, para determinar o método

para mensurar as variáveis;

. A amostra, focando nos recursos disponíveis.

Questionário
Um questionário é um conjunto de perguntas a respeito
de uma ou mais variáveis que serão mensuradas. Deve
ser congruente com a formulação do problema e a
hipótese;

Perguntas fechadas ou abertas.

As perguntas fechadas exigem um menor esforço dos

entrevistados, além de reduzir a ambiguidade das
respostas e facilitar as comparações entre as respostas.

A principal desvantagem das perguntas fechadas é que

elas limitam as respostas da amostra.

Os questionários são aplicados de duas maneiras

fundamentais: auto administrado e por entrevistas.

MED FIP | AFYA @artur.arj - 8

Busca de Artigos Científicos DeCS/Mesh: vocabulário controlado, em 4 línguas
(Português, Espanhol, Inglês e Francês), mundialmente
utilizado para representar o assunto de todos os
Base de dados documentos das principais bases de dados em saúde
como PubMed e Lilacs…
BVS; PUBMED; SciELO; MEDLINE; LILACS; Base
de dados do IMES; Up ToDate. Palavras-chave: são termos simples, ou expressões
compostas, elaboradas pelo próprio autor para definir o
QUALIS Capes assunto.
É um sistema brasileiro de avaliação de periódicos. Seu
Operadores Booleanos
principal objetivo é avaliar a qualidade da produção
científica dos programas de pós-graduação no Brasil. De posse dos termos mais adequados, pode ser montada
Seus critérios de classificação estão em constante a estratégia de busca, que consiste em reuni-los com
mudança e aprimoramento. uma lógica para encontrar os artigos relevantes.
Estratos: AND = pesquisa todos os documentos que contenham
ambos os termos
I. A1 e A2: são os artigos com maior qualidade;
II. B1, B2, B3, B4 e B5: mediano; OR = pesquisa documentos usando uma lógica mais
III. C: conceito zero. avançada

Fator de Impacto (FI) NOT = exclui um termo ou frase da pesquisa

É um método para avaliar a importância dos periódicos

científicos em suas respectivas áreas.

Para efetuar seu cálculo, leva-se em consideração o

número de citações recebidas pelos artigos publicados
no periódico nos dois anos anteriores à avaliação,
dividido pelo número de artigos publicados no período.

Estratégia PICO
Construída em blocos temáticos com objetivo de
responder um problema, com foco em evidências -
quantitativas.

Considera quatro itens:

(P) Population/Patient/Problem - população, ou o

Quanto maior o FI, melhor a qualificação da revista. paciente ou o problema abordado;

(I) Intervention - intervenção ou a exposição que será

DeCS - Descritores em Ciências da Saúde
considerada;
Descritores: são termos padronizados, definidos por
(C) Control/Comparison - comparação da intervenção
especialistas, que servem para definir assuntos e
ou da exposição quando esta for necessária e relevante;
recuperar informações.

MED FIP | AFYA @artur.arj - 9

(O) Outcome - desfechos ou resultados clínicos de
interesse
Para sua elaboração deve-se responder às seguintes
questões:
P ➟ Qual o problema de pesquisa ou quem são os
indivíduos/população?
I ➟ O que será feito, ou qual o tratamento, ou qual a
intervenção ou qual a exposição?
C ➟ Será feito alguma ação/intervenção/tratamento
alternativo ou em paralelo?
O ➟ Qual o resultado esperado?
Estratégia PICo (PO)
Possui sensibilidade para a recuperação de pesquisas do
tipo qualitativas com foco nas experiências humanas
e nos fenômenos sociais.
Considera três itens:
(P) Population/Patient/Problem = população, ou o
paciente ou o problema abordado
(I) Interest = fenômeno de interesse
(Co) Context = contexto
Para sua elaboração deve-se responder às seguintes
questões:
P ➟ Quem compõe e quais as características da
população a ser pesquisada?
I ➟ Qual a experiência de uso, ou a percepção ou a
opinião da população?
Co ➟ Quais detalhes específicos estão relacionados a
fenômeno de interesse?
Outras estratégias de busca
NEAR = pesquisa documentos nos quais os termos
inseridos estão, por padrão, dentro de dezesseis palavras
entre si no texto;
NEAR/X = pode ser usado para especificar a distância
máxima entre dois termos de pesquisa;
Ex.: desenvolvimento NEAR / 5 sustentável: retornará
todos os documentos em que sustentável é encontrada a,
no máximo, cinco palavras de desenvolvimento.
BEFORE/AFTER = usado para pesquisar documentos
criados antes ou depois de uma data especificada;
OPT (optar) = pode ser usado para pesquisar palavras
opcionais. Se eles não estiverem incluídos em um
documento, o documento ainda será exibido na lista de
resultados;
Sintaxe = palavras que informam ao sistema de busca
como combinar os termos da pesquisa;
“ (aspas) " = para executar uma pesquisa exata em um
campo, inserir as palavras entre aspas;
A pesquisa realizada não será uma pesquisa
verdadeiramente exata, o mecanismo de pesquisa retirará
todas as “palavras de interrupção” (como 'a', 'o' e 'em’).
MED FIP | AFYA @artur.arj - 10
Também exclui todos os documentos que contêm os
termos de pesquisa especificados, mas não na ordem
correta ou um após o outro.
(truncamento) * = um asterisco colocado no final de
um termo - ou após as primeiras letras de uma palavra -
pode ser usado para pesquisar formas singulares e / ou
plurais de um termo.
Ex.: Artigo* encontrará artigo, artigos
+ (mais) = usado para executar uma pesquisa exata do
termo após este operador
Ex.: + moinhos de vento = pesquisará todos os
documentos que contenham a palavra exata moinhos de
vento e ignorará a forma singular moinho de vento.
- (menos) = exclui certos termos de uma pesquisa
Exemplos de estratégias:
1. (((Skull Asymmetry) OR (Craniosynostoses)) AND
((diagnosis) OR (detection) OR (prognosis) OR
(confirmation)) AND (pathophysiology) AND
((treatment) OR (handling) OR (therapy)) AND
((consequences) OR (processing) OR (sequelae)));
2. (((Assimetria do crânio) OR (Craniossinostose)) AND
((diagnóstico) OR (detecção) OR (prognóstico) OR
(confirmação)) AND (fisiopatologia) AND ((tratamento)
OR (manuseio) OR (terapia)) AND ((consequências) OR
(processamento) OR (sequelas))).
Medicina Baseada em Evidências (MBE)
É definida como o elo entre a boa pesquisa científica e a
prática clínica. Utiliza provas científicas existentes e
disponíveis no momento, com boa validade interna e
externa, para a aplicação de seus resultados na prática
clínica.
Quando abordados o tratamento e falamos em
evidências, referimos a efetividade, eficiência, eficácia e
segurança.
Efetividade - tratamento que funciona no mundo real.
Eficiência - diz a respeito do tratamento barato e
acessível aos pacientes.
Eficácia - quando o tratamento funciona no mundo real.
Segurança - que uma intervenção possui características
confiáveis se tornando improvável a ocorrência de
algum efeito indesejável.
“Uso consciencioso, explícito e judicioso das melhores
evidências científicas correntemente disponíveis para
tomar decisões relativas ao cuidado de pacientes
individuais ” (SACKETT et al., 1996, p.71).
Como se dá o processo de formação da MBE ?
1) identificação de um problema clínico;
2) inicia pela formulação de uma questão clínica de
interesse;
Uma boa pergunta científica tem como base quatro
fatores:
*situação clínica (qual a doença)
*intervenção (qual é o tratamento de interesse a ser
testado)
MED FIP | AFYA @artur.arj - 11
*grupo controle (placebo, sham, nenhuma intervenção ➢ ➟⇄ ↪
ou outra intervenção)

*desfecho clínico

3) busca das evidências científicas;

4) avaliação das evidências disponíveis;

5) avaliação da aplicabilidade clínica das evidências

6) implementação da evidência no cuidado ao paciente;

7) avaliação dos resultados de mudança.

Exemplo de MBE:

Suponhamos que se queira saber se os inibidores de

agregação de plaquetas são mais efetivos e seguros
quando comparados aos anticoagulantes orais na
diminuição da incidência de mortalidade cardiovascular.

P - pacientes hipertensos

I - inibidores de agregação da plaqueta

C - anticoagulantes orais

O - diminuição da incidência de mortalidade

cardiovascular

Os exemplos de estudo que possui validade interna são:

I - revisões sistemáticas com ou sem metanálises;

II - ensaios clínicos, denominados mega trials (com mais

de 1000 pacientes);

III - ensaios clínicos com menos de 1000 pacientes;

IV - estudos de coorte (não possui randomização);

V - estudos de caso-controle;

VI - séries de casos;

VII - relatos de caso;

VIII - opiniões de especialistas, pesquisas com animais e

pesquisa in vitro.

Os níveis de hierarquia acima são válidos para

estudos sobre tratamento e prevenção. Portanto, se a
questão formulada for relacionada a fatores de risco,
prevalência de uma doença e sensibilidade e
especificidade de um teste diagnóstico, a ordem dos
níveis de evidências será modificada.

MED FIP | AFYA @artur.arj - 12